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instituições judiciárias e ética

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1 
 
Instituições Judiciárias e Ética 
 
 
 
 Aluno - Geraldo D. Cossalter – RA B35759-2 - Direito manhã - Março/Abril 2012 
 
 
 -Campus Ribeirão Preto 
 
2 
 
 
 
 
 
Trabalho ‘’Instituições Judiciárias e Ética’’, apresentado á Professora 
Tríssia Maria Fortunato Paes de Barros, matéria ‘’Instituições Judiciárias 
e Ética’’, Aluno Geraldo Domingos Cossalter, RA B35759-2, turno da manhã, 
curso de Direito primeiro período. 
 
 
 
 
 
 
Termo de responsabilidade: 
Todas as opiniões aqui expressas são de minha autoria, sem plágio de qualquer 
origem, objetivando alcançar um resultado positivo, que possa me acrescentar 
conhecimento da matéria ‘’Instituições Judiciárias e Ética. ’’, tão importante 
no curso de Direito. 
 
 
------------------------------------------------- 
 Geraldo Domingos Cossalter 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
Bibliografia 
 
Haddad, José Ricardo, Junior Luiz Guilherme da Costa Wagner, Jacob Luiz 
Guilherme de Almeida Ribeiro, Junior Roberto Mendes de Freitas, Filho 
Sérgio Carvalho de Aguiar Vallin, 3 edição, São Paulo, Atlas,2009, Barros, 
Tríssia Maria Fortunato Paes de, 2012. 
e.referência -http://pt.wikipedia.org – acessada em 06/04/2012. 
 
 
 
 
 
Introdução: 
Após a leitura e consulta do Livro Poder Judiciário e Carreiras Jurídicas, bem 
como as explanações e a matéria apresentada em lousa pela Professora Tríssia, 
consegui acumular conteúdo suficiente para desenvolver este trabalho, o que 
me adicionou conhecimento sobre os temas abordados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
1 ) O que é Jurisdição? Fundamente sua resposta 
 
Trata-se do território em que o Magistrado tem poder de decisão, e somente 
neste território ele tem Jurisdição para julgar, o que não é possível em outra 
Comarca ou Circuncisão. Jurisdição vem do latim ‘’júris’’ e ‘’dicere’’ que 
significa ‘’dizer direito’’, é o poder atribuído ao Estado, é o poder que o Estado 
tem para aplicar o Direito com a finalidade de solucionar conflitos e interesses, 
e com isto garantir a ordem e a autoridade da lei. O Estado, mediante processo 
regular substitui a vontade das partes, em outras palavras, o Estado tem 
função Judiciária ou Jurisdicional. A Jurisdição garante a existência do Estado 
de Direito Democrático e respeita a Constituição Federal, quanto aos seus 
valores, princípios e vontades. Ela se faz presente mediante a provocação de 
um cidadão que exerce o direito da ação em um processo regular, ela é a 
atividade do Juiz quando aplica o Direito, ou seja, o ‘’poder jurisdicional’’. 
 
2 ) Comente as características e os princípios que regem a Jurisdição. 
 
Com diversas características, podemos enumerá-las conforme segue: 
a ) substitutiva – o Estado tem o poder de substituir as partes na aplicação da 
lei, onde ninguém poderá ‘’fazer justiça com as próprias mãos’’, cabendo ao 
Estado a decisão sobre a lide. 
b ) imutável – as decisões não podem ser modificadas, não podem ser mudadas, 
quando no exercício da função jurisdicional, não podem ser alteradas ou 
revistas, nem sequer por outro poder. 
 
5 
c ) declaratória – O Juiz declara de qual parte ou de quem é o direito, não cabe 
á ele Juiz ou ao Judiciário a criação da lei, isto cabe ao Legislativo, ao Judiciário 
cabe apenas a aplicação da lei. 
d ) lide – A razão da existência Jurisdicional é a lide, que é o conflito de 
interesses, sendo portanto o Judiciário convocado a intervir e dar a solução. 
 
