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Prof.ª FLÁVIA GONÇALVES Curso de Engenharia Civil – UNOPAR Introdução a Fundações Definição e conceitos 1) Definição • FUNDAÇÃO: É o elemento estrutural que tem por função transmitir a carga da estrutura ao solo sem provocar ruptura do terreno de fundações ou do próprio elemento de ligação e cujos recalques possam ser satisfatoriamente absorvidos pelo conjunto estrutural. 2 1) Definição 3 4 “Fundação é qualquer estrutura feita ou adaptada pelo homem que tem a função de transmitir as cargas da superestrutura para o solo, compatibilizando as deformações.” 1) Definição: Engenharia de Fundações – Importância estrutural? – Importância econômica? 5 – O que é? – Qual a mais indicada? – Riscos – Incertezas Fundações bem projetadas: - 3 a 10% do custo total Quando mal projetadas ou executadas: - 5 a 10 vezes mais caras 1) Normas Brasileiras 6 NBR 6122 Projeto e execução de fundações NBR 6497 Levantamento geotécnico NBR 8036 Programação de sondagem de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios NBR 6520 Rochas e solos terminologia NBR 9603 Sondagem a trado NBR 6484 Execução de sondagem de simples reconhecimento de solos (SPT) NBR 6489 Prova de carga direta nos solos 2) Tipos de Fundações 2.1) Classificação das fundações a. Quanto a transmissão das cargas: Diretas e Indiretas. 7 DIRETAS Transmitem a carga diretamente pela base por compressão; Ex.: sapatas e tubulões. 2) Tipos de Fundações 2.1) Classificação das fundações a. Quanto a transmissão das cargas: Diretas e Indiretas. 8 INDIRETAS Transmitem a carga por atrito lateral e pela base por compressão; Ex.: estacas. 2) Tipos de Fundações 2.1) Classificação das fundações b. Quanto a profundidade da cota de apoio: 9 - Superficial ou rasa: até 3m e < 2B (NBR 6122/2010); - Profundas (linhas de ruptura não chegam na superfície). 2) Tipos de Fundações 2.1) Classificação das fundações 10 2) Tipos de Fundações 2.2) Fundações rasa (superficial): • Elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas pressões distribuídas sob a base • Sua profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. • Incluem-se neste tipo de fundação: – Blocos, sapatas (isoladas, associadas e corridas), radier e vigas de fundação 11 2) Tipos de Fundações 2.2) Fundações rasa (superficial): 12 2) Tipos de Fundações 2.2.1) Bloco: • “Elemento de fundação superficial de concreto, (com grande rigidez) dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura”. • Geralmente, usa-se blocos quando a profundidade da camada resistente do solo está entre 0,5 e 1,0 m de profundidade 13 (ABNT NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.2.1) Bloco: 14 (ABNT NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.2.1) Bloco: 15 Pode ter suas faces verticais, inclinadas ou escalonadas Podem ser de concreto simples ou ciclópico, alvenarias de tijolos comuns ou mesmo de pedra de mão (argamassada ou não) 2) Tipos de Fundações 2.2.2) Bloco corrido ou Alicerce: • Elemento usado para distribuir cargas lineares. 16 (não definido pela NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.2.2) Bloco corrido ou Alicerce: • EXECUÇÃO DE BLOCOS E ALICERCES: a. Escavação; b. Apiloamento da base; c. Lastro de concreto magro (5 a 10 cm); d. Execução do embasamento; e. Construção da cinta de amarração em concreto armado; f. Camada de impermeabilização. 17 (não definido pela NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.2.3) Sapatas: • “Elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim.” 18 (ABNT NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.2.3) Sapatas: 19 2) Tipos de Fundações 2.2.3) Sapatas: 20 2) Tipos de Fundações 2.2.3) Sapatas: Diferença da distribuição da pressão no solo em função da rigidez da Sapata 21 2) Tipos de Fundações 2.2.4) Sapata (isolada): • São aquelas que transmitem para o solo, através de sua base, a carga de uma coluna (pilar) 22 2) Tipos de Fundações 2.2.4) Sapata (isolada): 23 Detalhamento: disciplina de Concreto Armado! 