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1 
 
SEMIOLOGIA 
 
AULA 2: SÍNDROMES PULMONARES 
 As Síndromes Pulmonares compreendem 
as síndromes brônquicas, as síndromes 
parenquimatosas e as síndromes pleurais. 
Síndromes Brônquicas: 
 As síndromes brônquicas decorrem de 
acometimento brônquico por enfermidades que 
podem causar redução do calibre, dilatação e/ou 
hipersecreção brônquica. Essas alterações podem 
desencadear um quadro com manifestações 
clínicas tais como dispneia, sibilância, dor e/ou 
constrição torácica e tosse que pode ser seca ou 
produtiva. 
 As principais doenças que ocasionam a 
síndrome brônquica são: asma, bronquiectasia e 
infecções brônquicas (bronquites). Em todas elas 
ocorre a redução no calibre dos brônquios devido ao 
edema de mucosa brônquica e aumento do tônus 
broncomotor. 
• Asma: 
A asma brônquica é uma doença inflamatória 
crônica, caracterizada por hiperresponsividade 
das vias respiratórias inferiores (resposta 
broncoconstritora exagerada das vias aéreas a 
um estímulo broncoconstritor) com limitação 
variável do fluxo aéreo, reversível 
espontaneamente ou com tratamento, e resulta 
da interação entre fatores genéticos e 
ambientais. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Episódios 
recorrentes de sibilância, dispneia, opressão 
torácica e tosse de variados níveis de gravidade. 
Tais sintomas ocorrem principalmente à noite, e 
pela manhã, ao despertar. Pode evoluir com 
crises graves que põem a vida em risco. 
Ao exame físico um achado relevante é a 
presença de sibilos, porém esses não são 
exclusivos da asma, podendo estra presentes 
em outras patologias, além disso a ausência 
desse sintoma também não exclui o diagnóstico 
de asma. 
Em pacientes com crises leves o exame pode 
ser normal. 
EXAME FÍSICO: Inspeção: Pode haver 
aumento da frequência respiratória; redução da 
expansibilidade; tiragem inspiratória. Palpação: 
Frêmito Toracovocal normal ou reduzido. 
Percussão: Hipersonoridade. Ausculta: 
Murmúrio vesicular diminuído bilateralmente 
com expiração prolongada, sibilância 
predominantemente expiratória bilateralmente. 
Pode haver roncos ou estertores grossos. 
Ressonância vocal diminuída. 
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico de asma é feito 
principalmente pelos dados clínicos e 
espirométricos, sendo que a espirometria é 
necessária para confirmar o diagnóstico. Outros 
exames: Pico de Fluxo Expiratório (PFE) usado 
principalmente no monitoramento do controle da 
asma; Teste de Broncoprovocação que fornece 
medida da hiperresponsividade brônquica (ou 
seja, facilidade com que as vias respiratórias 
reagem com estímulos externos). 
• Bronquites: 
A bronquite aguda geralmente é causada por 
vírus que compromete as vias respiratórias 
desde a faringe. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Febre, cefaleia, 
desconforto retroestemal, rouquidão, tosse 
seca, seguida após alguns dias de expectoração 
 
 
 