Com diversos princípios, podemos enumerá-los conforme segue: 
 
a ) Inércia – O Judiciário é inerte, e a função Jurisdicional da mesma forma, 
portanto somente terá atividade se provocado, portanto sem que um cidadão 
provoque, a função Jurisdicional não tem atividade. 
b ) Inevitabilidade – a vontade das partes em um processo, independem da 
atividade Jurisdicional, não é possível mudar ou impedir que a jurisdição 
alcance os seus objetivos. 
c ) Indelegabilidade – Por determinação da CF, a Jurisdição não pode ser 
exercida por outrem, somente pelo Judiciário, dentro das competências de cada 
órgão. 
d ) Juiz Natural – Somente é legítimo o Juiz com competência indicada pela 
CF previamente. Vetado tribunais de exceção – art. quinto XXXVII. 
e ) Duplo grau de Jurisdição – Toda causa que tenha ingressado no 
Judiciário, poderá caso a parte que não obteve satisfação de sua pretensão em 
primeiro grau, provocar um novo exame, o chamado segunda instância, por 
órgão se segundo grau, diferente daquele que julgou anteriormente. 
f ) Investidura – A jurisdição só poderá se exercida por quem dela se ache 
investido legitimamente. 
g ) Aderência ao território – O poder do Magistrado, fica limitado dentro 
território em que está sediado, podendo praticar atos processuais somente 
dentro de determinado limite territorial. 
h ) Inafastabilidade: É a garantia de acesso á todo cidadão ao Poder 
Jurisdicional, sendo que nem o Juiz poderá deixar de decidir sob qualquer 
alegação. 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
3 ) Trace um paralelo em S.T.F. e S.T.J. 
 
 
O STF, Supremo Tribunal Federal, é a Suprema Corte ou Tribunal de 
última instância é o guardião da C.F., da Constituição Federal, onde além de 
guardião, aprecia casos que possam ameaçar ou lesar a C.F. Foi criado após a 
proclamação da república, exerce uma série de atribuições e é a mais alta 
instância do Poder Judiciário Brasileiro. É composto por 11 Ministros, que não 
podem ter menos que 35 anos e mais de 65 anos de idade quando da indicação, 
sendo necessário um grande conhecimento jurídico para exercer o cargo. 
Representam um Tribunal de Jurisdição Nacional e por esta formação, 
apreciam somente ações de interesse da nação, ou em que o interesse da nação 
esteja em jogo. Processa e julga ações de seus próprios ministros, do 
Presidente da República, do Vice Presidente, dos Congressistas e demais 
Ministros e procuradores gerais da República. Para ser ministro do STF, é 
necessário ser Brasileiro nato, ser nomeado pelo Presidente da República, ter a 
aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. O mandato não é fixo e seu 
limite é aos70 anos com a aposentadoria compulsória. Adiante temos a Lista 
dos atuais Ministros: 
 
 
7 
 
Ordem de 
antiguidade 
Ministro 
Presidente da República 
responsável pela nomeação 
Data limite 
(aposentadoria) 
1 
 
Celso de Mello 
José Sarney 2015 
2 
 
Marco Aurélio Mello 
Fernando Collor de Mello 2016 
3 
 
Gilmar Mendes 
Fernando Henrique Cardoso 2025 
4 
 
Cezar Peluso 
Luiz Inácio Lula da Silva 2012 
 
8 
Ordem de 
antiguidade 
Ministro 
Presidente da República 
responsável pela nomeação 
Data limite 
(aposentadoria) 
(Presidente) 
5 
 
Carlos Ayres Britto 
(Vice-presidente) 
Luiz Inácio Lula da Silva 2012 
6 
 
Joaquim Barbosa 
Luiz Inácio Lula da Silva 2024 
7 
 
Ricardo Lewandowski 
Luiz Inácio Lula da Silva 2018 
8 
 
Carmem Lúcia 
Luiz Inácio Lula da Silva 2024 
 
9 
Ordem de 
antiguidade 
Ministro 
Presidente da República 
responsável pela nomeação 
Data limite 
(aposentadoria) 
9 
 
Dias ToffoliLuiz Inácio Lula da Silva 2037 
10 
 
Luiz Fux 
Dilma Rousseff 2023 
11 
 
Rosa Maria Weber 
Dilma Rousseff 
2018 
 
 
 
