Buscar

Apostila interações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PÓS GRADUAÇÃO
FITOTERAPIA
Unidade Temática 1
INTERAÇÕES DA FITOTERAPIA
título sumárioPÓS GRADUAÇÃO
título sumáriosumário
Interações Farmacodinâmicas
16.Interações durante a fase de distribuição
4.Introdução
5.Interações entre fitoterápicos, alimentos e medicamentos:mecanismos envolvidos e principais interações descritas
7.Interações Farmacocinéticas
18.Interações durante a fase de metabolização
21. Interações durante a fase de excreção
31. Principais referências utilizadas
23.
26. Interaçoes características degrupos de princípios ativos
27. Consulta sobre interações na literatura
4.
Introdução
A fitoterapia sempre desempenhou papel 
de destaque na terapêutica. Entretanto, um 
profundo conhecimento sobre a sua rela-
ção risco-benefício é necessária, tanto 
pelos profissionais de saúde quanto pelo 
paciente. Esta relação risco-benefício deve 
levar em conta, dentre outros fatores, a ca-
pacidade de interação entre o fitoterápico 
prescrito com outras terapias medicamen-
tosas e/ou a dieta do indivíduo durante o 
período do tratamento pretendido.
Neste sentido, a apostila interações da fito-
terapia traz ao leitor uma abordagem gene-
ralizada sobre as possíveis interações entre 
fitoterapia, medicamentos sintéticos e 
alimentos. Aqui, o estudante encontrará os 
principais locais de interação e de que 
forma a literatura relata essas ocorrências.
Diante da grandiosidade do assunto e do 
constante incremento de informações na 
literatura conforme o avanço científico 
ocorre, é indispensável que o leitor busque 
outras fontes de leitura para a solidificação 
do conteúdo e garantia de uma prescrição 
segura.
“A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais.”
Aristóteles
Assim como qualquer interação medica-
mentosa, as interações entre fitoterapia, 
medicamentos sintéticos e alimentos 
também podem ser explicadas por meca-
nismos farmacocinéticos e/ou farmacodinâ-
micos, os quais podem gerar respostas 
reduzidas ou nulas, benéficas ou tóxicas 
de cada componente envolvido na intera-
ção.
Utiliza-se o termo “farmacodinâmica” para 
descrever os efeitos de um fármaco no 
corpo. Este estudo baseia-se no conceito 
da ligação fármaco-receptor que, quando 
ocorre, gera uma resposta como consequ-
ência. Neste âmbito, as interações farmaco-
dinâmicas ocorrem quando a ação farma-
cológica da planta medicinal sinergiza (ou 
seja, aumenta) ou antagoniza (reduz) a 
ação do fármaco convencional, ou vice 
versa, através de sua ligação com o recep-
tor.
Já as interações farmacocinéticas são 
aquelas que promovem modificações na 
absorção, distribuição, metabolismo e ex-
creção, dentre outros, que levam a uma mu-
dança na concentração sanguínea do fár-
maco e/ou metabólito. Este tipo de intera-
ção explica a maioria das potencialidades 
de interação entre fitoterapia e fármacos 
sintéticos e tornam-se clinicamente relevan-
tes quando são alcançadas alterações con-
sideráveis nos parâmetros farmacocinéti-
cos, sobretudo quando o tratamento é reali-
zado junto com fármacos de janela terapêu-
tica estreita, como é o caso da varfarina e 
digoxina.
5.
Interações entre fitoterápicos, alimentos e medicamentos:
mecanismos envolvidos e principais interações descritas
Apesar de convencionalmente se atribuir as interações medicamentosas uma condição 
negativa, é importante enfatizar que algumas interações podem ser benéficas por au-
mentar a eficácia do fármaco ou, ainda, por reduzir efeitos colaterais em potencial. Por-
tanto, o conhecimento acerca do cenário real em relação as interações e fitoterapia 
deve ser garantido pelo profissional prescritor. Os mecanismos centrais de interação 
em fitoterapia estão demonstrados na Figura 1.
6.