2) Tipos de Fundações 2.2.5) Sapata corrida: • Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento. – Acompanham a linha das paredes - transmitem a carga por metro linear 24 (NBR 6122/2010) Para h > 1,0 m: - mais adequado e econômico o uso do concreto armado do que a alvenaria de tijolos 2) Tipos de Fundações 2.2.4 e 2.2.5) Sapata: 25 EXECUÇÃO 1. Escavação • Folga lateral de 10 cm; • Se escavação mecânica, a profundidade deve ser paralisada 30 cm acima da cota de assentamento prevista a parcela final removida manualmente. • Deve haver inspeção da capacidade de suporte do material por um engenheiro. Anexo A – NBR 6122/2010 2) Tipos de Fundações 2.2.4 e 2.2.5) Sapata: 26 2. Limpeza do fundo 3. Apiloamento do fundo 4. Lastro de concreto magro (mín. 5 cm) 5. Nivelamento da base Porque usar o lastro de concreto magro? 2) Tipos de Fundações 2.2.4 e 2.2.5) Sapata: 27 6. Preparação das lateriais / 7. Marcações dos pilares 2) Tipos de Fundações 2.2.4 e 2.2.5) Sapata: 28 8. Posicionamento da armadura 2) Tipos de Fundações 2.2.4 e 2.2.5) Sapata: 29 9. Concretagem / 10. Finalização 2) Tipos de Fundações 2.2.4 e 2.2.5) Sapata: 30 11. Reaterro compactado 2) Tipos de Fundações 2.2.4 e 2.2.5) Sapata: Controle de execução: 1) Locação do centro da sapata e eixo do pilar; 2) Cota do fundo da vala; 3) Limpeza do fundo da vala; 4) Nivelamento do fundo da vala; 5) Inspeção técnica das dimensões e da tensão admissível; 6) Armadura da sapata e do arranque do pilar. 32 2) Tipos de Fundações 2.2.6) Sapata associada: • “Sapata comum a mais de um pilar não alinhados.” 33 (ABNT NBR 6122/2010) No caso em que a proximidade entre dois ou mais pilares seja tal que as sapatas isoladas se superponham, deve-se executar uma sapata associada 2.2.7) Sapata alavancada: • No caso de sapatas de pilares de divisa ou próximos a obstáculos onde não seja possível fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, cria-se uma viga alavanca ligada entre duas sapatas, de modo que um pilar absorva o momento resultante da excentricidade da posição do outro pilar. 2) Tipos de Fundações 34 (ABNT NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 35 (ABNT NBR 6122/2010)2.2.7) Sapata alavancada: 2.2.8) Grelha: • Não definido pela ABNT NBR6122:2010. Elemento de fundação constituído por um conjunto de vigas que se cruzam nos pilares. 2) Tipos de Fundações 36 2.2.9) Radier: • “Elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos os pilares de uma estrutura, distribuindo os carregamentos.” 2) Tipos de Fundações 37 (ABNT NBR 6122/2010) Sapatas corridas é adequada economicamente enquanto sua área em relação à da edificação não ultrapasse 50-60% 2.2.9) Radier: • Laje, em concreto armado, que recebe cargas de todos os pilares; • Deve resistir ao esforços diferenciados de cada pilar; • Consumo elevado de concreto; • Solo deve suportar a solicitação. 2) Tipos de Fundações 38 (ABNT NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 39 1. Marcar as cotas de nivelamento 2. Nivelar o terreno 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier:40 3. Compactação com rolo compressor (95%); Retirar amostra para verificação do nível de compactação 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 41 4. Abrir vala em todo o perímetro do radier; 5. Abrir vala apara passagem das tubulações hídricas; 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 42 6. Inserir as formas nas valas para delimitar o radier; 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 43 7. Fazer o alinhamento e nivelamento das formas; 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 44 8. Lastro de brita de 7cm 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 45 9. Colocar uma lona e posicionar a armação 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 46 10. Posicionar as demais tubulações e eletrodutos; 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 47 11. Concretagem 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: 48 11. Concretagem 2.2.9) Radier: 2) Tipos de Fundações 49 2) Tipos de Fundações 2.2.9) Radier: Controle de execução: 1) Locação dos eixos dos pilares; 2) Cota do fundo da escavação; 3) Nivelamento do fundo da vala; 4) Posicionamento dos componentes das instalações enterrados. 