 
O S.T.J., Superior Tribunal de Justiça, é composto por 33 ministros, e tem 
como função zelar pela uniformização da interpretação das leis no território 
nacional. Se houver uma discrepância entre decisões de juízes de estados 
diferentes, por exemplo, o STJ uniformiza a decisão para torná-la igual sem 
que ajam diferenças em todo território Nacional. Por ser um dos órgãos 
máximos do poder Judiciário Brasileiro, julga em última instância todas as 
matérias infraconstitucionais não especializadas, que não façam parte das 
 
10 
Justiças Especializadas, no caso a Trabalhista, A Eleitoral e Militar, e é 
conhecido como o ‘’Tribunal da Cidadania’’. Desde 2008, o STJ, também tem 
como atribuição a publicação eletrônica do Diário da Justiça. Ele também 
resolve conflitos que possa haver entre juízes de diferentes tribunais, e entre os 
tribunais, além de homologar sentenças estrangeiras para cumprimento no 
território Brasileiro. Processa e julga originalmente crimes comuns de 
Governantes dos Estados Brasileiros e dos respectivos Desembargadores. É 
dividido em 03 seções, cada uma delas por 02 turmas, sendo que acima dela 
está a Corte Especial, órgão máximo do Tribunal. Sua composição é dividida 
em um terço de Juízes dos Tribunais Regionais Federais, um terço de 
Desembargadores dos Tribunais de Justiça, e alternadamente, um terço de 
Advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do DF e 
Territórios. A escolha dos Juízes e Desembargadores é feita pelo plenário do 
STJ, entre os candidatos aos cargos, onde é redigida uma listra tripla que é 
apreciada pela Presidência da República onde é indicado um nome. No caso dos 
advogados e membros do MP, o plenário recebe uma lista com seis nomes, 
formada por entidades representativas de classe, que seleciona três nomes e 
que também é apreciada pela Presidência da República, para indicação de um 
nome. Feito isto, o candidato é sabatinado pela Comissão de Cidadania 
Constituição e Justiça do Senado Federal, havendo então uma votação secreta, 
o eleito é nomeado pela Presidência da República e finalmente toma posse. 
 
 
Ministros em Atividade 
 Ministros ativos em ordem de antiguidade 
 Magistrados convocados 
Nome 
UF 
Naturalidade 
Ari Pargendler - Presidente RS 
Francisco Cesar Asfor Rocha - Diretor-Geral da 
ENFAM 
 CE 
Felix Fischer - Vice-Presidente Naturalizado 
 
11 
Gilson Langaro Dipp RS 
Eliana Calmon Alves BA 
Francisco Cândido de Melo Falcão Neto PE 
Fátima Nancy Andrighi RS 
Laurita Hilário Vaz GO 
João Otávio de Noronha - Corregedor-Geral da 
Justiça Federal 
 MG 
Teori Albino Zavascki SC 
José de Castro Meira BA 
Arnaldo Esteves Lima MG 
Massami Uyeda SP 
Humberto Eustáquio Soares Martins AL 
Maria Thereza Rocha de Assis Moura SP 
Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin PB 
Napoleão Nunes Maia Filho CE 
Sidnei Agostinho Beneti SP 
Jorge Mussi SC 
Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes PE 
Luis Felipe Salomão BA 
 
12 
Mauro Luiz Campbell Marques AM 
Benedito Gonçalves RJ 
Raul Araújo Filho CE 
Paulo de Tarso Vieira Sanseverino RS 
Maria Isabel Diniz Gallotti Rodrigues RJ 
Antonio Carlos Ferreira SP 
Ricardo Villas Bôas Cueva SP 
Sebastião Alves dos Reis Júnior MG 
Marco Aurélio Gastaldi Buzzi SC 
Marco Aurélio Bellizze Oliveira 
 
 RJ 
Magistrados Convocados 
Nome Tribunal de Origem 
Desembargador Vasco Della Giustina TJ/RS 
Desembargador Adilson Vieira Macabu TJ/RJ 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
4 ) Discorra sobre os poderes atribuídos ao C.N.J. Conselho Nacional de 
Justiça. Conselho Nacional de Justiça. 
 
