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CICATRIZAÇÃO E REPARO

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INTRODUÇÃO: 
▪ Mesmo antes do término da reação 
inflamatória, o corpo inicia o processo de curar 
a lesão e restaurar a estrutura e a função 
normal. 
▪ Esse processo é chamado de reparo, e envolve 
proliferação e diferenciação de vários tipos 
celulares e depósito de tecido conjuntivo. Os 
defeitos de reparo tecidual têm sérias 
consequências. 
▪ De modo oposto, o depósito excessivo de tecido 
conjuntivo (fibrose) é também causa de 
anormalidades significativas. 
▪ Portanto, os mecanismos e a regulação do 
processo de reparo são de grande importância 
fisiológica e patológica. 
REPARO TECIDUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTANTO: 
 O reparo ocorre nos tecidos lesados ocorre 
mediante 2 reações: 
✓ Regeneração; 
✓ Cicatrização; 
Ex: Mucosa do estômago → Reconstruir o epitélio 
por cicatrização comprometeria a produção do 
suco gástrico e muco → nesse caso ocorre a 
 
 
 
 
 
regeneração. Portanto: Tudo depende do tamanho 
da lesão, visto que não há capacidade infinita de 
fazer isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem: 
- Tem-se um tecido normal, com epitélio, vasos 
sanguíneos e células no tecido, como: 
macrófagos, células dendríticas, linfócitos. 
- Tive uma lesão mediante uma toxina de um 
microrganismo ou uma queimadura → se essa 
lesão é leve ou superficial → lesam as células da 
superfície, logo: entra em ação a capacidade de 
regeneração → consequentemente voltando a 
crescer ou a célula vizinha dela dar a 
capacidade de voltar ao normal, pois essa célula 
vizinha se replica, culminando num cenário de, 
após a regeneração, tecido igual ao normal e 
preservando sua função, ou seja: se for a parede 
do estômago continua produzindo suco 
gástrico, se é a pele, continua exercendo 
barreira. 
- Em contrapartida, numa lesão severa/intensa → 
não afetou só as células da superfície, adentrou 
até a derme e bem próximo de vasos sanguíneos 
→ nesse caso não ocorre regeneração e sim 
deposição de tecido de preenchimento, logo: não 
são as mesmas células, nem as mesmas funções 
→ mas a lesão é “tampada”, e isso envolve um 
processo inflamatório mediante os macrófagos 
& 
LESÃO 
CELULAR 
 
INFLAMAÇÃO 
REPARO 
REGENERAÇÃO CICATRIZAÇÃO 
Substituição do tecido 
perdido por um com a 
mesma forma e função. 
Substituição do 
tecido perdido por um 
tecido conjuntivo 
PATOLOGIA 
a fim de eliminar uma possível bactéria, 
consequentemente haverá um momento em que 
o macrófago se transformará em M2 para 
causar uma fibrose/cicatrização. 
CAPACIDADE DE PROLIFERAÇÃO DOS 
TECIDOS 
1) TECIDOS LÁBEIS OU INSTÁVEIS: São perdidos 
continuamente e substituídos pela maturação de 
células-tronco {promove a formação de células 
iguais} e pela proliferação de células maduras, Ex: 
epitélios de revestimento, mucosas. É importante 
salientar que esses tecidos se regeneram 
rapidamente após a lesão, já que as células-tronco 
são preservadas. 
2) TECIDOS ESTÁVEIS: São células quiescentes {ou 
seja: está na fase G0} e têm atividade proliferativa 
mínima em seu estado normal, mas são capazes de 
se dividir após a lesão. Ex: pâncreas, rim, fígado, 
tecidos em geral, com exceção do coração e 
cérebro. {Obs: Embora o fígado seja considerado 
tecido estável → tem capacidade de se regenerar, 
e por que ele não está no grupo dos instáveis/lábeis? 
porque ele não faz isso constantemente e sim 
quando precisa, ou seja quando sofre uma lesão} 
 
