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ATPS - DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO (ADMINISTRAÇÃO) (3)

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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PÓLO DE JUAZEIRO (BA)
ADMINISTRAÇÃO
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE
DIREITO EMPRESÁRIAL E TRIBUTÁRIO
JUAZEIRO - BA
2014
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PÓLO DE JUAZEIRO (BA)
ADMINISTRAÇÃO
Antônio Silva de Lima – RA: 7599645112
Gleydson Farias Amorim – RA: 430425
Janielle Bringel Leite – RA: 407533
Joselaine Cerqueira da Silva Rosa – RA: 418226
Juciara Moreira Lima – RA: 444635
Rubens Ferreira – RA: 411505
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE
DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO
Professor (a) EAD: Luiz Manuel Palmeira
Tutora Presencial: Dayse Lucy
SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................................................ 03
Direito Comercial ........................................................................................................ 04 
Direito de Empresa ....................................................................................................... 04 
Empresa e sua Evolução .............................................................................................. 04
Como ficou o novo Código Civil ................................................................................. 05
Empresário …............................................................................................................... 06
Aspctos Legais da Empresa .......................................................................................... 07
Função Social da Empresa …....................................................................................... 08
Teoria Geral dos Títulos de Créditos e Principios Cambiarios ..................................... 09
Princípio da Capacidade Contributiva .......................................................................... 14
O Novo Direito Empresarial ......................................................................................... 16
Considerações Finais ................................................................................................................17
Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 18
INTRODUÇÃO
	O presente trabalho tem por objetivo permitir-nos a conceituação das orientações jurídicas adquiridas durante as aulas, além da busca nos capítulos, e pesquisas na internet da fundamentação jurídica para dar as respostas e a consequente aplicação das mesmas na formação do nosso intelecto.
Este estudo baseia-se nos conceitos básicos do direito Empresarial e Tributário, conhecendo as ferramentas legais das empresas conforme seu segmento, porte e tamanho, como as principais particularidades dos conceitos: Empresa e Empresário, um raciocínio lógico a construção jurídica da empresa e sua função Social, trazendo assim uma ideia sobre o tema em estudo. 
Como reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, introduzir modificações no processo produtivo, transferir conhecimento e exercer graus de complexidade no processo de tomada de decisão na vida e nas experiências cotidianas no ambiente de trabalho ou do campo profissional e dos diferentes modelos organizacionais. A construção de um novo cenário para os empresários, dentro da tamanha carga tributária exigida.
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DIREITO COMERCIAL
O direito comercial (ou mercantil) é um ramo do direito que se encarrega da regulamentação das relações vinculadas às pessoas, aos atos, aos locais e aos contratos do comércio. 
O direito comercial é um ramo do direito privado e abarca o conjunto de normas relativas aos comerciantes no exercício da sua profissão. A nível geral, pode-se dizer que é o ramo do direito que regula o exercício da atividade comercial. 
DIREITO EMPRESARIAL
O Direito Empresarial, antigo Direito Comercial, é o ramo do direito que estuda as relações privatistas que envolvem a empresa e o empresário. Nessas relações estão o estudo da empresa, o direito societário, as relações de título de crédito, as relações de direito concorrencial, as relações de direito intelectual e industrial e os contratos mercantis.
EMPRESA E SUA EVOLUÇÃO
Na antiguidade eram produzidos roupas e viveres nas casas para uso da família, vizinhos ou a praça. Na Roma antiga a produção de vestes, alimentos, vinhos e utensílios incluíam também os escravos. 
Os Fenícios eram conhecidos pela frequência com que faziam trocas com outros povos, estimulando a produção de bens que eram vendidos. Desta forma nasceu o comércio.
