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REVASC 18'7

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
FACULDADE DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
RODRIGO FONSECA MARQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO PULPAR: UMA ALTERNATIVA DE TERAPÊUTICA 
ENDODÔNTICA PARA DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA E 
NECROSE PULPAR – REVISÃO DE LITERATURA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM - PA 
2018 
 
 
RODRIGO FONSECA MARQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO PULPAR: UMA ALTERNATIVA DE TERAPÊUTICA 
ENDODÔNTICA PARA DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA E 
NECROSE PULPAR – REVISÃO DE LITERATURA. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
apresentado à Faculdade de Odontologia 
da Universidade Federal do Pará – UFPA, 
como requisito obrigatório para obtenção 
do grau Cirurgião-Dentista. 
 
Área de Concentração: Endodontia 
 
Orientador: Prof Dr Antônio Guilherme 
Maneschy Faria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2018 
 
 
RODRIGO FONSECA MARQUES 
 
 
 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO PULPAR: UMA ALTERNATIVA DE TERAPÊUTICA 
ENDODÔNTICA PARA DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA E 
NECROSE PULPAR – REVISÃO DE LITERATURA. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
apresentado à Faculdade de Odontologia 
da Universidade Federal do Pará – UFPA, 
como requisito obrigatório para obtenção 
do grau Cirurgião-Dentista. 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
 
Prof Dr Antônio Guilherme Maneschy Farias 
Orientador – UFPA 
 
 
 
Prof Dr Oscar Faciola Pessoa 
Examinador – UFPA 
 
 
 
Profª Dra Cláudia Pires Rothbarth 
Examinadora – UFPA 
 
 
Apresentado em: ____/____/______ 
 
Conceito: __________________ 
 
 
BELÉM 
2018 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à meus pais, Orlando Peixoto Marques e Norma Terezinha Fonseca 
Marques, por todo sacrifício, preocupação e apoio em prol da minha educação e bem estar 
geral. Por sempre estarem ao meu lado independente de qualquer circunstância, 
proporcionando amor, suporte e ensinamentos fundamentais que me fizeram a pessoa que sou 
hoje.... muito obrigado por tudo! Amo vocês!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Agradeço a Deus, pelo dom da vida, pelo seu infinito amor e por cuidar de mim em todos os 
momentos. 
Mais uma vez aos meus pais por tudo. 
Aos meus filhos, Gabriel Lira Marques e Rafael Lira Marques, por serem minha maior 
inspiração, de onde provém toda a minha força e confiança. 
A minha esposa Danielly Brenda, pelo companheirismo, amor e amizade destinados a nossa 
família. 
Ao meu amigo e dupla, Marcelo Costa de Sousa, pela sua amizade e parceria sempre. 
Ao meu Orientador, Prof Dr Maneschy, por todos os ensinamentos e dicas, e por ter aceitado 
essa orientação. 
Aos membros da banca, por terem aceitado fazer parte da minha defesa de TCC. 
A Universidade Federal do Pará, por ter me proporcionado um ensino gratuito e de qualidade. 
A todas as pessoas que possam ter contribuído direta ou indiretamente para que esse momento 
chegasse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Nas grandes batalhas da vida, o 
primeiro passo para a vitória é o desejo 
de vencer”. 
 
 (Mahatma Gandhi) 
 
 
RESUMO 
 
 A revitalização pulpar pode ser definida como a diferenciação de células progenitoras 
da porção apical de dentes jovens que passam a colonizar o canal radicular, resultando na 
deposição de tecido mineralizado nas paredes dentinárias, tendo como objetivo o 
reestabelecimento da vitalidade pulpar e a continuidade no desenvolvimento radicular. Este 
procedimento, atualmente, é indicado para dentes jovens com rizogênese incompleta como uma 
alternativa para o tratamento tradicional de apicificação. A apicificação consiste na inserção de 
pasta de hidróxido de cálcio a longo prazo no interior do canal radicular visando induzir a 
formação de uma barreira calcificada. Apesar de ser a terapia mais classicamente empregada, a 
permanência desta medicação por longos períodos pode levar a fragilidade das paredes 
radiculares devido às propriedades higroscópicas e proteolíticas do hidróxido de cálcio. Diante 
disso, há uma constante busca por novas alternativas de tratamento que possibilitem o completo 
desenvolvimento das raízes sem que as mesmas fiquem fragilizadas. A revitalização emergiu 
como uma nova opção para o tratamento de dentes jovens com necrose pulpar, utilizando 
técnicas terapêuticas tais como: a indução da formação de coágulo no interior do canal 
radicular e aplicação de pastas poliantibióticas, sempre visando a neoformação do tecido 
pulpar, que levaria além da complementação radicular em comprimento, também o aumento da 
sua espessura, fornecendo-lhe maior resistência. Recentemente, estudos mostram os 
“Scaffolds”como promessa de outra alternativa para a situação em questão, pois possuem a 
função de fornecer suporte ao crescimento celular. É objetivo desta revisão bibliográfica 
apresentar uma literatura pertinente ao mecanismo de revitalização pulpar, bem como, abordar 
de maneira geral o surgimento de outra alternativa regenerativa através das “scaffolds”. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Rizogênese incompleta, Necrose pulpar, Revitalização pulpar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 Pulp revitalization can be defined as the differentiation of progenitor cells from the apical 
portion of young teeth that begin to colonize the root canal, resulting in deposition of 
mineralized tissue on the dentin walls, aiming at reestablishing pulp vitality and continuity in 
root development . This procedure is currently indicated for young teeth with incomplete 
rhizogenesis as an alternative to the traditional apicification treatment. Apicification consists of 
the insertion of long-term calcium hydroxide paste into the root canal to induce the formation 
of a calcified barrier. Although the therapy is more classically employed, the permanence of 
this medication for long periods can lead to fragility of the root walls due to hygroscopic and 
proteolytic properties of calcium hydroxide. In view of this, there is a constant search for new 
treatment alternatives that allow the complete development of roots without becoming fragile. 
Revitalization emerged as a new option for the treatment of young teeth with pulp necrosis, 
using therapeutic techniques such as: induction of clot formation within the root canal, 
application of polyanthiotic pulps, always aiming at the neoformation of pulp tissue, which it 
would take the radicular complementation in length, also the increase of its thickness, giving it 
greater resistance. Recently, studies show the "Scaffolds" as a promise of another alternative 
for the situation in question, since they have the function of providing support for cell growth. 
It is the objective of this literature review to present a literature pertinent to the mechanism of 
pulp revitalization, as well as, to address in general the emergence of another regenerative 
alternative through the “scaffolds”. 
 