Interações entre os princípios ativos vegetais e sintéticos (e/ou vegetais isolados)
Modificações na absorção, distribuição,
metabolismo, excreção e ligação as proteínas
plasmáticas, que levam a uma redução da
concentração do fármaco ou do metabólito
Farmacodinâmica
Aditivo
Sinergismo
ex.:
Kava kava (Piper methystium) + benzodiazepínicos;
Guaraná (Paullinia cupana) + Sedativos;
Confrei (Symphytum officinale) + acetaminofeno
Antagonismo
Farmacocinética
Ex.:
Hipérico, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) + Ritonavir;
Hipérico, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) + Indinavir;
Cardo mariano (Sillybum marianum) + Warfarina
Transportadores de fármacos Enzimas metabolizadoras
Efluxo (ex.: gpP);
Transportadores de
absorção (ex.: OATP) Fase I Fase II
Figura 1. Ilustração dos principais mecanismos de interação em fitoterapia. Adaptado de Oga e colaboradores, 2015.
INTERAÇÕES
FARMACOCINÉTICAS
A maioria das interações farmacocinéticas ocorrem através dos transportado-
res de drogas ou de enzimas metabolizadoras. Apesar de ser a explicação 
para a maioria das interações em fitoterapia, estas são mais difíceis de serem 
previstas do que as farmacodinâmicas. A seguir são abordadas resumidamen-
te as interações farmacocinéticas mais descritas na literatura.
8.
Interações durante a fase de absorção
O trato gastrintestinal representa o principal 
sítio de interação droga-nutriente, uma vez 
que o processo de absorção de ambos 
ocorre por mecanismos semelhantes e 
podem ser competitivos. Portanto, esta é 
uma das principais etapas em que ocorrem 
as interações clinicamente significativas.
Os transportadores carreadores de solutos 
(Figura 2) compreendem principalmente 
transportadores de absorção e, portanto, 
são conhecidos por facilitar a absorção de 
fitomedicamentos e xenobióticos para 
dentro da circulação sanguínea, bem como 
nutrientes. Uma vez que estes transportado-
res encontram-se principalmente expressos 
nas células epiteliais intestinais e órgãos de 
eliminação, é possível a ocorrência de uma 
significante influência na disposição dos 
fitoterápicos.
Figura 2 – Exemplos de carreadores transmembrana.
9.
Várias interações droga-alimento com sucos envolvem este tipo de transportador. Por 
exemplo, o suco de uva causa a inibição dos polipeptídeos transportadores de ânios 
orgânicos (PTAO), resultando assim em redução da concentração sanguínea dos fár-
macos fexofenadrina, celiprolol, talinolol e acebutolol. Outras plantas que apresentam 
interações por esta via são Radix scutellariae e Salvia miltiorrhiza.
10.
Figura 3. – Esquema do fenômeno de quelação de alguns nutrientes (como ferro, cálcio e zinco) por taninos.
Em relação as interações fitoterápico-nutriente, estudos mostram que os bioflavonói-
des (ex. Chá verde) reduzem a absorção de alguns minerais, tais como cálcio, ferro e 
zinco. Este fato se deve a propriedade que os taninos possuem em quelar os minerais 
(Figura 3), transformando-os assim em uma molécula grande o suficiente para dificultar 
a sua absorção. Neste sentido, diversas outras plantas, tais como Salix alba L., Sere-
noa repens, Tanacetum parthenium Sch. Bip, e Matricaria recutita L., dentre outras, 
também possuem a propriedade de quelar estes compostos.
11.
M
M
M
Cátions bivalentes Taninos Cátions quelados por taninos
+ =
M
M
M
Figura 4. Esquematização da interação entre saponinas e a membrana celular humana. Adaptado de Lorent et al., 2014.
Ainda, as saponinas aumentam a absorção de vários compostos, pois apresenta ação 
detergente. Uma vez que a camada celular é formada por uma bicamada fosfolipídica, 
as saponinas tem a capacidade de interagir e desestruturar esta camada, o que facilita 
a absorção dos compostos (Figura 4).
12.
Saponina
Colesterol
Outras modificações no processo de absor-
ção podem também levar a uma redução ou 
aumento da biodisponibilidade das subs-
tâncias ativas. Por exemplo, uma alteração 
do pH do estômago (que ocorre facilmente 
após a ingestão dos alimentos ou após a 
ingestãode antiácidos, por exemplo) pode 
alterar o tempo de desintegração de formas 
farmacêuticas sólidas (cápsulas, comprimi-
dos, drágeas) e, consequentemente, tornar 
a liberação do princípio ativo para a absor-
ção tardia. Este fato não representa uma 
interação propriamente dita, entretanto, 
pode fornecer uma resposta clínica reduzi-
da e merece ser levado em consideração ao 
levantar hipóteses sobre possíveis causas.