Criado em 2004 pela emenda constitucional número 45, o CNJ é um órgão que 
tem como objetivo garantir a transparência do Judiciário, exercendo 
fiscalização adminstrativa, financeira e processual, bem como os deveres dos 
juízes e o desenvolvimento do Judiciário. Sua sede fica em Brasília-DF e tem 
atuação em todo o território nacional, acolhendo reclamações, petições ou 
representações contra membros ou órgãos do Judiciário, sendo que qualquer 
cidadão brasileiro pode exercer este direito. Para manter o bom funcionamento 
do Judiciário Brasileiro, o CNJ promove parcerias e esclarecimentos públicos 
com o intuito de instruir o cidadão Brasileiro quanto aos seus direitos perante 
a justiça, fazendo com que os juízes cumpram com os seus deveres e o cidadão 
brasileiro também possa fiscalizar os órgãos e seus membros. Definida pela 
CF, o CNJ é formado por 15 membros, com mandato de 02 anos, com direito á 
mais um mandato apenas e tem como missão aprimorar o serviço prestado pelo 
Judiciário, por isto cria programas e campanhas sociais e ações internas que 
resultem na melhoria dos serviços prestados. 
 
Estrutura: 
 
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que preside também o 
Conselho (EC 61/2009). 
 
14 
Um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicado pelo respectivo 
tribunal e que atua como Corregedor Nacional de Justiça. 
Um ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), indicado pelo 
respectivo tribunal. 
Um desembargador de Tribunal de Justiça (TJ), indicado pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
Um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal. 
Um juiz de Tribunal Regional Federal (TRF), indicado pelo Superior 
Tribunal de Justiça. 
Um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Um juiz de Tribunal Regional do Trabalho (TRT), indicado pelo Tribunal 
Superior do Trabalho. 
Um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
Um membro do Ministério Público da União (MPU), indicado pelo 
procurador-geral da República. 
Um membro do Ministério Público estadual (MP), escolhido pelo 
procurador-geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão 
competente de cada instituição estadual. 
Dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados 
do Brasil (OAB). 
Dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um 
pela Câmara dos Deputados e outro pelo. 
 
 
Composição atual 
 
A composição atual para o biênio 2011/2013, na ordem da composição 
institucional: 
 
15 
Cezar Peluso, presidente do STF e presidente do CNJ. 
Eliana Calmon, ministra do STJ, Corregedora Nacional de Justiça. 
Carlos Alberto Reis de Paula, ministro do TST. 
José Roberto Neves Amorim, desembargador do TJ/SP. 
Fernando da Costa Tourino Neto, desembargador do TRF/1ª região. 
Ney José de Freitas, desembargador do TRT/9ª região. 
José Guilherme Vasi Werner, juiz de direito do TJ/RJ. 
Sílvio Luís Ferreira da Rocha, juiz federal do TRF/3ª região. 
José Lúcio Munhoz, juiz do trabalho do TRT/12ª região. 
Wellington Cabral Saraiva, procurador regional da República da 5ª região 
(membro do MPU). 
Gilberto Valente Martins Promotor de Justiça do Estado do Pará, membro do 
MP/PA. 
Jefferson Kravchychyn e Jorge Hélio, advogados. 
Marcelo Nobre (Câmara dos Deputados) e Bruno Dantas (Senado Federal) 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
5 ) Com relação as justiças especializadasrelacione os órgãos que 
compõe a estrutura da Justiça Trabalhista com ênfase a sua competência 
em razão da matéria. 
 
