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Aula 12 Clusters Empresariais ou APLs

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Clusters Empresariais 
ou 
Arranjos Produtivos Locais 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) 
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA (DAE) 
Notas de aula da Disciplina: Administração Estratégica (GAE-
117) 
CURSOS: ADMINISTRAÇÃO e SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
Professor: LUIZ MARCELO ANTONIALLI 
CLUSTERS EMPRESARIAIS 
 Clusters: aglomerados, agrupamentos, 
concentração; 
 
 “concentração setorial e geográfica de empresas”; 
 
 Característica: ganho de eficiência coletiva; 
 
 Vantagem competitiva derivada das economias 
externas locais e da ação conjunta (Porter, 1998). 
 
CLUSTERS OU APLS 
No Brasil a denominação clusters empresariais 
foi traduzida como 
 Arranjos Produtivos Locais (APLs) 
 
Adotado também pelo Sistema FIEMG ( SESI, 
SENAI e IEL ) 
e pelo SEBRAE-MG 
 
Suzigan (2002) denomina de Sistema Local de 
Produção/Inovação 
CARACTERÍSTICAS DOS CLUSTERS: 
 Fornecedores especializados de insumos e 
produtos complementares, canais de distribuição, 
agências normatizadoras e governamentais de 
apoio, universidades e associações ...  
promovem educação, treinamento, pesquisa e 
suporte técnico; 
 
 Formação dos clusters  necessidade local, 
vantagem comparativa regional, incentivos de 
governos e indústrias que atraem uma as 
outras. 
NÃO SÃO CLUSTERS . . . 
 Produção em setores e geografia dispersa não 
forma clusters; 
 
 Quando o escopo do trabalho e economia de 
escala são pequenos; 
 
 Importante: clusters são formados apenas quando 
ambos aspectos “setorial” e “geográfico” estão 
concentrados. 
SUZIGAN (2002) - TRÊS ASPECTOS RELEVANTES PARA 
ENTENDER OS CLUSTERS EMPRESARIAIS: 
 1) Economias externas locais: 
- existência de um denso mercado local de mão de obra 
especializada; 
 
- facilidades de acesso a fornecedores de matérias primas, 
componentes, insumos e serviços especializados e, 
muitas vezes, também de máquinas e equipamentos, 
 
- maior disseminação local de conhecimentos 
especializados que permitem rápidos processos de 
aprendizado, criatividade e inovação. 
 
SUZIGAN (2002) - TRÊS ASPECTOS RELEVANTES PARA 
ENTENDER OS CLUSTERS EMPRESARIAIS: 
2) Aglomeração geográfica de empresas em 
atividades similares ou relacionadas 
- Cluster necessariamente caracteriza-se como uma aglomeração 
geográfica de grande número de empresas de portes variados, com 
presença significativa de pequenas empresas não integradas 
verticalmente, fabricantes de um mesmo tipo de produto (ou 
produtos similares) e seus fornecedores e prestadores de serviços. 
 
- Também estão presentes na região do cluster alguma forma de 
governança pública ou privada como instituições de apoio 
(universidades, SEBRAE e instituições públicas, associações de 
classe) essenciais para coordenação bem como para o 
aproveitamento das economias externas locais e a disseminação de 
novos conhecimentos. 
 
SUZIGAN (2002) - TRÊS ASPECTOS RELEVANTES PARA 
ENTENDER OS CLUSTERS EMPRESARIAIS: 
3) Condicionantes históricos, institucionais, 
sociais e culturais: 
- O sucesso de um cluster, é medido pela capacidade de 
competição de suas empresas e, por extensão, por sua 
trajetória evolutiva em termos de crescimento da produção, 
geração de emprego, desenvolvimento tecnológico e inserção 
nos mercados interno e internacional. 
 
- Tudo isso é fortemente condicionado por suas raízes históricas, 
pelo processo de construção institucional, pelo tecido social, e 
pelos traços culturais locais. 
 
FATORES FACILITADORES DA FORMAÇÃO 
DOS CLUSTERS 
 Divisão do trabalho e da especialização entre 
produtores; 
 
 Estipulação da especificidade de cada produtor; 
 
 Surgimento de fornecedores de matérias-primas e de 
máquinas; 
 
 Surgimento de agentes que vendam para mercados 
distantes; 
(Amato Neto, 2000) - GERAM EFICIÊNCIA COLETIVA 
FATORES FACILITADORES DA FORMAÇÃO 
DOS CLUSTERS 
 Surgimento de empresas especialistas em serviços 
tecnológicos, fianceiros e contábeis; 
 
 Surgimento de uma classe de trabalhadores 
assalariados com qualificações e habilidades 
específicas; 
 
