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Unidade I INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS E ÉTICA Profa. Luciana Cunha Funções do estado Art. 2º da Constituição Federal: Poder Judiciário, Legislativo e Executivo Função principal do Estado: Poder Legislativo – formular leis que visem à regulamentação da vida do homem em sociedade; Poder Executivo – realização da ordem jurídica, para o cumprimento do ordenamento jurídico; Poder Judiciário – composição dos conflitos de interesses perturbadores da paz social, para solução dos conflitos. Características da jurisdição Substitutiva – a atividade do Estado substitui a atividade das partes na aplicação da lei, já que não se pode fazer justiça com as próprias mãos. Definitiva e imutável – as decisões proferidas pelo Poder Judiciário não podem ser revistas ou alteradas, nem sequer por outro Poder. Características da jurisdição Natureza declaratória – o Judiciário não cria direitos, apenas aplica as leis já existentes aos casos concretos. Lide – a função jurisdicional está intimamente ligada à essa característica. É o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. Princípios da jurisdição Inércia – Art. 2º, CPC – a atividade jurisdicional se desenvolve somente quando provocada. A esta provocação, a ser exercida pela parte se dá o nome de direito de ação; Inevitabilidade – não se pode impedir que a jurisdição alcance os seus objetivos e produza os seus efeitos; Indelegabilidade – as atribuições do Judiciário só podem ser exercidas pelos seus respectivos órgãos; Juiz natural – só pode atuar como juiz, quem se enquadre em órgão judiciário (não se permite tribunais de exceção); Princípios da jurisdição Duplo grau de jurisdição - aquele que não obteve a satisfação de sua pretensão em primeiro grau, pode provocar um novo exame de seu processo, por um órgão de segundo grau; Investidura – somente exercida por quem dela se ache legitimamente investido; Aderência do território – os magistrados possuem limites territoriais para atuação; Inafastabilidade – o juiz não pode deixar de decidir o conflito, nem mesmo por lacuna ou obscuridade da lei. Espécies de jurisdição Jurisdição contenciosa – existência de lide, de oposição, de conflito. Pressupõe a existência de duas partes. O magistrado deve dizer o direito e a sentença revestir-se da coisa julgada. Jurisdição voluntária – não incluir interesses em conflito, não existem partes. O Estado intervém na administração dos interesses privados, para revestir o caso concreto do poder de uma decisão judicial. Composição do poder judiciário Art. 92, CF: I. o Supremo Tribunal Federal (STF); II. A - o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); III. o Superior Tribunal de Justiça (STJ); IV.os Tribunais Regionais Federais (TRF) e Juízes Federais; V. os Tribunais (TRT) (TST) e Juízes do Trabalho; VI.os Tribunais (TRE) (TSE) e Juízes Eleitorais; VII.os Tribunais (STM) (TM) e Juízes Militares; VIII.os Tribunais (TJ) e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Justiça estadual comum Ao lado da Justiça da União (Federal), existe a Justiça dos Estados-membros (Estadual) Art. 125, CF Estado de São Paulo, a organização judiciária é provida pelo Código Judiciário do Estado de São Paulo (Dec- lei Complementar n.º 3/69) Caráter residual – conflitos não apanhados nem pela competência das justiças especializadas, nem pela justiça federal. Justiça estadual comum Dois níveis de pronunciamento: juízes de direito (1ª Instância) (órgãos singulares) e Tribunais de Justiça – desembargadores (2ª Instância) (órgãos colegiados) Competência originária do TJ – art. 74, CF O território dos Estados sobre o qual o juiz exercerá a jurisdição é a comarca (que pode compreender mais de um município) Justiça estadual comum As comarcas são reunidas em circunscrições judiciárias – para efeito de organização da substituição dos juízes de direito. As comarcas são classificadas em entrâncias, em função do grau de importância para a carreira do juiz. Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Lei 9099/95) – causas de menor complexidade ou infrações de menor potencial ofensivo. Interatividade O princípio da jurisdição que determina que o magistrado somente pode agir, quando provocado pela parte tem o nome de: a) Inafastabilidade; b) Da ação; c) Duplo grau de jurisdição; d) Inamovibilidade; e) Inércia. Resposta e) Inércia. Justiça estadual comum Os Tribunais de Justiça são órgãos colegiados. Os desembargadores se reúnem em órgãos fracionários denominados Câmaras. A divisão em Câmaras se dá pela especialidade material. A reunião das Câmaras de determinada especialidade é chamada de Seção. A reunião de todos os desembargadores é o Tribunal Pleno. A composição dos Tribunais de Justiça permitem o acesso de magistrados de carreira e pelo quinto constitucional. Justiça federal comum A justiça federal pode ser considerada, em relação à estadual, como uma justiça de índole especializada. Todavia, a Justiça Federal é comum, tendo em vista o critério das normas por ela aplicadas (ALVIM) Nasceu com a República. Segue organizada atualmente pela Lei n.