Modificação no pH do trato gastrintestinal
14.
Adicionalmente, dietas que aumentam ou 
reduzam a velocidade de esvaziamento 
gástrico e intestinal também podem influen-
ciar na biodisponibilidade dos princípios 
ativos uma vez que altera o tempo de expo-
sição e contato deste princípio ativo com o 
local de absorção. Assim, dietas hiperpro-
téicas que, em geral, reduzem a velocidade 
do esvaziamento gástrico aumentam, por-
tanto, o tempo de contato entre os princípios 
ativos e a região de absorção, provocando 
consequentemente um aumento da sua bio-
disponibilidade. Neste sentido, estudos 
relatam que diante de uma dieta hiperprotéi-
ca, os fármacos antimicrobianos possuem 
sua absorção aumentada.
Modificação na velocidade do
esvaziamento gástrico e trânsito intestinal
A diminuição ou aumento do tempo do trânsito intestinal também influencia na absor-
ção de fármacos. Por exemplo, Senna alexandrina Mill. possui ação laxativa e, por isso, 
reduz o tempo do trânsito intestinal. Assim, a literatura descreve que esta planta pode 
reduzir a absorção de outros fármacos administrados por via oral.
15.
INTERAÇÕES DURANTE
A FASE DE DISTRIBUIÇÃO
Figura 5. Representação esquemática do deslocamento de fármacos por competição pelas proteínas plasmáticas.
As interações na fase de distribuição envolvem, sobretudo, a ligação com as proteínas 
plasmáticas (Figura 5). A escina, principal componente saponínico da castanha da 
índia (Aesculus hippocastanum L.), se liga as proteínas plasmáticas e pode deslocar 
outras drogas para o estado livre, aumentando assim a possibilidade de efeitos tóxi-
cos. Estudos em animais relatam que a absorção de ferro pelas proteínas sanguíneas 
é inibida na presença de Mentha piperita L, o que pode exigir precaução na adminis-
tração desta erva em pacientes anêmicos ou crianças
 
17.
+ +
Proteínas plasmáticas Substância ativa A Substânciaativa A livre
Substância ativa A ligada
as proteínas plasmáticas
++ + +
Proteínas plasmáticas Substância ativa ASubstância ativa B Substância
ativa A livre
Substância
ativa B livre
Substância ativa A ligada
as proteínas plasmáticas
Legenda:
A) percentual de ligação plasmática normal para a substância ativa A;
B) Ligação preferencial as proteínas plasmáticas pela substância ativa B com deslocamento da substância ativa A.
INTERAÇÕES DURANTE
A FASE DE METABOLIZAÇÃO
19.
Interações mediadas
por enzimas
Uma das mais importantes causas de inte-
rações clinicamente relevantes é a inibição 
ou indução da atividade do citocromo p450 
(CYP). Isto se deve ao fato de este citocro-
mo estar envolvido no metabolismo da 
maioria das drogas. Portanto, se uma dis-
função ou hiperfunção ocorrer, provavel-
mente haverá consequências como toxici-
dade ou redução/anulação do efeito tera-
pêutico do medicamento administrado em 
paralelo. As principais isoformas da CYP 
ligadas com interações em fitoterapia são a 
CYP3A, CYP2B6 e CYP1A2.
Estudos tem demonstrado que o suco de 
cranberry (Vaccinium macrocarpon) possui 
uma série de inibidores da isoforma 
CYP3A, a qual é responsável por mediar 
a metabolização da nifedipina, ocorrendo 
assim um aumento da concentração de nife-
dipina no plasma (estudo realizado em 
ratos).
Da mesma forma, Echinacea purpúrea, Mentha piperita L. e Allium sativum L., dentre 
outras, tem sido reportadas por induzir a atividade do citocromo P450 e, portanto, o po-
tencial de interações com esta planta pode ser alto. Estudos relatam que o óleo de hor-
telã (Mentha piperita L.) pode alterar os efeitos da camomila, alcaçuz, equinácea e 
hipérico, dentre outras plantas.