KEYWORDS:Incomplete rhizogenesis, Pulp necrosis, Pulp revitalization. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
Figura 01 – Imagem radiográfica pré-operatória.........................................................................20 
 
Figura 02 – Radiografia 26 dias após colocação da pasta tri-antibiótica. Lesão 
periapical quase resolvida............................................................................................................21 
 
Figura 03 – Radiografia de controle após 6 meses......................................................................21 
 
Figura 04 – Radiografia de controle após 12 meses....................................................................22 
 
Figura 05 – Radiografia de controle, 18 meses após o tratamento..............................................22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 – INTRODUÇÃO....................................................................................................................10 
 
2 – METODOLOGIA.................................................................................................................12 
 
3 – REVISÃO...............................................................................................................................13 
 
3.1 – CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE 
DENTES IMATUROS................................................................................................................13 
 
3.2 – APICIFICAÇÃO................................................................................................................13 
 
3.3 – REVITALIZAÇÃO PULPAR..........................................................................................14 
 
3.3.1 – PASTA TRIANTIBIÓTICA..........................................................................................15 
 
3.3.2 – INDUÇÃO DE COÁGULO/MATRIZ ARTIFICIAL................................................17 
 
3.3.3 – CÉLULAS ESTAMINAIS.............................................................................................17 
 
3.3.4 – COMO A REVITALIZAÇÃO ACONTECE..............................................................18 
 
3.3.5 – PROTOCOLO TERAPÊUTICO DA REVITALIZAÇÃO.......................................19 
 
3.3.6 – O ATUAL CENÁRIO DA TERAPIA REGENERATIVA COM O USO DE 
SCAFFOLDS............................................................................................................................22 
 
4 – DISCUSSÃO..........................................................................................................................25 
 
5 – CONCLUSÃO.......................................................................................................................28 
 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
 O tratamento endodôntico de dentes com rizogênese incompleta e necrose pulpar tem 
sido um desafio para a terapia endodôntica, tanto por sua dificuldade técnica como biológica, 
com isso, o desejo em se criar alternativas biológicas para o tratamento de canais tem inspirado 
o campo da endodontia regenerativa, onde o tecido pulpar danificado ou necrosado é removido 
e substituído por tecido pulpar regenerado para revitalizar os dentes. 
 Na endodontia tradicional, os dentes imaturos e necrosados são tratados com apicificação 
(ALBUQUERQUE et al.,2014), que consiste na aplicação e trocas de pasta de hidróxido de 
cálcio no canal radicular, por período variável de tempo, a fim de induzir a formação de uma 
barreira mineralizada na região apical para acomodação adequada do material obturador. A 
utilização do trióxido de mineral agregado (MTA) para confecção de uma barreira apical 
também é uma alternativa ao uso do hidróxido de cálcio. Porém, independente do material 
utilizado, as duas técnicas apresentam as mesmas desvantagens, por não possibilitar a 
continuidade do desenvolvimento radicular, não ocorre o aumento em espessura das paredes do 
canal radicular, assim a raiz permanece com sua fragilidade e susceptibilidade a fratura 
(ANDREASEN et al., 2001; PACE et al., 2007., DING et al., 2009). 
 Recentemente, estudos e relatos de caso apresentam uma alternativa para o tratamento de 
dentes imaturos com necrose pulpar, a regeneração deste tecido. Esse processo de revitalização 
tem recebido várias denominações como revascularização ou maturogênese, e seu protocolo 
envolve o uso de uma pasta triantibiótica (metronidazol, minociclina e ciprofloxacina) e a 
indução de sangramento no interior do canal radicular, formando assim um coágulo que serviria 
como matriz para o crescimento de um novo tecido pulpar vital. Com a regeneração pulpar, 
seria possibilitada a formação normal das raízes do dente injuriado com paredes fortalecidas e 
fechamento apical, como ocorre na apicigênese (TROPE et al., 2008). 
 A revascularização é tida como um tratamento que restabelece a vitalidade dos dentes, 
permitindo o reparo e regeneração dos tecidos periapicais, devido as seguintes razões 
biológicas: o ápice aberto permite a migração de células-tronco/progenitoras para o interior dos 
canais radiculares, células da papila apical encontradas na região dos ápices imaturos possuem 
maior regeneração tecidual, estimulando o desenvolvimento radicular e o fechamento apical 
(PARYANI e KIM, 2013). 
11 
 