 
2 
 
SEMIOLOGIA 
 
mucosa que se transforma em mucopurulenta, 
se houver infecção bacteriana secundária. 
EXAME FÍSICO: Inspeção: Expansibilidade 
normal ou diminuída. Palpação: Frêmito 
Toracovocal normal ou diminuído. Percussão: 
Normal ou diminuída. Ausculta: Estertores 
grossos em ambos os pulmões. Podem-se ouvir, 
também, roncos e sibilos esparsos, 
inconstantes. 
A bronquite crônica é uma condição 
caracterizada por uma excessiva secreção de 
muco na árvore brônquica, pode ser diretamente 
relacionada à asma ou à DPOC. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Principalmente 
tosse com expectoração mucopurulenta de 
pequeno volume, que persiste por meses, 
alternando entre períodos de melhora e piora. 
EXAME FÍSICO: Inspeção: Expansibilidade 
normal ou diminuída bilateralmente. Palpação: 
Frêmito Toracovocal normal ou diminuído caso 
haja enfisema associado. Percussão: Normal 
ou hipersonoridade caso haja enfisema 
associado. Ausculta: estertores grossos 
disseminados em ambos os hemitórax. Roncos 
e sibilos também são frequentes. Murmúrio 
vesicular diminuído caso haja enfisema 
associado. 
• Bronquiectasia: 
Corresponde a uma dilatação anormal e 
irreversível dos brônquios com diâmetro 
superior a 2 mm, decorrente de componentes 
muscular e elástico das suas paredes. Em geral, 
surgem em consequência de processos que 
levam a colonização e a inflamação crônica dos 
brônquios, como, por exemplo, em casos de 
pneumonias pós-sarampo ou pós-influenza em 
crianças, complicações pós-coqueluche ou 
tuberculose, ou, ainda, como manifestação 
pulmonar de uma doença sistêmica congênita 
ou adquirida. 
Pode ser classificada em três tipos conforme o 
aspecto que os brônquios tomarão. São eles: 
Cístico ou sacular; cilíndricos; fusiformes ou 
varicosas. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: As 
bronquiectasias podem ser assintomáticas. A 
principal manifestação clínica é tosse crônica 
com expectoração espessa de aspecto 
mucopurulento e odor fétido (comumente pela 
manhã). O volume de secreção produzida varia 
de 10 mf/dia (bronquiectasia leve), 10 a 150 
mf/dia (bronquiectasia moderada), a mais de 
150 m.etdia (bronquiectasia grave). Durante as 
exacerbações o paciente apresenta aumento da 
tosse e da secreção de muco que pode ser 
 
 
 
 
3 
 
SEMIOLOGIA 
 
acompanhado de anorexia, piora no estado 
geral, febre e dispneia. 
Hemoptise é comum e pode ocorrer em 
qualquer momento da evolução das 
bronquiectasias, embora possa ser volumosa 
raramente é fatal. 
EXAME FÍSICO: Pode haver desnutrição, 
halitose, baqueteamento dos dedos, dispneia e 
cianose. Inspeção: Aumento da frequência 
respiratória, expansibilidade normal ou 
diminuída uni ou bilateralmente. Palpação: O 
Frêmito Toracovolcal pode se encontra normal, 
aumentado ou, e mais comumente, diminuído 
devido à broncoconstrição associada. 
Percussão: Pode estar normal, hiperssonora 
em caso de broncoconstrição ou submaciço nas 
bases em caso de bronquiectasias basais 
extensas. Ausculta: Murmúrio vesicular 
reduzido, presença de estertores grossos 
principalmente no início e meio da inspiração. 
Pode haver ainda estertores finos, sibilos ou 
roncos associados. 
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico de 
bronquiectasia é feito por exame de imagem. O 
método diagnóstico de eleição é a tomografia 
computadorizada de alta resolução (TCAR). 
Síndromes Pulmonares (Parenquimatosas): 
 As síndromes parenquimatosas são: 
consolidação, atelectasia, hiperaeração, congestão 
passiva dos pulmões e a escavação ou caverna 
pulmonar. 
 As principais causas de consolidação 
pulmonar são as pneumonias, o infarto pulmonar e 
a tuberculose. As causas de atelectasia são as 
neoplasias e corpos estranhos. A síndrome de 
hiperaeração é representada pelo enfisema 
pulmonar. 
• Consolidação Pulmonar: 
Caracteriza-se pela ocupação dos espaços 
alveolares por células e exudato. 
1. Quadro geral: 
As manifestações clinicas principais são a 
dispneia e a tosse que pode ser seca ou 
produtiva, pode haver sangue misturado 
com muco ou pus na expectoração 
(expectoração hemoptoica), hemoptises, 
além de desconforto retroesternal e dor. 
2. Quadros específicos: 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA 
PNEUMONIA: Tríade principal – dor 
torácica, tosse produtiva (purulenta ou 
piossanguinolenta) e dispneia. Pode haver 
ainda febre, calafrios, astenia, anorexia, 
mialgia e sudorese. Não é raro acontecer o 
derrame pleural a partir de uma pneumonia 
inicial. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA 
TUBERCULOSE: A tosse, geralmente 
produtiva, é o sintoma mais comum da 
tuberculose pulmonar, pode ocorrer ainda 
hemoptise, dor pleurítica e dispneia. A febre 
que não excede38 ºC e surge 
principalmente no período vespertino é o 
sintoma sistêmico mais frequente, que pode 
ser acompanhado de perda ponderal, 
suores noturnos, perda de apetite, fraqueza 
e astenia. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA 
TROMBOEMBOLIA PULMONAR (TEP): 
 
