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Max Weber nasceu na Alemanha, é um dos
principais fundadores da sociologia
moderna. Destaca-se como sociólogo,
jurista e economista. Buscou conhecer a
sociedade integrada a elementos culturais,
sociais e históricos. Iniciou a sua carreira
acadêmica em 1882 na Faculdade de
Direito da Universidade de Heidelberg e em
1989 se torna Doutor em Direito na
Universidade de Berlim. Em 1893 casou-se
com uma feminista chamada Marianne
Schnitger. Lecionou Economia nas
Universidades de Freiburg e de Heidelberg.
No decorrer da primeira Guerra Mundial foi
diretor de hospitais militares de Heidelberg.
Foi consultor alemão no estabelecimento do
Tratado de Versalhes, um dos redatores da
Constituição de Weimar e criador do artigo
48 desta constituição que foi usado por
Adolf Hitler para estabelecer seus poderes
ditatoriais.
O processo de Racionalização de Weber
A Sociologia de Weber foi responsável por buscar entender os fenômenos da
Sociologia Moderna Ocidental. O processo de racionalização para Weber consiste
nas mudanças culturais, sociais e estruturais sofridas pela sociedade decorrer do
tempo. Weber acreditava que a sociedade tinha se reduzido á logica racional isto é o
pensamento tradicional, religioso foi de forma progressiva sendo abandonado, esse
processo foi denominado como “desencantamento do mundo” o qual o sujeito
moderno estava dissociando dos costumes e crenças . A racionalização do mundo
“O HOMEM ESTÁ CONDENADO A TORNAR-SE VÍTIMA DE CÁLCULOS
SOBRE CÁLCULOS, APANHADO NA ARMADILHA DA NECESSIDADE
RACIONAL. QUISEMOS QUE A RAZÃO NOS LIBERTASSE, MAS NOS
TORNAMOS SEUS SERVOS.”
Formas de dominação Legítima para Weber
Weber considera a coerção fundamental ao poder de Estado,
contudo o poder baseado somente na força física é ineficaz para
manter a sua ordem. Observa-se então a importância da
dominação legítima, isto é, uma subordinação dos comandos
emitidos pelos líderes aos liderados, a obediência dos comandos
determinados. O Estado moderno se baseia na dominação.
Desse modo Weber propõem 3 tipos ideais de autoridade: a
tradicional que tem por ideologia a crença nas tradições, a
carismática que é devota a santidade ao heroísmo, caráter
exemplar do individuo e a jurídico racional que tem sua crença
pautada na legalidade das normas e naqueles em que se delegou
a autoridade de emitir comandos.
A OBRA DE FRIEDRICH NIETZSCHE – O FILÓSOFO DA CONDIÇÃO PÓS MODERNA
NUREMBERG • QUARTA-FEIRA • 01 out. 1947
Distribuição gratuita. 24/05/2018
Weber, Nietzsche e o Holocausto: rumo ao desencanto com a modernidade
social foi a essência da modernização, que dava poderes a tecnologia. A racionalização dominaria por meio
de 3 procedimentos a serem realizados como o controle do mundo através do cálculo, ou seja, resolução
dos problemas com a inserção da tecnologia apropriada, a sistematização do significado e do valor e a
existência de uma regra ou um principio moral abstrato que a sociedade deve seguir, desvinculando dos
impulsos emotivos.
A MORTE DE DEUS
Tido como um polêmico
escritor filósofo do século XX
que “matou Deus”. O que na
verdade era uma crítica e um
profundo ataque ao
cristianismo, pois a moral
vigente era uma moral
religiosa, contraditória, uma
vez que ensinava-se a não
matar mas utilizava-se de
tortura e morte para com
aqueles que não seguiam tal
moral: uma religião como meio
de alguns indivíduos
dominarem outros.
SOBRE A VERDADE
Para Nietzsche devemos buscar a
verdade, porém as consequências
podem ser perturbadoras, pois a
verdade de hoje prova que a
verdade de ontem estava errada, e
da mesma forma a verdade que
criaremos ou que encontraremos
amanhã irá “provar” o erro de nossa
verdade atual. A verdade é uma função, um meio pela qual se chega a uma
resposta. São fluxos de energia conflitantes na tentativa de obter respostas
claras, mas no fim todas as verdades são parciais, que podem servir ou dar
efeitos contrários aqueles que se busca em determinado tempo ou ocasião.