 O sucesso do tratamento só é possível quando o canal radicular encontra-se limpo e 
descontaminado, permitindo assim, o crescimento de células para o futuro restabelecimento da 
vitalidade pulpar (SHAH et al., 2008). A descontaminação do canal radicular ocorrerá através 
da associação entre instrumentação (preparo mecânico), irrigação com substâncias químicas 
auxiliares e medicação intracanal (IWAYA S et al., 2011; THIBODEAU e TROPE et al., 
2007). 
 Mais recentemente, tem sido realizadas na endodontia regenerativa pesquisas sobre as 
scaffolds, que são matrizes extracelulares transitórias que possuem a função de “arcabouço”, 
servindo como suporte para que células e vasos possam crescer e desenvolver suas funções no 
processo de revascularização (AGGARWAL et al., 2012; BOTTINO et al., 2012). 
 Diante do exposto, o objetivo desse trabalho é revisar a literatura acerca dos 
conhecimentos sobre revitalização pulpar, conhecendo seu mecanismo de diferenciação celular, 
vantagens e desvantagens, fazendo um comparativo com a apicificação e explorando de 
maneira geral os estudos relativos a uma futura tendência regenerativa através das “scaffolds”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2- METODOLOGIA 
 
 Para a realização deste trabalho, foram feitas pesquisas nas principais bases de dados: 
Google academic, pubmed, portal de periódicos CAPS, SCIELO, BBO, BIREME e LILACS, 
bem como em livros acadêmicos da área de endodontia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3-REVISÃO 
 
3.1- CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE DENTES 
IMATUROS 
 
 A necrose pulpar em dentes imaturos geralmente ocorre devido à invasão bacteriana ou 
por um trauma. Nessas situações,a inflamação do tecido pulpar vai ocorrendo gradualmente, e 
se não for interrompida, o mesmo necrosa, levando a morte dos odontoblastos, resultando na 
interrupção do desenvolvimento radicular. Com isso, por muitas vezes esses dentes ficam mais 
propensos à fratura (NAGATA et al., 2014). 
 A necrose pulpar prejudica o desenvolvimento das raízes em dentes permanentes com 
ápice aberto, sendo que o tratamento dos mesmos ainda é um desafio, uma vez que não houve a 
completa formação do ápice radicular, com isso, tanto a modelagem como a posterior 
obturação do canal não ficarão devidamente aceitáveis (ERDEM A P e SEPET E, 2008). 
 Para a situação citada acima, o tratamento tradicional de eleição era a apicificação, porém, 
apesar das taxas de sucesso desse tratamento, o desenvolvimento radicular geralmente não 
ocorria em sua totalidade, e as raízes permaneciam finas, frágeis e propensas à fratura. Desta 
forma era imprescindível para os pesquisadores e clínicos a procura por novas opções de 
tratamento (DAMLE et al., 2012). 
 Atualmente, a revitalização pulpar tem surgido como uma possibilidade de tratamento, 
baseando-se essencialmente na proliferação de células do tecido conjuntivo para o 
preenchimento de espaços vazios deixados pela necrose pulpar (DE SOUSA FILHO et al., 
2015). 
 
3.2- APICIFICAÇÃO 
 
 A apicificação é um tratamento para dentes com ápice aberto, que visa o selamento do 
forame apical por meio da neoformação de um tecido mineralizado induzido pela ação de uma 
medicação à base de hidróxido de cálcio usada para preencher o canal radicular (DE SOUSA 
FILHO et al., 2015). O canal é preenchido com hidróxido de cálcio devido a sua capacidade de 
auxiliar na desinfecção do sistema de canais radiculares e na indução de uma barreira apical. Os 
íons hidroxila causam danos à parede celular bacteriana e seus componentes, assim como aos 
14 
 
lipopolissacarídeos (LPS) (NELSON-FILHO, 2002; HUANG, 2009). A formação da barreira 
apical é imprescindível para a posterior obturação, para que não haja o extravasamento do 
material obturador durante a condensação, tendo sido demonstrado que o alto pH do hidróxido 
de cálcio pode induzir a formação de uma barreira apical (DA SILVA RA et al., 2008). 
 Ainda assim, atualmente, esta técnica tem sido questionada, uma vez que o tratamento 
exige inúmeras trocas de curativo e não atinge resultados clínicos desejados, visto que as raízes 
permanecem finas e curtas, podendo assim, apresentar risco à fratura (CEVEK M, 1972). 
 Como uma alternativa ao uso de pastas a base de hidróxido de cálcio pode-se lançar mão 
do MTA, que segundo WHITERSPOON E HAN (2001), tem a capacidade de formar uma 
barreira semelhante ao cemento quando usado adjacente aos tecidos perirradiculares devido à 
sua característica hidrofílica, que o permite tomar presa em presença de umidade e à sua 
biocompatibilidade. O MTA deve ser colocado no canal radicular de forma semelhante ao 
hidróxido de cálcio, formando uma barreira apical, e o restante do canal deve ser 
imediatamente preenchido pelo material obturador. Esta possibilidade reduz o tempo de 
tratamento, constituindo uma vantagem sobre o uso do hidróxido de cálcio, porém, esta técnica 
não induz de forma desejável a completa formação radicular. 
 Atualmente, a apicificação tem sido indicada para casos de traumatismos severos, do tipo 
intrusão ou avulsão, e apresentam risco de reabsorções radiculares por substituição (SOARES 
ADE J et al., 2013). 
 