Na Era moderna as normas evoluíram para o Direito Comercial. No século XIX Napoleão Bonaparte editou o Código Civil e o Código Comercial para regulamentar as relações sociais e disciplinares as atividades dos cidadãos, o que acabou influenciando o Brasil, onde as relações de direito privado são classificas em civis ou comerciais, sendo que para cada regime há um tratamento jurídico próprio. A teoria dos Atos de Comércio se aplica a todos os que exploravam alguma atividade econômica considerada na regulação. Porém não abrangia atividades bancárias, de seguro, industrial, de prestação de serviços, imobiliárias, agrícolas e extrativismo. 
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Devido a essa insuficiência surgiu a Teoria da Empresa, que surgiu na Itália em 1942, e incluía estas atividades. É muito importante ressaltar que o Direito de Comercio deixou de abranger só os atos de comércio e passou a disciplinar a produção e a circulação de bens ou serviços de forma empresarial. A Lei nº. 10.406/2002 – Código Civil revogou a primeira parte do Código Comercial e houve o reconhecimento da Teoria da Empresa na legislação Pátria.
Com a entrada em vigor do Novo Código Civil brasileiro, em 11 de janeiro de 2003, deixa de existir a clássica divisão entre atividades mercantis – indústria ou comércio – e atividades civis – as chamadas prestadoras de serviços – para efeito de registro, falência e concordata. O Código Comercial de 1850 e o Código Civil de 1916, que regulavam o direito das empresas mercantis e civis no Brasil até 11 de janeiro de 2003, adotaram, como critério de divisão das empresas, as atividades exercidas por elas. Ou seja, dispunham que a sociedade constituída com o objetivo social de prestação de serviços – sociedade civil – tinha o seu contrato social registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas – exceto as Sociedades Anônimas e casos específicos previstos em lei. 
COMO FICOU COM O NOVO CÓDIGO CIVIL?
Ocorre, porém, que estas divisões não fazem mais parte de nossa realidade. O nosso sistema jurídico passou a adotar uma nova divisão, que não se apoia mais na atividade desenvolvida pela empresa de comércio ou serviços, mas no aspecto econômico de sua atividade, ou seja, fundamenta-se na teoria da empresa.
A evolução não está apenas no comprometimento, mas também no modelo de gestão do negócio, onde a utilização otimizada das informações empresariais para a correta e estratégica tomada de decisões é fator determinante na sobrevivência da empresa no mercado. 
Portanto, as gestões da informação e do conhecimento mercadológicos gerados ao longo do tempo, são as bases para a competitividade empresarial, praticamente obrigando aos gestores do negócio a procurar pelo diferencial competitivo a todo instante, iniciando um ciclo de causas e consequências na organização, adequando os processos operacionais e principalmente alterando a relação com os clientes e suas necessidades atuais e futuras, interagindo as informações e análises da organização com todos os colaboradores. A autonomia do direito empresarial se reflete também no seu âmbito de incidência. 
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A partir dessa noção é possível determinar quais estão sujeitos ou não ao direito empresarial. 
O âmbito do direito empresarial não é mais definido pelos atos de comércio isolados, ou pela qualidade isolada do comerciante, mas pela “atividade econômica organizadasob a forma de empresa e exercida pelo empresário”, ou como preferem alguns, pelo mundo dos negócios.
EMPRESÁRIO
Empresários são aqueles que praticam atividade econômica organizada para a produção, transformação ou circulação de bens e prestação de serviços visando lucro.
 A função do empresário é organizar e dirigir o negócio, para isso ele reúne os fatores de produção, os adapta e controla. Seu objetivo é o lucro. O empresário corre riscos e suporta as perdas. Não é empresário quem presta um trabalho autônomo de caráter exclusivamente pessoal.
O empresário pode ser pessoa física ou jurídica: 
* Quando pessoa jurídica estará diante de uma sociedade empresária, que se constitui para a prática de atividade própria do empresário individual – art. 982 Código Civil. 
* Quando pessoa física estará diante do empresário individual, que exerce Profissionalmente atividade negocial – art. 966 Código Civil. Para tanto, Será necessariamente estar em pleno gozo da sua capacidade civil – art. 972 Código Civil. 