O TST, Tribunal Superior do Trabalho, que é a última instância ou instância 
máxima da Justiça Federal do Trabalho é ligado ao TRT, Tribunal Regional 
do Trabalho que usualmente é a segunda instância e por isto coordena a 
primeira instância que são as Varas do Trabalho. O TST é um dos 
componentes que junto com o STF,STM,TSE E STJ, formam os Tribunais 
Superiores Brasileiros. Os TRT tem competência ordinária para julgar 
dissídios coletivos, ações rescisórias e mandatos de segurança, dentro do 
ambiente trabalhista. Atualmente são 24 TRTs distribuídos pelo Brasil. Em 
quase todos os estados Brasileiros temos um, menos no Acre, Amapá, Roraima 
e Tocantins e o único a ter mais de um TRT, é o Estado de São Paulo que tem 
dois, um sediado em São Paulo capital e outro em Campinas interior do estado. 
O juiz do Trabalho é quem tem competência para julgar os processos que 
tramitam na Justiça Trabalhista. A Emenda Constitucional número 45, de 
dezembro de 2004, alterou substancialmente a competência da Justiça do 
Trabalho determinando que toda matéria trabalhista, envolvendo qualquer 
tipo de trabalhador é de sua competência. A competência em razão da matéria é 
aquela que diz respeito aos tipos de ações que poderiam ser suscitadas na 
matéria trabalhista. A emenda 45, portanto, assim estabeleceu. 
 
Compete á Justiça do Trabalho: 
 
 
17 
As ações da relação de trabalho, independentemente do tipo de trabalhador, 
ações que envolvam o direito de greve, as ações entre sindicatos, trabalhadores 
e empregadores, mandatos de segurança, e habeas corpus dentro da sua 
jurisdição, ações de dano moral ou patrimonial dentro do ambiente trabalhista, 
ações de penalização aos empregadores quando fiscalizados por órgãos 
competentes, das contribuições sociais, seus acréscimos legais decorrentes de 
sentenças, dentre outras sempre dentro do ambiente trabalhista. Por tratar-se 
de Justiça Especializada, somente podem ser tramitadas causas trabalhistas, 
sem a intervenção de qualquer outro órgão ou tribunal, pois o TST, TRT e as 
Varas Trabalhistas são especializadas em assuntos inerentes ao Trabalho, sua 
essência está concretizada em fazer justiça dentro do ambiente trabalhista. 
 
 
 
 
6 ) No que tange a Magistratura, responda o que se pede: 
 
I ) Como se dá acesso á carreira? 
 
Por intermédio de concurso público, tem se acesso á carreira de Magistrado em 
nosso país, em que o candidato passa por diversas fases até atingir a aprovação. 
Primeiramente é exigida uma prova escrita, posteriormente uma prova 
dissertativa e uma redação jurídica, após isto um exame psicotécnico, 
finalizando assim a fase eliminatória e assim iniciando a fase classificatória, 
onde o candidato realiza uma prova oral e entrevistas com os membros da 
banca e finalmente a apresentação de títulos. É necessário ter nacionalidade 
brasileira, ser bacharel em Direito com 03 anos de atividades na área jurídica, 
 
18 
ter regularidade com o serviço militar e pleno gozo dos seus direitos políticos, 
ter integridade física e mental e boa conduta social. O aprovado assume como 
Juiz Substituto (art. 93, CF). As promoções ocorrem por antiguidade ou por 
merecimento, chegando ao pico da carreira com a promoção ao segundo grau 
de jurisdição. 
 
II ) Quais as garantias e vedações constitucionais? Fundamente. 
 