 Surgimento de associações para a realização de lobby e 
de tarefas específicas para o conjunto de seus membros. 
(Amato Neto, 2000) - GERAM EFICIÊNCIA COLETIVA 
ELEMENTOS INERENTES AO 
CONCEITO DE CLUSTERS: 
Afinidade - empresas no mesmo ramo de 
negócio atividade principal do cluster 
 
- Cada uma delas se especializa em tarefas 
específicas: 
 fornecimento de insumos e serviços; 
 Produção; 
 Comercialização; 
 Pesquisa; 
 Desenvolvimento de novos mercados. 
ELEMENTOS INERENTES AO 
CONCEITO DE CLUSTERS: 
Articulação - relacionamento próximo, 
intensivo e permanente entre as 
empresas que promove 
 
 Sinergia 
 
 Colaboração 
 
 Estimula a rivalidade e a competição. 
CICLO DE VIDA DE UM CLUSTER 
FONTE: Casarotto Filho e Pires, 2001, p. 70. 
CONDIÇÕES PARA O CLUSTER SER 
ESTRUTURADO OU COMPLETO: 
 Concentração geográfica; 
 Empresas e instituições de apoio na região; 
 Alta especialização; 
 Cooperação entre empresas e fornecedores; 
 Aproveitamento de subprodutos; 
 Reciclagem de materiais; 
 Muitas empresas do mesmo tipo; 
 Intensa disputa; 
 Administração dinâmica e moderna; 
 Defasagem tecnológica uniforme. 
 
 Fonte: Zaccarelli (1995) 
EXEMPLOS DE CLUSTERS NO MUNDO: 
 Estados Unidos: aviação, automóveis, indústria 
bélica, elementos radioativos, informática (hardware e 
software), copiadoras, biotecnologia, cinema, fosfatos, 
corantes, fotoquímica; milho, entre muitos outros. 
 
 Suíça: relógios, instrumentos ópticos, metais preciosos, 
joias, diamantes (brutos e lapidados), aparelhos 
deficientes auditivos e ortopédicos, motores marítimos, 
máquinas (têxtil, papel, metais), entre outros. 
EXEMPLOS DE CLUSTERS NO MUNDO: 
Suécia: papel, madeira pré fabricada, aço c/ alto teor 
carbono, artigos de borracha, louça banheiro, petroleiros, 
entre outras. 
 
Alemanha: indústria de café, máquinas p/ borracha, 
tubos de aço de alta pressão, máquinas agrícolas, 
corantes, eixos, manivelas, polias, polímeros acrílicos, 
óxido de ferro, zinco, chumbo, entre outros. 
EXEMPLOS DE CLUSTERS NO MUNDO: 
 Japão: motocicletas, gravador de imagem e som, 
máquinas de calcular, aparelhos de fotografia, 
termocópia, flash, receptores de TV a cores, tubo de 
imagem TV, produtos fotoquímicos, caminhões, 
automóveis, empilhadeiras, entre muitos outros. 
 
 Itália: pedra de construção trabalhada, cerâmica, 
vinho, joias, calçados, maletas de mão, tecidos de lã, 
relógios, cadeiras, acessórios para vestuários, vestidos, 
ternos, móveis (madeira e metal), couro, entre muitos 
outros. 
MODELO TEÓRICO QUE EXPLICA O SURGIMENTO DOS 
CLUSTERS EMPRESARIAIS 
Determinantes da vantagem competitiva nacional 
Modelo “Diamante” de Michael Porter 
PORTER, M. E. Vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro, 
Campus, 1989. 897p. 
 
MODELO DIAMANTE DE PORTER 
1) Estratégia, estrutura e rivalidade das empresas: representa 
as condições em que são estruturadas , organizadas e 
administradas as empresas dentro do país em estudo. Isso aliado 
com as condições em que se estabelece a rivalidade interna. 
 
2) Condições de demanda: relacionadas à natureza da demanda 
para os produtos ou serviços ofertados pelas empresas. Ou seja, o 
país ou região é comprador dos produtos e serviços oferecidos pelas 
empresas. 
 
3) Indústrias correlatas e de apoio: relaciona-se as indústrias 
queatuam em atividades que complementam (de forma competitiva) 
direta ou indiretamente as atividades da empresa em estudo. Ex. 
indústria de autopeças é correlata da indústria automobilística. 
MODELO DIAMANTE DE PORTER 
4) Condições de Fatores: englobam o posicionamento do país ou da 
região em termos de recursos como mão de obra especializada, 
disponibilidade de serviços profissionais especializados, infraestrutura 
de logística, energia, tecnologia, entre outros. 
 
5) Acaso: muitas das oportunidades de ampliação da competitividade de 
empresas em países ou regiões é fruto do impulso gerado por fenômeno 
não controláveis pelos gestores das empresas. Ex: guerras, catástrofes 
naturais, invenções, crises, decisões políticas, etc. 
 