De acordo com o Código Civil de 2002, algumas atividades econômicas não podem ser consideradas empresariais, desta forma, quem as exerce não pode, por exemplo, requerer a recuperação judicial ou falir.
São quatro as atividades econômicas civis que estão excluídas da teoria da empresa:
Profissional intelectual: não se considera empresário o que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística;
Empresário Rural: salvo se houver a inscrição no registro das empresas (junta comercial);
Cooperativas: que são sempre sociedades civis;
Aquele que presta serviços diretamente e não se organiza como empresa.
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ASPECTOS LEGAIS DA EMPRESA
Nome da Empresa: Ipiranga Produtos de Petróleo S.A
Localização: Lotes de 1 a 12, quadra 1 A, Distrito Industrial do São Francisco, S/N, Juazeiro – Bahia.
Segmento em que atua: Comercio Varejista de Derivados de Petróleo e Álcoois 
Porte: Empresa de Grande Porte de Capital Aberto
Missão: “Ser a maior e mais admirada empresa do ramo de comercio varejista e distribuição de Petróleo do País”.
Valores: Bom relacionamento, atendimento de qualidade, ética e responsabilidade.
Produtos Comercializados: Óleo Diesel, Álcool Etílico, Gasolinas e Lubrificantes.
Público Alvo: Postos de Gasolina e demais revendedores do ramo de combustíveis, Grandes Consumidores e Grandes Empresas 
Número de funcionários: 02 (no escritório de Juazeiro-BA)
Nome do contato: Leozito Borges Filho
Cargo: 
Empresa
A empresa está dentre os atos da atividade de mercancia. O doutrinador Inglez de Souza a conceitua nos seguintes termos: "Por empresa devemos entender uma repetição de atos, uma organização de serviços, em que se explore o trabalho alheio, material ou intelectual. A intromissão se dá, aqui, entre o produtor do trabalho e o consumidor do resultado desse trabalho, como intuito de lucro”. O exato local do empresário é entre a massa de energia produtora e os que consomem, ele tem uma função de mediação, concorrendo para a circulação de riqueza. Os empresários praticam atividade econômica organizada para a produção, transformação ou circulação de bens e prestação de serviços visando lucro.
 Desta forma têm-se como pressupostos da empresa três elementos:
Uma série de negócios do mesmo gênero de caráter mercantil;
O emprego de trabalho ou capital, ou ambos combinados;
Assumir o risco próprio da organização. 
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Aspectos Legais
As empresas do ramo petrolífero são regulamentadas pela a ANP.
Agencia Nacional do Petróleo que é o órgão regulador da Indústria do petróleo e responsável pela definição e diretrizes para a participação do setor privado.
Os Órgãos de classe são os Sindicatos de Petroleiros e o Sindicom, (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes.)
Por ser uma companhia de capital Aberto S.A com a Matriz no Rio de Janeiro mas com diversas filiais por diversos estados do Brasil a Empresa paga os impostos federais, estaduais e municipais, sendo:
Federal: IPI, CIDE, INSS, COFINS
Estadual: INSS, ICMS, IPVA.
Municipal: IPTU, ISS.
As empresas devem praticar a ética nos negócios e adotar um comportamento compatível com o conceito de empresa, as relações entre as empresas são de competição no mercado mas com ética e princípios, como convém a uma economia de mercado.
FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
Encontra-se na geração de riqueza, manutenção de empregos, pagamentos de impostos, desenvolvimentos tecnológicos, manutenção de mercado econômico, entre outros fatores sem esquecer do papel importante do lucro, que deve ser o responsável pela geração de reinvestimentos que impulsionam a complementação do ciclo econômico e realimentando o processo de novos empregos, novos investimentos e assim sucessivamente.
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TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO E PRINCÍPIOS CAMBIÁRIOS
O conceito formulado pelo ilustre jurista italiano Cesar Vivante, sem dúvida, o mais completo, afinal como disse Fran Martins “encerra, em poucas palavras, algumas das principais características desses instrumentos (títulos de crédito)”. Tal é a razão pela qual, segundo Fábio Ulhoa, “é aceita pela unanimidade da doutrina comercialista”.