3.3 – REVITALIZAÇÃO PULPAR 
 
 A revitalização pulpar tem sido o principal foco da endodontia regenerativa, pois permite 
o seguimento no desenvolvimento radicular (LOVELACE et al., 2011). É um procedimento 
cujas bases biológicas visam a substituição de estruturas doentes, ausentes ou danificadas, 
dentre elas temos as estruturas da raiz, dentina e células presentes na polpa dentária, 
restabelecendo assim, suas funções fisiológicas normais (MURRAY et al., 2007). 
 De acordo com JUNG, LEE e HARGREAVES (2012), uma alternativa biológica deveria 
ser desenvolvida para solucionar o caso de dentes imaturos com necrose pulpar, pois, apesar 
das altas taxas de sucesso da apicificação, os tratamentos convencionais resolvem apenas os 
problemas periapicais, no entanto os dentes continuam suscetíveis a fraturas. Para BANCHS e 
TROPE (2004), as vantagens da revitalização pulpar consistem na possibilidade do 
15 
 
desenvolvimento radicular e no reforço das paredes de dentina pela deposição de tecido duro, 
tornando o dente resistente a fraturas. 
 Para THIBODEAU e TROPE (2007) o fator chave para o sucesso em dentes com ápice 
aberto, necrótico e infectado, está na desinfecção do sistema de canais radiculares, criando um 
ambiente que possa conduzir a revascularização. 
 Após a descontaminação dos sistemas de canais radiculares ocorre a indução de 
sangramento da região apical, que irá posteriormente preencher o canal com o coágulo 
sanguíneo e células indiferenciadas que induzirão a formação de um novo tecido. O dente em 
questão é selado com MTA na porção cervical do canal radicular e com materiais restauradores 
como o cimento de ionômero de vidro (CIV) ou resina composta na porção coronária (SHAH et 
al., 2008). 
 O processo de revitalização tem demonstrado ao longo dos anos um considerável aumento 
na espessura das paredes dentinárias, no fechamento apical e no comprimento radicular, 
baseados em controle radiográfico (BANCHS e TROPE, 2004), porém, apesar das evidências 
clínicas favoráveis em curto prazo, a técnica ainda apresenta algumas limitações, como a 
dificuldade para se causar o sangramento apical e a formação do coágulo sanguíneo. Além de 
não se ter certeza sobre a natureza do tecido formado no interior do canal e dos resultados em 
longo prazo (ALBUQUERQUE MT et al., 2014). 
 
3.3.1- PASTA TRIANTIBIÓTICA 
 
 Um dos objetivos do tratamento endodôntico em dentes com necrose pulpar e lesões 
periapicais é promover a eliminação da infecção que se encontra no sistema de canais 
radiculares. Esta desinfecção é alcançada através da instrumentação, da irrigação e de uma 
medicação intracanal. De acordo com AKGUN, ALTUN e GUVEN (2009), uma mistura de 
três antibióticos – minociclina, metronidazol e ciprofloxacina – tem mostrado eficiência na 
eliminação de patógenos endodônticos, tanto in vitro quanto in vivo. Os autores sustentam que 
os tecidos pulpares vitais tem demonstrado boa tolerância a essa mistura. 
 Segundo SATO (1996), o metronidazol apresenta um amplo espectro bactericida contra 
anaeróbios obrigatórios orais, mas isoladamente, mesmo em altas concentrações, não é capaz 
de matar todas as bactérias presentes na dentina infectada. Os autores sugerem que outras 
drogas devam ser associadas para que ocorra a esterilização desses canais. A mistura dos três 
16 
 
antibióticos já citados pode atingir este objetivo, pois consegue penetrar nas camadas mais 
profundas da dentina. No entanto, esta união pode apresentar algumas desvantagens, tais como 
o desenvolvimento de resistência bacteriana, reações alérgicas, e um dos seus componentes 
(minociclina) pode produzir descoloração da coroa (REYNOLDS et al., 2009). Na tentativa de 
diminuir esses efeitos, alguns artigos tem sugerido a diminuição no tempo de aplicação da pasta 
para prevenir a descoloração associada ao seu uso (KIM et al., 2010), considerando que sua 
ação antimicrobiana pode se dar dentro de 24 a 48 horas (HOSHINO et al., 1996; SATO et al., 
1996).Além disso, para que os microrganismos sejam totalmente eliminados é necessária uma 
concentração mínima de 25g/ml, contudo os antibióticos isoladamente não possuem um 
espectro de ação suficiente contra os diversos tipos de bactérias presentes nos sistemas de 
canais radiculares. Sendo assim, se faz necessária a combinação de diferentes antibióticos para 
um maior espectro de ação. O aumento do espectro da pasta tripla antibiótica se deve ao fato de 
que cada componente age em diferentes tipos de microrganismos: Minociclina (Gram + e Gram 
-); Ciprofloxacina (Gram + e Gram -) e Metronidazol (Bactérias anaeróbias e protozoários) 
(CHUENSOMBAT S et al., 2013; NAMOUR M e THEYS S, 2014). 
 O pH ácido da minociclina e da ciprofloxacina pode não ser favorável para as células 
tronco, uma vez que apresentam citotoxidade. O metronidazol dentre os três antibióticos é o 
único que possui pH neutro, não causando agressão as células tronco (CHUENSOMBAT S et 
al., 2013; NAMOUR M e THEYS S, 2014). O metronidazol e a ciprofloxacina induzem a 
formação de fibroblastos (BOSE R et al., 2009). Outro ponto a favor da utilização da pasta 
tripla antibiótica é que a mesma é mais eficaz quando comparada a medicação com hidróxido 
de cálcio, pelo fato de conseguir uma eliminação quase que total dos microrganismos no canal 
radicular (BOSE R et al., 2009). 
 A pasta tri-antibiótica ou também conhecida como pasta de Hoshino, mostrou-se efetiva 
em diversos casos, TROPE (2008) descreve a sua composição como uma mistura de 200 mg de 
ciprofloxacina, 500 mg de metronidazol e 100 mg de minociclina. 
 PINK, SHASHIBHUSHAN e SUBBAREDDY (2011) lembram que a infecção do sistema 
de canais é considerada uma infecção polimicrobiana, e que estas bactérias podem estar em 
todo o sistema de canais e até mesmo no cemento do periápice. Devido a todos esses detalhes, a 
infecção se torna muito complexa para que apenas uma medicação seja eficiente na 
17 
 
esterilização dos canais. Assim, é necessária uma combinação de medicamentos para combater 
a diversidade de microorganismos encontrados. 
 