Dos órgãos estáveis, o fígado tem a capacidade de 
se regenerar → porque ele é que entra em contato 
com substâncias tóxicas, as quais também o 
degradam → logo: Ao longo da vida cada vez que 
tomo um comprimido, por exemplo, ele é absorvido 
no intestino, indo para o fígado e é hepatóxico → se 
não fosse a capacidade de regenerar o fígado, o ele 
ficaria com buracos, seriam cicatrizados e 
comprometeria a sua função. Entretanto, apesar de 
ter a capacidade de se regenerar, caso a lesão seja 
persistente, como um alcóolatra → gera-se uma 
cicatrização/fibrose, 
 
3) TECIDOS PERMANENTES: As células desses tecidos 
são consideradas terminalmente diferenciadas e 
não proliferativas na vida pós-natal. A maioria dos 
neurônios e as células musculares cardíacas 
pertence a essa categoria. Assim, uma lesão ao 
cérebro ou ao coração é irreversível porque os 
neurônios e os miócitos cardíacos não se 
regeneram, resultando em cicatriz. Portanto: Nos 
tecidos permanentes, o reparo é tipicamente 
dominado por formação de cicatriz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMO DE REGENRAÇÃO DO 
FÍGADO: 
 
 
 
 
 
 
 
ENTENDA O PROCESSO: 
 Tudo começa com a citocina TNF, a qual é 
produzida pelo macrófago 
M1/clássico/inflamatório que identificou uma 
lesão e está tentando fazer um processo 
inflamatório. 
 É sabido que o macrófago produz o TNF, e este 
atua na célula de Kuppfer ou em outro 
macrófago que está lá → estimulando a 
produção de IL-6, o qual estimula os 
hepatócitos a produzir a Proteína C Reativa → 
consequentemente, ativando o sistema 
complemento → que promove a inflamação, 
ENTRETANTO: NÃO É O QUE ESTÁ 
ACONTECENDO AQUI. 
 Nesse caso → o IL-6 pode estimular uma 
cascata de regeneração, chegando no 
hepatócito e estimulando-o a sair do estado G0 
 
