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PORT 500Q AUGUSTA 2

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500 QUESTÕES - FCC 
Língua Portuguesa 
Maria Augusta 
 
1 
 
AULA 2 
 
Atenção: Para responder às questões de 
números 1 a 7, considere o texto abaixo. 
 
No campo da técnica e da ciência, 
nossa época produz milagres todos os 
dias. Mas o progresso moderno tem 
amiúde um custo destrutivo, por exemplo, 
em danos irreparáveis à natureza, e nem 
sempre contribui para reduzir a pobreza. 
A pós-modernidade destruiu o mito 
de que as humanidades humanizam. Não é 
indubitável aquilo em que acreditam tantos 
filósofos otimistas, ou seja, que uma 
educação liberal, ao alcance de todos, 
garantiria um futuro de liberdade e 
igualdade de oportunidades nas 
democracias modernas. George Steiner, 
por exemplo, afirma que “bibliotecas, 
museus, universidades, centros de 
investigação por meio dos quais se 
transmitem as humanidades e as ciências 
podem prosperar nas proximidades dos 
campos de concentração”. “O que o 
elevado humanismo fez de bom para as 
massas oprimidas da comunidade? Que 
utilidade teve a cultura quando chegou a 
barbárie?” 
Numerosos trabalhos procuraram 
definir as características da cultura no 
contexto da globalização e da 
extraordinária revolução tecnológica. Um 
deles é o de Gilles Lipovetski e Jean 
Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se 
a ideia de uma cultura global − a cultura-
mundo − que vem criando, pela primeira 
vez na história, denominadores culturais 
dos quais participam indivíduos dos cinco 
continentes, aproximando-os e igualando-
os apesar das diferentes tradições e 
línguas que lhes são próprias. 
Essa “cultura de massas” nasce 
com o predomínio da imagem e do som 
sobre a palavra, ou seja, com a tela. A 
indústria cinematográfica, sobretudo a 
partir de Hollywood, “globaliza” os filmes, 
levando-os a todos os países, a todas as 
camadas sociais. Esse processo se 
acelerou com a criação das redes sociais e 
a universalização da internet. 
Tal cultura planetária teria, ainda, 
desenvolvido um individualismo extremo 
em todo o globo. Contudo, a publicidade e 
as modas que lançam e impõem os 
produtos culturais em nossos tempos são 
um obstáculo a indivíduos independentes. 
O que não está claro é se essa 
cultura-mundo é cultura em sentido 
estrito, ou se nos referimos a coisas 
completamente diferentes quando 
falamos, por um lado, de uma ópera de 
Wagner e, por outro, dos filmes de 
Hitchcock e de John Ford. 
A meu ver, a diferença essencial 
entre a cultura do passado e o 
entretenimento de hoje é que os produtos 
daquela pretendiam transcender o tempo 
presente, continuar vivos nas gerações 
futuras, ao passo que os produtos deste 
são fabricados para serem consumidos no 
momento e desaparecer. Cultura é 
diversão, e o que não é divertido não é 
cultura. 
 
(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A 
civilização do espetáculo. Rio de Janeiro, 
Objetiva, 2013, formato ebook) 
 
1. Depreende-se corretamente do texto: 
 
(A) A asserção de que o progresso moderno 
tem amiúde um custo destrutivo estabelece, 
no parágrafo, noção de finalidade. 
(B) Os pontos de interrogação das perguntas 
feitas no segundo parágrafo podem ser 
suprimidos por se tratar de perguntas 
retóricas. 
(C) A afirmação de que nossa época produz 
milagres todos os dias encontra respaldo no 
fato de que haveria hoje o predomínio da 
imagem e do som sobre a palavra. 
(D) O mito de que as humanidades 
humanizam justifica-se a partir do fato de que 
nem todas as classes sociais possuem 
acesso à tecnologia moderna, como a 
internet. 
(E) A menção ao que seria cultura em sentido 
estrito estabelece uma diferença entre a 
noção de cultura de que parte o autor e 
aquela estabelecida pelo pensador Gilles 
Lipovetski. 
 
2. O autor do texto discorda dos 
pensadores citados ao afirmar que 
 
(A) ...a publicidade e as modas (...) são um 
obstáculo à criação de indivíduos 
independentes. (5o parágrafo) 
(B) ... o progresso moderno tem amiúde um 
custo destrutivo... (1o parágrafo) 
 
 
 
 
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(C) Essa “cultura de massas” nasce com o 
predomínio da imagem e do som sobre a 
palavra... (4o parágrafo) 
(D) Não é indubitável aquilo em que 
acreditam tantos filósofos otimistas... (2o 
parágrafo) 
(E) A indústria cinematográfica, sobretudo a 
partir de Hollywood, “globaliza” os filmes... (4o 
parágrafo) 
 
3. ...apesar das diferentes tradições e 
línguas que lhes são próprias. (3o 
parágrafo) 
...levando-os a todos os países... (4o 
parágrafo) 
...os produtos deste são fabricados... (7o 
parágrafo) 
Os elementos sublinhados acima referem-
se, respectivamente, a: 
 
(A) diferentes tradições e línguas − filmes – 
entretenimento de hoje 
(B) diferentes tradições − países − passado 
(C) línguas − Hollywood − entretenimento de 
hoje 
(D) indivíduos − países − passado 
(E) indivíduos − filmes − tempo presente 
 
4. Possuem os mesmos tipos de 
complemento os verbos grifados em: 
 
(A) Essa “cultura de massas” nasce com o 
predomínio... // Um deles é o de Gilles 
Lipovetski... 
(B) A pós-modernidade destruiu o mito de 
que... // ... nossa época produz milagres todos 
os dias. 
(C) Essa cultura de massas nasce com o 
predomínio... // ... e nem sempre contribui 
para... 
(D) ... as ciências podem prosperar nas 
proximidades... // A pós-modernidade destruiu 
o mito de que... 
(E) ... nossa época produz milagres todos os 
dias. // ... o mito de que as humanidades 
humanizam. 
 