(Fonte: pensador.com) 
O Julgamento de Nuremberg
a condenação dos prisioneiros
Nazistas. pág. 4
Filosofia em diaO Tribunal Militar Internacional para aAlemanha, comumente conhecido como
Tribunal de Nuremberg foi criado pelos
Aliados, vencedores da 2º Grande Guerra,
com a finalidade de julgar os prisioneiros
do regime Nazista, apesar da discussão
jurídica que existia entre eles: a criação
do tribunal e a legalidade dos atos
nazistas. Portanto um tribunal de exceção,
instituído pós facto, de caráter temporário.
(Fonte: Tribunal de Nuremberg – 2018)
Haviam críticos a essa criação? 
O que argumentavam os 
defensores? O julgamento 
seguiu o princípio da legalidade?
O tribunal foi criado por uma Carta que
oferecia legitimação, contudo os críticos
acreditavam ser a criação de um novo
direito e então aplica-lo retroativamente.
Além disso, questionavam a caráter político
do tribunal já que eram os vitoriosos a
julgar os derrotados impotentes e que o
direito de defesa dos réus teria sido
limitado. Outra crítica foi devido a escolha
dos juízes que ocorreu de forma totalmente
arbitrário, escolhidos pelos aliados sem
nenhum critério. Além disso, [Se] “tivesse
prevalecido o poder nazista, a autoridade
para determinar como devem ser as coisas
teria considerado que nenhuma lei foi
infringida e nenhum crime contra a
humanidade foi cometido no holocausto”
(BAUMAN, 1989:7) Os defensores do
tribunal afirmavam que teria sido legitimado
dentro das leis existentes, foi justo e um
bom julgamento político, além de ter
preenchido lacunas, criando um sistema
de repressão e punição para
crimes antes ignorados, como os crimes de
guerra, contra a humanidade. E se orgulhavam
do fato que ele se tornou uma resposta positiva e
efetiva contra as atrocidades ocorridas no
Holocausto conhecidas sobretudo a partir das
provas documentais e testemunhais
apresentadas durante o julgamento.
Segundo a consequência lógica da análise de
Shklar em seu livro Legalism, em citação por
(Morrison, 2006) o legalismo é uma opção
política, e, portanto, é possível sacrificá-lo em
nome de objetivos mais importantes, ele afirma
que existem boas e más políticas, assim como
bons e maus julgamentos políticos e o julgamento
de Nuremberg foi um bom julgamento, tendo
fornecido plena proteção legal aos réus. Os
aliados utilizaram os princípios clássicos do
legalismo. Além do mais, no Art 6º do acordo
firmado em Londres, criado pelas quatro
potências vencedoras para realizarem o
julgamento, tipifica os crimes de competência do
tribunal, crimes contra a paz, crimes de guerra e
crimes contra a humanidade.
Referencias:
MORRISON, Wayne; Filosofia do Direito: dos Gregos ao Pré-
modernismo. Tradução: Jefferson L. Camargo; 1ª edição - São Paulo, 
Martins Fontes 2006. 
PINTO, Rinaldo Sergio Guimaraes. O Tribunal de Nuremberg e o 
princípio da reserva legal. Disponível em: 
<http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-tribunal-de-
nuremberg-e-o-principio-da-reserva-legal,49855.html>. Acesso em: 
20/05/2018. 
SILVA, Tatiane Fonseca da. O Julgamento de Nuremberg e sua relação 
com os Direitos Fundamentais e com o Direito Internacional: Uma 
análise necessária. Arquivo em PDF. Disponível em: 
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/levs/article/viewFil
e/3746/2824
ZOCOLER, Marcos Rafael. O Tribunal Militar Internacional para a 
Alemanha – Tribunal de Nuremberg. Disponível em: < 
https://jus.com.br/artigos/25599/o-tribunal-militar-internacional-
para-a-alemanha-tribunal-de-nuremberg > Acesso em: 20/05/2018
DIAS, Adamo, CATONNI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade; Carl Schmitt: 
um teórico da exceção sob o estado de exceção; Revista Brasileira de 
Estudos Políticos, Belo Horizonte, MG, Nº 105 -pp. 225-276, Jul./Dez. 