º 5.010/66. O território nacional é dividido em 05 regiões Justiça federal comum Tribunal Regional Federal 1ª Região – sede em Brasília; Tribunal Regional Federal 2ª Região – sede em Rio de Janeiro; Tribunal Regional Federal 3ª Região – sede em São Paulo; Tribunal Regional Federal 4ª Região – sede em Porto Alegre; e Tribunal Regional Federal 5ª Região – sede em Recife. Justiça federal comum Cada região é integrada por diversas seções judiciárias. Por exemplo, o Tribunal Federal da 3ª Região, com sede em São Paulo, tem jurisdição sobre a região composta pelos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, que são duas seções judiciárias diferentes. Cada seção judiciária é composta por varas federais, nem sempre instaladas na capital de cada Estado. É possível que funcionem no interior de cada Estado, e são chamadas, neste caso de subseção judiciária. Justiça federal comum As varas federais são titularizadas por juízes federais, que julgam causas federais, determinadas pelo art. 109, CF. – geralmente as que envolvem a União, ou ainda, algum tipo de direito, como direitos humanos, crimes políticos. Quando não há conformismo com as decisões, há possibilidade de recurso aos Tribunais Regionais Federais, que funcionam como a segunda instância, nesta esfera. Competência – Art. 108, CF Justiça federal comum Os Tribunais Regionais Federais são compostos de no mínimo sete juízes, recrutados e nomeados pelo Presidente da República, com mais de 30 e menos de 65 anos. É permitido o acesso para os magistrados de carreira, bem como pelo quinto constitucional Justiça do trabalho A Justiça do Trabalho teve seus contornos mais bem traçados na Era Vargas: Comissões mistas de conciliação – dissídios coletivos Juntas de conciliação e julgamento – dissídios individuais Surgiu verdadeiramente como “Justiça do Trabalho”com a CF de 1934 – porém ligada ao Poder Executivo, sem função jurisdicional. Justiça do trabalho A CF de 1946 concedeu caráter jurisdicional à Justiça do Trabalho, e posteriormente o contorno foi se firmando com representante do poder normativo (juiz togado) e a representação de classes (juízes classistas) A Emenda n.º 24/99 extinguiu os juízes classistas e a denominação dos órgãos singulares passou a ser a Vara do Trabalho (titularizada somente pelo juiz togado – ingresso por concurso público) Justiça do trabalho A competência é dada pelo art. 114, CF Trata-se de uma Justiça Federal Especializada O território brasileiro é dividido também em regiões, porém, diferentes das utilizadas para Justiça Federal Comum (aqui, quase que uma por Estado) Os magistrados (primeira instância) ingressampor concurso público de provas e títulos Ingressam como juízes substitutos e são promovidos, posteriormente, por antiguidade e merecimento Justiça do trabalho Para um segundo pronunciamento sobre a sentença proferida pelos juízes do trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho são os órgãos competentes. Art. 115, CF – mínimo de sete juízes, recrutados na mesma região, nomeados pelo Presidente da República, com mais de 35 e menos de 65 anos. Acesso pela promoção na carreira de magistrado, bem como pelo quinto constitucional Divisão em Turmas e Grupos de Turmas – dissídios coletivos e individuais Interatividade São órgãos da Justiça Federal: a) STF, STJ, TRE e Juiz Federal; b) STF, TRF e Juiz Federal; c) TRF, Juiz Federal e STJ; d) TRF e Juízes Federais; e) TRF, TRT e Juízes Federais. Resposta d) TRF e Juízes Federais. Justiça do trabalho Para os litígios da Justiça do Trabalho, há a instância extraordinária, chamada Tribunal Superior do Trabalho O TST é composto por 27 ministros, escolhidos entre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República e após a aprovação do Senado Federal A composição se dará por indicações de membros dos Tribunais Regionais do Trabalho, bem como pelo quinto constitucional Justiça militar Também denominada Justiça Castrense, que se organiza tanto no nível federal (Justiça Militar da União) quanto no nível estadual (Justiça Militar Estadual) Organização de acordo com o art. 124, parágrafo único da CF O território é dividido em 12 circunscrições judiciárias militares, correspondendo cada uma a uma Auditoria Militar (com um juiz-auditor e um juiz-substituto – assumem após concurso) Justiça militar Em primeiro grau de jurisdição funcionam os Conselhos de Justiça ou Escabinatos Conselho Especial de Justiça – julgar oficiais (composto para cada processo e dissolvido posteriormente) Conselho Permanente de Justiça – julgar os praças, não oficiais. (após sorteio, funcionará por um trimestre) Ambos são órgãos de estrutura coletiva Os juízes são leigos, selecionados entre os oficiais de carreira Justiça militar Dos atos proferidos pelos Conselhos de Justiça, cabe recurso ao Superior Tribunal Militar É composto por 15 ministros, 10 militares da ativa e cinco civis. Não há limite mínimo ou máximo de idade para os 10 militares. Para os 05 ministros civis, todos devem ser maiores de 35 anos. Todos são nomeados pelo Presidente da República, após a oitiva do Senado Justiça militar A lei estadual poderá criar a Justiça Militar Estadual. Ela será tão especializada quanto a Justiça Militar Federal, apesar de constar da esfera estadual Para a Justiça Militar da União – crimes militares definidos em lei (indiferente é o autor – civil ou militar) Para a Justiça Militar Estadual – militares dos Estados nos crimes militares definidos em lei. Justiça eleitoral A Justiça Eleitoral é justiça especializada, que se organiza no nível federal Regida pelo Código Eleitoral O território nacional é dividido em circunscrições eleitorais e estas em zonas eleitorais Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal É uma justiça sui generis, já que toda a sua estrutura organizacional é composta de membros integrantes de outros órgãos judiciários Tribunal superior eleitoral Art. 119, CF Composição de no mínimo 07 membros escolhidos de outros órgãos judiciários também: STF, STJ e ainda, advogados de notável saber jurídico (e dez anos de profissão) Não há acesso pelo quinto constitucional Justiça eleitoral As funções de juiz eleitoral são exercidas por juízes de direito estaduais. Eles exercem jurisdição nas zonas eleitorais. As juntas eleitorais são órgãos da justiça eleitoral criados para apurar as eleições em cada