e transitar para o G1, S, G2 mediante a interação 
com o fator de crescimento → Como isso 
acontece? expressando os receptores de fatores 
de crescimento epidérmico (EGFR), e os 
macrófagos produzem os fatores de 
crescimento como TGF-alfa {fator de 
crescimento transformante alfa} e HGF {fator 
de crescimento epidérmico epitelial}, além do 
HGF {fator de crescimento do hepatócito} 
atuando na célula, os quais se ligam no receptor 
EGFR, culminando na 
proliferação/regeneração. 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: o TGF-BETA é o freio → cicatrização. 
FATORES DE CRESCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
o Os fatores de crescimento polipeptídicos atuam 
de maneira autócrina, parácrina e endócrina. 
o Os fatores de crescimento são produzidos 
transitoriamente em resposta ao estímulo 
externo e atuam por ligação a receptores 
celulares. As diferentes classes de receptores 
para fatores de crescimento incluem os 
receptores com atividade intrínseca de cinase, 
receptores acoplados à proteína G e receptores 
sem atividade intrínseca de cinase. 
o Fatores de crescimento, como o fator de 
crescimento epidérmico (EGF) e o fator de 
crescimento do hepatócito (HGF), se ligam a 
receptores com atividade intrínseca de cinase, 
desencadeando uma cascata de eventos 
através das MAP-cinases, culminando em 
ativação do fator de transcrição e replicação de 
DNA. 
o A maioria dos fatores de crescimento possui 
múltiplos efeitos, com: 
✓ Migração e Diferenciação celulares 
✓ Estimulação da angiogênese e da Fibrogênese, 
✓ E Proliferação celular. 
o É importante salientar que dependendo da 
lesão, a conduta é diferente, ou seja: Se a lesão 
for fraca → faz a regeneração. Mas se o 
organismo sentir que a lesão é forte → iria 
produzir mais fatores de crescimento, 
culminando para a cicatrização. 
REGENERAÇÃO DO FÍGADO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA: Regeneração do fígado. Imagem de tomografia 
computadorizada do fígado de um doador no transplante de 
fígado de doador vivo. Em A o fígado do doador antes da 
operação, notar o lobo direito (contornado) que será retirado 
e usado como transplante. Em B, imagem do mesmo fígado, 
uma semana após a retirada do lobo direito, observar o 
aumento do lobo esquerdo (contornado) sem novo 
crescimento do lobo direito. 
EM SUMA: 
Imagem A: Pedaço retirado para doação. Depois de 
15 dias, tem-se a imagem B. 
Imagem B: Percebe-se que houve regeneração, além 
disso o lóbulo esquerdo fica mais robusto para dar 
conta do pedaço que foi doado, visando garantir que 
ele continue executando o trabalho com perfeição 
→ portanto a função do órgão permanece. 
O QUE ACONTECEU NESSE CASO? 
Como já foi mencionadoanteriormente, o TNF e IL-6 
preparam as células para a replicação estimulando 
a transição no ciclo celular de G0 para G1. A 
progressão através do ciclo celular é dependente da 
atividade de fatores de crescimento, como o HGF 
(produzido por fibroblastos, células endoteliais e 
células hepáticas não parenquimatosas) e fatores 
da família EGF, que incluem o fator de crescimento 
Receptor de 
fatores de 
crescimento 
epidérmico. 
Resultado: 
Proliferação 
Celular. 
transformador a (TGF-a), produzido por muitos tipos 
celulares. 
MECANISMO DE REPARO TECIDUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É importante salientar que a regeneração do 
fígado há um limite de duplicar as células, mas 
se a lesão for mais intensa não há células 
suficientes para esse reparo, 
consequentemente gerando a 
cicatrização/fibrose. 
IMAGEM: 
- Lóbulo hepático normal, faz um recorte, 
amplifica-se e ver uma região que se repete em 
vários lugares que é a tríade portal, composta 
por veias, artérias e ducto biliar para drenar a 
linfa que vem dos vasos linfáticos. 
- É um órgão que tem capacidade de receber 
nutrientes e eliminar excretas. Através dos 
vasos chegam nutrientes, entretanto chegam 
toxinas também para que o fígado possa 
desintoxicar. 
- Além disso, tem os sinusoides delimitados por 
hepatócitos → os hepatócitos vão produzir a 
IL6. 
- Em relação ao TNF, podem chegar mediante 
células que vieram do sangue ou por células que 
estão em contato com os hepatócitos, como as 
células de Kuppfer. 
- Cada hepatócito dispostos um na frente do 
outro possuem fibras reticulares, ou seja existe 
uma fronteira que separa os hepatócitos dos 
sinusoides, essas fibras dão sustentação. 
- Houve agressão no hepatócito, como ver isso? 
diminuiu um hepatócito {veja a imagem}, e está 
dentro da capacidade de reparo? Sim, visto que 
se trata de uma lesão leve, ademais → olha-se 
para as fronteiras/fibras reticulares, e elas 
permaneceram intactas → logo, também é um 
indicativo de que lesão foi leve, 
consequentemente ocorre a regeneração. 
- Entretanto, na figura ao lado tem-se uma 
desorganização mediante a quebra das fibras 
reticulares, desorganizando o órgão, ou seja é 
uma maneira de identificar que a lesão foi muito 
mais grave → logo, neste caso deposita-se 
tecido conjuntivo, ou seja é a 
cicatrização/fibrose, ao invés do reparo. 
 
 
CORRELAÇÃO CLÍNICA: 
 
→ Um alcoólatra, por exemplo, o nível de lesão é 
maior, logo: não há mais células 
troncos/hepatócitos para reconstruir as fibras 
reticulares e o órgão todo, ou seja: não há mais 
células para receber os fatores de crescimento 
e gerar proliferação, e sim fazer cicatrização. 
 