Em nosso país, o Magistrado tem garantias para poder exercer o cargo com 
tranquilidade, pois sua responsabilidade é muito grande e por esta razão, é 
necessário que tenham certas garantias que possibilitem o exercício da função 
de forma plena e correta. A Vitaliciedade é alcançada após 02 anos de 
efetivado, não havendo exoneração á partir daí, podendo apenas ocorrer isto se 
por processo judicial específico, sendo-lhe assegurado o direito de ampla 
defesa. Durante os 02 primeiros anos, o Magistrado deverá encaminhar á 
Corregedoria Geral da Justiça, relatórios periódicos de prestação de contas de 
suas atividades, além de participar de um curso de especialização e de 
aperfeiçoamento dos Magistrados. A Inamovibilidade, válida para 
Magistrados já fora do período de 02 anos, portanto não vale para Juízes 
Substitutos, é a garantia de que o Magistrado não pode ser movido de seu 
cargo, nem mesmo com promoções compulsórias para outro cargo superior, 
cabendo exclusivamente á ele a decisão de se mover ou se promover, em 
síntese, cabe á ele qualquer das decisões. Ela assegura ao Magistrado a sua 
independência, para que ele não sofra pressões políticas ou não políticas de 
seus julgamentos. A Irredutibilidade de Subsídios é prevista no inciso III do 
art. 95 da CF, ela protege o valor nominal dos subsídios e não garante a 
reposição das perdas inflacionárias, além de não impedir o desconto 
previdenciário, garantindo, portanto o valor nominal dos subsídios e não mais 
dos vencimentos como era antes. Além das garantias os Magistrados 
sofrem vedações de acordo com o parágrafo único do art. 95 da CF, como 
exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exercer advocacia, 
exercer atividade político-partidária ou qualquer outro tipo de função pública 
ou privada, ainda que se encontre em disponibilidade, salvo a do magistério. 
Para salvaguardar a dedicação exclusiva do Magistrado ao cargo a que lhe foi 
conferido pela CF O Magistrado não pode exercer nenhum tipo de função 
pública ou privada, exceto a de professor em entidades públicas ou privadas, 
entretanto para exercer o magistério ele deverá compatibilizar os horários, 
ficando vedado durante o horário de expediente forense. É também vedado ao 
Magistrado o recebimento de títulos ou honorários, auxílios ou contribuições 
 
19 
de pessoas jurídicas ou físicas. Por fim a quarentena, impede que o Magistrado 
exerça a função de advogado no tribunal em que foi Juiz ou Desembargador, 
independentemente de ter sido exonerado ou ter aposentado-se, isto para 
garantir a imparcialidade nos julgamentos. 
 
 
 
III ) Quais são órgãos responsáveis pelo controle externo e interno do 
Poder Judiciário? 
 
Atualmente a Administração pública é controlada internamente pelo próprio 
poder com a finalidade de impedir que seus objetivos não atendam os 
interesses públicos. Trata-se do controle do próprio Poder, realizado pelo 
Magistrado, auxiliado pelos seus comandados. Tal controle é feito pelo próprio 
Poder, internamente. O controle externo é realizado pelo CNJ Conselho 
Nacional de Justiça, que é o órgão criado pela Emenda Constitucional número 
45 de 2004, com a finalidade de estabelecer uma transparência absoluta. 
Resumindo, internamente o próprio Poder tem a responsabilidade de 
controlar-se ou realizar o seu autocontrole e o CNJ é o órgão responsável pelo 
controle externo. 
 
IV ) Quem são os auxiliares da Justiça? 
 
Com o comando do Magistrado e em conjunto com ele, os auxiliares são 
responsáveis pelos atos necessários ao desfecho da causa, que não sejam de 
responsabilidade exclusiva do Juiz. Os auxiliares permanentes são os 
escreventes ou escrivães, os Oficiais de Justiça, Oficiais de Gabinete e 
 
20 
auxiliares do Magistrado, todos estes da Justiça Estadual. Na Justiça Federal, 
temos o Analista e Técnico Judiciário e os Oficiais de Justiça e finalmente os 
auxiliares eventuais que são os Peritos, os Intérpretes, os Administradores e os 
Depositários. 
 
 
 
 
07 ) Quanto ao tema segurança pública: 
 
 A ) Diferencie e dê exemplos de Polícia Judiciária e Polícia 
Administrativa. 
 
A prevenção, a repressão á prática de crimes, e a imposição ao respeito ás leis e 
regras da sociedade para garantir a segurança pública e a ordem, é encargo da 
Polícia. No território Brasileiro,temos 02 tipos, a Polícia Judiciária, que é 
formada pelas Polícias Civis dos Estados e do DF que tem como missão, 
inquirir e investigar as infrações penais e a autoria, para servir como prova, 
como base em uma futura punição, além de auxiliar o Ministério Público, 
realizando prisões, cumprimento de mandatos e apreensões, bem como 
perícias. A Polícia Federal Rodoviária, Ferroviária e Policias Civil, são 
exemplos de Polícia Judiciária. Por sua vez, A Polícia Administrativa, é 
formada pelas Polícias Militares dos Estados e do DF e tem como missão a 
defesa civil e o trabalho de Polícia ostensiva, garantindo a ordem pública. As 
Polícias Militares e os Bombeiros Militares são exemplos de Polícia 
Administrativa. Em resumo, a Polícia Administrativa, aparece antes dos 
eventos e a Polícia Judiciária, após os eventos. 
 