zona eleitoral Interatividade Órgão da Justiça Militar competente para julgar os oficiais: a) Conselho Permanente de Justiça; b) Conselho Especial de Justiça; c) Conselho Militar de Justiça; d) Conselho de Auditoria Militar; e) Nenhuma das anteriores. Resposta d) Conselho Especial de Justiça. Polícia judiciária Polícia – corporação que engloba os órgãos e instituições incumbidos da prevenção e repressão à prática de crimes. Art. 144, CF: Polícia Federal – vinculada à União – marítima, aeroportuária e de fronteiras (tráfico de entorpecentes, contrabando) Polícia Rodoviária Federal – vinculada à União – patrulhamento de rodovias federais Polícia Ferroviária Federal – vinculada à União – patrulhamento de ferrovias federais Polícia judiciária Polícias Civis – vinculadas aos Estados e ao Distrito Federal, subordinado ao Chefe do Executivo, para a apuração de infrações penais Polícias Militares – vinculadas aos Estados e ao Distrito Federal, subordinada ao Governador, preservação da ordem pública de modo geral Corpo de Bombeiros Militares – igualmente vinculados aos Estados e ao Distrito Federal, subordinados ao Governador, para a defesa civil Delegado de polícia estadual e de polícia federal Ingresso por concurso público de provas e títulos Ser brasileiro nato ou naturalizado; Ter diploma de bacharel em Direito; Não ter registro de antecedentes criminais; Regularidade com o serviço militar; Estar no gozo dos direitos políticos. Superior tribunal de justiça Dentro da pirâmide de organização judiciária nacional, está somente abaixo do Supremo Tribunal Federal Não é um Tribunal de Superposição – porque não recebe causas oriundas das Justiças Especiais, somente as de direito substancial comum, vindos da Justiça Comum Função precípua de guardar a autoridade do direito federal comum infraconstitucional Superior tribunal de justiça Tem sede na Capital Federal e tem jurisdição sobre todo o território nacional Criado através da CF de 1988 Composição – art. 104, parágrafo único Mínimo de 33 ministros Brasileiros natos ou naturalizados Cidadão (direitos políticos) com mais de 35 e menos de 65 anos Ter notável saber jurídico e reputação ilibada Superior tribunal de justiça Regra do terço constitucional: Magistrados estaduais (11 membros), magistrados federais (11 membros) e advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual e do Distrito Federal (11 membros). Nomeação pelo Presidente da República, após aprovação secreta posterior à arguição pública, pela maioria absoluta do Senado Federal A indicação dos magistrados se dará por lista tríplice do Tribunal Superior tribunal de justiça A vaga destinada ao advogado ou ao membro do Ministério Público será preenchida, realizando-se lista sêxtupla de candidatos dos órgãos de representação da classe – Colégio de Procuradores da República (MP Federal); Conselho Superior de cada Ministério Público (MP Estadual) e Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Superior tribunal de justiça As vagas serão alternadas sucessivamente, de modo que os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade As listas elaboradas são encaminhadas ao STJ que escolherá, em reunião plenária, uma lista tríplice, que será enviada ao Presidente da República. Superior tribunal de justiça Competência definida na Constituição Federal: Originária – artigo 105, I Recursal – artigo 105, II Especial – artigo 105, III Interatividade Para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça, um dos requisitos é: a) Ser brasileiro nato ou naturalizado; b) Ser brasileiro nato; c) Ser brasileiro nato ou naturalizado, ou estrangeiro; d) Ser brasileiro nato ou naturalizado, ou estrangeiro que não tenha residido fora do país; e) Nenhuma das anteriores. Resposta a) Ser brasileiro nato ou naturalizado. ATÉ A PRÓXIMA! Unidade II INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS E ÉTICA Profa. Luciana CunhaSupremo tribunal federal Representa o ápice da estrutura judiciária nacional, articulando-se tanto com a Justiça Comum como com a Justiça Especial Sua função precípua – guardar a Constituição Federal Sediado na Capital Federal e tem jurisdição sobre todo território nacional Foi criado com o advento da República Supremo tribunal federal Composição atual: 11 ministros Brasileiro nato (vedação até mesmo aos naturalizados) Cidadãos (direitos políticos) com mais de 35 e menos de 65 anos de idade Notável saber jurídico e reputação ilibada Nomeação pelo Presidente da República, após aprovação, por votação secreta posterior à arguição pública, pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal Supremo tribunal federal Elevado grau de liberdade na escolha Divergência sobre a necessidade de ser escolhido bacharel em Direito Em 1893, o médico Cândido Barata Ribeiro chegou a exercer as funções por aproximadamente 01 ano, até que o Senado Federal rejeitou o seu nome. A alegação foi a falta de notável saber jurídico, já que o escolhido não era bacharel em Direito. Supremo tribunal federal A competência vem descrita na Constituição Federal: Originária – Art. 102, I Recursal – Art. 102, II Extraordinária – Art. 102, III Além disso, competência para editar súmulas vinculantes – art. 103-A Súmula vinculante No direito brasileiro, chama-se súmula um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito de um tema específico, com a dupla finalidade de tornar pública o pensamento daquele órgão a respeito de determinado assunto. A súmula vinculante é a decisão do STF, que quando, votada e aprovada por pelo menos 2/3 do plenário, se torna um entendimento obrigatório ao qual todos os outros tribunais e juízes, bem como a Administração Pública, Direta e Indireta, terão que seguir. Na prática, adquire força de lei, criando um vínculo jurídico e possuindo efeito erga omnes. Conselho nacional de justiça Controle externo do Poder Judiciário Criado com a EC n.