50 Resumindo... Blocos, sapatas e radier: • São fundações econômicas e de simples execução. • O radier tem a vantagem dos recalques serem uniformes. • Por se tratar de fundações superficiais, só podem ser utilizadas quando o solo sob a fundação apresenta resistência adequada. • Não podem ser executadas na presença de água e são mais sujeitas a recalques. 51 2.3) Fundações profundas: • “Elemento de fundação que transmite a carga ao terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas, e que está assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 3m, salvo justificativa. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas, os tubulões e os caixões. 2) Tipos de Fundações 52 (ABNT NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.3.1) Estaca: • Elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de operário. Os materiais empregados podem ser: madeira, aço, concreto pré- moldado, concreto moldado in situ ou mistos. • Estacas cravadas, escavadas e injetadas... 53 (ABNT NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento) 2.3.1) B) Estaca escavada 2.3.1) C) Estaca injetada 54 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): • São aquelas introduzidas no terreno através de algum processo que não provoca a retirada do solo. a. Estaca de madeira; b. Estaca metálica; c. Estaca pré-moldada de concreto; d. Estaca tipo Franki. 55 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): Obs.: Estaca cravada no terreno, sob a ação de certo número de golpes, um comprimento pré-fixado em projeto: a “nega” (medida dinâmica e indireta da capacidade de carga da estaca - deslocamento para 10 golpes do martelo com a mesma altura de queda). 56 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): • Obs.: Controle da cravação Repique (k): medida parcela elástica do deslocamento máximo de uma estaca decorrente da aplicação de um golpe do martelo ou pilão. 57 Pré-moldada: Vantagens: • Atravessam o N.A. • Verificação desempenho • Rapidez Desvantagens: • Vibração • Barulho • Desperdício (emendas e cortes) 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): a. Estaca de madeira • São troncos de árvore cravados com bate-estacas de pequenas dimensões e martelos leves • Uso limitado pela presença de camadas de solos compactos, muito rijos a duros ou com a presença de pedregulhos 59 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): a. Estaca de madeira • Necessário que elas fiquem totalmente abaixo d’água (o N.A. não pode variar ao longo de sua vida úti) • Atualmente utilizadas para execução de obras provisórias • Madeira mais usadas: eucalipto, aroeira, ipê e guarantã. 60 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): a. Estaca de madeira 61 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): b. Estaca metálica • Podem ser perfis laminados, perfis soldados, trilhos soldados ou tubulares • Podem ser cravadas em quase todos os tipos de terreno e não provocam o levantamento de outras estacas já alocadas; • Possuem facilidade de corte e emenda; 62 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): b. Estaca metálica • Podem atingir grande capacidade de carga (até em torno de 3500 kN por pilar) • Podem ser colocadas abaixo do N.A. (desde que sejam tratadas a corrosão); • Trabalham bem à flexão; • Sua maior desvantagem é o custo. 63 NBR 6122:2010 ANEXO C 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): b. Estaca metálica 64 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): c. Estaca pré-moldada de concreto 66 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): c. Estaca pré-moldada de concreto • Pré-fabricada em segmentos • Limitação de comprimento Necessidade de emendas ou de corte • Várias seções (versatilidade) • Faixa de carga para o uso: 300 a 3300 kN • Não recomendadas: solos muito compactos, rijos a duros ou com a presença de pedregulhos,. 