5. Substituindo-se o elemento grifado pelo 
que se encontra entre parênteses, o sinal 
indicativo de crase deverá ser 
acrescentado em: 
 
(A) ... por meio dos quais se transmitem as 
humanidades... − (ciências humanas) 
(B) ... a todas as camadas sociais. − 
(qualquer classe social) 
(C) ... se nos referimos a coisas 
completamente diferentes... − (uma coisa 
completamente diferente) 
(D) ... são um obstáculo a indivíduos 
independentes. (criação de indivíduos 
independentes) 
(E) ... que uma educação liberal, ao alcance 
de todos... (dispor de todos) 
 
6. Sem que nenhuma outra modificação 
seja feita, mantêm-se a correção e as 
relações de sentido estabelecidas no 
texto, substituindo-se 
 
(A) Contudo por “dado que” (5o parágrafo) 
(B) Mas por “Embora” (1o parágrafo) 
(C) ao passo que por “enquanto” (7o 
parágrafo) 
(D) Tal por “Tamanha” (5o parágrafo) 
(E) amiúde por “mormente” (1o parágrafo) 
 
7. Uma redação alternativa para um 
segmento do texto, em que se mantêm a 
correção e, em linhas gerais, o sentido 
original, está em: 
 
(A) A crença de que um futuro de liberdade e 
igualdade de oportunidades seria garantido 
por uma educação liberal é sustentada por 
muitos filósofos otimistas. 
(B) Dado os custos destrutivos do progresso, 
o mito segundo o qual as humanidades 
humanizam foi destruída pela pós-
modernidade. 
(C) As características da cultura no contexto 
da globalização e da extraordinária revolução 
tecnológica, procurou se definir em 
numerosos trabalhos. 
(D) Um individualismo extremo fora 
desenvolvido pela cultura planetária, embora 
as modas impostas pelos produtos culturais 
de nosso tempo configure-se como obstáculo 
a indivíduos independentes. 
(E) Não se consideraria, nos dias de hoje, 
como sendo cultura, aqueles produtos 
culturais que não sejam divertidos. 
 
Atenção: Para responder às questões de 
números 8 a 14, considere o texto abaixo. 
 
Ler um livro é desinteressar-se a 
gente deste mundo comum e objetivo para 
viver noutro mundo. A janela iluminada 
noite adentro isola o leitor da realidade da 
rua, que é o sumidouro da vida subjetiva. 
Árvores ramalham. De vez em quando 
 
 
 
 
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3 
passam passos. Lá no alto estrelas 
teimosas namoram inutilmentea janela 
iluminada. O homem, prisioneiro do 
círculo claro da lâmpada, apenas ligado a 
este mundo pela fatalidade vegetativa do 
seu corpo, está suspenso no ponto ideal 
de uma outra dimensão, além do tempo e 
do espaço. No tapete voador só há lugar 
para dois passageiros: Leitor e autor. 
O leitor ingênuo é simplesmente 
ator. Quero dizer que, num folhetim ou 
num romance policial, procura o reflexo 
dos seus sentimentos imediatos, 
identificando-se logo com o protagonista 
ou herói do romance. Isto, aliás, se dá 
mais ou menos com qualquer leitor, diante 
de qualquer livro; de modo geral, nós nos 
lemos através dos livros. 
Mas no leitor ingênuo, essa lei dos 
reflexos toma a forma de um desinteresse 
pelo livro como obra de arte. Pouco 
importa a impressão literária, o sabor do 
estilo, a voz do autor. Quer divertir- se, 
esquecer as pequenas misérias da vida, 
vivendo outras vidas desencadeadas pelo 
bovarismo da leitura. E tem razão. Há 
dentro dele uma floração de virtualidades 
recalcadas que, não encontrando 
desimpedido o caminho estreito da ação, 
tentam fugir pela estrada larga do sonho. 
Assim éramos nós então, por não 
sabermos ler nas entrelinhas. E daquela 
primeira fase de educação sentimental, 
que parecia inevitável como as espinhas, 
passava quase sempre o jovem monstro 
para uma crise de hipercrítica. Devido à 
necessidade de um restabelecimento de 
equilíbrio, o excesso engendrava o 
excesso contrário. A pouco e pouco os 
românticos perdiam terreno em proveito 
dos naturalistas. Dava-se uma verdadeira 
subversão de valores na escala da 
sensibilidade e a fantasia comprazia-se em 
derrubar os antigos ídolos. Formava-se 
muitas vezes, coincidindo com 
manifestações mórbidas que são do 
domínio da psicanálise, um pedantismo da 
clarividência, tão nocivo como a 
intemperança imaginosa ou sentimental, e 
talvez mais ingênuo, pois refletia um 
ressentimento de namorado ainda ferido 
nas suas primeiras ilusões. 
 
