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REDE SENTINELA

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REDE SENTINELA
A Rede Sentinela é composta por unidades de saúde (chamadas de unidades sentinela) que identificam, investigam e notificam, quando confirmados, os casos de doenças, agravos e/ou acidentes relacionados ao trabalho. 
O “serviço sentinela” é responsável pelo diagnóstico, tratamento e notificação, que subsidiarão ações de prevenção, vigilância e intervenção em Saúde do trabalhador. 
O Ministro da Saúde, no art. 2º da Portaria GM/777, de 2004, criou a Rede Sentinela de Notificação Compulsória de Acidentes e Doenças Relacionados ao Trabalho. 
A rede Sentinela é composta pelos: 
- Centros de Referência em Saúde do Trabalhador; Programa de Saúde do Trabalhador. 
- Hospitais de referência para o atendimento de urgência e emergência e ou atenção de média e alta complexidade, credenciados como sentinela; e 
-Serviços de atenção básica e de média complexidade credenciados como sentinelas, por critérios a serem definidos em instrumento próprio. 
As unidades sentinelas são aquelas unidades de saúde que realizam a notificação no Sistema de Informação de Notificação de Agravos (SINAN). O SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria GM/MS Nº 2325 de 08 de dezembro de 2003), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região. 
Essas notificações permitem a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. 
O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade. 
O SINAN pode ser operacionalizado no nível administrativo mais periférico, ou seja, nas unidades de saúde, seguindo a orientação de descentralização do SUS. 
A Ficha Individual de Notificação (FIN) deve ser preenchida pelas unidades assistenciais para cada paciente quando da suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória ou de interesse nacional, estadual ou municipal. 
Esse instrumento deve ser encaminhado aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância epidemiológica das Secretarias Municipais, que precisam repassar semanalmente os arquivos para as Secretarias Estaduais de Saúde (SES). 
Caso não ocorra nenhuma suspeita de doença, as unidades precisam preencher o formulário de notificação negativa, que tem os mesmos prazos de entrega. 
Essa é uma estratégia criada para demonstrar que os profissionais e o sistema de vigilância da área estão alerta para a ocorrência de tais eventos e evitar a subnotificação. 
Se os municípios não alimentarem o banco de dados do SINAN, por dois meses consecutivos, são suspensos os recursos do Piso de Assistência Básica (PAB), conforme Portaria N.º 1882/GM de 16/12/1997. 
A notificação é compulsória sendo um instrumento indispensável para o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções. Deixar de notificar pode gerar a perpetuação de situações graves (acidentes e doenças decorrentes do trabalho). 
Está prevista no Código Penal Brasileiro: Decreto-Lei nº 2.848, de 7/12/40. Sua parte geral foi posteriormente alterada pela Lei n° 7.209, de 1/7/84. Parte Especial – Título VIII – Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública – Capítulo III – Dos Crimes Contra a Saúde Pública. 
No Art. 269, a omissão de notificação de doença (deixar de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória): Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
A rede de unidades sentinela faz parte dos dispositivos da RENAST para a realização diagnósticos e notificação de agravos à saúde relacionados ao trabalho. Também fazem parte de suas competências, a realização de identificação de casos e investigações epidemiológicas.
As unidades sentinelas serão definidas em nível local e regional por gestores e técnicos dos municípios. Sua habilitação será feita mediante processo de pactuação nos respectivos Colegiados de Gestão Regional. Tais serviços poderão contar, em um primeiro momento, com um processo de qualificação.
De forma geral, qualquer unidade de saúde, desde as unidades de atenção primária à saúde até as referências especializadas, pode ser constituída como unidade sentinela. Ainda assim, os casos confirmados de agravos relacionados ao trabalho de notificação compulsória pela Portaria n° 104/2011 devem ser notificados em todas as unidades de saúde. Quando a confirmação não puder feita, os casos deverão ser encaminhados para referências especializadas, dentro dos fluxos locais e especificidades do agravo.
Além de fortalecer a capacidade de diagnósticos precoces, as informações geradas pela estratégia devem subsidiar o planejamento e avaliação de ações na RENAST. 
FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DE AGRAVOS
Frente à necessidade de disponibilizar informações consistente e ágil sobre a situação da produção, perfil dos trabalhadores e ocorrência de agravos relacionados ao trabalho para orientar as ações de saúde, a intervenção nos ambientes e condições de trabalho foram criados Instrumentos de Notificação Compulsória - Ficha de Notificação - padronizadas pelo Ministério da Saúde, segundo o fluxo do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para regulamentar a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador - acidentes e doenças relacionados ao trabalho - em rede de serviços sentinela específica.

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