 
 
 
4 
 
SEMIOLOGIA 
 
Pode haver consequências hemodinâmicas 
pelo aumento da resistência vascular 
pulmonar para um nível que o ventrículo 
direito não possa vencer causando o cor 
pulmonale e a insuficiência do ventrículo 
direito. 
Nos quadros não maciços pode ocorrer 
taquipneia, dispneia, dor torácica pleurítica, 
taquicardia, apreensão, tosse e hemoptise. 
Nos quadros maciços pode ocorrer o 
colapso circulatório e morte súbita. 
EXAME FÍSICO: Inspeção: Tosse produtiva, 
dispneia, dor torácica, expansibilidade diminuída. 
Palpação: Frêmito Toracovocal aumentado. 
Percussão: Submacicez ou macicez. Ausculta: 
Respiração brônquica substituindo o murmúrio 
vesicular que estará, consequentemente, 
diminuído, sopro tubário, broncofonia ou 
egofonia, pectorilóquia e estertores finos. 
• Atelectasias: 
A característica principal das atelectasias é o 
desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o 
espaço alveolar seja ocupado por células ou 
exsudato. 
As causas mais comuns são as neoplasias e os 
corpos estranhos que ocluem o lúmen dos 
brônquios. Se ocluir um brônquio principal 
ocorre atelectasia em um pulmão inteiro, se for 
em um brônquio lobar ou segmentar a 
atelectasia será em um lobo ou segmento 
pulmonar. 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS GERAIS: 
Dispneia, sensação de desconforto e tosse 
seca. 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
RELACIONADAS ÀS NEOPLASIAS: Os 
carcinomas epidermoides e de pequenas 
células normalmente se apresentam como 
tumores centrais de crescimento endobrônquico 
e próximo a grandes brônquios e da carina 
principal. Assim, os principais sintomas são 
tosse, hemoptise, sibilância, dispneia por 
obstrução brônquica e pneumonia de repetição. 
Os adenocarcinomas tendem a ser tumores 
periféricos, localizados no parênquima 
pulmonar, assim, geralmente são 
assintomáticos, mas podem cursar com dor 
secundária a invasão pleural ou da parede 
torácica, tosse, dispneia e abscesso pulmonar. 
Se houver invasão direta do mediastino podem 
levar a obstrução traqueal e insuficiência 
respiratória, além de outros sintomas 
relacionados com a topografia da região. 
EXAME FÍSICO: Inspeção: Retração de 
hemitórax e tiragem, dispneia, tosse seca, 
expansibilidade diminuída. Palpação: Frêmito 
Toracovocal diminuído ou abolido. Percussão: 
Submacicez ou macicez. Ausculta: Som 
broncovesicular, ressonância vocal diminuída, 
murmúrio vesicular abolido. 
• Enfisema Pulmonar / DPOC: 
A hiperaeração que se observa no enfisema 
pulmonar resulta de alterações anatômicas 
caracterizadas pelo aumento anormal dos 
espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, 
acompanhadas de modificações estruturais das 
paredes alveolares. 
A manifestação clínnica mais importante é a 
dispneia, que se agrava lentamente. No início 
ocorre apenas aos grandes esforços e nas fazes 
 