(Adaptado de: MEYER, Augusto. “Do 
Leitor”, In: À sombra da estante, Rio de 
Janeiro, José Olympio, 1947, p. 11-19) 
 
8. Infere-se, corretamente, que o autor do 
texto 
 
(A) descreve, mediante metáforas e 
comparações, as reações dos leitores que se 
debruçam, um de modo crítico, outro ingênuo, 
sobre os aspectos artísticos de romances da 
mesma natureza. 
(B) traça o amadurecimento do leitor que, de 
ingênuo e romântico, passa a perceber nos 
livros os componentes afeitos à realidade e, 
assim, a preferir os de maior aprimoramento 
artístico. 
(C) mostra a importância da arte na formação 
de leitores que, por seu intermédio, tornam-se 
capazes de distinguir aspectos fantasiosos de 
outros mais realistas, o que passa a interferir 
diretamente em seu juízo crítico. 
(D) exemplifica os modos de ler um livro 
mediante as reações que diferentes enredos 
provocam nos leitores, de maneira a nos fazer 
compreender a harmonia da arte entre dois 
extremos de conduta. 
(E) compara duas fases do leitor a duas fases 
da adolescência, ressaltando a ingenuidade 
que caracteriza ambas, pois, cada uma a seu 
modo, não se atêm a características artísticas 
do livro. 
 
9. Na frase Ler um livro é desinteressar-se 
a gente deste mundo comum e objetivo 
para viver noutro mundo, os elementos 
sublinhados têm, respectivamente, a 
mesma função que os sublinhados em: 
 
(A) ... os românticos perdiam em proveito 
dos naturalistas. 
(B) ... essa lei dos reflexos toma a forma de 
um desinteresse... 
(C) ... o excesso engendrava o excesso 
contrário. 
(D) ... de modo geral, nós nos lemos através 
dos livros. 
(E) ... um ressentimento de namorado ainda 
ferido nas suas primeiras ilusões. 
 
10. Atente para as seguintes afirmações. 
 
I. Em Há dentro dele uma floração de 
virtualidades recalcadas que, não 
encontrando desimpedido o caminho 
estreito da ação... (3o parágrafo), as 
formas verbais “Há” e “encontrando” têm 
o mesmo sujeito. 
 
 
 
 
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II. Na frase Pouco importa a impressão 
literária, o sabor do estilo, a voz do autor 
(3o parágrafo), o verbo pode, 
indiferentemente, ser flexionado no 
singular ou no plural. 
III. Em Formava-se muitas vezes, 
coincidindo com manifestações 
mórbidas... (4o parágrafo) pode-se 
acrescentar uma vírgula imediatamente 
após “Formava- se”, sem prejuízo para a 
correção e o sentido. 
 
Está correto o que consta APENAS em 
 
(A) I e II. 
(B) III. 
(C) II e III. 
(D) II. 
(E) I e III. 
 
11. No segmento ... procura o reflexo dos 
seus sentimentos imediatos, identificando-
se logo com o protagonista ou herói do 
romance (2o parágrafo), de acordo com o 
contexto, pode-se substituir a expressão 
sublinhada por: 
 
(A) caso se identifique 
(B) à medida que se identifica 
(C) posto que se identifique 
(D) de modo a identificar-se 
(E) porque se identifica 
 
12. O segmento que expressa causa está 
sublinhado em: 
 
(A) Dava-se uma verdadeira subversão de 
valores na escala da sensibilidade... (4o 
parágrafo) 
(B) ... éramos nós então, por não sabermos 
ler nas entrelinhas. (4o parágrafo) 
(C) E daquela primeira fase de educação 
sentimental ... passava quase sempre o 
jovem monstro... (4o parágrafo) 
(D) Isto, aliás, se dá mais ou menos com 
qualquer leitor, diante de qualquer livro... (2o 
parágrafo) 
(E) Há dentro dele uma floração de 
virtualidades recalcadas que, não 
encontrando desimpedido o caminho... (3o 
parágrafo) 
 
13. ... esquecer as pequenas misérias da 
vida... 
Quero dizer que, num folhetim ou num 
romance... 
... os românticos perdiam terreno em 
proveito dos naturalistas. 
Com as alterações necessárias, na ordem 
dada, os complementos verbais dos 
segmentos acima são corretamente 
substituídos por pronomes em: 
 
(A) esquecer-lhes − dizer-lhes − perdiam-lhes 
(B) esquecê-las − dizê-lo − perdiam-no 
(C) esquecê-la − dizê-los − perdiam-nos 
(D) esquecê-las − dizer-lhes − perdiam-no 
(E) esquecer-lhes − dizê-los − perdiam-no 
 
14. O segmento que pode ser transposto 
para a voz passiva encontra-se em: 
 
(A) O leitor ingênuo é simplesmente ator. 
(B) Há dentro dele uma floração de 
virtualidades recalcadas... 
(C) ... educação sentimental, que parecia 
inevitável como as espinhas... 
(D) De vez em quando passam passos. 
(E) ... de modo geral, nós nos lemos através 
dos livros. 
_____________________________________
________________ 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para 
responder às questões de números 1 a 5. 
 