Os elementos fundamentais para se configurar o crédito decorrem da noção de confiança e tempo. A confiança é necessária, pois o crédito se assegura numa promessa de pagamento, e como tal deve haver entre o credor e o devedor uma relação de confiança. A temporalidade é fundamental, visto que subentende-se que o sentido do crédito é, justamente, o pagamento futuro combinado, pois se fosse à vista, perderia a ideia de utilização para devolução posterior.
Os títulos de crédito constituem documentos necessários para o exercício de um direito literal e autônomo, nele mencionado. Deste conceito, podemos extrair os princípios que norteiam esse tema, que são: 
- Princípio da Cartularidade: exige a existência material do título ou, o documento necessário. Assim sendo, para que o credor possa exigir o crédito deverá apresentar a cártula original do documento - título de crédito.  Garante, portanto, este princípio, que o possuidor do título é o titular do direito de crédito. A duplicata se afasta deste princípio, uma vez que expressa a possibilidade do protesto do título por indicação quando o devedor retém o título. 
- Princípio da Literalidade: o título vale pelo que nele está mencionado, em seus termos e limites. Para o credor e devedor só valerá o que estiver expresso no título. Deve, por conseguinte, constar a assinatura do avalista para que seja válido o aval, por exemplo.
A duplicata, por mais uma vez, figura como exceção, já que conforme estabelece o artigo 9°, §1°, da lei n° 5474/68: "a prova do pagamento é o recibo, passado pelo legítimo portador ou por seu representante com poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento, em separado, com referência expressa à duplicata". 
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- Princípio da Autonomia: desvincula-se toda e qualquer relação havida entre os anteriores possuidores do título com os atuais e, assim sendo, o que circula é o título de crédito e não o direito abstrato contido nele.
- Princípio da Abstração: decorre, em parte, do princípio da autonomia e trata da separação da causa ao título por ela originado. Não se vincula a cártula, portanto, ao negócio jurídico principal que a originou, visando, por fim, a proteção do possuidor de boa-fé. 
Não gozam deste princípio todos os títulos de crédito, mas se pode observar ser ele válido para as notas promissórias e letra de câmbio.
Antes disso, além de analisarmos especificamente os dispositivos do projeto que consideramos passíveis de crítica e de aperfeiçoamento, pretendemos dar nossa posição relativamente a um problema fundamental. Estamos nos referindo ao critério que prevalece de unificação de códigos, fazendo-se com que o Código Civil absorva também a matéria comercial. Consiste na unificação, isto é, na simples justaposição formal da matéria comercial em um mesmo diploma. Constitui inexpressivaunificação formal isso na verdade o direito comercial como disciplina autônoma não desaparecerá com a codificação, pois nela apenas se integra formalmente. O artificialismo desse critério criou no projeto a preocupação de descrever o objetivo Comercial ou Mercantil as Sociedades milenarmente conhecidas por Sociedades Comerciais se passa a se apelidar de Sociedades Empresariais e a representação designada por comercial fora da nossa linguagem do mercado. Cria-se uma linguagem arbitrária aos nossos costumes, muito mais razoável e funcional se permanecêssemos no sistema dualista inspirado no modelo suíço de um Código Civil e de um Código de Obrigações e não de um incomodo sistema dos italianos.
Podemos dizer que a Comissão elaborada do Código não atingiu o objetivo que buscava, praticamente nada foi alterado em relação aos títulos de crédito regulados por leis especiais: letras de câmbio, notas promissórias, cheques, duplicatas, títulos rurais e outros continuam regulados por suas próprias e vigentes leis. Tem também a regulamentação de dois objetivos básicos: de um lado estabelecer os requisitos mínimos para títulos de crédito, ressalvadas as composições de leis especiais, por outro lado permitir a criação de títulos atípicos ou inominados. Neste último objetivo está o principal valor do Anteprojeto; regulando ele títulos atípicos, terão estes de se moldar aos novos requisitos. 