 
 
 
5 
 
SEMIOLOGIA 
 
mais avançadas aparece até em repouso. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Acontece a 
tosse crônica, seca ou com expectoração, 
principalmente matinal e dispneia. Quando não 
está ocorrendo um período de exacerbação em 
casos de DPOC leve, os sintomas são quase 
imperceptíveis, nas exacerbações e nos casos 
mais graves da doença pode haver aumento da 
dispneia, tosse com expectoração abundante 
que pode ser purulenta, taquipneia, período 
expiratório prolongado, respiração com lábios 
semicerrados, uso de musculatura acessória, 
cianose além de roncos, sibilos e estertores 
finos na ausculta pulmonar. 
Os pacientes mais graves podem evoluir para 
cor pulmonale com turgência jugular (sinal de 
Kussmaul), edema de membros inferiores, 
hepatomegalia, hiperfonese da 2ª bulha no foco 
pulmonar. 
EXAME FÍSICO: Inspeção: Expansibilidade 
diminuída, tórax em tonel nos casos avançados. 
Palpação: Frêmito Toracovocal diminuído. 
Percussão: Sonoridade normal no início e 
hipersonoridade com o agravamento da 
enfermidade. Ausculta: Murmúrio vesicular 
diminuído, fase expiratória prolongada e 
ressonância vocal diminuída. 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES DPOC: 
 
 DIAGNÓSTICO: A realização de espirometria é 
indispensável para o diagnóstico e importante 
para o estadiamento da DPOC. Obstrução ao 
fluxo aéreo é caracterizada pela relação entre o 
volume expiratório forçado no primeiro segundo 
(VEFl ), pela capacidade vital forçada (CVF), 
VEFI/CVF, abaixo de 0,70, ou abaixo do valor 
teórico normal, após a administração de 
broncodilatador. 
Além disso outros exames podem ser 
empregados como a gasometria (quando a 
saturação de O2 for menor que 92%), oximetria 
de pulso (em todos os pacientes), radiografia de 
tórax, tomografia de tórax, eletrocardiograma, 
 
 
 