3.3.2- INDUÇÃO DE COÁGULO/MATRIZ ARTIFICIAL 
 
 Segundo TROPE (2008), a própria polpa necrótica, porém não infectada (casos de 
avulsão), pode ser usada como matriz para o desenvolvimento do novo tecido semelhante à 
polpa. No caso de dentes com polpa necrótica e infectada, o autor constata que a indução de um 
coágulo sanguíneo dentro do canal pode minimizar o problema, pois este serve como matriz 
para as células-tronco e os fatores de crescimento. E ainda há a possibilidade de, em estudos 
futuros, serem desenvolvidas matrizes sintéticas que facilitem este processo. 
 De acordo com SABER (2009), uma matriz deve ser porosa, permitir o transporte de 
nutrientes e oxigênio, ser biodegradável, ser substituída por um tecido de regeneração, ser 
biocompatível e ter resistência física e mecânica adequadas. Elas podem ser naturais, como o 
colágeno, ou artificiais, que são polímeros sintéticos. Os autores relatam que células pulpares 
podem ser isoladas, multiplicadas em cultura e semeadas em uma matriz, formando um novo 
tecido semelhante ao tecido pulpar original. 
 
3.3.3- CÉLULAS ESTAMINAIS 
 
 As células estaminais são consideradas as células mais valiosas da medicina 
regenerativa. Segundo SABER (2009), estudos tem fornecido conhecimento avançado sobre 
como o organismo se desenvolve de uma célula, e como células saudáveis podem repor outras 
danificadas em organismos adultos. Células estaminais tem a capacidade de se dividir 
continuamente para replicarem-se (autorreplicação), ou produzir células especializadas que 
podem se diferenciar em várias outras. 
 As células estaminais são classificadas em dois grupos: as multipotentes e as 
pluripotentes. As multipotentes são células com capacidade de se especializarem em qualquer 
célula que tenha como origem o mesmo tecido embrionário, e as pluripotentes são células com 
capacidade de se especializar em qualquer outra célula independente do tecido de origem. São 
células encontradas no período embrionário podendo ser de origem mesenquimal ou 
18 
 
ectomesenquimal. Seu principal objetivo é substituir, reparar e melhorar órgãos e tecidos 
danificados (JADHAV G, SHAH N e LOGANI A, 2012). 
 As células estaminais da polpa dental possuem alta capacidade proliferativa, propriedade 
de autorrenovação e potencial de diferenciação em múltiplas linhagens. Diversos estudos desse 
tipo de célula tem mostrado que elas são multipotentes e se proliferam extensivamente, podem 
ser, seguramente, criopreservadas, são aplicáveis com diversas matrizes, tem uma longa vida, 
possuem propriedades imunossupressivas, e são capazes de formar tecido mineralizado similar 
à dentina. Sobre a diferenciação celular, esta se refere à especialização progressiva da 
morfologia e função celular que leva à formação de células especializadas, tecidos e órgãos, 
acompanhando as expressões diferenciais de genes específicos. Geralmente provoca variações 
no volume celular, no aparecimento de novos marcadores de superfície, modificações na 
atividade enzimática, e até mudanças na composição celular proteica (YAN MING et al., 
2011). 
 O sucesso dos procedimentos endodônticos regenerativos perante a necrose pulpar 
depende da capacidade de sobrevivência das células estaminais que se encontram nessa zona. 
Ao nível da região periapical e com interesse para os procedimentos regeneradores, existem 
cinco tipos de células estaminais: células estaminais da papila apical (CEPA); células 
estaminais da polpa dentária (CEPD); células estaminais do ligamento periodontal (CELP); 
células estaminais da medula óssea (CEMO) e células progenitoras da inflamação periapical 
(CPIP) (HUANG G T et al., 2008). 
 
 
 3.3.4- COMO A REVITALIZAÇÃO ACONTECE 
 
 De acordo com YOUSEF SAAD (1988) os dentes com rizogênese incompleta possuem 
células multipotentes em seu espaço periapical, com grande capacidade de diferenciação, 
podendo formar novos odontoblastos, cementoblastos e fibroblastos. Segundo estudos na 
literatura uma possível hipótese seria a migração de células que se manteram vitais na região 
apical para o arcabouço recém-formado e em seguida diferenciarem-se em odontoblastos sob a 
organização influenciada pelas células da bainha epitelial de hertwig. Os novos odontoblastos 
auxiliam no alongamento da raiz devido a deposição de dentina peritubular no final apical, 
causando o reforço e fortalecimento da raiz (YOUSEF SAAD, 1988). 
19 
 
 Outra Hipótese de desenvolvimento radicular pode ser explicada devido a possibilidade de 
após a indução de sangramento na região periapical, células estaminais provenientes da medula 
óssea ou da papila apical entrem no canal radicular, sendo que as mesmas possuem alta 
capacidade de proliferação (LIEBERMAN e TROWBRIDGE, 1983). 
 Uma terceira possibilidade estaria na proliferação e crescimento de células estaminais 
oriundas do ligamento periodontal no ápice e dentro do canal radicular, havendo assim, 
deposição de tecido duro tanto no final apical quanto nas paredes da raiz. A presença de 
cemento e fibras de sharpey no tecido formado evidenciam esta hipótese (LIEBERMAN e 
TROWBRIDGE, 1983). Outra hipótese pode estar relacionada aos fatores de crescimento 
presentes no coágulo sanguíneo, apresentando assim, um papel de importância na regeneração 
(WANG et al., 2007). 
 Por fim, outro mecanismo para a continuação da raiz pode serexplicado devido à 
abundância de células estaminais multipotentes na polpa de dentes imaturos, sendo que as 
mesmas podem se aderir as paredes do canal, transformando-se em odontoblastos que farão a 
deposição de dentina, aumentando a espessura das paredes dentinárias e finalizando o 
desenvolvimento radicular (GRONTHOS et al., 2002). 
 