º 45/04 Planejar o funcionamento deste, e fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais do magistrado Tem sede em Brasília e atuação em todo território nacional É composto de 15 membros, com mandato de 02 anos, admitida uma recondução Conselho nacional de justiça (CNJ) O Presidente do STF (Presidente do CNJ); Um Ministro do STJ (Corregedor Nacional de Justiça); Um Ministro do TST; Um Desembargador de TJ; Um Juiz Estadual; Um Juiz do TRF; Um Juiz Federal; Conselho nacional de justiça Um Juiz de TRT; Um Juiz do trabalho; Um Membro do MPU; Um Membro do Ministério Público Estadual; Dois advogados; Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada. Magistratura (ingresso) Ingresso na carreira: concurso público de provas e títulos, sendo o cargo inicial de juiz substituto Requisitos: Ser brasileiro nato ou naturalizado; Ter diploma de bacharel em Direito; Ter 03 anos de atividade jurídica; Regularidade com o serviço militar; Gozo dos direitos políticos; Integridade física e mental (exame psicotécnico) Boa conduta social: reputação ilibada, não registro de antecedentes criminais incompatíveis Interatividade Para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, um dos requisitos é: a) Ser brasileiro nato ou naturalizado; b) Ser brasileiro nato; c) Ser brasileiro nato ou naturalizado, ou estrangeiro; d) Ser brasileiro nato ou naturalizado, ou estrangeiro que não tenha residido fora do país; e) Nenhuma das anteriores. Resposta b) Ser brasileiro nato. Magistratura (atividade jurídica) EC n.º 45/04 – comprovação de 03 anos de atividade jurídica Doutrina entende que seja um conceito bem amplo – sendo toda e qualquer função ou profissão nitidamente jurídica CNJ determinou que o período é somente após a obtenção do grau de bacharel em Direito Res. 75/09 – exercício de cargos, empregos, funções, inclusive de magistério superior, que exijam preponderantemente conhecimento jurídico Magistratura (comissão do concurso) Comissão Examinadora, ou chamada de Banca Examinadora, composta majoritariamente de desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça Necessária a participação de um representante da OAB Professores de cursos preparatórios para o concurso da magistratura ficam impedidos de compor por 03 anos após ter cessado a atividade Magistratura (composição do concurso) Etapas: Prova escrita (questões múltipla escolha) Prova escrita (questões dissertativas e redação jurídica) Aprovados nestas duas provas, exame psicotécnico Arguição oral dos aprovados até aqui Entrevista com os membros da Banca Verificação dos títulos, para a classificação final, não influenciando na aprovação ou reprovação do candidato Garantias constitucionais Art. 95, CF Vitaliciedade – após 02 anos de efetiva exercício, impedindo que o juiz seja exonerado por mero procedimento administrativo. Só com processo judicial específico Estágio probatório – prestar contas de sua atuação, com relatórios a Corregedoria-Geral de Justiça Necessária a participação em curso oficial de aperfeiçoamento Tribunais Superiores e quinto constuticonal – já são vitalícios no ingresso Garantias constitucionais Inamovibilidade – aos juízes titulares, não podem ser removidos de seus cargos, não pode ser imposta a promoção compulsória – a conveniência é do magistrado Não é absoluta – a remoção compulsória tem que ser motivada pelo relevante interesse público. A decisão caberá ao respectivo Tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça – maioria absoluta de seus membros – com ampla defesa Garantias constitucionais Irredutibilidade de subsídios ou salários – garante o valor nominal dos subsídios, não impedindo os descontos fixados em lei, bem como os tributos eventualmente incidentes União – teto é o salário de Ministro do STF Estados – teto é o salário do Desembargador do TJ que não pode exceder 90,25% do salário do Ministro do STF Vedações constitucionais Art. 95, parágrafo único Não pode exercer o comércio ou participar de sociedade comercial; exercer a advocacia, a atividade político- partidária, função pública ou privada, salvo a de magistério, com a devida compatibilidade de horários Vedada a participação em Tribunais de Justiça Desportiva Vedado o recebimento, a qualquer título, de valores, honorários, participações Impedido de manifestar sua opinião sobre processos pendentes de julgamento ou decisões do Poder Judiciário Quarentena Após a aposentadoria de juízes e desembargadores, é determinado que os mesmos não podem exercer a advocacia, pelo período de 03 anos, contados do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração. Evitar tráfico de influência Estendido aos membros do Ministério Público Magistratura (carreira) Para a magistratura estadual, há importantes considerações a serem feitas, para a promoção do magistrado O Estado é dividido em distritos, comarcas e circunscrições Distrito – menor unidade judiciária Comarca – um ou mais municípios Circunscrição judiciária – reunião de várias comarcas Estado de São Paulo: a classificação das comarcas - inicial, intermediária e final Interatividade A garantia constitucional do magistrado que permite que ele não seja exonerado, sem processo judicial específico é chamada de: a) Inafastabilidade; b) Inamovibilidade; c) Vitaliciedade; d) Irredutibilidade de subsídios; e) Indeclinabilidade. Resposta c) Vitaliciedade Magistratura (carreira) Juiz substituto, sem prazo para ser juiz titular. Adquire a vitaliciedade após 02 anos, porém a inamovibilidade só quando titular Primeira promoção para juiz de direito titular em uma comarca de entrância inicial Próximaspromoções