 
6 
 
SEMIOLOGIA 
 
exames hematológicos, e outros. 
• Congestão passiva dos pulmões: 
A principal causa da congestão passiva dos 
pulmões são a insuficiência ventricular esquerda 
e a estenose mitral, ocorrendo acúmulo de 
líquido no interstício pulmonar. 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Dispneia de 
esforço, dispneia de decúbito e dispneia 
paroxística noturna, tosse seca e sibilância 
eventualmente. 
EXAME FÍSICO: O paciente pode apresentar 
taquipneia, cianose e baqueteamento digital, 
impulso de ventrículo direito ao longo da borda 
esternal esquerda, B2 hiperfonética e presença 
de B4. Caso houver desenvolvimento de 
insuficiência de ventrículo direito ocorre a 
elevação da pressão venosa jugular, 
hepatomegalia com ascite e edema de pés, 
além de insuficiência de tricúspide. Inspeção: 
Dispneia, tosse seca, expectoração rósea, 
expansibilidade normal ou diminuída. 
Palpação: Frêmito Toracovocal normal ou 
aumentado. Percussão: Submacicez nas 
bases pulmonares. Ausculta: Estertores finos 
nas bases pulmonares, prolongamento da 
expiração, ressonância vocal normal. 
DIAGNÓSTICO: ECG evidenciando hipertrofia 
de VD e aumento de AD, radiografia de tórax 
com aumento de VD e artéria pulmonar, 
ecocardiograma. 
• Escavação ou caverna pulmonar: 
São consequência da eliminação de 
parênquima pulmonar em uma área que sofreu 
microbiose. Pode ocorrer nos abscessos, 
neoplasias, micoses, e tuberculose 
principalmente. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: As 
manifestações são variáveis predominando 
tosse produtiva e vômica fracionada ou não em 
abscessos e hemoptise na tuberculose. 
EXAME FÍSICO: Para ser detectada no exame 
físico a caverna deve estar próxima à periferia 
pulmonar e possuir um diâmetro mínimo de 
aproximadamente 4 cm. Inspeção: 
Expansibilidade diminuída na região afetada. 
Palpação: Frêmito toracovocal pode 
apresentar-se aumentado caso ainda haja 
secreção na caverna. Percussão: Normal ou 
timpanismo. Ausculta: Murmúrio vesicular 
substituído por som broncovesicular ou 
brônquico, ressonância vocal aumentada ou 
pectorilóquia. 
Síndromes pleurais 
 As síndromes pleurais compreendem a 
síndrome pleurítica, a síndrome de derrame pleural 
e a síndrome pleural aérea (de pneumotórax). 
• Síndrome pleurítica: 
A pleurite, inflamação dos folhetos pleurais, 
pode ocorrer em várias entidades clínicas como 
tuberculose, pneumonia, moléstia reumática e 
outras colagenoses, viroses e neoplasias da 
pleura e do pulmão. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA PLEURITE 
AGUDA: Na pleurite aguda o principal sintoma é 
dor localizadaem um dos hemitórax, com 
características de dor pleurítica. Pode ocorrer 
também, tosse, dispneia, febre e outros 
sintomas relacionados com a entidade clínica 
causadora da pleurite. 
 
 
 
 
7 
 
SEMIOLOGIA 
 
EXAME FÍSICO PLAURITE AGUDA: Inspeção: 
Expansibilidade diminuída. Palpação: Frêmito 
Toracovocal diminuído. Percussão: Sonoridade 
normal ou Submacicez. Ausculta: Atrito pleural. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA PLEURITE 
CRÔNICA: Desaparecimento ou diminuição da 
dor da pleurite aguda causado pelo 
espessamento dos folhetos pleurais, pode estra 
presente a dispneia aos grandes esforços. 
EXAME FÍSICO PLAURITE CRÔNICA: 
Inspeção: Retração torácica, expansibilidade 
diminuída. Palpação: Frêmito Toracovcal 
diminuído. Percussão: Suvmacicez ou 
macicez. Ausculta: Murmúrio vesicular 
diminuído e ressonância vocal diminuída. 
• Pneumotórax: 
Acúmulo de ar no espaço pleural que penetra 
através de lesão traumática, ruptura de bolhha 
subpleural ou em afecções pulmonares como 
tuberculose, pneumoconiose, neoplasias, entre 
outras que põem em comunicação um ducto 
com o espaço pleural. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Dor no 
hemitórax comprometido, tosse seca e dispneia 
que varia de acordo com a quantidade de ar 
entre as pleuras. 
EXAME FÍSICO: Inspeção: Expansibilidade 
diminuída, pode ocorrer abaulamento dos 
espaços intercostais (Sinal de Lemos Torres) 
quando a quantidade de ar é grande. Palpação: 
Frêmito toracovocal diminuído. Percussão: 
Hipersonoridade ou som timpânico. Ausculta: 
Murmúrio vesicular diminuído, ressonância 
vocal diminuída. 
• Derrame pleural: 
Os derrames pleurais podem surgir a partir de 
pleurites, pneumonias, neoplasias, 
colagenoses, síndrome nefrótica e insuficiência 
cardíaca. São caracterizados pelo acúmulo 
anormal de líquido no espaço pleural. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Dor sem as 
características de dor pleurítica, tosse seca e 
dispneia cuja intensidade depende do volume 
de líquido acumulado. 
EXAME FÍSICO: Inspeção: Expansibilidade 
diminuída. Palpação: Frêmito toracovocal 
abolido na área do derrame e aumentado na 
área do pulmão em contato com o líquido 
pleural. Percussão: Macicez, pode haver 
hipersonoridade acima da área do derrame 
(ressonância skódica). Ausculta: Murmúrio 
vesicular abolido na área do derrame, egofonia, 
estertores finos na área do pulmão em contato 
com o líquido pleural na parte mais alta do 
derrame. 
Para diferenciar um derrame pleural de uma 
atelectasia podemos usar o SINAL DE 
SIGNORELLI (macicez à percussão da coluna 
torácica sugerindo derrame pleural), ou o SINAL 
DE LEMOS TORRES (abaulamento dos 
espaços intercostais principalmente durante a 
expiração forçada). 
DIAGNÓSTICO: É feito de forma clínica, 
radiológica e laboratorial. 
No exame de imagem pode-se observar uma 
opacidade homogênea em segmentos inferiores 
com conformação em parábola ou curva. 
Pode ser realizada uma toracocentese com 
objetivos diagnósticos ou para alívio do derrame 
pleural. 
 