2012.
Professor: Ícaro Moreira 
Ursine
Autores: Alaine Martins; 
Izabella Luiza Rezende; Junia
Mara Ferreira; Marina Barbosa 
Dias; Sabrina Silvia da Silva; 
Tadeu Augusto Câmpara 
Maiello; Victor Raydan Duque 
Ferreira.
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Pág. 1Pág. 4
O TRIBUNAL DE NUREMBERG
SOBRE A DIFICULDADE DE DAR UMA
DEFINIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
Basicamente, Nietzsche traz a dificuldade em
diferenciarmos a origem e a utilidade de uma
instituição em nossa sociedade: dizemos que o
castigo existe porque se deve castigar, e assim o é
para justificar a existência de qualquer instituição,
qual seria então sua finalidade e cabimento para a
sociedade. É trago então pelo autor que o fim se
torna uma vontade de potência que se tornou
senhora de algo menos poderoso.
A ASCENSÃO DE UM FUHRER
A história tem se mostrado um tanto quanto
repetitiva, e nos impressiona como a humanidade, no
seu sentido mais amplo da palavra, tem a tendência
em cometer os mesmos erros do passado.
Historicamente, o surgimento de novos líderes foram
consequências de uma grande instabilidade político-
social, e com Hitler não fora diferente; a derrota
militar, a queda da monarquia, a depressão
econômica, os resultados desastrosos da derrota na
primeira-guerra, os julgamentos da política interna e
externa numa democracia importada, a relutância de
muitas pessoas em tentar entender os avanços mais
recentes e aceita-los, todos esses fatos, acontecendo
ao mesmo tempo, se tornaram um campo fértil para
que Hitler disseminasse sua mensagem e deram vida
a sua criação fantasiosa de um inimigo real, o povo
alemão, por sua vez, enaltecidos com as ideologias
do Terceiro Reich e estavam fadados a mais um erro
histórico.
O PERSPECTIVISMO
É o argumento de Nietzsche segundo qual
toda visão é uma entre muitas interpretações
possíveis, no sentido que o perspectivismo é
tanto uma interpretação quanto um
entendimento da natureza do contexto geral
que denota uma interpretação autoconsciente
e criatividade, onde não existem fatos
independentes, pois precisam de interpretação
de modo a serem comparadas para se
escolher a interpretação correta, assim como
no sistema jurídico, na qual se obedecem a
regras.
A GENEALOGIA DA MORAL
Diante dos pensamento de Nietzsche nota-se que a
moral é a máquina construída para dominar os outros.
Uns dos argumentos de Nietzsche é que cristo pode
ter sido uma figura poderosa que defendeu seus
valores mesmo diante da morte, mas que as igrejas
tradicionais eram instituições que promoviam os
interesses dos que não são capazes de se manter
sobre os próprios pés. Para ele a havia quatro
tradições morais: moral cristã, a moral secular
(exemplo a moral de Kant), a moral comum da massa
da humanidade, sendo está que Nietzsche repudiava,
pois acreditava que seria como valores de rebanho, e
os valores pré-socráticos, onde cada um tinha suas
concessões. Uma genealogia de interesses, onde os
verdadeiros processos haviam sido influenciados pelo
ressentimento dos fracos a fim de pôr limites aos
fortes e vitoriosos que deveriam rejeitar a moralidade
tradicional e favorecer a criação de novos valores
para si próprios.
DEIXE FLUIR
Podemos formar
um processo
contínuo de
destruição e
reconstrução das
estruturas sociais
fazendo uma
ligação com as
ideias
Nietzschianas onde
se tem a verdade e
a constituição do.
cosmo como perspectivismo que moldamos a realidade e
formamos a nos mesmos está estrutura, isso significa
que conhecimento é um instrumento distinto do poder,
onde se tem em nós mesmos o poder de ordenar,
simplificar, falsificar e distinguir artificialmente. O
conhecimento é um instrumento de vida
SOBRE A NECESSIDADE DE MUDAR O
DESTINO E O TIPO DO HUMANO
Segundo Nietzsche o problema não é se a
humanidade se manterá e sim que tipo de homem
será mantido. O homem ao criar promessas
precisa necessariamente saber calcular e
computar quais os meios utilizados e objetivos a
serem alcançados, e somente medindo dessa
forma suas ações podeira garantir o futuro e
então cumprir efetivamente com suas professas,
o que traz a ideia da responsabilidade do ser
humano para com o mundo. Pois os grandes, que
efetivamente exercem sua potência, seguem suas
próprias regras e promessas, enquanto que a
massa se submete ao controle e a padronização
absoluta de comportamento.
