Geografia e Modernidade

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
GEOGRAFIA E MODERNIDADE
Prof. Dr. Rodrigo Dutra Gomes
Recife/2015
Discentes 
 Arthur Assis
Beatriz Rayrana
Enikson Silva
Helton Vasconcelos
Karen Lima
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta uma análise da construção da Geografia moderna na perspectiva de Paulo Cesar da Costa Gomes, que lança o seu olhar sobre a constituição do dito período moderno e suas matrizes e de que forma a modernidade influenciou e influencia na modulação da Geografia.
Os Fundamentos Filosóficos da Geografia Científica
Reutilização dos conhecimentos da Ordem medieval na geografia cientifica;
Necessidade de um novo modelo Cosmológico;
Dicotomia da Geografia Moderna 
Ptolomeu (Tradição Cartográfica); 
Estrabão (descrição, narrações e sínteses de localidades e suas particularidades);
Antiguidade Clássica
Geografia de Estrabão
 Viajante, historiador e geógrafo;
 Histórico – descritivo;
 Abordagem humana e fenômenos humanos; 
 Geografia Regional;
 Descrições regionais corográficas;
 Subjetiva / Particularismo.
 
Geografia de Ptolomeu
 Astrônomo, matemático e geógrafo;
 Matemático – cartográfico;
 Princípios gerais cosmográficos;
 Abordagem próxima das ciências naturais;
 Geografia geral;
 Método objetivo e de generalização.
Geografia Moderna
 As obras de Estrabão e Ptolomeu acabaram se tornando fundamentais para a renovação da geografia moderna, pois reutilizaram o saber geográfico ajustando-os as exigências do discurso científico. 
Os fundamentos filosóficos e os
antecedentes de uma geografia
científica
As reflexões sobre a relação
homem-natureza eram ainda de
ordem muito geral, não permitindo
reconhecer a especificidade do
domínio disciplinar geográfico.
O historiador francês Lucien Fèbvre
estabeleceu uma oposição entre
Montesquieu e Buffon
A Montesquieu se aplica o título de fundador
de um novo determinismo geográfico, antes
mesmo que se possa falar de um disciplina
geográfica.
Para Fèbvre, Buffon representa o ponto de
vista “moderno” da geografia, que
considera o homem como agente
transformador da natureza.
Desta maneira, o debate que se
desenvolveu na geografia no fim do
séc. XIX é interpretado como sendo a
retomada das concepções em voga no
Século das Luzes. Afirmando que o
trabalho humano na natureza é a
consequência de uma dinâmica
complexa que não pode ser
simplificada pela via do determinismo.
Pontos de vista mais favoráveis a
Montesquieu
Apesar das críticas, houve os cientistas mais
favoráveis a suas ideias. Eles valorizavam
justamente sua tentativa de criar um
conhecimento objetivo nas ciências sociais.
Sustentam o seu determinismo, não pode ser
julgado de uma maneira simplista e que as
proposições do Espírito das Leis são muito
mais complexas do que se parecem à primeira
vista.
Cosmografia Geográfica vs Corografia Geográfica
A dupla filiação filosófica fundadora: Kant e Herder
Kant:
Nascimento: 22 abril de 17924
Falecimento: 12 de fevereiro de 1804
Estudo: Universidade de Königsberg
Importância de Kant para a Geografia
Pensamentos
Ciências empíricas 
Busca pela ‘‘verdade’’
Críticos 
Preston James (Importância de Kant)
Ferry (Raciocínio ‘‘ simples)
Hartshorne (Busca pela justificativa de duas geografias) 
May (Herança Kantiana)
Herder (Anotações sobre a Geografia física)
‘‘Relações Recíprocas ’’ 
Johann Gottfried von Herder 
Estudou teologia em Königsberg, tendo sido aluno de Kant e de Hamann. Foi pastor em Riga e Bückeburg, e enfim presidente do consistório em Weimar;
Herder foi um notável tradutor. Em sua antologia "Vozes dos povos em canções" estão traduzidas e anotadas, ao lado de lieder alemães, canções populares inglesas, eslavas, escandinavas e espanholas; 
Rejeitava o kantismo; 
Morreu praticamente esquecido e abandonado;
Para Herder, a poesia era a verdadeira Alma do povo.
Imagem: 
Uol Educação 
Fonte: Uol Educação 
21
Para Herder, a ditadura da razão na Crítica da Razão Pura não permitira a Kant perceber que o Espaço, a Natureza e a Cultura evoluiriam na forma de um conjunto vivo, havendo uma sistematicidade orgânica e viva, uma totalidade ditada pela evolução da Natureza (HERDER, apund ).
Para ele, a história não seria apenas uma sucessão de acontecimentos diplomáticos e militares, mas resultado das condições particulares das diversas nações e raças combinadas com o espírito específico de cada época.
Se o ideário iluminista propunha uma razão generalizante, Herder se opõe a esta concepção propondo estudos regionais, no caso, de nações e as suas relações com o meio físico a qual estavam alojadas. 
Nisto, a lógica centrada no estudo das nações baseasse em dois planos, um plano particular e diferenciador e um plano comum que busca o que as nações tem em comum. 
Particular e diferenciador: 
As condições ambientais;
Os gêneros de vida;
 A tradição; 
Um plano comum 
No segundo plano busca-se o que cada cultura tem de incomum com a outra: 
Para Herder esta característica em comum se daria no plano teológico, ou seja no plano divino, o que atualmente poderia se adotar no lugar do teológico uma cultura de massa globalizada e mundializada.
As mudanças na geografia resultam ao mesmo tempo de motivações na ordem da pesquisa, na exposição, na representação dos fatos e dos movimentos, e dos debates onde ressurge sempre a oposição entre “antigos” e “Modernos”.
(Pierre George).
Referências
ARTIGO- GEOGRAFIA CLÁSSICA – uma contribuição para historia da ciência contribuição para historia da ciência geográfica geográfica. Rocha, Genylton Odilon Rêgo. 
FILHO, L. L. D. Fundamentos epistemológicos da geografia. Curitiba: Ibpex, 2009.
GOMES, P. C. C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
 
MORAES, A. C. R. Geografia:Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1983.
MOREIRA, R. O que é Geografia. 5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.
VITTE, A. C. Influência da Filosofia Kantiana na Gênese da Geografia Física. Mercator: Revista de geografia da UFC. Fortaleza, ano 7, n.14, p. 58-66, out/ dez.2008.Disponível em:<http://www.mercator.ufc.br/index.php/mercator/article/viewFile/39/199> Acesso em 06 de Jan. 2015. 
SOBREIRA, P. Cosmografia Geografica: a astronomia no ensino da geografia. 2005. Tese (Doutorado em Geografia Fisica), Universidade de São Paulo, São Paulo. 2005
 http://confins.revues.org/9895
http://freimaurer-wiki.de/index.php/Johann_Gottfried_Herder
http://html.rincondelvago.com/inteligencia_14.html 
27