20.Parte 1
INTERAÇÕES DURANTE
A FASE DE EXCREÇÃO
Após absorvidos e distribuídos, os princí-
pios ativos passam pelo processo de meta-
bolização, o qual os tornam mais hidrossolú-
veis, permitindo assim iniciar o processo de 
excreção. Este processo ocorre através do 
ar expirado, leite materno, suor, saliva e, so-
bretudo, pelos rins, trato biliar e fezes.
Interações entre a alcachofra e diuréticos 
tem sido reportadas na literatura, com pos-
sível queda da pressão arterial por hipovole-
mia, sobretudo quando administrada con-
comitantemente com os diuréticos de alça 
(furosemida) e os tiazídicos (clortalidona, 
hidroclorotiazida e indapamida).
A administração de cáscara sagrada 
(Rhamnus purshiana D.C.) ou Sena (Senna 
alexandrina Mill.) com diuréticos tiazídicos 
também não é recomendada, pois pode 
ocorrer perda excessiva de potássio, resul-
tando em quadro de hipocalemia. Além 
disso, o desequilíbrio de eletrólitos pode po-
tencializar o efeito de glicosídeos cardiotô-
nicos.
22.
INTERAÇÕES
FARMACODINÂMICAS
24.
As interações farmacodinâmicas podem 
ocorrer quando dois ou mais princípios 
ativos atuam sobre um mesmo receptor, 
sobre um mesmo órgão ou sobre um 
mesmo sistema fisiológico. Desta forma, são 
interações mais previsíveis já que a ação do 
fármaco deve ser conhecida.
Quando dois ou mais princípios ativos são 
administrados e o mecanismo de ação dos 
mesmos não interferem um nos outros, 
diz-se que ocorre uma indiferença farmaco-
lógica. Por exemplo, a associação de um 
anti-helminto e um analgésico não deve 
apresentar interações no âmbito farmacodi-
nâmico, uma vez que eles possuem ação 
etiotrófica, ou seja, atual diretamente sobre 
o agente causal da doença
Entretanto, na associação de dois ou mais 
princípios ativos, um deles pode intensificar 
o efeito do outro. A este tipo de interação 
dá-se o nome de sinergismo. O sinergismo é 
chamado de não competitivo quando dois 
agonistas estimulam receptores diferentes, 
porém contribuem para um mesmo efeito. 
Já o sinergismo competitivo trata do resulta-
do de dois agonistas que atuam num 
mesmo sistema de receptores. Neste último 
caso, pode haver sinergismo por isoadição 
ou por soma, onde os efeitos representam a 
soma dos efeitos parciais. Por fim, há o 
sinergismo por potencialização, que ocorre 
quando a associação de dois ou mais prin-
cípios ativos gera uma resposta maior do 
que a soma das respostas parciais.
25.
Já o antagonismo ocorre quando um princí-
pio ativo diminui os efeitos de outros princí-
pios ativos. Este também pode ser do tipo 
competitivo, quando dois fármacos compe-
tem para fixar-se em um mesmo sistema de 
receptores, e a ocupação de um desses fár-
macos nos receptores impede a ocupação 
pelo outro fármaco, resultando em bloqueio 
do seu efeito; antagonismo não competitivo 
(ou de efeito), onde não há interferência na 
fixação do agonista em seus receptores, 
mas nota-se diferente a relação entre estí-
mulo e efeito; ou antagonismo químico, 
quando o antagonista se combina com o 
agonista formando-se um complexo inativo.
Estes princípios, de modo geral, podem ser 
aplicados também no âmbito da toxicologia. 
Ou seja, a administração concomitante de 
dois princípios ativos que causam toxicida-
de hepática, por exemplo, podem produzir 
lesão hepática, mesmo que a dose de 
cada uma delas seja segura.
26.
Interações características de
grupos de princípios ativos
Taninos Precipitam ferro e proteína
Saponinas Aumentam a absorção de muitos fármacos
Antraquinonas Efeito laxativo
Cumarinas Ação anticoagulante (cuidado com o uso
simultâneo com outros anticoagulantes)
Cardiotônicos Ação diurética indireta devido ao aumento
do débito sanguíneo e consequenteaumento
da filtração glomerular e eliminação urinária
O Quadro abaixo traz algumas interações
características de grupos de princípios ativos:
CONSULTA SOBRE
INTERAÇÕES NA LITERATURA
28.
