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AULA 6 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS EVICÇÃO E VÍCIO REDIBITÓRIO

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Teoria geral dos contratos 
EVICÇÃO E VÍCIO REDIBITÓRIO
Prof. Ma. Maria Luiza Sapori Toledo Roquette 
DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS
Art. 441 ao 446
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Ações Edilícias: 
Ação redibitória: 
Ação estimatória: 
Para configuração é necessário:
Contrato comutativo – também se aplica ao contrato de empreitada. 
Vícios e defeitos sejam ocultos 
Vícios ou defeitos ocultos já existam ao tempo em que foi adquirido – mesmo que manifestados posteriormente. 
Defeitos sejam desconhecidos do adquirente. Ex: Vende-se no estado que se encontra
Defeitos sejam graves. Ex: esterelidade de touro reprodutor; aquecimento motor veículos em subidas; inundações em terreno
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Ação estimatória (actio quanti minoris)
Não pode cumular com ação redibitóra
A escolha entre uma ou outra ação é IRREVOGÁVEL. 
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Alienante com má-fé: restituir o que recebeu mais perdas e danos (prejuízos + lucros cessantes)
Alienante com boa-fé: devolução do valor adquirido mais despesas com contrato. 
 
Partes podem convencionar a ampliação dos limites da garantia em benefício do adquirente. 
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Perecimento vício oculto já existente à época da tradição – art. 443. – Ex: morte do animal adquirido. 
APENAS Ação redibitória. Rescisão contratual + despesas + perdas e danos. 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
Prazo decadencial
Contados: 1) da entrega efetiva 
 2) da alienação – Ex: locatário que compra imóvel 
 As partes podem ampliar o prazo. 
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
Ex: caso de uma máquina que possui uma peça defeituosa; imóvel com defeito na fundação.
180 dias bens móveis
01 ano imóveis
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Lei especial – uso local - §1º art. 445 
Ex: Cavalo de corrida 
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
Cláusula de garantia é obstativa da decadência (prazos do art. 445 não correrão) - Os prazos decadenciais não correm durante o período da garantia contratual
Deverá efetuar a denúncia no prazo de 30 dias ao alienante, caso contrário ocorrerá a decadência – perde direito à ação judicial. 
Se o alienante não solucionar o defeito o adquirente pode ajuizar a ação redibitória OU estimatória. 
OBS: Em síntese, haverá cumulação de prazos, fluindo primeiro o da garantia convencional e, após, o da garantia legal. Se, no entanto, o vício surgir no curso do primeiro, o prazo para reclamar se esgota em trinta dias seguintes ao seu descobrimento. 
 Se um primeiro objeto é substituído por outro, porque tinha defeito, o prazo para redibir o contrato conta-se da data da entrega do segundo
EXCEÇÃO – JURISPRUDÊNCIA: 
quando se trata de máquinas sujeitas a experimentação - sujeita a ajustes técnicos, o prazo decadencial conta-se do seu perfeito funcionamento e efetiva utilização.
vendas de animais - conta-se da manifestação dos sintomas da doença de que é portador, até o prazo máximo de cento e oitenta dias.
 Hipóteses de descabimento das ações edilícias:
Coisas vendidas conjuntamente – art. 503. Salvo se forem inseparáveis. 
Inadimplemento contratual – entrega de coisa diversa da contratada. Exigir o cumprimento ou pedir a resolução com perdas e danos. Ex: compra de material de determinado tipo e recebimento de outro. (contrato é descumprido)
Erro quanto as qualidades essenciais do objeto. Adquirente não queria comprar a coisa que adquiriu Ex: compra do relógio que funciona e que não é de ouro como adquirente imaginou. 
ATENÇÃO: Coisa vendida em Hasta pública.
DA EVICÇÃO 
ART. 477 AO 457
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
Perda da coisa em virtude de SENTENÇA JUDICIAL - motivo anterior
 Evincere – ser vencido num pleito relativo a coisa adquirida de terceiro. 
Evicção é uma garantia dada de pleno direito ao adquirente do domínio, da posse ou do uso de um bem, por contrato oneroso, contra o alienante
ALIENANTE (responsável pelos riscos da evicção)
EVICTO (adquirente vencido na demanda movida por terceiro)
EVICTOR (terceiro reivindicante e vencedor da ação) 
 Tem direito a garantia o proprietário, possuidor e usuário. 
 Denunciação da lide
Vendas por hastas públicas – realizadas pelo Estado. Dever de indenizar:
Antigo proprietário, se recebeu saldo remanescente
Credor que obteve proveito com a venda 
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Ex: Pagamento em dobro; pagamento pela metade ou exclusão da responsabilidade do alienante.
 Silêncio do contrato?
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
Limitação na cláusula que exclui a responsabilidade do alienante. 
Se o adquirente não foi informado do risco e o desconhecia;
Se o adquirente foi informado mas não o assumiu; 
Se o adquirente estava ciente do risco e expressamente o assumiu – renúncia. (contrato aleatório)
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: 
Evicção total – restituição total do que pagou (salvo art. 449 ou 448).
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
Ex: aluguéis; colheitas; produção de uma fábrica; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; 
O quantum dos prejuízos terá por base o valor da coisa quando da evicção. 
Ill - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque vencido sofrido, no caso de evicção parcial. 
O Superior Tribunal de Justiça tem proclamado: “Perdida a propriedade do bem, o evicto há de ser indenizado com importância que lhe propicie adquirir outro equivalente. Não constitui reparação completa a simples devolução do que foi pago, ainda que com correção monetária.”. 
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. 
 E se a coisa veio a se deteriorar por ATO CULPOSO do adquirente (negligência, imprudência ou imperícia)?
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagensdas deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. 
Ex: recebimento valor seguro; venda materiais resultantes da demolição de um prédio.
 Enriquecimento injusto.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. 
Alienante poderá ingressar com ação regressiva contra o evictor para o reembolso das benfeitorias pagas ao evicto. 
Não se aplica às benfeitorias voluptuárias. 
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. 
São pagas pelo terceiro reivindicante que venceu a ação reivindicatória, se não forem abonadas (reembolsadas) na sentença ao adquirente evicto. 
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. 
Parte considerável: finalidade da coisa – o contrato não se aperfeiçoaria se o adquirente conhecesse a verdadeira situação. 
Art. 456 (revogado)
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. 
 Presume-se que o adquirente renunciou à garantia da evicção – direito apenas ao preço que desembolsou (salvo se assumiu o risco). 
Perda por motivos supervenientes à alienação. 
Requisitos: 
Perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada
Onerosidade da aquisição
Ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa
Anterioridade do direito do evictor 
Lei 13.097/2015 – concentração dados nas matriculas imobiliárias.
“o terceiro de boa-fé que adquire propriedade – ou outros direitos reais imobiliários – será imunizado da privação do direito, se posteriormente alguém postular a referida titularidade por atos jurídicos precedentes que não tenham sido registrados ou averbados na matrícula do imóvel”.

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