de entrância para entrância (intermediária e final) Ápice da carreira, promoção ao Tribunal de Justiça ou ao Tribunal Regional Federal Magistratura (promoções) O acesso às promoções se dá por antiguidade e merecimento, alternadamente O merecimento levará em conta o verdadeiro interesse do juiz pelas questões que envolvem a judicatura Baseia-se no desempenho do juiz e usa critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da função jurisdicional A frequencia e o aproveitamento em cursos também são referenciais Magistratura (promoções) Art. 93, CF II. promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Magistratura (promoções) No caso do critério de antiguidade: Havendo dois ou mais juízes interessados, prevalecerá o mais antigo de entrância. Caso haja empate neste período, o mais antigo na carreira (classificação do concurso) Art. 93, II, d - na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação. Magistratura (promoções aos Tribunais) Os Tribunais são os órgãos de julgamento de segunda instância – recursos contra decisões dos juízes de primeiro grau Art. 93, II, b, a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Magistratura (promoções) Para a magistratura federal, como o território não está dividido em comarcas, com entrâncias, cabe salientar que os critérios de antiguidade e merecimento serão aplicados sem qualquer necessidade de pré-requisitos. Somente os de idade daquele respectivo Tribunal Quinto constitucional Art. 94, CF Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Quinto constitucional Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. O representante do Poder Executivo pode ser o Governador ou o Presidente da República, dependendo do Tribunal que irá receber o magistrado pela vaga do quinto constitucional Quinto constitucional Lista sêxtupla Advogados – Conselho Federal e Conselhos Seccionais Ministério Público – Colégio de Procuradores e Conselho Superior do MP A escolha é feita exclusivamente pelo chefe do Executivo, com exceção do TST (Art. 111-A, CF) – precisa de participação do Senado Federal Interatividade Parte dos Tribunais Federais e dos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal será composta de membros do Ministério Público e de advogados. Essa garantia constitucional é chamada de: a) princípio da reserva legal; b) princípio do devido processo legal; c) princípio da inamovibilidade; d) vacatio legis; e) quinto constitucional Resposta e) quinto constitucional. Auxiliares da justiça Para o desempenho da atividade jurisdicional, necessária a existência dos auxiliares da Justiça Art. 139, CPC - São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete. Serventuário e oficial de justiça Arts. 140 a 144 do CPC Serventuários – pessoas que executam e dão operacionalidade às ordens do magistrado Compõem o Cartório De um modo geral: redigir os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício; executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como praticando todos os demais atos, que Ihe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária; ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos. Serventuário e oficial de justiça O oficial de justiça também dá operacionalidade às ordens do magistrado. Tem a missão de levar às partes ou terceiros, as notícias e determinações do juízo. Dentre outros atos, deve fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas testemunhas; executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido; Perito Arts. 145 a 147, CPC Os peritos ou experts são pessoas com conhecimentos técnicos e específicos sobre os assuntos da vida, objetos dos processos. O perito atua promovendo um laudo, com as suas apreciações, pareceres, respostas que não tira do juiz a liberdade de julgamento. O laudo do perito não vincula a decisão do juiz Perito Deverão ser escolhidos entre profissionais de nível universitário, inscritos nos órgãos de classe correspondentes Escusa – o perito pode deixar de aceitar o encargo, por motivo justificado Depositário e administrador Arts. 148 a 150, CPC São os responsáveis pela guarda e conservação de bens penhorados, arrestados, seqüestrados ou arrecadados, quando a lei não dispuser de outro modo. Recebem pelo encargo, fixado pelo juiz Responderá pelos prejuízos que causar à parte no cuidado com aquilo eu deveria cuidar, podendo , inclusive, perder a remuneração que lhe foi atrubuída Intérprete Arts. 151 a 153, CPC São pessoas que auxiliam o magistrado na análise de documentos que não estejam em língua portuguesa, ou para entender e comunicar-se com pessoas que servem de expressão não convencional, como os surdos-mudos Intérprete Há impedimentos ao encargo: Aquele que não tiver a livre administração dos seus bens; que for arrolado como testemunha ou serve como perito no processo; aquele que estiver inabilitado ao exercício da profissão por sentença penal condenatória, enquanto durar o seu efeito. Do dever de imparcialidade A todos os auxiliares da justiça devem ser aplicados os mesmos motivos de impedimento e suspeição que aos juízes. Art. 134, CPC – impedimento (é defeso) Art. 135, CPC - suspeição (fundada a suspeição) Interatividade Pessoas que contam com conhecimentos técnicos e específicos para auxiliar o magistrado, são chamados de: a) Intérpretes; b) Oficiais de justiça; c) Peritos; d) Depositários; e) Serventuários. Resposta c) Peritos. ATÉ A PRÓXIMA! Unidade IV INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS E ÉTICA Profa. Luciana Cunha Honorários do advogado Sempre foi na sua origem gratuito Direito romano – Lei Cintia – proibição de cobrança de recompensas, proibida a doação ou aceitação de presentes Império de Cláudio – revogação Império de Nero – permissão para cobrar