 
 
→ No pulmão de paciente com Covid-19, está tudo 
degradado, ou seja é uma lesão extensa, logo: 
deposita-se tecido conjuntivo, promovendo 
fibrose, comprometendo sua função. 
REPARO POR DEPOSIÇÃO DE TECIDO 
CONJUNTIVO: 
▪ Ocorre através da substituição das células 
lesadas por tecido conjuntivo, levando à 
formação de uma cicatriz/fibrose. 
▪ O reparo por meio da deposição de tecido 
conjuntivo consiste em processos sequenciais 
que se seguem à lesão dos tecidos e à resposta 
inflamatória. 
ETAPAS NO REPARO POR FORMAÇÃO 
DE CICATRIZ: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fígado 
Normal 
Imagem 
Amplificada 
dos Lóbulos. 
Tríade Portal 
Sinusoides 
Lesão Leve: 
Hepatócitos 
diminuídos, 
com fibras 
reticulares 
intactas. 
Lesão Grave: 
Hepatócitos 
desorganizados e 
diminuído, além 
disso as fibras 
reticulares foram 
rompidas. 
Tecido sofre 
regeneração 
Deposição de Tec. 
Conj, ou seja: 
Cicatrização. 
FIGURA: Etapas do reparo 
por cicatrização. A lesão a 
um tecido que possui 
capacidade limitada de 
regeneração, primeiro, 
induz a inflamação, que 
remove células mortas e 
micróbios, se algum. Isso é 
seguido pela formação de 
um tecido de granulação 
vascularizado e depois 
deposição de MEC para 
formar a cicatriz. MEC, 
matriz extracelular 
ENTENDA: 
• Tecido Normal: vascularizado, por ex: O tecido 
cardíaco {miócitos}. 
• Sofreu uma Lesão, por uma hipertensão, ou uma 
infecção, por exemplo. Na área da lesão pode ter 
bactérias, células danificadas/mortas e que 
precisam ser retiradas pois não dá para fazer 
cicatriz num lugar que está sujo, portanto: 
• Frente a lesão tem-se o processo inflamatório 
com chegada de neutrófilos, para a retirada das 
células que foram lesionadas → 
consequentemente tampando as lesões com 
tecido conjuntivo. 
• Ainda no processo de inflamação ocorreu a: 
Angiogênese, que consiste na fabricação de 
novos vasos, além disso tem-se a produção de 
fatores de crescimento, como o PDGF {fator de 
crescimento derivado das plaquetas} e o VEGF, 
o qual aumenta a permeabilidade, ou seja: é 
mitogênico para células endoteliais, 
• Em relação ao tecido de granulação possuem 
fibroblastos que migrou por causa da fatores de 
crescimento que o macrófago liberou, os quais 
se proliferam e formam o colágeno, que é um dos 
principais componentes do tecido conjuntivo, 
que ainda não está formado, mas é o começo da 
formação. 
• Formação da cicatriz: Depois que pega o 
fibroblasto e produz tecido conjuntivo {é uma 
rede que forma um arcabouço} que serve para 
novas células se ligarem e tamparem esse 
buraco. 
RESUMINDO, AS ETAPAS SÃO: 
✓ Tem-se a Lesão; 
✓ Processo inflamatório {visando fazer a limpeza do 
local}. 
✓ Formação de novos vasos (angiogênese) 
✓ Migração e proliferação de fibroblastos e 
deposição de tecido conjuntivo que, junto com a 
abundância de vasos e leucócitos dispersos, 
tem aparência granular e rósea, sendo chamado 
de tecido de granulação. 
✓ Maturação e reorganização do tecido fibroso 
(remodelamento) para produzir uma cicatriz 
fibrosa estável. 
TECIDO DE GRANULAÇÃO E CICATRIZ 
 
 
 
 
 
 
 Pontos vermelhos na imagem: são vasos, que 
derivaram do vaso pré-existente, ou seja 
mediante a angiogênese, 
 
 
 
