Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Curso de Direito
Núcleo de Prática Jurídica
SAJUR – Serviço de Assistência Jurídica
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMIÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE LAJEADO/RS
Processo n.º 017/1.18.0002949-1
ARCELA GUILANTE, brasileira, viúva, beneficiária do INSS, inscrita no CPF sob n.º 776.881.470-34, portadora do RG n.º 4055020269, residente e domiciliada na Casa de Repouso Aconchego, localizada na Rodovia ERS 421, n.º 3350, bairro Conventos, nesta cidade, vem através de sua procuradora, à presença de Vossa Excelência, apresentar:
IMPUGNAÇÃO
à AÇÃO DE CURATELA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA, proposta por SILVIO GUILANTE, já qualificado nos autos, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
 
 
I. PRELIMINARMENTE: INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL
	Conforme dispõe o artigo 749 do CPC "incumbe ao autor, na petição inicial, especificar os fatos que demonstram a incapacidade do interditando para administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil, bem como o momento em que a incapacidade se revelou". Contudo, o requerente, na petição inicial, apenas descreveu a doença que acomete a demandada e salientou que “[...] os atos da vida civil para os quais a Curatelanda não está apta, bem como o início da incapacidade, deverão ser definidos em perícia médica realizada por esquipe multidisciplinar [...]”. 
	Tais alegações não são suficientes para nomear o requerente como curador e, ainda, a petição não fez menção, em tempo algum, que a requerida é incapaz de reger sua pessoa ou administrar seus bens, por tais motivos, a petição inicial deve ser considerada inepta e o processo deve ser extinto sem julgamento do mérito, nos moldes do artigo 485, I, do CPC.
II. DO MÉRITO
	No que se refere ao mérito do pedido, cabe ressaltar que as doenças alegadas pelo requerido, como hipotireoidismo, Alzheimer e desnutrição proteico/calórica, CID’s10: E039, F001 e E46, não são suficientes para dar causa a interdição.
Além disso, na petição inicial o autor alega que a requerida possui demência pela doença de Alzheimer, contudo, apenas o atestado elaborado pelo médico, o qual foi levado até a requerida pelo autor da ação, não pode dar azo à decretação de sua interdição.
	Sendo assim, apenas um atestado médico não pode ser suficiente para tornar a requerida incapaz, como quer o requerente.
III. PEDIDO
	Por todos os motivos alegados acima, requer: 
a) A realização de prova pericial, nos termos do art. 753, §2º, a fim de avaliar a incapacidade da requerida;
b) Que seja indicada pela prova pericial, especificadamente, os atos para os quais haverá necessidade de curatela;
c) Protesta pela produção de todos os meios admitidos; 
Nestes termos, pede deferimento.
Lajeado/RS, 25 de outubro de 2018.
Giovana Beatriz Schossler,
 OAB/RS 59.273.
Estagiários: Bernardo e Monique
Av. Benjamin Constant, 2718, bairro Florestal, Lajeado – RS
Fone: (51)3714-7038 E-mail: sajur@univates.br

Mais conteúdos dessa disciplina