 
 3.3.5- PROTOCOLO TERAPÊUTICO DA REVITALIZAÇÃO 
 
 Foi observado que atualmente não há um protocolo único recomendado, mas as 
características comuns dos casos são: pacientes jovens, necrose pulpar e ápice imaturo, mínima 
ou nenhuma instrumentação das paredes dentinárias, colocação de um medicamento intracanal, 
criação de um coágulo de sangue ou o uso de plasma no interior do canal e a presença de um 
selamento coronário efetivo. 
 Segundo BANCHS e TROPE (2004), o protocolo terapêutico da revitalização pulpar 
deve ocorrer de acordo com as seguintes etapas: 
 
1. Acesso endodôntico; 
2. Irrigação com 20 ml de hipoclorito de sódio à 5,25% e 10 ml de peridex (gluconato de 
clorexidina) 
3. Secagem do canal com pontas de papel absorventes; 
20 
 
4. Preparo da pasta tri-antibiótica (PTA) composta por ciprofloxacina, metronidazol e 
minociclina, com aplicação por meio de uma espiral de lêntulo a uma profundidade de 
8 mm no interior do canal radicular; 
5. Selamento da cavidade com Cavit; 
6. Reconsulta após 26 dias: remoção da PTA, com irrigação de 10 ml de hipoclorito de 
sódio à 5,5%; 
7. Promover uma injúria aos tecidos periapicais com instrumento de pequeno calibre 
provocando um sangramento intrarradicular e, consequente, formação de coágulo. O 
sangramento deve ser estabilizado 3 mm abaixo do nível da junção amelocementária, 
aguardando cerca de 15 minutos para a formação do coágulo a esse nível; 
8. Selamento da cavidade com MTA e Cavit; 
9. Reconsulta após 14 dias: substituição do Cavit por uma resina composta 
10. Acompanhamento clínico e radiográfico. 
 
 
 
 BANCHES e TROPE (2004), demonstram através de um caso clínico a aplicação da 
técnica de coagulação sanguínea para promover revascularização. Um rapaz de 11 anos surge 
na consulta para avaliar um segundo pré-molar inferior, com fratura do tubérculo oclusal. O 
diagnóstico pulpar foi inconclusivo, registrando apenas uma sensibilidade positiva à percussão 
e palpação. O exame radiográfico mostrou um ápice com abertura de 4 mm e paredes 
dentinárias finas e propensas a futuras fraturas, além disso ainda estava presente uma lesão 
periapical (Figura 01). A opção foi abordagem regenerativa através da revitalização pulpar. 
 
 
Figura 01: Imagem radiográfica pré-operatória (BANCHES e TROPE, 2004) 
 
21 
 
 Após cavidade de acesso e drenagem purulenta foi confirmada a necrose pulpar. O 
canal foi seguidamente irrigado com 20 ml de NaOCl até 1 mm aquém do comprimento total 
do dente. Uma mistura de ciprofloxacina, metronidazol e minociclina foi preparada e colocada 
no canal. A cavidade de acesso foi fechada com um material provisório (Cavit). O paciente 
regressou à consulta 26 dias depois, assintomático, e com uma evidente redução da 
radioluscência (Figura 02). 
 
Figura 02: Radiografia 26 dias após colocação da pasta tri-antibiótica. Lesão periapical quase 
resolvida (BANCHES e TROPE, 2004) 
 
 O canal foi novamente irrigado com 10 ml de NaOCl. Com recurso de uma sonda 
endodôntica irritou-se o tecido periapical para criar algum sangramento para dentro do canal. O 
sangramento foi interrompido a 3 mm abaixo da junção cemento-esmalte e aguardou-se 15 
minutos de forma a promover o coágulo a esse nível. Posteriormente foi colocado MTA 
cuidadosamente sobre o coágulo de sangue, seguido de uma restauração definitiva com resina 
composta. 
 Após 6 meses, o paciente estava assintomático, e com completa resolução da 
radioluscência (Figura 03). Nas seguintes consultas foi observado a continuidade no 
desenvolvimento do ápice do dente e o espessamento das paredes dentinárias (Figuras 04 e 05). 
 