 
Objetivo: para que esses vasos permitam a 
chegada de nutrientes, O2, retirem as excretas 
produzidas pelas células e garanta que tenha 
uma via que possa levar as peças para que 
possa montar esse novo tecido que vai 
cicatrizar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Colágeno completamente formado → que é a 
cicatrização/fibrose. 
 A cicatriz madura é pálida, porque os vasos são 
diminutos. 
ANGIOGÊNESE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A angiogênese é o processo de desenvolvimento 
de novos vasos a partir de vasos preexistentes, 
primariamente vênulas. 
 A angiogênese é essencial para a cura nos locais 
de lesão, para o desenvolvimento de circulações 
colaterais em locais de isquemia e para permitir 
o aumento de tumores e sua disseminação. A 
angiogênese envolve o brotamento de novos 
vasos a partir de vasos preexistentes e consiste 
nas seguintes etapas {observe a imagem}: 
• Figura A: Células troncos endoteliais que 
vem da medula e migram para o vaso que 
Tecido de Granulação 
Cicatriz Madura 
Vasos de pequeno 
calibre que 
derivaram do 
maior. 
Vasos 
maior/pré-
existente. 
Em roxo é o início da 
deposição de colágeno, ou 
seja: Início da cicatriz. 
está sendo formado, servindo de ponto de 
partida para os vasos. 
• Figura B: Processo de lesão e cicatrização é 
diferente do A, visto que tem um 
determinado local do vaso que por causa de 
fatores de crescimento começa a se 
propagar, ramificando muito mais que em A. 
COMO ACONTECE A ANGIOGÊNESE? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Perceba o vaso que está quiescente, ou seja: 
sem se proliferar → de repente o vaso recebe 
fatores angiogênicos, como VEGF {fator de 
crescimento endotelial do vaso} que são 
formados pelos macrófagos, e geram um 
comando que faz o vaso saber que tem que 
crescer → com isso, as células começam a se 
destacar para descontruir a parede visando 
inclinar essa parede no sentido do centro para 
direita, Obs: isso é reguladopelas 
metaloproteinases que degradam proteínas. 
 Essa enzima encontra outro vaso que está se 
propagando para esquerda, consequentemente 
formando as ramificações 
 Portanto: VEGF faz vasodilatação pois estimula 
o ÓXIDO NITRICO (NO) e comanda a 
propagação do crescimento. 
DEPOSIÇÃO DE TECIDO 
CONJUNTIVO/FIBROSE: 
→ Ocorre em duas etapas: 
1) Migração e proliferação de fibroblastos para o 
local da lesão. {Ou seja: primeiro faz o tecido de 
granulação, precisando trazer para o local da lesão 
fibroblastos e proliferá-los} 
2) Deposição das proteínas da MEC {colágeno} 
produzidas pelos fibroblastos. 
OBS: O fator de crescimento transformante-beta 
{TGF-beta} é a citocina mais importante para a 
síntese e a deposição de proteínas do tecido 
conjuntivo. Pois, graças ao TFG-beta que todos os 
fibroblastos trabalham na produção do colágeno. É 
importante salientar que esse TGF-beta são 
produzidos pelos macrófagos 
alternativos/M2/antiinflamatórios, que são 
ativadores da fibrose. 
REMODELAMENTO DO TECIDO 
CONJUNTIVO 
 O resultado do processo de reparo é 
influenciado pelo equilíbrio entre a síntese e a 
degradação de proteínas da MEC. {Ou seja: se 
passar do ponto, a produção de colágeno pode 
culminar num queloide, por isso a importância 
do equilíbrio} 
 A degradação dos colágenos e de outros 
componentes da MEC se tiver em excesso é 
mediada pelas metaloproteinases de matriz 
(MMP) {Ou seja: elas não podem sair 
degradando colágeno além do que preciso, logo 
- é necessário um freio para as 
metaloproteinases} 
 As colagenases ativadas podem ser 
rapidamente inibidas pelos inibidores de 
metaloproteinases de tecidos específicos 
(TIMPs) {ou seja a TIMPs é o “freio do freio”, que 
significa que é FARÓVAVEL ao colágeno}. 
REGULAÇÃO DAS 