67 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): c. Estaca pré-moldada de concreto • Cravação mais utilizada: dinâmica (o bate-estaca utilizado é o de gravidade) • Principal problema: Vibração (pode prejudicar edificações próximas do local) 68 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): c. Estaca pré-moldada de concreto • Emenda: COM SOLDA 70 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): c. Estaca pré-moldada de concreto • Emenda: COM LUVA 71 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): 72 NBR 6122:2010 ANEXO D 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento): d. Estaca tipo Franki • Estacas de concreto armado com base alargada, e com tubo que pode ser posteriormente recuperado. • Obtida pela introdução de material granular ou concreto por meio de golpes de um pilão • Indicada quando a camada resistente está em profundidades variáveis • Não indicada quando as construções vizinhas não podem suportar grandes vibrações 73 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento) 74 Estaca Franki 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento) d. Estaca tipo Franki 75 2) Tipos de Fundações 2.3.1) A) Estaca cravada (de deslocamento) d. Estaca tipo Franki 76 NBR 6122:2010 ANEXO H Vantagens: ● Grande capacidade de carga – Alto grau de atrito lateral e de base; ● Podem ser executadas a grande profundidade; ● Não são limitadas pelo lençol freático. Desvantagens: ● Alta vibração do solo durante a execução; ● Grande área necessária para o bate estacas. 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada • São aquelas executadas através de perfuração do terreno, com remoção de material. a. Estaca Broca b. Estaca Trado Mecanizado c. Estaca Barrete d. Estaca Strauss e. Hélice contínua 77 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada a. Estaca Broca • Estacas executadas manualmente, sem molde por perfuração no terreno, com auxílio de um trado de pequeno diâmetro • São indicadas para obras de pequenas dimensões (∅15 a 30 cm) que exigem baixa capacidade de carga (até 5 tf) • Só podem ser executadasacima do lençol freático 78 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada a. Estaca Broca • Essa tecnologia resulta em estacas sem garantia de verticalidade • Também implica risco de introdução de solo no concreto durante o enchimento (pontos fracos na estrutura) • É importante evitar a utilização desse sistema em argilas moles saturadas, a fim de evitar possíveis estrangulamentos no fuste da estaca 79 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada a. Estaca Broca 80 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada b. Estaca Trado Mecanizado 81 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada b. Estaca Trado Mecanizado 82 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada b. Estaca Trado Mecanizado 83 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada b. Estaca Trado Mecanizado 84 Grande diâmetro (até 1,2m), grande profundidade e alta velocidade de execução se comparada a execussão com trado manual (estaca broca); NBR 6122:2010 ANEXO E 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada c. Estaca Barrete • Com seção retangular, as estacas-barrete são escavadas com uso de lama bentonítica, executadas com equipamentos de grande porte • A técnica permite atingir profundidades de até 70 m e executa a estaca em praticamente todos os tipos de terreno, com nível de água ou não, e atravessar matacões • São indicadas quando é necessário atravessar camadas de grande resistência 85 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada c. Estaca Barrete 86 Vantagens: • Relação atrito lateral • Sem vibração • Atravessa N.A. Desvantagens: • Estabilizante • Mureta guia • Custo 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada c. Estaca Barrete 87 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada c. Estaca Barrete 88 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada c. Estaca Barrete 89 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada Obs.: Em alguns casos é necessário utilizar fluido estabilizantes para que o fuste das estacas escavadas não sejam estrangulados (p.ex., lama bentonítica). 