 
 
Figura 03: Radiografia de controle após 6 meses (BANCHES e TROPE, 2004) 
22 
 
 
 
 
Figura 04: Radiografia de controle após 12 meses (BANCHES e TROPE, 2004) 
 
 
 
Figura 05: Radiografia de controle, 18 meses após o tratamento (BANCHES e TROPE, 2004) 
 
 
3.3.6- O ATUAL CENÁRIO DA TERAPIA REGENERATIVA COM O USO DE 
SCAFFOLDS 
 
 O campo da endodontia regenerativa para o tratamento de dentes necrosados de ápice 
imaturo conta com o desenvolvimento de tecido pulpar a partir da combinação de três 
elementos chaves: as células-tronco, moléculas bioativas/fatores de crescimento e as scaffolds 
(DIOGENES et al., 2013). 
 Apesar da revitalização já ser clinicamente empregada com o uso de medicações a base 
de hidróxido de cálcio e pasta tri-antibiótica, atualmente existe outro artifício usado na 
endodontia, mas que ainda está no universo das pesquisas in vitro e em animais, que é a 
introdução das scaffolds no interior dos canais radiculares (BANSAL R et al., 2015). 
 As scaffolds são fatores utilizados nos processos de regeneração, que servem como 
“arcabouço” ou “esqueleto” às células estaminais. Estudos para a inclusão de fatores de 
23 
 
crescimento celular, bem como para a criação de uma estrutura apropriada para essas matrizes 
tem sido feitos afim de se obter êxito. Esse material serve de suporte para que células e vasos 
possam crescer e se desenvolver (LI et al ., 2005). 
 A estrutura das scaffolds pode apresentar variações entre nanofibras e macroporos, que 
podem ser fabricados por diferentes vias, como o electrospinning, self-assembly e phase-
separation (BOTTINO et al., 2013). Existe uma variedade de scaffolds sintetizadas à base de 
polímeros tanto sintéticos como naturais, que são desenvolvidos para auxiliar à proliferação e 
diferenciação de células estaminais da polpa dentária, para uma futura regeneração do 
complexo dentina-polpa (ROSA et al., 2013). A scaffold funciona como uma matriz 
extracelular transitória composta por uma estrutura tridimensional porosa responsável por 
fornecer suporte mecânico e regular às funções celulares (BOTTINO et al., 2012). 
 Uma scaffold deve conter fatores de crescimento para auxiliar na proliferação e 
diferenciação das células estaminais, levando a um melhor e mais rápido desenvolvimento do 
tecido, pode conter também nutrientes para promover a sobrevivência e crescimento da célula, 
ou até mesmo antibióticos para prevenir qualquer crescimento bacteriano nos canais radiculares 
(SUN et al., 2011). 
 Para atingir a meta da reconstrução do tecido pulpar, as scaffolds devem atender a 
alguns requisitos específicos. A biodegradabilidade é essencial, pois as scaffolds precisam ser 
absorvidas pelos tecidos circundantes, sem a necessidade de remoção cirúrgica. A alta 
porosidade e um adequado tamanho dos poros são fundamentais para facilitar a fixação celular 
e subsequente difusão por toda a estrutura de ambas as células e nutrientes. A taxa de 
degradação que ocorre tem que coincidir, tanto quanto possível com a taxa de formação de 
tecido, o que significa que as células ao mesmo tempo que estão a fabricar as suas próprias 
matrizes estruturais em torno de si próprias, o scaffold tem que ser capaz de assegurar sua 
integridade estrutural dentro do corpo, para que seja posteriormente desmembrado, deixando o 
tecido recém-formado que vai assumir a carga mecânica (MURRAY et al., 2007). 
 Estas scaffolds tem sido usadascom sucesso para aplicações na engenharia de tecidos, 
por que são estruturas degradáveis fibrosas com a capacidade de suportar o crescimento de 
vários tipos diferentes de células estaminais. As desvantagens principais estão relacionadas 
com a dificuldade na obtenção de uma alta porosidade e um tamanho dos poros regulares. É por 
essa razão que a engenharia de scaffolds realiza-se a nível nanoestrutural, para melhorar as 
interações celulares. Embora os resultados iniciais sejam promissores em termos de promover 
24 
 
as funções e a sobrevivência celular, algumas reações imunes a esses tipos de materiais podem 
ameaçar o seu uso futuro na medicina regenerativa (MURRAY et al., 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
4-DISCUSSÃO 
 
 Em minha revisão, concordo com os estudos de DAMLE et al (2012) e SOARES et al 
(2013), quando afirmam que atualmente tem se dado grande atenção à endodontia regenerativa 
no âmbito da revitalização pulpar, uma vez que apesar de consagrada na odontologia, a 
apicificação tende a gerar raízes finas e frágeis, podendo levar a uma fratura. 
 Na revascularização ocorre a invaginação de células indiferenciadas do periodonto para a 
região apical de dentes imaturos, restauração da camada odontoblástica, substituição de 
estruturas danificadas, incluindo dentina e estruturas radiculares, bem como células do 
complexo dentina-polpa (DALI e RAJBANSHI, 2014). É indicada em dentes imaturos com 
necrose pulpar devido à presença de cárie profunda ou trauma que resultam em paralização do 
desenvolvimento radicular (ALBUQUERQUE et al., 2014; DHILLON et al., 2016). Esse 
tratamento visa restaurar o complexo do sistema de canais radiculares comprometido, através 
da descontaminação, seguida pela indução de um sangramento na região periapical, no qual ira 
preencher o canal radicular com o coágulo sanguíneo para o desenvolvimento de um novo 
tecido vascular (ALCADE et al., 2014). Com isso, melhora-se o prognóstico dos dentes através 
do reestabelecimento de um tecido funcional da polpa que promoverá o desenvolvimento 
contínuo da raiz e a competência imunológica (LAW A S, 2013). 
 Em concordância com BANCHS e TROPE (2004), ALBUQUERQUE et al (2014) afirma 
que durante a proservação, deve-se realizar minuciosa avaliação clínica e radiográfica do dente, 
onde o sucesso da terapia de revascularização pulpar é evidenciado baseado em requisitos 
como, ausência de dor ou edema e resposta positiva ao teste de sensibilidade pulpar. Afirma 
também, que o exame radiográfico deve demonstrar aumento do comprimento da raiz, aumento 
na espessura das paredes dentinárias, diminuição do diâmetro apical e alteração da densidade 
óssea periapical. 
 De acordo com GARCIA-GODOY e MURRAY (2012), o tratamento de regeneração 
pulpar somente deve ser realizado se alguns requisitos forem obedecidos: (1) o dente deve se 
apresentar necrosado e não estar apto para tratamentos como apicificação, pulpotomia parcial 
ou tratamentos que visam a obturação dos canais radiculares; (2) o dente deve ser permanente e 
apresentar-se imaturo com ápice aberto e exposição pulpar; (3) as paredes dentinárias devem 
apresentar-se finas; (4) o paciente deve possuir idade entre 7 e 16 anos; (5) um anestésico sem 
vasoconstritor deve ser utilizado na tentativa de evitar a isquemia, ou seja, estimulando o 
26 
 