SOBRE O DESAMPARO DO HOMEM
MODERNO
A modernidade trouxe a incerteza para o homem,
que busca justamente a certeza e a simplicidade
se inserido no contexto da massa. Porém o não
enfrentar a verdade do mundo a partir da vontade
de potência, se não buscarmos uma
autodeterminação, a sociedade estará destinada
a aniquilação. Necessário então deixar esse
entendimento de massa.
O HOLOCAUSTO
A APROPRIAÇÃO DOS
PENSAMENTOS DE
NIETZSCHE
Como todo movimento político, os
Nazistas sentiram a necessidade de um
pensamento filosófico que justificassem
seus atos, para tanto, usaram de
manipulação (fato não inédito) para
convencer parte da população que não
estavam totalmente satisfeitas com os
discursos de Hitler. Para dar
credibilidade intelectual às crenças e
práticas os nazistas empregaram técnicas
de edição duvidosas e intencionalmente
distorcidas no significado dos textos de
Nietzsche, muitos acreditam que uma das
responsáveis pela confusão literária
sobre Nietzsche foi sua irmã Elizabeth,
que possuía o controle sobre a
propriedade literária de seu irmão,
Elizabeth era casada com Bernhard
Förster, um líder anti-semita, e foi
apoiadora entusiasta do partido nacional-
socialista quando estes subiram ao poder
em 1933, sua proximidade com Hitler e
outros líderes nazistas levaram
estudiosos à documentos que provam as
diversas maneiras em que ela procurou
distorcer o legado de Nietzsche, ora
suprimindo ou alterando textos, e em
alguns casos emitindo cartas em nome do
irmão.
IN MEMORIAM 
Entre 1933 e 1945, mais de 11 milhões de
homens, mulheres e crianças foram
assassinados no Holocausto.
Aproximadamente seis milhões destes
eram judeus.
(Children behind a barbed wire fence at the Nazi concentration camp 
at Auschwitz in southern Poland. Photo by Keystone/Getty Images)
“A Democracia requer homogeneidade,
o que só existe a partir da eliminação da
heterogeneidade”
A frase acima contém a resposta de Carl
Schmitt quando indagado: Como, então, pode
haver coerência numa sociedade formada por
uma pluralidade de grupos e interesses?
Carl Schmitt foi um jurista, filósofo político e
professor universitário alemão. Nasceu na
Alemanha em 1888. Torna-se doutor em
direito em 1910. Considerado um dos mais
significativos e controversos especialistas em
direito constitucional e internacional da
Alemanha do século XX.
A crítica de Carl Schmitt
Carl Schmitt concentra sua crítica ao liberalismo que é o foco de sua objeção ao
parlamentarismo moderno e propõe a recuperação do conceito de soberania (sob a ótica
da exceção) como ordenador da política e da sociedade. Para ele o liberalismo subvertia
o direito do povo à autodeterminação e com isso grupos de interesses dos mais diferentes
utilizavam as instituições em benefício próprio. Sua simpatia e posterior aderência ao
nazismo, muito provém de seus pensamentos de que o Estado não é limitado pela norma
criada pelos indivíduos, até porque os indivíduos não possuem autonomia privada frente
ao Estado. Embora fosse de origem religiosa católica, ao longo de seus escritos e teorias,
Schmitt sustenta a prevalência do Estado e suas normas a interesses dos cidadãos sem
que se fosse necessário justificar a norma estabelecida pelo Estado; ele fora convencido
pelas propagandasnazistas quanto a eficiência de tal sistema na homogeneidade que
defendia desde o início de sua trajetória de escritos.
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