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* * * Domicílio e bens * * * Domicílio Conceito: Centro das relações jurídicas de um sujeito de direito. Lugar em que o sujeito de direito estabelece sua residência com ânimo (intenção) definitivo. Normalmente, é o lugar em que o réu deve ser demandado numa ação cível. * * * Domicílio Art. 94 do Código de Processo Civil. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu. § 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. § 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor. § 3o Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. § 4o Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. * * * Domicílio Residência é conceito diverso de domicílio. Residência é o local em de habitação do sujeito de direito. Domicílio é formado por a) residência + b) intenção de definitividade (estado de espírito de permanência). * * * Domicílio Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. * * * Domicílio Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: I - da União, o Distrito Federal; II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. * * * Domicílio § 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. * * * Domicílio Domicílio voluntário – local estabelecido pelo sujeito de direito para seu domicílio. Pode ser geral (livre escolha) ou especial (fixado em base em contrato, também chamado foro de eleição). Domicílio necessário – determinado pela lei em razão da especial situação de uma pessoa. * * * Domicílio AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA. RELAÇÃO DE CONSUMO. DOMICÍLIO DO CONSUMIDOR. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 83/STJ. 1. A Corte de origem decidiu de acordo com jurisprudência do STJ, no sentido de que, em se tratando de matéria de consumo, a competência é o domicílio do consumidor. Incidência da Súmula 83/STJ. 2. Agravo regimental não provido. (in AgRg no REsp 1319067 / DF AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL) * * * BENS Bem – Objeto da relação jurídica de direito subjetivo. Bem em sentido amplo: a) bens (imateriais) e b) coisas (corpóreas). Bem, em sentido filosófico, é tudo que satisfaz uma necessidade humana (Carlos Roberto Gonçalves). * * * Bens “Somente interessam ao direito coisas suscetíveis de apropriação exclusiva pelo homem. As que existem em abundância no universo, como o ar atmosférico e a água dos oceanos, por exemplo, deixam de ser bens em sentido jurídico.” C.R.Gonçalves, citando outros professores. * * * BENS Coisas insuscetíveis de apropriação pelo home = coisas comuns (mar, ar atmosférico etc.). Coisas sem dono = res nullius (Ex. um animal selvagem que possa ser caçado ou um peixe que possa ser pescado). Coisa abandonada = res derelicta (tinha um dono, deixou de ter). * * * BENS Patrimônio – conjunto de relações jurídicas economicamente apreciáveis de uma pessoa. Abrange os ativos e o passivo. Nem todo direito é patrimonial. Há direitos que não são quantificáveis em dinheiro (ex. poderes que decorrem do poder parental; dever/direito de guarda e educação entre pais e filhos etc.). Pertinência da regra: ver, por exemplo, art. 841 do Código Civil (transação) * * * BENS Código de Processo Civil: Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei. Art. 646. A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o direito do credor (art. 591). * * * BENS CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MOBILIDADE: A) BENS IMÓVEIS: COISAS QUE NÃO SE PODEM TRANSPORTAR, SEM DESTRUIÇÃO, DE UM PARA OUTRO LUGAR (CLÓVIS). B)BENS MÓVEIS: .... * * * BENS Código de Processo Civil: “Da Competência Territorial”: Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu. Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova. * * * BENS C. Civil art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País – Aplica-se à foto ao lado? * * * Bens A figura ao lado mostra bem imóvel pela natureza ou por acessão física ou industrial? * * * BENS De que trata a imagem ao lado? Que tipo de bem (móvel ou imóvel) é produzido por esta instalação?? * * * BENS Código Civil: art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca: I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles; É possível hipotecar uma árvore? E energia elétrica? * * * BENS Bens imóveis: a) pela natureza (fixação ao solo independente da ação humana – solo, superfície, acessórios naturais como árvores, frutos pendentes, subsolo); b) por acessão (ingresso) física ou industrial – a atividade humana fixa o bem que antes era móvel – árvore plantada, construções etc.); c) por determinação legal – opção do legislador: direito à sucessão aberta, direitos reais sobre imóveis e respectivas