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Em razão do desenvolvimento socioeconômico das atividades comerciais, é indiscutível a relevância dos requisitos dos títulos de crédito para que o documento cambial possa assim ser reconhecido, possibilitando a satisfação desse documento ao possuidor do crédito é de suma importância que tem a legislação no câmbio para a sociedade, tendo em vista a atuação de muitos cidadãos no comércio diante da gestão de pequenas, médias e grandes empresas, e ainda, a importância de atualização da lei por parte do poder legislativo e suas atribuições objetivando o interesse social.
A todas as pessoas é garantida uma porção de direitos reconhecidos pela ordem pública, originada no próprio direito natural, bem como em normas de grande amplitude, até que se tornem garantias que possibilitam a vida humana. O crédito surge pela necessidade da confiança nas relações da sociedade, revelando a certeza das pessoas quanto ás suas obrigações. O direito firmado em um documento em vista de suas qualidades, merece credibilidade ou confiança, reduzindo ao máximo a insegurança no seu cumprimento é importante mencionar, em primeiro momento, que a execução como conhecemos hoje se originou de um processo evolutivo da sociedade, pois antes de o devedor ter seu patrimônio atingido, o inadimplemento de uma obrigação poderia se resultar na própria morte do devedor. 
Os credores executavam o devedor e dividia seu corpo em diversas partes, em seguida, vendia aos familiares do morto, cada parte por um preço até obter o valor do seu credito. O dinheiro foi o meio encontrado pelo homem para promover a troca riquezas, sendo este considerado o bem mais fungível dentre os demais, já que com a sua circulação não ocorre comprometimento de seu valor, ou de sua qualidade, sendo sempre aceito na formalização das mais variadas transações.
Apesar disso, com a necessidade de viagem à locais distantes, os riscos de carregar tais valores eram cada vez maiores na medida em que tornavam-se mais complexas as atividades desenvolvidas, ocorrendo muitos casos de roubos em estradas com danos irreparáveis aos negociantes.
Era preciso uma solução que permitisse essa circulação sem ocasionar risco da perda desses valores, uma forma mais segura de promover a circulação de riquezas. A solução encontrada foi a emissão de Títulos de Crédito representativos dos valores negociados, de fácil troca e circulação.
Foi de Cesar Vivante a conceituação que mais perfeitamente explicou o que seriam esses títulos, tanto que teve a maior aceitação em sede doutrinária. Para ele os títulos de crédito representam o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele contido. 
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O Código Civil veio adotando esta conceituação, ao estabelecer em seu art. 887 o que se segue:
 Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
A perfeição deste conceito deve-se ao fato de estarem presentes os princípios mais característicos deste instituto, os quais o estudo é de extrema importância para a solução dos casos concretos.
Os princípios constantes no conceito são três: a Cartularidade, Literalidade e Autonomia, cada um com características próprias, havendo doutrinadores que afirmem que o princípio da autonomia ainda poderá se subdividir em abstração e a Inoponibilidade das exceções pessoais à terceiros de boa-fé. Pelo Princípio da Cartularidade, trazido na expressão “documento necessário ao exercício do direito”, o título de crédito é representado por uma cártula, ou seja, um documento cujo porte e exibição é elemento essencial, sem o qual não poderá o devedor ser cobrado. Não existe o direito de crédito se não houver o documento.
O título de crédito é necessário ao exercício do direito literal e autônomo, sendo esta última característica o objeto deste texto. Autonomia caracteriza-se pela independência das obrigações assumidas, ou seja, a obrigação que o devedor criou ao assinar o título de crédito independente da obrigação que deu causa à sua existência. Dessa forma, a obrigação de pagar que o devedor assumiu ao comprar um mercadoria, ou ter um serviço prestado, a prazo não se confunde com o título de crédito. A assinatura do título de crédito significa também independência da obrigação em relação aos que foram possuidores do título e o transferiram a terceiros, por endosso. Sem o princípio da autonomia não seria possível haver circulação dos títulos de crédito no mercado, já que o vendedor ou prestador de serviço necessariamente precisaria conhecer todos os negócios jurídicos realizados com aquele título de crédito. Isso seria muito oneroso e iria atravancar os negócios de modo geral. Com o princípio da autonomia o vendedor apenas recebe o título de crédito e vai ao devedor que emitiu o título cobrar a dívida representada pela cártula, independente dos negócios realizados com o título de crédito.