Muitos nativos e ribeirinhos da 
Amazônia acreditavam − e ainda acreditam 
− que no fundo de um rio ou lago existe 
uma cidade rica, esplêndida, exemplo de 
harmonia e justiça social, onde as pessoas 
vivem como seres encantados. Elas são 
seduzidas e levadas para o fundo do rio 
por seres das águas ou da floresta 
(geralmente um boto ou uma cobra 
sucuri), e só voltam ao nosso mundo com 
a intermediação de um pajé, cujo corpo ou 
espírito tem o poder de viajar para a 
Cidade Encantada, conversar com seus 
moradores e, eventualmente, trazê-los de 
volta ao nosso mundo. 
 
(HATOUM, Milton. Órfãos do Eldorado. São 
Paulo, Companhia das Letras, 2008, p. 106) 
 
1. Infere-se do texto que o narrador 
 
(A) destaca, por meio de associações 
harmoniosas de palavras, ritmos e imagens, o 
conteúdo verídico da lenda narrada. 
(B) critica o fato de que, mesmo com o 
avanço tecnológico dos dias de hoje, as 
 
 
 
 
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5 
populações ribeirinhas ainda acreditem em 
lendas. 
(C) evidencia a importância que certas 
lendas, como a narrada no fragmento, tiveram 
na formação da identidade dos nativos da 
Amazônia. 
(D) reproduz uma lenda amazônica, 
distanciando-se do material narrado, o que se 
evidencia pelo fatode considerá-lo uma 
crença de povos da Amazônia. 
(E) apresenta aquilo que presencia a partir de 
sua participação ativa nos acontecimentos 
narrados, o que permite concluir que é um 
dos personagens da narrativa. 
 
2. Considerando-se o contexto, a cidade 
de que se fala NÃO pode ser descrita 
como um lugar 
 
(A) quimérico. 
(B) utópico. 
(C) exuberante. 
(D) mítico. 
(E) beligerante. 
 
3. ... onde as pessoas vivem como seres 
encantados. 
No contexto, o elemento sublinhado acima 
pode ser substituído por 
 
(A) na qual. 
(B) nos quais. 
(C) os quais. 
(D) da qual. 
(E) a qual. 
 
4. Substituindo-se o elemento grifado pelo 
que está entre parênteses, mantém-se a 
correção do segmento em: 
 
(A) ... no fundo de um rio ou lago existe uma 
cidade rica... (cidades riquíssimas) 
(B) ... com a intermediação de um pajé, cujo 
corpo ou espírito... (cujos) 
(C) Muitos nativos e ribeirinhos da Amazônia 
acreditavam... (boa parte dos) 
(D) ... as pessoas vivem como seres 
encantados (qualquer pessoa) 
(E) Elas (...) só voltam ao nosso mundo com... 
(Tal ser encantado) 
 
5. Elas são seduzidas e levadas para o 
fundo do rio por seres das águas ou da 
floresta... 
 
Transpondo-se a frase acima para a voz 
ativa, com as modificações necessárias, o 
resultado correto será: 
(A) Seres das águas ou da floresta: 
geralmente um boto ou uma cobra sucuri, 
seduzem-lhes e levam para o fundo do rio... 
(B) Seres das águas ou da floresta, 
geralmente um boto ou uma cobra sucuri, 
seduzem-nas e as levam para o fundo do 
rio... 
(C) Geralmente um boto, ou uma cobra 
sucuri, seres das águas, ou da floresta, 
seduzem elas e lhes levam para o fundo do 
rio... 
(D) Seres das águas, ou da floresta − 
geralmente um boto ou uma cobra sucuri, 
lhes seduz e lhes levam para o fundo do rio... 
(E) Geralmente, um boto, ou uma cobra 
sucuri, seres das águas, ou da floresta que, 
seduzem-lhe e levam- lhe para o fundo do 
rio... 
 
6. O que se encontra entre parênteses 
preenche corretamente a lacuna da frase 
que está em: 
 
(A) Ancestrais dos incas gravaram inscrições 
reproduzindo ...... imagens da mandioca e do 
jacaré-açu. (às) 
(B) Há evidências ...... os indígenas da 
Amazônia mantinham intensa troca de 
informações com populações andinas. (que) 
(C) Sabe-se que ...... margens do Rio 
Amazonas viveram sociedades grandiosas e 
complexas até o século XVI, quando 
chegaram os colonizadores. (às) 
(D) Surgem sinais ...... as antigas teorias 
sobre a Amazônia podem ter sido 
parcialmente equivocadas. (com que) 
(E) Muitos discordam ...... os índios da 
Amazônia fossem, em sua maioria, meros 
caçadores e coletores. (porque) 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para 
responder às questões de números 7 a 9. 
 
A Amazônia que ocupa as margens 
do Alto Purus, no Acre, quase não foi 
tocada pelo homem. De suas matas e 
espécies nativas, muitas ainda não foram 
sequer batizadas. A distância, ali, é medida 
pelo tempo: um lugar está a tantas horas 
de barco do outro, ou a tantos dias. O rio 
desce tão sinuosamente que um ponto que 
se avista a cem metros adiante só será 
atingido mais de meia hora depois, assim 
 
 
 
 
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6 
que se percorrer toda a volta. Foi essa 
Amazônia que o escritor Euclides da 
Cunha (1866-1909) viu em 1905. Nesse 
labirinto a vapor, sem estradas, sem 
nomes ou cidades, ele viu o que chamou 
de um “paraíso perdido”, ecoando a 
expressão do poeta inglês John Milton 
(paradise lost). Hoje, porém, o Alto Purus 
mudou. Se continua com o mesmo ar de 
abandono, desabitado e desconhecido, de 
acesso e permanência difíceis, por outro 
lado tem outra paisagem humana, com 
cidades pequenas e uma ponte a caminho. 
 