Honorários do advogado Determinada e permitida a cobrança, com a evolução das legislações o nosso EOAB fez a previsão no art. 22: A prestação de serviço profissional assegura o direito aos honorários convencionados, aos fixadospor arbitramento judicial e aos de sucumbência Art. 23: Os honorários pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte. Honorários do advogado Mesmo na hipótese de falecimento do profissional ou incapacidade do mesmo no desempenho de seu trabalho, os seus sucessores ou representantes legais deverão receber os honorários proporcionais aos serviços executados O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento Honorários do advogado Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo: I. Do vencimento do contrato, se houver; II. Do trânsito em julgado da decisão que os fixar; III. Da ultimação do serviço extrajudicial; IV. Da desistência ou transação; V. Da renúncia ou revogação do mandato. Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele. Deveres do advogado Dentre outros: probidade (não iludir o cliente, nem por ele se deixar envolver); veracidade; moderação; dignidade; respeito aos colegas e aos membros do Poder Judiciário; cumprir com as suas obrigações civis e políticas; não entrar em entendimento e fazer conchavos com juízes, demais envolvidos nas demandas; não falar com aquele que pode vir a ser o juiz da causa, solicitando pareceres; comparecer aos atos judiciais marcados pelo juiz, como audiências. Deveres do advogado Art, 2º, Código de Ética, dentre outros: preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão; atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; velar por sua reputação pessoal e profissional; empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional; estimular a conciliação entre os litigantes; aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial. Deveres do advogado Abster-se de: utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia; vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso; entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste. Infrações disciplinares Art. 34, EOAB – são 29 incisos Punições Censura – incisos I ao XVI, e XXIX, bem como aos preceitos do Código de Ética e Disciplina e demais hipóteses do EOAB onde não tiver previsão de punição mais grave Por exemplo: agenciar causas; exercer a profissão impedido de exercê-la; violar sigilo profissional; abandonar a causa, sem justo motivo; estagiário praticar ato excedente ao da sua habilitação Infrações disciplinares Suspensão – incisos XVII a XXV e reincidência em infração disciplinar Por exemplo: receber valores da parte contrária, sem autorização do cliente; reter ou extraviar os autos do processo; manter conduta incompatível com a advocacia; recusar-se a prestar contas ao cliente; deixar de pagar as contribuições a OAB. Infrações disciplinares Exclusão – aplicação por 03 vezes de suspensão e cometer as infrações descritas nos incisos XXVI a XXVIII Por exemplo: fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para ingresso na OAB; tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia e praticar crime infamante Sanções disciplinares A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado A suspensão vai de 30 dias a 12 meses A pena de multa será aplicável em conjunto com a censura ou a suspensão Aplicada a exclusão, é preciso prova da reabilitação para o ingresso nos quadros da OAB, somente após 01 ano do cumprimento da pena. Caso seja por crime, é necessária a reabilitação criminal. Interatividade No que diz respeito aos deveres do advogado, qual a alternativa que reflete um deles: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia; c) agir com moderação e destemor; d) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso; e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste. Resposta c) agir com moderação e destemor. Sigilo profissional O advogado deverá gozar de toda a confiança de seu cliente, para que este possa lhe contar a verdade e assim, o profissional possa traçar a melhor estratégia de defesa É na verdade um dever e um direito do advogado Sigilo profissional Art. 7º, EOAB: direito a recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional. Art. 27, Código de Ética: As confidências feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas nos limites da necessidade da defesa, desde que autorizado aquele pelo constituinte. Sigilo profissional O advogado pode eximir-se em juízo de manifestar-se sobre fatos de que deva guardar sigilo Deve permanecer observado, mesmo que não seja mais advogado da parte (por renúncia, foi substituído, ou o processo se encerrou) Art. 25, Código de Ética: O sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito, salvo grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa. Da publicidade O profissional da advocacia pode divulgar-se, na tentativa de obter clientela, mas deve fazê-lo com moderação, impondo a lei algumas limitações Art. 28, Código de Ética: O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais, individual ou coletivamente, com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra atividade. Da publicidade Autoriza-se que contenha o nome do profissional, o número da inscrição na OAB, seus títulos e qualificações profissionais de advogado, seu endereço e horário de expediente Proibido menção a qualquer cargo exercido, como juiz aposentado; referências a valores de serviços; anúncio de nome fantasia; vedado o uso de outdoor, proibição de termos que possam iludir ou confundir o público Da publicidade Art. 32, Código de Ética: O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou de qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. Responsabilidade civil do advogado O