Os estudos quanto às interações entre fito-
terapia e fármacos sintéticos estão crescen-
do. Entretanto, esta construção vem ocor-
rendo com algumas lacunas. Assim, é pos-
sível encontrar na literatura trabalhos que 
“provam” determinada interação, enquanto 
outros “provam” esta mesma interação não 
existe. Assim, é importante que o profissio-
nal da saúde tenha maturidade para discer-
nir sobre a qualidade dos materiais empre-
gada nos seus estudos.
Desta forma, é importante que o profissional 
primeiramente busque a solidificação do 
conhecimento básico na área da pesquisa, 
para adquirir senso crítico nas leituras sub-
sequentes. A atualização sobre interações 
em fitoterapia deve levar em considerações 
artigos científicos de alto impacto, bem 
como recomendações oriundas dos órgãos 
sanitários.
Uma maneira acessível de averiguar a pro-
cedência do material de estudo é através do 
“fator de impacto” revista em que consta de-
terminado artigo. Este número serve como 
referência da qualidade dos artigos ali publi-
cados, sendo levado em consideração a 
consistência do artigo quanto ao desenho 
dos experimentos e o contato dos autores 
com a temática, por exemplo. Em 1999, 
Pinto e Andrade já alertavam para a utiliza-
ção do fator de impacto como um forte indi-
cador sobre a qualidade dos conteúdos pu-
blicados. Segundo os autores, “publicações 
científicas vem sendo, cada vez mais, um 
produto de mercado, tendendo, cada vez 
menos, a atender propósitos científicos [...]”.
Parte 1
Periódico CAPES PubMed / Medline
Scopus / Science Direct / Scirus
Bireme
Banco de téses CAPES
Cochrane
Web of Science
Saúde baseada em evidências Embase
Thomson Reuters Micromedex
REBRATS
Bases de dados especializadas Natural Standard
Natural Medicines
NIH (NCCAM/MEDLINE PLUS)
IN 02/2014 (ANVISA) Lista de referencias bibliográficas
para avaliação da segurança e eficácia
de medicamentos fitoterápicos;
Neste sentido, o Quadro 2 traz algumas sugestões de referências técnico-científicas 
em fitoterapia.
30.
31.
Basch E M, Ulbricht C E (2005) Natural Standard, Herb & Supple-
ment Reference, Evedence- Based clinical reviews; Elsevier 
Mosby.
Cardoso C M Z, Silva C P, Yamagami K, Lopes R P, Santos F, 
Bonassi I, Jesuíno I, Geres F, Martorie-Jr T, Graça M, Kaneko B, 
Pavani E, Inowe C (2009). Elaboração de uma cartilha direciona-
da aos profissionais da área da saúde, contendo informações 
sobre interações medicamentosas envolvendo fitoterápicos e 
alopáticos. Revista Fitos, 4 (1):56-69.
Izzo A A (2012). Interactions between herbs and conventional 
drugs: overview of the clinical data. Medical Principles and 
Practice, 21:404–428.
Principais referências utilizadas
Kalluf L (2015) Fitoterapia funcional – dos princípios ativos a 
prescrição de fitoterápicos. 2a ed., São Paulo:AçãoSet.
Oga E F, Sekine, S, Shitara, Y, Horie, T (2015). Pharmacokinetic 
herb-drug interactions: insight into mechanisms and consequen-
ces. European Journal of Drug Methabolism and Pharmacokineti-
cs. 40:1-16.
Pinto A C, Andrade J B. (1999) Fator de impacto de revistas 
científicas: qual o significado deste parâmetro? Química nova, 
22(3).
Shi S, Klotz U (2012). Drug interactions with herbal medicines. 
Clin Pharmacokinet, 51 (2): 77- 104.
FITOTERAPIA
Pós Graduação
posead@ipgs.com.br
R. Dr. Freire Alemão, 225 - Mont'Serrat
Porto Alegre - RS, 90450-060
Telefone: (51) 3062-9322

Continue navegando