(Adaptado de: Daniel Piza. 04/04/2009. 
Disponível em: www.estadao.com.br. 
Acesso em: 05/05/14) 
 
7. Atente para o que se afirma a respeito 
da pontuação do texto. 
 
I. No segmento A distância, ali, é medida 
pelo tempo: um lugar está a tantas horas 
de barco do outro, ou a tantos dias, os 
dois-pontos introduzem um 
esclarecimento do que foi dito antes. 
II. Sem prejuízo do sentido original, uma 
vírgula pode ser inserida imediatamente 
após Amazônia, no segmento A Amazônia 
que ocupa as margens do Alto Purus, no 
Acre... 
III. No segmento ecoando a expressão do 
poeta inglês John Milton (paradise lost), os 
parênteses acrescentam informação 
adicional, mas não essencial ao 
entendimento do texto. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
(A) I. 
(B) I e III. 
(C) II e III. 
(D) I e II. 
(E) II. 
 
8. O rio desce tão sinuosamente // que um 
ponto que se avista a cem metros adiante 
só será atingido mais de meia hora 
depois... 
Identifica-se, entre os segmentos acima, 
respectivamente, relação de 
 
(A) causa e efeito. 
(B) causa e finalidade. 
(C) finalidade e explicação. 
(D) explicação e ressalva. 
(E) concessão e oposição. 
 
9. Sem que nenhuma outra alteração seja 
feita na frase, mantêm-se as relações de 
sentido e a correção gramatical do texto 
substituindo-se 
 
(A) assim que por enquanto que em ... assim 
que se percorrer toda a volta. 
(B) Se por Ainda que em Se continua com o 
mesmo ar de abandono, desabitado e 
desconhecido... 
(C) por outro lado por não obstante em por 
outro lado tem outra paisagem humana, com 
cidades pequenas... 
(D) ecoando por bem que ecoasse em ... 
ecoando a expressão do poeta inglês... 
(E) porém por entretanto em Hoje, porém, o 
Alto Purus mudou. 
 
10. Pela corrente do rio Purus ...... galhos e 
troncos de árvores não ...... derrubadas 
pelo homem, mas ...... tiradas pelas águas 
caudalosas de suas cheias. (op. cit.) 
Preenchem corretamente as lacunas da 
frase acima, na ordem dada: 
 
(A) vem - porque - porque 
(B) vem - por que - porque 
(C) vêm - porque - por quê 
(D) vêm - porque - porque 
(E) vêm - por que - por que 
 
Atenção: Leia o texto abaixo para 
responder às questões de números 11 a 
20. 
 
Recordei outros Carnavais quando 
fui ao enterro de d. Faride, mãe do meu 
amigo Osman Nasser. Quando eu tinha 
uns catorze ou quinze anos de idade, 
Osman beirava os trinta e era uma figura 
lendária na pacata Manaus dos anos 1960. 
Pacata? Nem tanto. A cidade não 
era esse polvo cujos tentáculos rasgam a 
floresta e atravessam o rio Negro, mas 
sempre foi um porto cosmopolita, lugar de 
esplendor e decadência cíclicos, por onde 
passam aventureiros de todas as latitudes 
do Brasil e do mundo. 
No fim daquela tarde triste − sol ralo 
filtrado por nuvens densas e escuras −, me 
lembrei dos bailes carnavalescos nos 
clubes e dos blocos de rua. Antes do 
primeiro grito de Carnaval, a folia 
começava na tarde em que centenas de 
 
 
 