advogado exerce atividade de meio, ou seja, não está obrigado a um resultado vitorioso ao seu cliente. O êxito de uma demanda está além da vontade do advogado Deste modo, o advogado responderá por perdas e danos ao seu constituinte quando ficar demonstrado que não agiu com dedicação, qualidade e comprometimento a que estaria obrigado. Responsabilidade civil Art. 32, EOAB: O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Parágrafo único: Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria. Responsabilidade civil Lide temerária é a intentada sem fundamento, sem razão de ser; o pedido é fruto de má-fé, de fraude ou de capricho do autor, que busca por meio da ação criar uma lesão para o réu ou para umterceiro Responsabilidade civil Art. 667, CC: O mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência habitual na execução do mandato, e a indenizar qualquer prejuízo causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem autorização, poderes que devia exercer pessoalmente. Art. 14, § 4º, Código do Consumidor: A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação da culpa. Ética do advogado Art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia. § 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância. § 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão. Interatividade O sigilo profissional do advogado: a) Pode ser rompido, em qualquer situação; b) Pode ser rompido se o cliente autorizar, mas é direito do advogado recusar-se a revela-lo; c) Pode ser rompido, caso o cliente venha a falecer; d) Pode ser rompido, depois de extinto o processo; e) Pode ser rompido, caso o juiz assim determine que o advogado tem que revela-lo. Resposta b) Pode ser rompido se o cliente autorizar, mas é direito do advogado recusar-se a revela-lo. Ordem dos advogados do brasil Art. 44, EOAB: A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade: I. Defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; II. Promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil. OAB Art. 45, EOAB: São órgãos da OAB: I. o Conselho Federal; II. os Conselhos Seccionais; III. as Subseções; IV. as Caixas de Assistência dos Advogados. OAB Ao Conselho Federal, dentre outras obrigações: dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB; representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados; editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que julgar necessários; julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos casos previstos neste estatuto e no regulamento geral; elaborar as listas constitucionalmente previstas, para as vagas do quinto constitucional. OAB Ao Conselho Seccional, cabe: editar seu regimento interno e resoluções; criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados; julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogado;. OAB fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual; realizar o Exame de Ordem; determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional; eleger as listas, constitucionalmente previstas, para o quinto constitucional; intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados. OAB À Subseção, compete: dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB; velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia, e fazer valer as prerrogativas do advogado; representar a OAB perante os poderes constituídos; instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina; receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo parecer prévio, para decisão do Conselho Seccional. OAB A Caixa de Assistência dos Advogados, com personalidade jurídica própria, destina-se a prestar assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule. Pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar. Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, considerado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias. OAB (tribunal de ética) Art. 49, Código de Ética: O Tribunal de Ética e Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética profissional, respondendo às consultas em tese, e julgar os processos disciplinares. Parágrafo único. O Tribunal reunir-se-á mensalmente ou em menor período, se necessário, e todas as sessões serão plenárias. OAB (tribunal de ética) Art. 50, Código de Ética: instaurar, de ofício, processo competente; organizar, promover e desenvolver cursos, palestras, seminários e discussões a respeito de ética profissional; expedir provisões ou resoluções sobre o modo de proceder em casos previstos nos regulamentos e costumes do foro; mediar e conciliar nas questões que envolvam:dúvidas e pendências entre advogados; partilha de honorários; controvérsias surgidas quando da dissolução de sociedade de advogados. Processo disciplinar Aspectos do processo administrativo disciplinar a serem observados: Legitimidade para requerer a sua instauração: de ofício ou através de qualquer autoridade ou pessoa interessada Normas a serem utilizadas: subsidiariamente às do processo disciplinar, as do processo comum Prazos: Todos os prazos para manifestação são de 15 (quinze) dias Processo disciplinar Competência para aplicar a pena: é do Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se for cometida perante o Conselho Federal; Competência concorrente: para os crimes ou contravenções, a autoridade criminal competente deve ser comunicada; Sigilo: até o término do processo deve haver sigilo das informações Ampla defesa: princípio garantido àquele que se defende Processo disciplinar Da tramitação: recebida a representação, o Presidente do Tribunal de Ética nomeia o relator; o representado será notificado para oferecer defesa, se desejar; o relator pode se manifestar pelo indeferimento liminar da representação; será designada