6) Governo: o poder público pode influenciar os determinantes do 
Diamante ao promover ações que incentivam ou não a competitividade 
da indústria. Ex. Redução da carga tributária, subsídios, melhoria das 
estradas, portos, aeroportos, etc 
 
 
BRASIL ??? 
Será que temos clusters ou APLs no 
Brasil? 
 
 Será que temos clusters ou APLs em 
Minas Gerais? 
 
Será que eles promovem o 
desenvolvimento local e regional ? 
EXEMPLOS DE CLUSTERS OU APLS 
NO BRASIL: 
 Calçados: Rio Grande do Sul, Franca-SP, 
Nova Serrana-MG; 
 Soja: Mato Grosso e Goiás; 
 Frango: Santa Catarina; 
 Indústria têxtil: Americana-SP; 
 Suco de laranja: Bebedouro-SP e região; 
 Açúcar e álcool: Sertãozinho-SP e região; 
 Café: Sul e Triângulo Mineiro; 
 Cerâmica: Santa Gertrudes, Mogi Guaçu e 
Porto Ferreira (SP); 
OUTROS EXEMPLOS DE CLUSTERS OU APLS 
NO BRASIL: 
 Eletrodomésticos: (linha branca): 
Curitiba (PR); 
 Cacau: Sul da Bahia; 
 SAL (NaCl): Mossoró-RN 
 Camarão: Rio Grande do Norte; 
 Som e imagem: Zona Franca de Manaus 
(AM) 
 Vinhos: região de Bento Gonçalves-RS; 
 Entre outros.... 
CLUSTERS OU APL’S EM MG: 
 Microeletrônica: Vale da eletrônica (Santa Rita 
Sapucaí, Itajubá e Pouso alegre); 
 Ferro e aço: Belo Horizonte e região; 
 Biotecnologia: Belo Horizonte; 
 Fogos de artifício: Santo Antônio do Monte; 
 Calçados: Nova Serrana; 
 Móveis: Ubá e região; Carmo do Cajurú; 
 Aço inoxidável: Araguari; 
 Café: Sul de Minas e Triângulo Mineiro; 
CLUSTERS OU APL’S EM MG: 
 Fundição: Cláudio, Divinópolis, Itaúna; 
 Artefatos de alumínio: Araguari; 
 Malhas: Monte Sião; 
 Vestuário: São João Nepomuceno, Divinópolis, 
Formiga; 
 Telhas (cerâmica): Monte Carmelo; 
 Adubo fosfatado: Araxá; 
 Cachaça de alambique: Mesorregião do Vale do 
Jequitinhonha e Mucuri; 
 Gemas e artefatos de pedra: Mesorregião Vale do 
Jequitinhonha e Mucuri; 
 Projeto: turismo na área de influência da Estrada Real 
 Entre outros. 
 
OBAPL - Observatório Brasileiro de Arranjos Produtivos Locais 
Ministério do desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC 
http://portalapl.ibict.br/menu/itens_menu/gtp_apl/gtp_apl.html 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
AMATO NETO, J. Redes de cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidades 
para as pequenas e médias empresas. São Paulo: Atlas, 2000. 163p. 
 
FERNANDES, C.L.L. ; OLIVEIRA JUNIOR, R.H.O. Cluster no setor moveleiro: um 
estudo das potencialidades da região de Ubá (MG). In: X SEMINÁRIO SOBRE A 
ECONOMIA MINEIRA. Diamantina, UFMG/CEDEPLAR. 2002. 
 
RIBEIRO, H.P. A competitividade da indústria automobilística brasileira. In: ENCONTRO NACIONAL DOS 
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. 24, Anais ... Florianópolis: ANPAD, 2000. 
 
 
PERERA, l. C. J. ; MOORI, R. G. O cluster calçadista do município de Franca (SP): um 
estudo sobre a produtividade da mão de obra. In: ENCONTRO NACIONAL DOS 
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. 27, Anais... Atibaia: 
ANPAD, 2003. 
 
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Termo de 
referência para atuação do Sistema Sebrae em Arranjos Produtivos Locais. Brasília, 
julho/2003. 73p. 
 
SUZIGAN, W. ; GARCIA, R. ; FURTADO, J. Clusters ou sistemas locais de produção e 
inovação: identificação, caracterização e medidas de apoio. Instituto de Estudos para 
o Desenvolvimento Industrial - IEDI, São Paulo, maio/2002. 31p. 
 
OBRIGADO PELA ATENÇÃO! 
Prof. Dr. Luiz Marcelo Antonialli 
 
 Universidade Federal de Lavras (UFLA) 
 
 E-mail: lmantonialli@uol.com.br

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