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Devemos destacar que o princípio da autonomia subdivide-se, conforme concepção majoritária da doutrina, em dois outros subprincípios que são:
 Abstração
 Inoponibilidade das Exceções Pessoais ao Terceiro de Boa Fé
O Princípio da Abstração diz que o direito cambiário (direito representado pelo título de crédito) se depreende do negócio jurídico que lhe deu origem e se vier a estar viciado o título não será afetado ao vendedor o direito de exigir o crédito representado pelo título.
Já o Princípio da Inoponibilidade das Exceções Pessoais ao Terceiro de Boa Fé diz que o princípio da abstração e o princípio da autonomia só será aplicada ao terceiro que não tem ciência da nulidade do negócio jurídico, ou seja, que está de boa-fé realizando o negócio sem o conhecimento dos vícios. Se estiver de má fé poderá haver responsabilidade do terceiro quanto ao negócio realizado e tornando inválido o título de crédito.
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PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
O princípio constitucional da capacidade contributiva, aplicável ao direito tributário, estabelece um limite à atividade do legislador ordinário consistente em definir as hipóteses de incidência. Essa, contudo, não é a única leitura possível para esse princípio. Além de fonte de obrigação para o legislador, o princípio da capacidade contributiva consagra, igualmente, um direito fundamental do contribuinte.
O nosso objetivo é discutir a possibilidade de se enquadrar o princípio da capacidade contributiva como fonte de direitos fundamentais do contribuinte. Para que tal enquadramento seja possível, há de se investigar se o referido princípio pode ser inserido na estrutura própriados direitos fundamentais.
Com o intuito de realizar tal investigação, será exposta, em um primeiro momento, a conceituação dos direitos fundamentais, distinguindo-os de conceitos afins e ressaltando suas esferas objetiva e subjetiva. Em seguida, será explicada a estrutura ínsita aos direitos fundamentais, a qual tem como base a distinção entre regras e princípios. Desde a concepção original dos direitos fundamentais, coincidente com o auge do ideal burguês de sociedade, muitas foram as modificações sofridas pelo conceito destes tais direitos. Se, em um primeiro momento, eram direitos fundamentais, tão-só, a vida, a liberdade e a propriedade de modo a restar delimitada uma esfera de atuação pessoal onde seria impossível imiscuir-se o Estado – em tempos posteriores veio a alargar-se e, até mesmo, modificar-se a concepção que informara os ideais iluministas sobre a conceituação dos direitos fundamentais. É de fundamental importância para o presente trabalho, já que a caracterização do princípio da capacidade contributiva como direito fundamental depende do enquadramento do suposto direito advindo do princípio mencionado em uma destas esferas ou em uma das categorias de direitos a ações negativas ou positivas do Estado.
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As consequências geradas em razão da elevada carga tributária exigida no Brasil.
A carga tributária no Brasil alcançou, principalmente, nas últimas décadas, índices percentuais sobre o PIB (Produto Interno Bruto) preocupantes, pela sua dimensão e contínuo crescimento, não importando as cores partidárias ou mesmo os sucessivos Governos, oponentes na política, porém coesos no comprometimento de manter a tributação em bases altas ou mesmo, sempre que possível, aumentá-la. O crescimento e o desenvolvimento econômico sofrem com tal comportamento estatal. Grande parcela das finanças privadas é transferida para o erário, gerando distorções e dificuldades das mais variadas para um contínuo e considerável aumento do PIB.