audiência; concluída a instrução, haverá prazo para as razões finais; o relator proferirá o parecer e submeterá ao Tribunal; o representado é intimado para a defesa oral em sessão de julgamento Processo disciplinar Recursos: caberá ao Conselho Federal das decisões proferidas pelo Conselho Seccional; caberá ao Conselho Seccional das decisões proferidas pelo seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pela Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados. Todos têm efeito suspensivo das decisões proferidas, salvo se tratarem de eleições, de suspensão preventiva e de cancelamento de inscrição obtida com falsa prova. Processo disciplinar Suspensão preventiva: pode haver, no início do processo disciplinar, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, depois de sessão especial para tanto. Nesta hipótese o processo disciplinar deve ser concluído em 90 dias. Interatividade Os órgãos da OAB são: a) Conselhos Federais e Seccionais; b) Conselho Federal, Conselhos Seccionais, e Subseções; c) Conselhos Seccionais e Subseções; d) Conselho Federal, Conselhos Seccionais, Subseções, Caixas de Assistência dos Advogados; e) Conselho Federal, Subseções e Caixas de Assistência dos Advogados. Resposta d) Conselho Federal, Conselhos Seccionais, Subseções, Caixas de Assistência dos Advogados. Advocacia-geral da união Quem representa a União em juízo? Antes da CF de 1988 era o Ministério Público (judicialmente e extrajudicialmente) MP – defender os interesses da sociedade poderia conflitar com as expectativas da União União é diferente de sociedade Advocacia-geral da união Art. 131, CF: A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representaa União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Advocacia-geral da união O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. Lei Complementar n.º 73 – Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União Exceção: na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Procuradorias dos estados Para a representação dos Estados- membros e o Distrito Federal, a representação ficou a cargo dos Procuradores do Estado. Art. 132, CF: Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. Procuradorias do estado Art. 132, parágrafo único: Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. Defensoria pública É direito fundamental de todos os cidadãos ter defensores quando necessitarem provocar o Poder Judiciário. Art. 5º, LXXIV, CF: O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados. Defensoria pública Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. Defensoria pública A Lei Complementar Federal n.º 80/94 – Defensoria Pública da União e do Distrito Federal A Lei Complementar Estadual n.º 988/06 – Criou a Defensoria Pública do Estado de São Paulo Texto alterado em parte pela Lei Complementar Estadual n.º 1033/07 Defensoria pública Instituição cuja função é oferecer serviços jurídicos gratuitos aos cidadãos que não possuem recursos financeiros para contratar advogados, atuando em diversas áreas. Administração superior da instituição é feita pelo Defensor Público-Geral do Estado, nomeado pelo Governador sobre uma lista tríplice formada por candidatos mais votados em eleição com participação de todos os profissionais da carreira Defensoria pública Seu principal órgão de decisões internas é o Conselho Superior da Defensoria Pública. Apesar de ser instituição estadual, não é vinculada ao governo. Sua autonomia é prevista na Constituição Federal. Assim, os defensores podem representar os interesses da população sem qualquer constrangimento. Interatividade A instituição que representa a União é chamada de: a) Defensoria Pública da União; b) Procuradoria do Estado; c) Advocacia Pública da União; d) Defensoria Pública; e) Advocacia Geral da União. Resposta e) Advocacia Geral da União. ATÉ A PRÓXIMA! Unidade I Videoaulas Parte 1 https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id= 110808_lucianacunha_i_bl1_up Parte 2 https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id= 110808_lucianacunha_i_bl2_up Parte 3 https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id= 110808_lucianacunha_i_bl3_up Parte 4 https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110808_lucianacunha_i_b l4_up Unidade II Videoaulas Parte 1 https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id= 110808_lucianacunha_ii_bl1_up Parte 2 https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id= 110808_lucianacunha_ii_bl2_up Parte 3 http://videoaula.sepi.unip.br/?up/110808_LucianaCunha_I_bl1_UP.ism/manifest https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110808_lucianacunha_i_bl1_up https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110808_lucianacunha_i_bl1_up 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https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110810_lucianacunha_iii_ bl4_up Unidade IV Videoaulas Parte 1 https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110808_lucianacunha_ii_bl3_up https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110808_lucianacunha_ii_bl3_up http://videoaula.sepi.unip.br/?up/110808_LucianaCunha_II_bl4_UP.ism/manifest https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110808_lucianacunha_ii_bl4_up https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110808_lucianacunha_ii_bl4_up http://videoaula.sepi.unip.br/?up/110810_LucianaCunha_III_bl1_UP.ism/manifest https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110810_lucianacunha_iii_bl1_up https://tvweb3.unip.br/player/transmissao?instituto=interativa&id=110810_lucianacunha_iii_bl1_up http://videoaula.sepi.unip.br/?up/110810_LucianaCunha_III_bl2_UP.ism/manifest 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