ações. * * * BENS Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II - o direito à sucessão aberta. * * * BENS * * * BENS * * * BENS * * * BENS Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. * * * BENS Dos Bens Móveis Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico; II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. * * * BENS Móveis por antecipação: Bens incorporados ao solo, mas com a intenção de separá-los oportunamente e convertê-los em móveis (frutos não colhidos, p.ex.). Para alguns, esses bens se submetem ao regime dos bens móveis, ainda que na fase da imobilização. * * * BENS: Navios e aeronaves, móveis ou imóveis? * * * BENS Navios e aeronaves são bens móveis, embora, pelo seu porte, estejam sujeitos a certas situações mais comuns nos imóveis (matrícula, hipoteca etc.). Art. 478 do Código Comercial: - Ainda que as embarcações sejam reputadas bens móveis, contudo, nas vendas judiciais, se guardarão as regras que as leis prescrevem para as arrematações dos bens de raiz; devendo as ditas vendas, além da afixação dos editais nos lugares públicos, e particularmente nas praças do comércio, ser publicadas por três anúncios insertos, com o intervalo de 8 (oito) dias, nos jornais do lugar, que habitualmente publicarem anúncios, e, não os havendo, nos do lugar mais vizinho. * * * BENS * * * BENS Torres - Uma cena pouco comum foi presenciada por quem utilizou a Estrada do Mar nesta quinta-feira pela manhã, em Torres. Uma casa de madeira foi transportada por um caminhão no sentido Torres-Osório. O veículo, escoltado pela Brigada Militar, chamava a atenção dos motoristas que utilizaram a rodovia. O fato inusitado fez com que muitos condutores diminuíssem a velocidade para observar o caminhão e a casa, no entanto, não houve congestionamentos na estrada. As informações são do Correio do Povo. (http://www.jornalnh.com.br/torres/366009/caminhao-transportando-uma-casa-chama-atencao-dos-motoristas.html ) * * * BENS – Fungíveis/Consumíveis * * * BENS – Fungíveis/Consumíveis * * * BENS Dos Bens Fungíveis e Consumíveis Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. (O oposto são os bens infungíveis) Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. (O oposto são os bens não consumíveis) * * * BENS: Coisa certa = infungível Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. * * * BENS: Coisa certa = infungível * * * Mona Lisa Mona Lisa ("Senhora Lisa"2 ) também conhecida como A Gioconda3 (em italiano, La Gioconda, "a sorridente"4 ; em francês, La Joconde) ou ainda Mona Lisa del Giocondo ("Senhora Lisa [esposa] de Giocondo") é a mais notável e conhecida obra de Leonardo da Vinci, um dos mais eminentes homens do Renascimento italiano. Sua pintura foi iniciada em 1503 e é nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do sfumato. O quadro representa uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O seu sorriso restrito é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador. O seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo. Este quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão, o quadro mais famoso e valioso de todo o mundo. Poucos outros trabalhos de arte são tão controversos, questionados, valiosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos. * * * BENS Muitos historiadores da arte desconfiavam de que a reverência de Da Vinci pela Mona Lisa nada tinha a ver com sua maestria artística. Segundo muitos afirmavam devia-se a algo muito bem mais profundo: uma mensagem oculta nas camadas de pintura. Se observarem com calma verá que a linha do horizonte que Da Vinci pintou se encontra num nível visivelmente mais baixo que a da direita, ele fez com que a Mona Lisa parecer muito maior vista da esquerda que da direita. Historicamente, os conceitos de masculino e feminino estão ligados aos lados - o esquerdo é feminino, o direito é o masculino.5 A pintura a óleo sobre madeira de álamo encontra-se exposta no Museu do Louvre, em Paris e é uma das suas maiores atrações.1 (in http://pt.wikipedia.org/wiki/Mona_Lisa ) * * * BENS: COISA INCERTA = FUNGÍVEL Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. * * * BENS Dos Bens Divisíveis Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. * * * BENS – Divisíveis/Indivisíveis * * * Pietà A Pietà (em português Piedade) de Michelangelo é talvez a Pietá mais conhecida e uma das mais famosas esculturas feitas pelo artista. Representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria. A fita que atravessa o peito da Virgem Maria traz a assinatura do autor, única que se conhece: MICHAEL ANGELUS. BONAROTUS. FLORENT. FACIEBA(T), ou seja, «Miguel Angelo Buonarotus de Florença fez.» Fica na basílica de São Pedro, na primeira capela da alameda