 
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7 
pessoas iam ao aeroporto de Ponta Pelada 
para recepcionar a Camélia, onde a 
multidão cantava a marchinha Ô jardineira, 
por que estás tão triste, mas o que foi que 
te aconteceu? e depois a caravana 
acompanhava a Camélia gigantesca até o 
Olympico Clube. Não sei se era permitido 
usar lança-perfume, mas a bisnaga de 
vidro transparente refrescava as noites 
carnavalescas. 
Não éramos espectadores de 
desfiles de escolas de samba carioca; 
aliás, nem havia TV em Manaus: o 
Carnaval significava quatro dias 
maldormidos com suas noites em claro, 
entre as praças e os clubes. A Segunda-
Feira Gorda, no Atlético Rio Negro Clube, 
era o auge da folia que terminava no 
Mercado Municipal Adolpho Lisboa, onde 
víamos ou acreditávamos ver peixes 
graúdos fantasiados e peixeiros 
mascarados. Havia também sereias roucas 
de tanto cantar, princesas destronadas, 
foliões com roupa esfarrapada, mendigos 
que ganhavam um prato de mingau de 
banana ou jaraqui frito. Os foliões mais 
bêbados mergulhavamno rio Negro para 
que mitigassem a ressaca, outros 
discutiam com urubus na praia ou 
procuravam a namorada extraviada em 
algum momento do baile, quando ninguém 
era de ninguém e o Carnaval, um mistério 
alucinante. 
Quantos homens choravam na 
praia, homens solitários e tristes, com o 
rosto manchado de confetes e o coração 
seco. 
 “Grande é o Senhor Deus”, cantam 
parentes e amigos no enterro, enquanto eu 
me lembro da noite natalina em que d. 
Faride distribuía presentes para 
convidados e penetras que iam festejar o 
Natal na casa dos Nasser. 
Ali está a árvore coberta de pacotes 
coloridos; na sala, a mesa cresce com a 
chegada de acepipes, as luzes do pátio 
iluminam a fonte de pedra, cercada de 
crianças. O velho Nasser, sentado na 
cadeira de balanço, fuma um charuto com 
a pose de um perfeito patriarca. Ouço a 
voz de Oum Kalsoum no disco de 78 rpm, 
ouço uma gritaria alegre, vejo as nove 
irmãs de Osman dançar para o pai; depois 
elas lhe oferecem tâmaras e pistaches que 
tinham viajado do outro lado da Terra para 
aquele pequeno e difuso Oriente no centro 
de Manaus. 
Agora as mulheres cantam loas ao 
Senhor, rezam o Pai Nosso e eu desvio o 
olhar das mangueiras quietas que 
sombreiam o chão, mangueiras 
centenárias, as poucas que restaram na 
cidade. 
Parece que só os mortos têm direito 
à sombra, os vivos de Manaus penam sob 
o sol. Olho para o alto do mausoléu e vejo 
a estrela e lua crescente de metal, 
símbolos do islã: religião do velho Nasser. 
É um dos mausoléus muçulmanos no 
cemitério São João Batista, mas a mãe que 
desce ao fundo da terra era católica. 
Reconheço rostos de amigos, 
foliões de outros tempos, e ali, entre dois 
túmulos, ajoelhado e de cabeça baixa, vejo 
o vendedor de frutas que, na minha 
juventude, carregava um pomar na cabeça. 
A cantoria cessa na quietude do 
crepúsculo, e a vida, quando se olha para 
trás e para longe, parece um sonho. 
Abraço meu amigo órfão, que me cochicha 
um ditado árabe: Uma mãe vale um 
mundo. Daqui a pouco será Carnaval… 
 
(Adaptado de: HATOUM, Milton. "Um 
enterro e outros Carnavais", Um solitário à 
espreita. São Paulo, Cia. Das Letras, 2013, 
p. 24-26) 
 
11. Depreende-se corretamente do texto: 
 
(A) Com a expressão pequeno e difuso 
Oriente, no 7º parágrafo, o autor quer 
abarcar, por fim, o conjunto de experiências 
vividas dentro de uma comunidade que, por 
sua vez, era culturalmente pouco permeável. 
(B) À medida que a narração da crônica 
avança, as ações propositadamente passam 
a ser narradas no presente, desfazendo-se, 
assim, as contraposições entre alegria e 
tristeza. 
(C) O contraste entre o sepultamento de d. 
Faride e o relato de momentos de alegria se 
torna mais dramático quando passa a 
predominar o tempo presente, no 6o 
parágrafo. 
(D) O relato das recordações, sobretudo as 
atinentes aos antigos carnavais, esclarece e 
corrobora o papel desempenhado por d. 
Faride no modo como o autor vê sua cidade 
natal. 
 
 
 
 
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(E) Tendo como pretexto o sepultamento da 
mãe de um amigo, o autor descreve o 
comportamento social na cidade de Manaus 
da década de 1960, comparando-a a um 
polvo, dada a maneira como suas estruturas 
adentram a floresta. 
 
12. Com respeito à pontuação, atente para 
as seguintes afirmações: 
 
I. No segmento No fim daquela tarde triste 
− sol ralo filtrado por nuvens densas e 
escuras −, me lembrei..., os travessões 
podem ser suprimidos, sem prejuízo para 
a correção e o sentido original. 
II. No segmento ou procuravam a 
namorada extraviada em algum momento 
do baile, quando ninguém era de ninguém 
e o Carnaval, um mistério alucinante, a 
vírgula imediatamente após “Carnaval” 
indica elipse do verbo. 
III. No segmento onde víamos ou 
acreditávamos ver peixes graúdos 
fantasiados e peixeiros mascarados, pode-
se isolar por vírgulas o trecho sublinhado, 
mantendo-se a correção e, em linhas 
gerais, o sentido original. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
(A) II e III. 
(B) I e II. 
(C) I e III. 
(D) III. 
(E) I. 
 
13. O segmento que expressa causa 
encontra-se sublinhado em: 
 
(A) ... fuma um charuto com a pose de um 
perfeito patriarca. 
(B) Ali está a árvore coberta de pacotes 
coloridos... 
(C) ... que tinham viajado do outro lado da 
Terra... 
(D) Havia também sereias roucas de tanto 
cantar... 
(E) ... enquanto eu me lembro da noite 
natalina... 
 
14. No contexto, o termo sublinhado no 
segmento ... aliás, nem havia TV em 
Manaus... (4o parágrafo) pode ser 
substituído corretamente por: 
 
(A) e não. 
(B) sequer. 
(C) ao menos. 
(D) ainda. 
(E) pelo menos. 
 