sangramento para o interior do canal radicular; (6) uma medicação intracanal deve ser 
posicionada acima do coágulo sanguíneo. 
 De acordo com VIJAYARAGHAVAN (2012), o sucesso da revitalização ou 
revascularização depende da desinfecção do canal radicular, da presença do coágulo sanguíneo 
e de um preenchimento hermético da região coronária. Além disso, VACANTI e LANGER 
(1993) afirmam que para um tecido sadio crescer no interior do canal radicular são necessários 
três elementos importantes: células-tronco, fatores de crescimento e um arcabouço, mais 
conhecido como scaffold. 
 Segundo BANCHES e TROPE (2004), a revascularização de um dente necrosado 
imaturo já foi considerada impossível, devido à extrema dificuldade de desinfecção dos canais 
radiculares. Essa dificuldade fica evidenciada na afirmação de NAMOUR e THEIS (2014), 
quando colocam que a invasão bacteriana no sistema de canais radiculares provoca a formação 
de biofilmes bacterianos nas paredes dentinária e na região apical. De acordo com eles, para 
garantir a desinfecção do canal radicular e a possibilidade de regeneração tecidual, é necessário 
eliminar totalmente o biofilme bacteriano. 
 ALBUQUERQUE et al (2014) e DING et al (2009) concordam que quando o ambiente 
torna-se livre de infecção bacteriana e o meio de crescimento celular apresenta-se favorável, a 
regeneração pulpar poderá ocorrer. Entretanto, NAGY et al (2014) afirma que a erradicação de 
bactérias no interior do canal radicular é obrigatória em procedimentos endodônticos auto-
regenerativos bem-sucedidos. 
 No que diz respeito à pasta triantibiótica, ALBUQUERQUE et al (2014) afirma que a 
mesma apresenta ação sobre bactérias nos sistemas de canais radiculares, inibindo o 
crescimento bacteriano e permitindo o crescimento radicular. Além disso, deve ser utilizada 
para um equilíbrio entre uma menor citotoxidade para as células estaminais e a desinfecção 
bacteriana máxima (NAMOUR e THEIS, 2014). 
 AGGARWAL et al (2012) e LI et al (2005) acreditam que futuramente as scaffolds 
poderão ser empregadas como uma alternativa ao uso de medicações, sendo empregadas afim 
de fornecer suporte para que células e vasos possam crescer e desenvolver suas funções, além 
de promover a difusão de medicação, promovendo a desinfecção do sistema de canais 
radiculares. 
 A maioria das terapias regenerativas utiliza a própria polpa do hospedeiro ou células 
vasculares para regeneração, mas outros tipos de terapias a partir de células estaminais 
27 
 
dentárias estão em desenvolvimento (GARCIA-GODOY e MURRAY, 2012). Atualmente, é 
certo que o espaço pulpar retorna a um estado vital após a revascularização, mas com base em 
pesquisas em dentes avulsionados, foi comprovado que o tecido no espaço pulpar regenerado é 
mais semelhante ao tecido do ligamento periodontal do que ao tecido pulpar propriamente dito 
(TROPE et al., 2010). 
 Concordo em minha revisão, com as afirmações de HARGREAVES et al (2014), 
quando diz em seus estudos que a revascularização é um assunto relativamente novo na terapia 
endodôntica, que existe na literatura uma variedade de protocolos de tratamento divergentes 
devido à baixa evidência científica, e que independente do tipo de abordagem terapêutica, o 
objetivo é preservar quaisquer células pulpares vivas ainda existentes no ápice. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
5-CONCLUSÃO 
 
 Após a revisão de literatura realizada, conclui-se que: 1- A endodontia regenerativa é 
uma das áreas mais promissoras no âmbito da odontologia, com avanços rápidos e 
experimentações intensas; 2- Que a revitalização pulpar é de fato um tratamento válido para 
dentes com risogênese incompleta e necrose pulpar, apresentando claras vantagens quando 
comparada a técnica de apicificação, porém, segundo pesquisas realizadas ainda não há um 
protocolo estabelecido e considerado ideal; 3- Que o período de proservaçãoapós o 
procedimento é muito importante e deve ser cuidadosamente acompanhado para a confirmação 
ou não do sucesso no procedimento; 4- apesar das técnicas regenerativas serem neste momento 
apenas dirigidas a dentes permanentes imaturos, é possível que a aplicação dos conhecimentos 
obtidos possa ser direcionada também a dentes permanentes maduros; 5- Devido a revitalização 
ser um tratamento recente, ainda existem muitos questionamentos a serem esclarecidos por 
meio da realização de mais estudos, como a natureza do tecido que preenche o canal radicular, 
o possível desenvolvimento de cepas bacterianas resistentes, uma possível descoloração da 
coroa pelo uso de minociclina, a possibilidade de tratamento em sessão única e o conhecimento 
dos efeitos pós-revascularização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
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