 
 
 
8 
 
SEMIOLOGIA 
 
Análise do líquido pleural pode contribuir para o 
diagnóstico da causa do derrame, para tal deve 
se diferenciar o líquido se transudato ou 
exsudato. 
O transudato ocorre quando o acúmulo de 
líquido se deve a um desequilíbrio entre as 
pressões hidrostática e oncótica e tem como 
principais causas a ICC, cirrose e embolia 
pulmonar. 
O exsudato ocorre quando os fatores locais que 
influenciam o acúmulo de líquido pleural são 
alterados e tem como principais causas a 
pneumonia, câncer e embolia pulmonar. 
 
O líquido pleural também deve ser analisado 
quanto à sua coloração, presença de bactérias, 
citologia e bioquímica. 
 
 
Epônimos: 
• Sinal de Lemos-Torres: abaulamento expiratório 
localizado nos últimos espaços intercostais, 
principalmente à expiração forçada, nos pequenos e 
médios derrames. 
• Sinal de Litten: Definições do slide: Depressão 
horizontalizada nas regiões laterais inferiores 
torácicas durante a respiração. 
Sombra do diafragma na parede torácica durante a 
respiração do paciente em decúbito ventral com luz 
crânio-caudal. 
Definição encontrada na internet: é a visualização 
do diafragma quando o mesmo faz sua incursão 
durante a inspiração e expiração. Está abolido nos 
derrames pleurais moderados e volumosos. 
• Sinal de Signorelli: macicez na percussão das 
apófises espinhosas da coluna vertebral. (7º ao 11º 
espaço intervertebral). Usado para diferenciar 
derrame pleural de atelectasia (em que o som é 
claro pulmonar à percussão da coluna torácica). 
• Sinal de Abrahams: submacicez ou estertores 
creptantes sobre a parte acromial da clavícula, que 
sugere tuberculose pulmonar de ápice pulmonar. 
• Sinal de Hamman: é o som de mastigação, 
estridente, em sincronia com os batimentos 
cardíacos, ouvido sobre o precórdio no enfisema 
 
 
 
 
9 
 
SEMIOLOGIA 
 
mediastinal espontâneo, sendo produzido pelo 
choque mecânico do batimento cardíaco contra os 
tecidos preenchidos de ar. Observado nos casos de 
pneumomediastino ou pneumopericárdio, 
associado ao ferimento traqueobronquial. 
• Sinal de Ramond: Contratura da musculatura 
paravertebral torácica unilateral, denuncia 
comprometimento pleural inflamatório homolateral. 
• Sinal de Hoover: presença de retração da base 
do tórax durante a inspiração. 
 
 
EXERCÌCIOS 
 
1. 
 
2. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
SEMIOLOGIA 
 
3. 
 
4. 
 
 
Gabarito: 
1. B 
2. D 
3. D 
4. B

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