21 
 
 
 
 
 
B ) Como se dá o acesso à carreira de Delegado de Polícia Civil e Polícia 
Federal? 
 
O acesso á carreira de Delegado de Polícia Civil se da por meio de concurso 
público com provas escritas, exame de aptidão física e psicotécnico. O 
pretendente deve ser Bacharel em Direito, sem a necessidade da OAB ou três 
anos de atividade Jurídica e ao ser aprovado, o Delegado de Polícia Civil, passa 
por um treinamento na Academia de Polícia Civil do estado á que pertence. 
São atribuições do delegado de polícia entre outras previstas em Lei, presidir 
inquéritos, realizar despachos e relatórios finais, autos de prisão em flagrante, 
apreender objetos provenientes de delito, requisitar perícias, cumprir e fazer 
cumprir mandados de prisão, dirigir e orientar investigações da delegacia em 
que é responsável, verificar atos ilícitos que tenham chegado ao seu 
conhecimento tomando providências jurídicas, proceder sindicâncias, expedir e 
fiscalizar a emissão e emitir documentos públicos de sua competência e 
finalmente gerenciar o órgão em que estiver lotado. 
 
Para o cargo de Delegado de Polícia Federal, o candidato deve ser Bacharel em 
Direito, sem a necessidade da OAB ou três anos de atividade jurídica, deve 
prestar concurso por meio de provas escritas, exames de aptidão física e 
psicotécnica, passando posteriormente por um treinamento na Academia da 
Polícia Federal. 
 
22 
Têm com atribuições as atividades de nível superior, de direção, supervisão e 
da coordenação, planejamento e orientação e de execução e controle da 
administração policial federal, bem com as investigações e operações, além de 
instaurar e presidir procedimentos policiais. Toda investigação de nível 
superior é competência da Polícia Federal, tais como lavagem de dinheiro, 
contrabando, desvios internos, crimes praticados contra o erário, crimes 
praticados contra a República, dentre outros. 
 
Reflexão Final: 
 
De uma estrutura complexa e ao mesmo tempo abrangente, o Judiciário 
Brasileiro tenta desempenhar a sua missão da forma como deveria ser, porém 
na prática, muito trabalho ainda tem que ser realizado, pois o número de 
processos é muito grande e a quantidade de processos por Magistrado chega a 
ser incomensurável, pois, ao que parece nos tornamos um país de processos, 
muitos legítimos sem dúvida, porém muitos sem qualquer tipo de Ética, talvez 
pela falta de profissionalismo de pseudo-advogados. Por outro lado, o CNJ, 
tem realizado um trabalho de extrema importância para todos os cidadãos 
brasileiros, sempre buscando a transparência. Da mesma forma, as Polícias 
Brasileiras, enfrentam problemas operacionais de significativa importância, a 
começar pelo soldo das camadas inferiores destas corporações, que ainda 
enfrentam problemas pelas condições de trabalho, com a falta de material 
humano e bélico, além de viaturas e instalações em mau estado. O Brasil está 
no caminho da grande reforma, e não poderá ser diferente com o Poder 
Público, que tem realizado ações positivas, tais como uma aproximação com a 
população, por exemplo, e as forças Policiais que também tem dado a sua 
contribuição, pois diariamente podemos ver na mídia, as ações que tem sido 
realizadas por estas Polícias. Apesar do crescimento vertiginoso do nosso país, 
nunca pudemos ver tantas ações cooperadas das Polícias, tantas prisões e 
apreensões. É claro que entre as Polícias existe uma distância que precisa ser 
encurtada, mas já temos um começo. Longe de afirmar que tudo o que está 
ocorrendo é o ideal, porém pode-se afirmar que já temos um início, que existe 
uma nova geração de Magistrados e de Policiais com uma vontade e coerência 
nunca vistas antes, e isto já é um bom indício, pois o ‘’ser humano’’ o cidadão, é 
a razão da existência dos nossos Poderes. Geraldo Domingos Cossalter – abril/2012.

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