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CICATRIZAÇÃO E REPARO A tentativa do corpo de restaurar a lesão induzida por uma agressão local começam muito cedo no processo da inflamação e no final, resultam em reparo e substituição de células mortas ou danificadas por células saudáveis. Em geral, o reparo envolve 2 processos distintos: Regeneração- Consiste na substituição do tecido lesado por células parenquimatosas do mesmo tipo. Cicatrização- Consiste na substituição do tecido por tecido conjuntivo. A regeneração esta intimamente ligada com o tipo de célula que foi lesada. Há 3 tipos de células no nosso corpo; as lábeis, estáveis e permanentes. Lábeis- Continuam a proliferar por toda a vida, substituindo células que são destruídas continuamente. Ex. epitélio, vagina, cérvix, etc. Estáveis- Tem um nível normal baixo de duplicação. Todavia, elas podem passar por divisões mitóticas rapidamente em resposta à estímulos e desta forma reconstituir o tecido de origem. Ex. fígado, rim osteoblastos, etc. Permanentes- São as que não fazem divisão mitótica na vida pos-natal. Ex. cérebro. Cicatrização por tecido conjuntivo A cura começa bem cedo na inflamação quando os macrófagos começam a digerir o que sobrou do ataque dos neutrófilos aos microorganismos. Após 24 horas, os fibroblastos e as células endoteliais começam a proliferar e a formar um tipo especializado de tecido (tecido de granulação) que é o marco da inflamação em processo de cura. A cicatrização pode ser feita por primeira intenção ou por segunda intenção. Primeira intenção- O exemplo menos complicado é o de uma incisão cirúrgica limpa. Os bordos são aproximados por suturas, e a cicatrização ocorre sem contaminação bacteriana, e com a mínima perda de tecido, mantendo a arquitetura normal do tecido lesado. Segunda intenção- Quando há uma perda maior de células e tecidos, como ocorre no IAM, ulcerações inflamatórias, abscessos, queimaduras, etc., o processo de reparo é mais complicado. O denominador comum de todas essas situações é um grande defeito tissular que deve ser preenchido. A regeneração das células parenquimatosas não consegue reconstituir completamente a arquitetura original. Um tecido de granulação abundante cresce a partir da margem para completar a cicatriz. Esta forma é conhecida por cicatrização por segunda intenção. A cicatrização por segunda intenção difere da de primeira intenção por vários aspectos: grande defeitos tissulares inicialmente tem mais fibrina e mais restos necroticos e exudatos que devem ser removidos. Portanto a reação inflamatória é mais intensa. É formada uma quantidade muito maior de tecido de granulação. O aspecto que mais diferencia a primaria da secundaria é o fenômeno que chamamos de contração da ferida. Fatores que modificam a qualidade da resposta inflamatória: Influencias Sistêmicas- idade- Apesar do mito que os idosos tem cicatrização mais lenta, até hoje isto não foi provado nutrição- Proteínas, vitamina C e o zinco estão diretamente relacionadas com a formação do colágeno. Distúrbios hematológicos- Pacientes neutropênicos têm maior possibilidade de infecção bacteriana acarretando dificuldade na cicatrização. Diabete- microangiopatias e suporte nutricional para bactérias. Influencias Locais- Infecção- é a causa mais importante para o retardamento da cicatrização Adequação do suprimento sangüíneo- é uma influencia óbvia. Doenças arteriais, IAM e diabete são exemplos clássicos. O tipo de tecido agredido- O reparo perfeito só é possível em células lábeis e estáveis.
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