METALOPROTEINASES (MMP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Se eu quiser que a célula produza os precursores 
das colagenases → ocorre o estímulo. 
▪ Entretanto se eu quiser frear → ocorre inibição. 
▪ Quando a colagenase (metaloproteinase) está 
quebrando o colágeno, posso pegar uma TIMPs 
e inibir essa degradação. 
FATORES QUE INFLUENCIAM O REPARO 
TECIDUAL 
 O reparo tecidual pode ser alterado por uma 
série de influências que frequentemente 
reduzem a qualidade ou a adequação do 
processo reparador. Os fatores que modificam a 
cura podem ser extrínsecos ou intrínsecos ao 
tecido lesado, esses são: 
✓ Infecção: É clinicamente a causa mais 
importante de retardo da cura, porque com a 
infecção você não fecha a ferida, não cicatriza, 
pois é o estímulo para o processo inflamatório, 
ou seja: sempre que tiver infecção o macrófago 
vai querer ser M1/clássico, entretanto o reparo é 
mediante o macrófago M2. Portanto, a infecção 
prolonga a inflamação e aumenta a lesão loca. 
✓ Diabetes: Dificulta a cicatrização pois os vasos 
estão obstruídos, e não tem como manter no 
tecido um bom suporte sanguíneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Estado nutricional: O reparo de um tecido é 
comprometido com a ausência de nutrientes, de 
energia, por exemplo, a deficiência de proteína, 
e especialmente a deficiência de vitamina C 
inibe a síntese de colágeno e retarda a 
cicatrização. 
✓ Glicocorticoides : Possuem efeitos anti-
inflamatórios bem documentados, sua 
administração pode resultar em cicatrização 
deficiente porque inibem a produção de TGF-b e 
diminuem a fibrose. 
✓ Fatores mecânicos: Se todo dia o reparo é feito e 
você arranca a ferida, ela não cicatriza, ou seja: 
fica deiscente. 
✓ Corpos estranhos: Se tem sujeira na ferida, serve 
de alarme para que a inflamação se propague, 
consequentemente a cicatrização não é feita. 
CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS 
→ A cura de uma ferida cutânea é um processo que 
envolve a regeneração do epitélio e a formação 
de cicatriz de tecido conjuntivo, e é ilustrativa 
dos princípios gerais que se aplicam à cura em 
todos os tecidos. 
→ Dependendo da natureza e do tamanho da 
ferida, a cura de feridas cutâneas pode ocorrer 
por primeira ou segunda intenção. 
• Quando a lesão envolve apenas a camada 
epitelial → o principal mecanismos de reparo é 
a regeneração epitelial, também chamada de 
união primária ou cura por 1ª intenção. 
• Ou seja: Uma pequena incisão, por exemplo → 
ocorre regeneração do epitélio, visto que a 
agressão foi leve. 
• É importante salientar que nesse cenário tem 
um pouco de tecido conjuntivo misturado com 
um pouco de regeneração que vai resolver o 
problema → formando a crosta da ferida. 
• Esse processo trás células de defesas, como 
neutrófilos, macrófagos, consequentemente o 
tecido de granulação começa a trabalhar → e a 
medida que o tempo passa, o tecido de 
granulação aumenta, portanto: percebe-se 
células que já regeneraram e algumas estão 
produzindo uma leve cicatrização que é vista 
após algumas semanas. 
• Em suma: Regenera-se em cima, e em baixo 
deposita-se um pouco de tecido conjuntivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Quando a perda de células ou tecidos é mais 
extensa, como ocorre em grandes feridas, 
abscessos, ulcerações e na necrose isquêmica 
(infarto) de órgão parenquimatosos → o 
processo de reparo envolve uma combinação de 
regeneração e cicatrização mais evidente, ou 
seja, a quantidade de colágeno é muito maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: A cura por união secundária envolve a 
contração da ferida. Esse processo tem sido 
atribuído à presença de miofibroblastos, os 
quais puxam o tecido para baixo, ocasionando 
uma depressão nas células, ou seja: não estarão 
no mesmo nível das células vizinhas. 
 