do lado direito. Desde que a estátua foi atacada em 1972, está protegida por um vidro a prova de bala. Tem 174 centímetros por 195 centímetros e é feita em mármore. (in http://pt.wikipedia.org/wiki/Piet%C3%A0_(Michelangelo) * * * BENS – Singulares e Coletivos Dos Bens Singulares e Coletivos Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. * * * BENS O bem singular é considerado em si mesmo. Como uma unidade. Um conjunto de bens singulares, que forme um novo todo, pode ser considerado uma universalidade. Bens singulares podem ser: a) simples (natureza torna unitário: um animal) ou b) compostos (atividade humana torna unitário: uma casa). * * * BENS “As coisas simples que formam a coisa composta, mantendo sua identidade, denominam-se partes integrantes. Se perdem a identidade, chamam-se partes componentes. As partes integrantes (...) podem ser separadas do todo, as componentes (ex.: cimento de uma parede), não.” (Francisco Amaral apud C. R.Gonçalves). * * * BENS SINGULARES/UNIVERSALIDADE * * * BENS - UNIVERSALIDADE As universalidades podem ser: A) De fato – Art. 90 do CCivil. Exemplo: biblioteca. Permitem alienação conjunta ou individual. B) De direito – Art. 91 – Exemplos: patrimônio; herança, massa falida. A lei considera o conjunto como uma unidade. * * * BENS – RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS Principais e acessórios quanto à existência. Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. Principais e acessórios quanto à funcionalidade. Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Partes integrantes – acessórios que, unidos ao principal, formam com ele um todo, desprovido de existência material própria. * * * Bens – Reciprocamente considerados Acessórios quanto à existência: juros; cláusula penal (multa contratual), frutos, minerais, benfeitorias. Regra básica: o acessório segue o principal. * * * BENS – Reciprocamente considerados Acessórios: Frutos, produtos e rendimentos. Frutos: utilidades que a coisa periodicamente produz, sem que a respectiva utilização destrua a própria coisa que lhes dá origem; Frutos podem classificados em: a) naturais (renovam-se periodicamente em decorrência da força da própria coisa); b) industriais (intervenção do homem- produção de uma fábrica); c) civis (rendas da utilização de uma coisa, como aluguéis, juros e dividendos). * * * BENS – Reciprocamente considerados Frutos – quanto ao estado em que se encontram classificam-se em: a) pendentes (unidos à fonte produtora); b) percebidos (já colhidos ou recebidos); c) percipiendos (os que poderiam já ter sido recebidos, mas ainda não o foram); d) estantes (separados ou armazenados para venda) d) consumidos (inexistentes, porque já utilizados). * * * BENS – Reciprocamente considerados Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. * * * BENS – Reciprocamente considerados Produtos – Utilidades extraídas da coisa, consumindo-se a fonte de extração. Exemplo: pedras de uma pedreira. * * * BENS – Acessórios e Principais Rendimentos – são os frutos civis. As rendas produzidas pelos negócios jurídicos. Juros, aluguéis. * * * BENS – Reciprocamente considerados Acessórios quanto à funcionalidade: pertenças e partes integrantes. Regra básica: as pertenças não seguem o principal, salvo se a lei, a vontade das partes ou as circunstâncias do caso indicarem. As partes integrantes acompanham a coisa principal * * * BENS – Acessórios e Principais Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. * * * BENS - BENFEITORIAS Benfeitorias são melhoramentos feitos na coisa principal para: a) evitar o seu perecimento/deterioração; ou b) aumentar sua utilidade; ou c) por mero deleite ou prazer. * * * BENS - BENFEITORIAS Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. * * * BENFEITORIAS Benfeitoria necessária: reforma do telhado para evitar destruição do imóvel. * * * BENFEITORIAS Benfeitoria útil – aumenta a utilidade do bem (proteção para guarda de carros, no exemplo). * * * BENFEITORIAS Benfeitoria voluptuária: para capricho ou deleite do interessado. No exemplo, banheira de hidromassagem. * * * BENS PÚBLICOS Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. * * * BENS PÚBLICOS Bem de uso comum do povo. * * * Bens Públicos Bem de uso especial * * * Bens Públicos Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. * * * Bens Públicos Desafetação – alteração do status do bem público, para possibilitar sua alienação. * * * BEM DE FAMÍLIA Imóvel residencial, e outros bens que o integram, que ficam à salvo dos credores do proprietário. O regime do bem de família varia conforme a lei de regência: Código Civil (arts. 1711 e seguinte), Lei 8.009/90 etc.
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