É notório que em relação aos outros países, também tidos como emergentes, as nossas taxas médias de crescimento estão em desvantagem; mas isso se deve ao fato de suas respectivas cargas tributárias se apresentarem em patamares bem inferiores aos da nossa. Embora a inflação tenha se mantido em índices razoáveis, o custo de vida continuo subindo devido, principalmente, ao preço elevado dos serviços de saúde, educação, aluguéis, entre outros. A introdução de tecnologias avançadas, no intuito de modernização das indústrias, gerou desemprego. Os sinais de recessão se avolumaram e caiu a taxa decrescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Há um incremento constante do ônus fiscal sobre todos, o país adota uma carga tributária similar à de países desenvolvidos, mesmo ainda estando em desenvolvimento. O que ocorre, é que vivemos em um ciclo, conforme já dito ao longo do trabalho, onde um fenômeno leva a outro. O governo pretende financiar os gastos públicos elevando a carga tributária de um país em desenvolvimento, assim, o país não se torna propício a instalações de novas empresas estrangeiras, a formalização das atividades, empresariais ou não, ou mesmo implicando na redução da capacidade de consumo das famílias que por sua vez reduz a condição de venda das empresas impondo um ciclo vicioso onde se afere onde se consome menos, se vende menos, se contrato menos e novas atividades laborativas e fábricas estariam fadadas ao fracasso ou dificuldades das mais variadas ordens.
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O NOVO DIREITO EMPRESARIAL
A atuação do empresário tem importância fundamental para a economia brasileira, não só pela gama de pessoas e capitais envolvidos em suas transações negociais, mas também por atender às necessidades de circulação de bens, notadamente o crédito, servindo de instrumento de promoção da livre iniciativa e da valorização do trabalho, notadamente pela expressiva mão-de-obra empregada em atividades de intermediação para satisfação das necessidades dos consumidores.
 A Constituição de 5 de outubro de 1988 procurou traçar diretrizes normativas de assegurar em todas as relações contratuais, notadamente nas de consumo, a observância da equivalência entre as partes contratantes.
	O direito privado é pontuado por lacunas que em sua maioria exigem preenchimento por sua própria natureza, pois albergam situações da vida privada impossíveis de catalogação completa, contudo, quando o tema trata-se de direito público, em especial o penal e o tributário, por possuírem princípios próprios e característicos, impingido os de uma feição fragmentária, em que as lacunas são na realidade espaços livre do direito, não há vontade do legislador para o seu preenchimento. São justamente espaços livres para ação dos cidadão, verdadeiros espaços livres do direito, nos quais vigora o princípio geral de liberdade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Buscou-se analisar e extrair de forma simples e objetiva, através do estudo doutrinário, alguns termos básicos do Direito Empresarial, essencialmente a empresa e o empresário, base de toda a iniciação desse ramo do direito.  
As dificuldades de entendimento da matéria muitas das vezes se relacionam com a divergência existente entre os conceitos técnico-jurídicos e os conceitos da linguagem coloquial a que se costuma empregar para os termos Empresa e Empresário. 
Daí a preocupação em delimitar de forma clara e objetiva os termos Empresa e Empresário, tanto na concepção jurídico-legal quanto na concepção coloquial, buscando as constantes mutações ao longo de suas histórias, de tal forma que se mostre fácil o entendimento e compreensão dos termos, tornando simples, natural e espontâneo o estudo de todos os demais aspectos do Direito Empresarial.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANAN JR., Pedro; MARION, José Carlos. Direito Empresarial e Tributário. São Paulo: Alínea, 2009. PLT 372.
FERREIRA, Felipe Alberto Verza. A Função Social da Empresa. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/6967/funcao-social-da-empresa>. Acesso em: 2 maio 2013.
SOUZA, Oziel Francisco de. Princípio da capacidade contributiva: Pauta ao legislador ou fonte de direito fundamental do contribuinte? Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/13999/principio-da-capacidade-contributiva>. Acesso em: 2 maio 2013.
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