 
CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTANTO: Dependendo do tamanho do corte → se 
for pequeno tem-se uma cicatrização primária. 
Porém, se romper o tecido → deposita-se muito 
mais colágeno → gerando uma cicatrização 
secundária. 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DA FIBROSE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Epitélio sofre uma lesão → essa lesão 
promove uma perda da integridade que pode ser 
uma lesão: 
✓ Limitada (consegue regenerar) 
✓ Repetida (como a pessoa que bebe todo dia) 
✓ ou Severa (queimadura, por ex). 
 Na lesão severa → aciona-se células 
inflamatórias como macrófagos, linfócitos, 
gerando a produção de IL-13 por ex, que induz a 
motilidade e produção de muco → além disso, 
nas células dos fibroblastos ela estimula a 
síntese de colágeno. 
ANORMALIDADES NO REPARO DOS 
TECIDOS: 
 A formação inadequada do tecido de 
granulação ou a formação de uma cicatriz 
podem levar a dois tipos de complicações: 
✓ Deiscência da ferida; 
✓ E Ulceração; 
 A formação excessiva dos componentes do 
processo de reparo pode dar origem a cicatrizes 
hipertróficas e queloides. 
 
Figura 2-34 Cura de úlceras 
cutâneas. A, Úlcera por pressão 
da pele, comumente encontrada 
em pacientes diabéticos. B, Úlcera 
cutânea com grande lacuna entre 
as bordas da lesão. C, Delgada 
camada de reepitelização 
epidérmica e formação de 
abundante tecido de granulação 
na derme. D, Continuação da 
reepitelização da epiderme e 
contração da ferida. 
 
→ A cicatriz hipertrófica tende a ser reversível, 
regredindo parcialmente com o passar do 
tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2-32 Queloide. A, Deposição excessiva de colágeno na 
pele formando uma cicatriz elevada conhecida como 
queloide. B, Deposição de tecido conjuntivo espesso na 
derme. 
 
 
 
 
 
 
→ O queloide forma tumorações nas áreas de 
cicatrização, mesmo em feridas pequenas, 
podendo não regredir ou ter regressão muito 
lenta. 
EM SUMA: 
Tanto na cicatriz hipertrófica, como no quelóide → 
trata-se de situações em que os mecanismos de 
produção estão exacerbados e/ou os mecanismos 
de degradação da MEC estão reduzidos 
QUESTÕES NORTEADORAS 
1) Sobre o reparo através da regeneração, éCORRETO afirmar: 
a) Nos tecidos permanentes como os miócitos 
cardíacos, o reparo é caracteristicamente 
realizado pela regeneração. 
b) Os tecidos lábeis como o epitélio do trato 
gastrintestinal têm menor capacidade 
regenerativa quando comparados a tecidos 
estáveis como o fígado. 
c) Citocinas como a IFN- são produzidas, 
principalmente pelas células de Kupffer, e agem 
nos hepatócitos preparando-os para a resposta 
a sinais do fator de crescimento. 
d) A proliferação do fígado que está se 
regenerando é desencadeada por ações 
combinadas de citocinas e fatores de 
crescimento como o HGF, por exemplo. 
 
2) Sobre o reparo através da cicatriz, é CORRETO 
afirmar: 
a) Após uma lesão leve que causa danos no 
epitélio, mas não no tecido subjacente, o reparo 
ocorre pela rápida cicatrização, mas, após 
lesões mais graves com dano ao tecido 
conjuntivo, o reparo se dá pela regeneração 
completa do tecido. 
b) A atividade do TGF-beta estimula a migração 
e a proliferação de fibroblastos, o aumento na 
síntese de colágeno e fibronectina, bem como o 
aumento na degradação da MEC devido à 
elevação das metaloproteinases 
c) A angiogênese é a formação de novos vasos 
sanguíneos, que fornece os nutrientes e oxigênio 
necessários ao processo de reparo e o fator de 
crescimento que aciona a angiogênese e 
aumenta a permeabilidade é o VEGF. 
d) Os macrófagos M1 desempenham papel 
crucial no reparo, ao eliminar os agentes 
agressores e o tecido morto, ao fornecer fatores 
de crescimento e ao secretar citocinas que 
estimulam os fibroblastos e a síntese e 
deposição de tecido conjuntivo. 
 
3) Qual é a principal citocina envolvida na fibrose? 
a) IL-6 
b) TGF-beta 
c) IFN-gama 
d) IL-13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: D/C/B

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