90 Concretagem submersa, com introdução do concreto via estaca, de baixo para cima, bombeando a lama de volta para os tanques TixotrópicoNBR 6122:2010 ANEXO I 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada d. Estaca tipo Strauss • São moldadas in loco com 25 cm a 55 cm de diâmetro • Escavação mecânica por meio de balde-sonda ou piteira, com uso parcial ou total de revestimento recuperável, e posterior concretagem • Indicada para locais confinados, terrenos acidentados e interior de construções existentes com o pé-direito reduzido; também em locais com restrições a vibrações 91 Obs.: Em comparação com as estacas Franki, as Strauss têm capacidade de carga menor 92 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada d. Estaca tipo Strauss 93 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada d. Estaca tipo Strauss 94 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada d. Estaca tipo Strauss Vantagens: Pode ser empregada em terrenos acidentados devido a simplicidade do equipamento utilizado; Ausência de vibração; Facilidade de locomoção dentro da obra; Fácil ajuste de comprimento; Verificação do solo; Custo baixo. 96 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada d. Estaca tipo Strauss Desvantagens: Baixa produtividade se comparada às escavadas com trado mecânico; Limitada ao nível do lençol freático; Execução lenta e obra muito suja; Sujeita a penetração de lama no concreto. 97 Obs: Profundidade de até 24 m e diâmetro usual de 30 cm a 45 cm. NBR 6122:2010 ANEXO G 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada e. Estaca Hélice Contínua • Perfuração do terreno por meio de um trado helicoidal contínuo, que retira o solo sem desconfinamento • O trado é retirado de modo simultâneo ao bombeamento de concreto • O método exige a colocação da armação após a concretagem 98 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada e. Estaca Hélice Contínua • Rapidez, ausência de barulho e vibrações prejudiciais a prédios da vizinhança • Pode ser executada em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático. • É uma solução técnica e economicamente interessante para obras nas quais há um grande número de estacas sem variações de diâmetros 99 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada e. Estaca Hélice Contínua 100 Vantagens: • Solo não “relaxa” • Atravessa o N.A. • Sem vibração • Boa capacidade de perfuração • Produtividade Desvantagens: • Concreto especial • Custo • Especificidade Sem desconfinamento 2) Tipos de Fundações 2.3.1) B) Estaca escavada e. Estaca Hélice Contínua • Permite a execução de cerca de 200 m a 300 m de estaca por dia condições normais de terreno 101 NBR 6122:2010 ANEXO F NBR 6122:2010 ANEXO M 2) Tipos de Fundações 110 111 Pontos de estrangulamento da estaca são pontos fracos e que podem não resistir ao peso aplicado depois do prédio pronto. Além disso, depois da estaca receber a carga, caso o terreno não tenha resistência suficiente para suportar lateralmente a estaca, esta poderá flambar. Uma emenda pode vir a apresentar falhas. A estaca de cima se desencaixa da estaca de baixo. Outro problema que pode acontecer é que na cravação o terreno ter matacões espalhados. A estaca pode encontrar um desses matacões e esta promover um desvio do eixo de cravação da estaca. 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: • Elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de operário. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou não base alargada. Pode ser executado com ou sem revestimento, podendo este ser de aço ou de concreto. No caso de revestimento de aço (camisa metálica), este poderá ser perdido ou recuperado. 112 (ABNT NBR 6122/2010) 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 113 Obs.: Na norma – Φmín = 70 cm Para o MTE– Φmín = 80 cm 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 114 Obs.: Na norma – Φmín = 70 cm Para o MTE– Φmín = 80 cm 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 115 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: • Custo de mobilização baixo; • Classificação e determinação do solo no decorrer da execussão; • Possibilidade de ultrapassar matacões; • Sem ruídos e vibrações; • Não necessita de grandes espaços para locação na obra 116 • Tubulões a céu aberto: a) Sem escoramento: – Escavação do fuste: - Mecânica (perfuratriz) 117 • Tubulões a céu aberto: a) Sem escoramento: – Escavação do fuste: - Mecânica (perfuratriz) - Manual (sarilho) – Engenheiro: inspeção da cota de apoio 118 • Tubulões a céu aberto: b) Com escoramento: b.1) Gow – Tubos de aço concêntricos: • Espessura = 1”~2” • Diâmetros decrescentes • Até terreno estável • Prever: finicial = f(ffinal) – Engenheiro: inspeção/conferência da cota de apoio e das medidas – Obs.: na concretagem do fuste – retiram-se os tubos 119 • Tubulões a céu aberto: b) Com escoramento: b.2) Chigago – Madeira + anéis de aço: • Diâmetro constante • Até terreno estável – Engenheiro: inspeção/conferência da cota de apoio e das medidas – Obs.: na concretagem do fuste – retira-se a madeira 120 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 121 EXECUÇÃO 1. Marcar o eixo do tubulão com um piquete de madeira 2. Marcar a circunferência que delimita o tubulão , respeitando o Φ mínimo 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 122 3. Escavação 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 123 3. Escavação • Pode ser com pá, baldee sarrilho; • Sempre dois operários 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 124 3. Escavação • Pode ser que alguma camada do solo não resista a perfuração e desmorone (no caso de solos arenosos). Neste caso é necessário o encamisamento da peça ao longo dessas camadas com tubos de aço 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 125 4. Fazer o alargamento da base de acordo com o projeto 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 126 5. Inspeção do tubulão: dimensões, limpeza e resistência 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 127 6. Posicionamento das armaduras Tomar cuidado para que durante essa operação torrões de solo não sejam derrubados dentro do tubulão (pontos falhos na concretagem !). 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: 128 7. Concretagem • Concretagem com bomba com braço e mangote • Cuidado para não acontecer a segregação do concreto e evitar que o concreto bata nas paredes do tubulão e se misture com a terra. NBR 6122:2010 ANEXO J 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão: Controle de execução: 1) Locação do centro do tubulão; 2) Cota de fundo da base; 3) Verticalidade da escavação; 4) Verificar dimensões e posicionamento da armadura; 5) Concretagem: não misturar o solo com o concreto e evitar vazios na base alargada. 130 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão com ar comprimido: Quando existe água (fundação ultrapassa o N.A.) usa-se injeção de ar comprimido no tubulão para impedir a entrada de água. • A pressão interna imposta no tubulão deve ser maior do que a exercida pela água que está no solo para que ela não entra – AR COMPRIMIDO • Durante a compressão, o sangue dos homens absorve mais gases do que na pressão normal. A descompressão rápida pode causar morte por embolia. Ou seja, o trabalhador deve sofrer o processo de descompressão lenta (> 15 min) numa câmara de emergência 131 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão com ar comprimido: 132 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão com ar comprimido: 133 Campânula 2) Tipos de Fundações 2.3.2) Tubulão com ar comprimido: 134 2) Tipos de Fundações 2.3.1 e 2.3.2) Estaca e Tubulão: 135 • Caixões: Ponte Akashi Kaikyo 136 137 • Caixões: Ponte Akashi Kaikyo 138 • Caixões: Ponte Akashi Kaikyo 2) Tipos de Fundações 2.3.4) Fundação mista: • Combinam soluções de fundação superficial e profunda 139 (ABNT NBR 6122/2010) 3) Projeto de Fundações 3.1) Elementos necessários ao projeto de Fundações: a) Coleta de dados; i. cálculo das cargas atuantes sobre a fundação; ii. estudo do terreno. b) Avaliação dos dados disponibilizados; i. escolha do tipo de fundação c) Dimensionamento e Detalhamento - Memorial de cálculo; d) Revisões; f) Suporte técnico para a obra. 140 3) Projeto de Fundações 3.2) Elementos necessários ao projeto de Fundações: Obs.: Para a escolha do tipo de fundação - as cargas da estrutura devem ser transmitidas às camadas de terreno capazes de suportá-las sem ruptura; - as deformações das camadas de solo subjacentes às fundações devem ser compatíveis com as da estrutura; - a execução das fundações não deve causar danos às estruturas vizinhas; - ao lado do aspecto técnico, a escolha do tipo de fundação deve atentar também para o aspecto econômico. 141 142