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RESOLUÇÃO DO CASO CONCRETO 1

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ALUNA: Ana Carolina da Costa Alves de Carvalho 
CAMPUS: Niterói III 
MATRÍCULA: 201808099834 
TURMA: 2006 
DISCIPLINA: Direito Civil I - CCJ0269 
PROFESSORA: Claudia Bastos Oreiro 
 
CASO CONCRETO 1 
Questão Discurssiva 
 
Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do instrumento 
contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande atração 
do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos 
terrenos a frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no 
plano de urbanização da cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de 
Rebeca, fazendo com que ela perdesse a visão para o monte. 
 
Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo obtido êxito porque o órgão jurisdicional 
entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar atitudes que possam frustrar o objetivo 
perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, 
a diminuição das vantagens ou até infligir danos ao contratante. 
 
Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, 
responda: 
 
a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva 
adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria 
pertence a boa-fé objetiva. 
 
Resposta: A boa-fé objetiva é uma cláusula geral. As cláusulas gerais são formulações genéricas e abertas 
da lei, normas orientadoras, diretrizes, dirigidas ao juiz, que lhe conferem liberdade para decidir, estas se 
relacionam diretamente aos princípios jurídicos. 
A boa-fé objetiva se relaciona com a honestidade, lealdade e probidade com a qual a pessoa 
condiciona o seu comportamento. Juridicamente, o juiz tornará concreto o mandamento de respeito à 
recíproca confiança existente entre as pessoas, sejam elas partes de um contrato, litigantes ou participantes 
de qualquer relação jurídica. 
 
b) Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em consideração para que o 
magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique. 
 
Resposta: O princípio em questão é o princípio da eticidade, que deve sempre orientar o magistrado na 
interpretação de cláusulas gerais. Segundo seu conceito, o princípio da eticidade é aquele que impõe justiça 
e boa-fé nas relações civis. 
 
 
Questão Objetiva 
 
(MP/GO – 2005) O atual Código Civil optou “muitas vezes, por normas genéricas ou cláusulas gerais, sem a 
preocupação de excessivo rigorismo conceitual, a fim de possibilitar a criação de modelos jurídicos 
hermenêuticos, quer pelos advogados quer pelos juízes para a contínua atualização dos preceitos legais” 
(trecho extraído do livro História do novo Código Civil, de Miguel Reale e Judith Martins-Costa). 
Considerando o texto, é correto afirmar que: 
 
a) Cláusulas gerais são normas orientadoras sob a forma de diretrizes, dirigidas precipuamente ao juiz, 
vinculando-o ao mesmo tempo em que lhe dão liberdade para decidir, sendo que tais cláusulas se 
restringem à Parte Geral do Código Civil. 
b) Aplicando a mesma cláusula geral, o juiz não poderá dar uma solução em um determinado caso, e 
solução diferente em outro. 
c) São exemplos de cláusulas gerais: a função social do contrato como limite à autonomia privada e que no 
contrato devem as partes observam a boa-fé objetiva e a probidade. 
d) As cláusulas gerais afrontam o princípio da eticidade, que é um dos regramentos básicos que sustentam 
a codificação privada.

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