15. A oração introduzida pelo termo 
“cujos” em A cidade não era esse polvo 
cujos tentáculos rasgam a floresta 
relaciona- se com seu antecedente do 
mesmo modo que um 
 
(A) substantivo relaciona-se a um verbo. 
(B) advérbio relaciona-se a um adjetivo. 
(C) adjetivo relaciona-se a um advérbio. 
(D) adjetivo relaciona-se a um substantivo. 
(E) advérbio relaciona-se a um verbo. 
 
16. Em A Segunda-Feira Gorda, no Atlético 
Rio Negro Clube, era o auge da folia que 
terminava no Mercado..., o segmento entre 
vírgulas desempenha função correlata ao 
sublinhado em: 
 
(A) ... fuma um charuto com a pose de um 
perfeito patriarca. 
(B) Não éramos espectadores de desfiles de 
escolas de samba. 
(C) ... enquanto eu me lembro da noite 
natalina... 
(D) ... as luzes do pátio iluminam a fonte de 
pedra... 
(E) ... mas sempre foi um porto cosmopolita, 
lugar de esplendor... 
 
17. Na frase Parece que só os mortos têm 
direito à sombra, os vivos de Manaus 
penam sob o sol..., explicita-se a relação 
de sentido entre as duas orações 
acrescentando- se, imediatamente após a 
vírgula, a expressão: 
 
(A) conquanto que. 
(B) posto que. 
(C) não obstante. 
(D) visto que. 
(E) ao passo que. 
 
18. Havia também sereias roucas de tanto 
cantar, princesas destronadas, foliões com 
roupa esfarrapada, mendigos que 
ganhavam um prato de mingau... 
Mantendo-se a correção e o sentido 
original, uma redação alternativa para a 
frase acima, em que se faz uso de 
recursos coesivos, encontra-se em: 
 
 
 
 
 
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(A) Havia, além de sereias roucas de tanto 
cantar, não apenas princesas destronadas, 
mas só foliões com roupa esfarrapada, como 
também mendigos que ganhavam um prato 
de mingau... 
(B) Havia também sereias roucas de tanto 
cantar com princesas destronadas e foliões, 
com roupa esfarrapada, além de mendigos 
que ganhavam um prato de mingau... 
(C) Havia não só sereias roucas de tanto 
cantar, e princesas destronadas, bem como 
foliões com roupa esfarrapada como 
mendigos, que ganhavam um prato de 
mingau... 
(D) Havia também sereias roucas de tanto 
cantar sobre princesas destronadas, por mais 
que foliões com roupa esfarrapada e 
mendigos, que ganhavam um prato de 
mingau... 
(E) Havia não apenas sereias roucas de tanto 
cantar, como também princesas destronadas, 
além de foliões com roupa esfarrapada e 
mendigos que ganhavam um prato de 
mingau... 
 
19. Está correto o que se afirma em: 
 
(A) O trecho ... pacotes coloridos; na sala, a 
mesa cresce com a chegada de acepipes... 
(7o parágrafo) faz uso de pontuação literária, 
inadequada à requerida em correspondências 
oficiais. 
(B) Alterando-se a oração interrogativa 
indireta em Não sei se era permitido usar 
lança-perfume (3o parágrafo) para 
interrogativa direta, obtém-se “Não sei: era 
permitido usar lança-perfume?”. 
(C) No segmento ... enquanto eu me lembro 
da noite natalina em que d. Faride distribuía 
presentes...(6º parágrafo), os verbos estão 
empregados nos mesmos tempo e modo, de 
maneira a assegurar a perfeitacorrelação 
verbal. 
(D) A frase que inicia com Quantos homens 
choravam na praia ...(5o parágrafo), caso se 
tratasse de linguagem formal, deveria 
terminar com ponto de interrogação, dado o 
uso do pronome interrogativo “quantos”. 
(E) No segmento ... por onde passam 
aventureiros de todas as latitudes... (2o 
parágrafo), o pronome “onde” refere-se ao Rio 
Negro, em alusão a seu leito propício à 
navegação. 
 
20. O elemento sublinhado no segmento ... 
mergulhavam no rio Negro para que 
mitigassem a ressaca... possui a mesma 
função em: 
 
(A) ... viajado do outro lado da Terra para 
aquele pequeno e difuso Oriente... 
(B) ... quando se olha para trás e para longe... 
(C) ... distribuía presentes para convidados e 
penetras... 
(D) ... iam ao aeroporto de Ponta Pelada para 
recepcionar a Camélia... 
(E) ... vejo as nove irmãs de Osman dançar 
para o pai... 
 
_____________________________________
__________________ 
 
Questões avulsas: 
 
1-Estão plenamente respeitadas as normas 
de concordância verbal na frase: 
 
(A) Devem-se emprestar a todas as coisas, 
nas palavras de Hemingway, o olhar daquele 
que as vê pela derradeira vez, como se delas 
se despedissem. 
(B) O desespero das tantas dores que podem 
afligir certos homens levam alguns desses 
infelizes ao suicídio, é o que parece explicar a 
triste e brutal decisão de Hemingway. 
(C) Guardam muita ironia as palavras de que 
se valeu o autor para mostrar que somente a 
notícia da morte do porteiro fez alguns 
notarem que ele havia existido. 
(D) Sempre haverá o marido e o pai que não 
tem olhos para ver, de fato, quem são sua 
esposa e seu filho, quem de fato são esses a 
quem não rende momentos de atenção. 
(E) A criança, tal como ocorre com os poetas, 
são capazes de olhar as coisas com tão 
dedicada atenção que acabam por 
estabelecer uma visão efetivamente criativa 
de tudo. 
 
2-A exclusão das vírgulas alterará o 
sentido da seguinte frase: 
 
I. Pensando nos homens ambiciosos, que 
querem escalar o Everest a qualquer 
preço, o autor lembra o exemplo contrário 
de Manuel Bandeira. 
II. Manuel Bandeira tornou-se, para muitos 
leitores, um exemplo de conquista da 
profundidade poética encontrada no que é 
simples. 
 
 
 
 
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III. Manuel Bandeira legou aos amigos, que 
nunca deixaram de o admirar, exemplares 
autografados de sua obra completa. 
 
Atende ao enunciado SOMENTE o que 
consta em 
 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II. 
(D) II e III. 
(E) III. 
 
3-O elemento sublinhado constitui uma 
falha de redação na frase: 
 
(A) O espírito de competição pelo qual se 
deixa empolgar acabará levando-o à loucura. 
(B) Trata-se de um artista de cujas qualidades 
ninguém deixa de acreditar. 
(C) Parecia-lhe preferível perder a competição 
com dignidade a ganhá-la com desonra. 
(D) Manuel Bandeira, cuja poesia logo me 
encantou, foi um lírico originalíssimo. 
(E) Durante a competição, a vitória da qual 
ele estava confiante escapou-lhe inteiramente 
das mãos. 
 
4-O verbo indicado entre parênteses 
deverá flexionar-se numa forma do 
PLURAL para preencher adequadamente a 
lacuna da frase: 
 
(A) Nem Everest, nem recorde mundial, 
nenhuma obsessão dessas ...... (dever) levar-
nos a uma luta ingente e, quase sempre, 
inglória. 
(B) Às pequenas coisas do cotidiano, aos 
versos simples é que se ...... (dedicar), em 
suas obras-primas, o poeta Manuel Bandeira. 
(C) O mérito e a importância de um prêmio 
como o Nobel não ...... (caber) discutir, mas 
não há por que desmerecer quem nunca o 
ganhou. 
(D) A um poeta como Manuel Bandeira jamais 
...... (ter) atormentado aquelas visões da 
glória que tantos perseguem obstinadamente. 
(E) As competições a que se ...... (lançar), em 
nossos dias, todo e qualquer postulante à 
fama jamais sensibilizaram nosso grande 
lírico. 
 
5- As palavras estão corretamente 
grafadas na frase: 
 
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, 
mas não é boa a ansiedade com que 
enfrentam o excesso de passageiros nos 
aeroportos. 
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua 
espontaneidade, mas nada que ponha em 
cheque sua reputação de pessoa cortês. 
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito 
do sócio de descançar após o almoço sob a 
frondoza árvore do pátio. 
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência 
dessa mágoa pode estar sendo o grande 
impecilho na superação dessa sua crise. 
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção 
dessa alta quantia, mas não quiz ser taxado 
de conivente na concessão de privilégios 
ilegítimos. 
 
6- Essa pergunta era formulada por todos 
... 
O verbo que admite transposição para a 
voz passiva, como no exemplo acima, está 
empregado na frase: 
 
(A) Pureza foi a resposta do romancista ... 
(B) Já estamos habituados ao romance anual 
de José Lins do Rego ... 
(C) ... o romancista nos trazia mais um caso 
da família de José Paulino ... 
(D) ... dos canaviais que assobiam ao vento ... 
(E) ... não é apenas o cronista do Nordeste. 
 
7- O livro foi oferecido a todos os editores 
nacionais, de todos recebeu um não seco 
... 
O segmento em destaque na frase acima 
exerce a mesma função sintática que o 
elemento grifado em: 
 
(A) ... o que consolidou sem dúvida a posição 
do estreante... 
(B) ... quando não me deram o calado como 
resposta. 
(C) Seu primeiro livro – Menino de engenho – 
é chave de uma obra ... 
(D) O escritor mesmo, certa vez, em artigo de 
jornal, contou alguma coisa a respeito do livro 
de estreia ... 
(E) ... que ficará definitivamente encerrado 
com o aparecimento de Usina, em 1936. 
 
8- Atente para as seguintes construções: 
I. Meu coração, não sei porque, bate feliz 
quando te vê. 
II. Sei que você se aborreceu comigo, só 
não sei por quê. 
 
 
 
 
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III. Ela partiu sem me esclarecer o porquê 
de seu descontentamento. 
 
Está correto o emprego da forma 
pronominal sublinhada SOMENTE em 
 
(A) III. 
(B) II e III. 
(C) I e II. 
(D) I e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12 
GABARITO: 
 
Prova 1: 
1-E 
2-A 
3-E 
4-B 
5-D 
6-C 
7-A 
8-E 
9-A 
10-C 
11-D 
12-B 
13-B 
14-E 
 
Prova 2: 
 
1-D 
2-E 
3-A 
4-C 
5-B 
6-C 
7-B 
8-A 
9-E 
10-D 
11-C 
12-A 
13-D 
14-B 
15-D 
16-A 
17-E 
18-E 
19-B 
20-D 
 
Questões avulsas: 
 
1-C 
2-B 
3-B 
4-D 
5-A 
6-C 
7-B 
8-B

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