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PROF. MARCELLE A. TASOKO DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko profmarcelletasoko direitoeprocessopenalparaoab SEMANA ESPECIAL OAB DIREITO PROCESSUAL PENAL PROF. MARCELLE A. TASOKO INQUÉRITO POLICIAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko INQUÉRITO POLICIAL Quem pode investigar? Polícia Judiciária (art. 144, §§ 1º e 4 º da CF): Cabe aos órgãos constituídos das polícias federal e civil conduzir as investigações necessárias. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Ministério Público, TAMBÉM pode investigar: De acordo com decisão do STF, o MP dispõe de competência para promover, por autoridade própria, investigações de natureza penal. IMPORTANTE!!! O MP, não poderá realizar atos próprios da polícia. INQUÉRITO POLICIAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko INQUÉRITO POLICIAL CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL a) Escrituração: deve ser escrito. b) Inquisitivo: não há acusação formal, por isso não há contraditório e nem ampla defesa. c) Indisponibilidade: não pode ser arquivado pela autoridade policial, ou prorrogado ad eternum. d) Dispensabilidade: caso o Ministério Público tenha elementos suficientes para propor a ação penal, o Inquérito Policial não será obrigatório. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko INQUÉRITO POLICIAL e) Sigiloso: se faz sem publicidade, mas não é sigiloso em relação aos envolvidos, podendo ser decretado sigilo “especial” a determinadas peças quando necessárias para a investigação. De acordo com a Súmula Vinculante 14 do STF, o advogado tem direito de consultar dos autos do inquérito. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko INQUÉRITO POLICIAL Interrogatório: O delegado deverá se utilizar das regras previstas nos arts. 185 a 196 do CPP, sendo assegurado ao suspeito o direito constitucional ao silêncio (art. 5º, LXIII da CF). A Lei 13.245/2016 alterou também o art. 7º, XXI do Estatuto da OAB, passando a prever como direito do defensor “assistir seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente”. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko INQUÉRITO POLICIAL Requisição de dados ou informações cadastrais da vítima ou de suspeitos pela a autoridade policial ou o MP em determinados crimes: Sequestro ou cárcere privado Redução à condição análoga à de escravo Tráfico de pessoas Extorsão mediante restrição da liberdade (“sequestro relâmpago”) Extorsão mediante sequestro Facilitação de envio de criança ou adolescente ao exterior (art. 239 do ECA) DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko INQUÉRITO POLICIAL A Lei 13.344/2016 prevê que em se tratando de crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do MP ou a autoridade policial poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os dados (meios técnicos) que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso (como sinais, informações e outros). DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko INQUÉRITO POLICIAL (Art. 4º ao 23 do CPP) Prazos para conclusão do Inquérito Policial Crimes Comuns 10 dias se estiver preso. (Art. 10 do CPP) 30 dias se estiver solto. Crime Federal 15 dias se estiver preso. (Art. 66, Lei nº 5010/66) 30 dias se estiver solto. Lei de Drogas 30 dias se estiver preso. (Art. 51, Lei nº 11.343/06) 90 dias se estiver solto. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL Ação Penal Pública Incondicionada (não depende de provocação do ofendido) Condicionada (depende de provocação do ofendido ou do Ministro da Justiça) ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL TITULAR DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO (ART. 24 CPP) : Maiores de 18 anos próprio ofendido Menores de 18 anos Representante Legal Doentes Mentais Representante Legal Morte do Ofendido cônjuge, ascendente, descendente ou irmão DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL PRAZO PARA REPRESENTAÇÃO Regra: 6 meses do conhecimento da autoria, sendo este prazo decadencial. Exceção: Se o ofendido for menor de 18 anos ou possuir doença mental, o prazo de 6 meses começará a fluir a partir da maioridade ou então, da cessação da incapacidade. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL RETRATAÇÃO Será possível a retratação da representação até o oferecimento da denúncia (Art. 25 CPP). A vítima pode se retratar da retratação? R: A retratação da retratação pode ser feita, desde que dentro do prazo decadencial. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL Ação Penal Privada Exclusiva (do ofendido ou de seu representante legal) A iniciativa depende de sua provocação queixa Personalíssima (direito de queixa pessoal e intrasferível, não passa aos sucessores) Subsidiária da Pública (a provocação da ação seria do MP – por excesso de prazo passa para o particular) DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL TITULAR DO DIREITO DA QUEIXA-CRIME (ART. 30 CPP): Maiores de 18 anos próprio ofendido Aos menores de 18 anos Representante Legal Doentes Mentais Representante Legal Morte do Ofendido cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. OBS: O MP intervirá como fiscal da lei. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL PRAZO PARA QUEIXA-CRIME Regra: 6 meses do conhecimento da autoria, sendo este prazo decadencial. Exceção: Se o ofendido for menor de 18 anos ou possuir doença mental, o prazo de 6 meses começará a fluir a partir da maioridade ou então, da cessação da incapacidade. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL Concurso de Agentes na Ação Penal Privada: A queixa contra qualquer um dos autores do crime, obrigará o processo à todos. A renúncia, em relação a um dos autores do crime, se estenderá à todos. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko AÇÃO PENAL AÇÃO CIVIL EX DELICTO (Art. 5º, X da CF e Arts. 63 a 68 do CPP) Conceito é o direito de pleitear ao Estado-Juiz uma indenização civil pelo dano causado pela infração penal. Podendo-se ingressar com o pedido tanto na esfera criminal, como na órbita civil. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO (Art. 69 do CPP) I – o lugar da infração; II – o domicílio ou residência do réu; III – a natureza da infração; IV – a distribuição; V – a conexão ou continência (critérios de modificação de competência); VI – a prevenção; VII – a prerrogativa de função. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO (Art. 70 CPP): É a regra geral para fixação da competência. O art. 70 usa o local onde ocorreua consumação ou, no caso de tentativa, o lugar em que foi praticado o último ato de execução. COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU (Art. 72 CPP): Não se conhecendo o local da infração, a competência será determinada pelo domicílio ou residência do réu. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA - NATUREZA DA INFRAÇÃO Conforme a natureza do crime, a ação será processada e julgada por um determinado tipo de Justiça competente. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA (Art. 69 a 91 do CPP) JUSTIÇA PENAL ESPECIAL COMUM Crimes Eleitorais Crimes Militares Crimes Federais Crimes Estaduais COMPETÊNCIA JUSTIÇA FEDERAL Súmula 208 STJ: Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal. Súmula 528 STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional. Súmula 147 STJ: Compete a justiça federal julgar crime cometido contra funcionário público federal, em razão do exercício ou da função. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA JUSTIÇA ESTADUAL Súmula 38 STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, o processo por CONTRAVENÇÃO PENAL, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades. Súmula 522 STF: Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a competência será da Justiça Federal, compete à justiça dos estados o processo e julgamento dos crimes relativos a entorpecentes. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA Súmula 172 STJ: Compete à justiça comum processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço. Obs: O crime de abuso de autoridade não possui correspondente no Código Penal Militar. Assim, não compete à Justiça Militar julgá-lo. Súmula 90 do STJ: Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA Crimes à distância ou de espaço máximo (art. 109, V CF) Crimes em que haja tratados, quando praticados na internet será de competência da Justiça Federal, o que ocorre com os crimes de pornografia infantil e racismo, sendo competente o local da publicação da mensagem. IMPORTANTE!!! No caso de mensagens privadas ou diretas, por ausência do caráter transnacional a competência será da Justiça Estadual. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO Finalizado o mandato: REGRA: Cessará também o foro privilegiado EXCEÇÃO: Se o julgamento já está em andamento, o Tribunal continua competente. SUPER EXCEÇÃO: Se, finalizada a instrução processual, mesmo sem iniciado o julgamento, o acusado RENUNCIAR ao cargo para escapar do julgamento pelo Tribunal Superior, este Tribunal continuará competente. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA (Art. 69 a 91 do CPP) PRESIDENTE DA REPÚBLICA, VICE- PRESIDENTE E MINISTROS DE ESTADO STF (art. 102 CF) Membros do Congresso Nacional Ministros do STF Ministros do outros Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE) Procurador-Geral da República DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA (Art. 69 a 91 do CPP) Governadores STJ (art. 105 CF) Desembargadores do TJ Membros dos Tribunais de Contas Membros dos TRF, TER, TRT, TCM Membros do MPF que atuem nos Tribunais COMPETÊNCIA (Art. 69 a 91 do CPP) DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Juízes Federais, Militares e do Trabalho TRF (art. 108 CF) Membros do MPU DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA (Art. 69 a 91 do CPP) Procurador-Geral de Justiça TJ (art. 96, III e 29, X da CF) Procurador de Justiça Juízes de 1º Grau Membros do MPE Prefeitos COMPETÊNCIA ATENÇÃO!!! Súmula vinculante 45 STF A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA Conexão é o vínculo que entrelaça duas ou mais ações a ponto de exigir que o mesmo juiz julgue ambas. Conexão intersubjetiva: 2 ou mais infrações praticadas por várias pessoas, ao mesmo tempo, ou em tempo e lugar diverso ou umas contra as outras Ex: briga no estádio de futebol, sem ajuste prévio dos torcedores. Conexão objetiva: 2 ou mais infrações praticadas para facilitar ou ocultas as outras. Ex: após matar a esposa, o sujeito incinera o cadáver, ocultando as cinzas. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA Continência ocorrerá quando uma causa estiver contida na outra, impossibilitando a separação dos processos. Continência Subjetiva: 2 ou mais pessoas acusadas da mesma infração. Ex: Concurso de Agentes Continência Objetiva: quando o sujeito pratica uma única conduta produzindo dois ou mais resultados Ex: Concurso formal, erro na execução, resultado diverso do pretendido. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko COMPETÊNCIA FORO PREVALENTE No concurso entre justiça comum e especial prevalecerá a especial; No concurso de jurisdições da mesma categoria (art. 78, II do CPP) prevalecerá a do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROVAS DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROVAS ÔNUS DA PROVA (art. 156 do CPP) O ônus da prova é da acusação, ou seja, cabe à acusação provar a existência de autoria e de materialidade. Obs: Contudo, o réu atrairá para si o ônus da prova quando alegar alguma excludente de ilicitude ou culpabilidade. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROVAS PODERES INSTRUTÓRIOS DO JUIZ O art. 156 do CPP prevê: A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROVAS PROVA EMPRESTADA Trata-se da utilização da prova em um processo que fora produzida em outro processo, sendo o empréstimo realizado de forma documental. Regra exige identidade de partes em ambos os processos. Exceção O STJ vem ampliando o entendimento para admitir o uso nas hipóteses em que tenha se colhido a prova fora da presença das partes, desde que garantido o contraditório. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROVAS LIMITAÇÕES AO USO DA PROVA O direito à prova no processo penal, NÃO é irrestrito.Dentre os limites na produção da prova temos: a) Referentes ao Sigilo profissional, e às relações conjugais; b) Provas Ilícitas DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROVAS Teoria dos frutos da árvore envenenada não somente a prova ilícita, mas também a derivada da ilícita, NÃO poderão ser aceitas pelo julgador na formação de seu convencimento (art. 157 do CPP). Salvo quando for demonstrado que as provas derivadas das ilícitas poderiam ter sido obtidas por uma fonte independente (§1º). DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROVAS CORPO DE DELITO é o conjunto de vestígios deixados pelo crime. Nos crimes que deixam vestígios será obrigatória a realização do exame de corpo de delito, sendo que nem mesmo a confissão do acusado poderá suprir sua ausência, conforme o art. 158 do CPP, sendo este o CORPO DE DELITO DIRETO. Se as evidências da conduta delitiva desapareceram, será realizado o exame de CORPO DE DELITO INDIRETO, que, em regra, poderá ser elaborado com base na prova testemunhal, conforme o art. 167 do CPP. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES E LIBERDADE PROVISÓRIA DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PRISÃO DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Art. 5º, LXI da CF Prisão em Flagrante Prisão com Ordem Judicial PRISÃO DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Prisão Processual Flagrante Preventiva Temporária PRISÃO USO DE ALGEMAS (Súmula vinculante 11) Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PRISÃO É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato. (Art. 292, parágrafo único do CPP, acrescentado pela Lei 13.434/2017) DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PRISÃO DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Flagrantes Legais Próprio Impróprio Presumido Esperado Prorrogado PRISÃO DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Flagrantes Ilegais Preparado Forjado PRISÃO FLAGRANTE NOS CRIMES a) Juizado Especial Criminal (Lei 9.099/95, art. 69): Nos crimes de menor potencial ofensivo, se o autor do fato, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de comparecer, não haverá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PRISÃO b) Crime de Usuário (art. 28 Lei 11.343/2006): Não cabe a decretação de sua prisão em flagrante (art. 48, § 2° da Lei 11.343/06), comprometendo-se o infrator, OU NÃO, a comparecer ao Juizado. c) Crime de Trânsito (art. 301 da Lei 9.503/97): nos casos de acidente de trânsito, não haverá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se o condutor do veículo prestar pronto e integral atendimento à vítima. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Formalidades do auto de prisão em flagrante (Arts. 304 a 310 CPP) Prisão em Flagrante Juiz Relaxar o flagrante Converter em preventiva Liberdade Provisória PRISÃO PRISÃO PREVENTIVA (Arts. 311 a 318 do CPP) Não pode ser decretada de ofício pelo juiz durante o inquérito policial. (art. 311 do CPP) DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Requisitos da Prisão Preventiva (Arts. 312 e 313 CPP) Prisão Preventiva Indícios de autoria e prova de materialidade Garantia da Ordem Econômica Conveniência da Instrução Criminal Aplicação da Lei Penal Crime doloso com pena máxima > 4 anos Garantia da Ordem Pública PRISÃO A Prisão Preventiva somente poderá ser decretada (Art. 313): nos crimes dolosos com pena privativa máxima superior a 4 anos. quando o acusado tiver sido condenado por outro crime doloso, ou seja, quando houver reincidência em crime doloso. nos crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PRISÃO PRISÃO DOMICILIAR (art. 317 e 318 CPP) Poderá ser decretada nos seguintes casos: I) preso maior de 80 anos. II) Extremamente debilitado por motivo de doença grave. III) quando o preso é imprescindível para menor de 6 anos ou com deficiência IV) Gestante V) Mulher com filho de até 12 anos incompletos VI) homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos incompletos. Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PRISÃO PRISÃO TEMPORÁRIA (Lei nº 7.960/89) Requisitos 1) Imprescindibilidade da medida para as investigações do inquérito policial; 2) Indiciado não tem residência fixa ou não fornece dados necessários ao esclarecimento de sua identidade; DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PRISÃO 3) Fundadas razões de autoria ou participação do indiciado em qualquer dos seguintes crimes: homicídio doloso, sequestro ou cárcere privado, extorsão, extorsão mediante sequestro, estupro, epidemia com resultado morte, DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte, quadrilha ou bando, genocídio, tráfico de drogas crimes contra o sistema financeiro. crimes previstos na Lei de terrorismo PRISÃO PRAZO O prazo máximo será de 05 (cinco) dias, prorrogáveis por igual período. Nos termos do art. 2º, § 4º da Lei nº 8.072/90, o prazo máximo da prisão temporária será de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko MEDIDAS CAUTELARES Possibilidade de aplicação das medidas cautelares: Isoladamente ou cumulativamente. Pode ser autônoma ou em substituição à prisão em flagrante E somente em casos onde for cominada a pena privativa de liberdade à infração (art. 283, § 1º) DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko MEDIDAS CAUTELARES Se houver o descumprimento da medida cautelar imposta, poderá o juiz, de ofício ou mediante requerimento, substituir a medida, impor outra cumulativamente, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko LIBERDADE PROVISÓRIA DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Concessão da Fiança Requisitos Delegado de polícia Crimes com pena máxima ≤ 4 anos Juiz Crimes com pena máxima > 4 anos LIBERDADE PROVISÓRIA Art. 323 Vedação da fiança aos seguintes crimes: racismo(art. 5º, XLII da CF) tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e os definidos como hediondos (art. 5º, XLIII da CF) cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, XLIV da CF) DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko LIBERDADE PROVISÓRIA Art. 324 Não será, igualmente, concedida fiança: aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código; em caso de prisão civil ou militar; quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312 CPP). DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko ESPÉCIES: a) Questões Prejudiciais – arts. 92 a 94 do CPP; b) Exceções – arts. 95 a 111 do CPP; c) Conflito de Jurisdição – arts. 113 a 117 do CPP; d) Restituição de Coisa Apreendida – arts. 118 a 124 do CPP; e) Medidas Assecuratórias – arts. 125 a 144 do CPP; f) Incidente de Falsidade – arts. 145 a 148 do CPP; g) Incidente de Insanidade Mental do Acusado – arts. 149 a 154 do CPP. QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS A) QUESTÃO PREJUDICIAL É um verdadeiro empecilho, um impedimento ao desenvolvimento normal e regular do processo. Obs: Acarretam a suspensão do processo, que será por tempo indeterminado, até o trânsito em julgado da decisão cível, sendo que durante esse prazo, ficará suspensa a prescrição (art. 116 do CP). DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS B) EXCEÇÕES A exceção designa defesa indireta, ou seja, aquela que não diz respeito ao mérito do pedido. Pode ser conceituada como o meio pelo qual o acusado busca a extinção do processo sem o conhecimento do mérito. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS Nos termos do art. 95 do CPP, poderão ser opostas exceções de: I – suspeição; II – incompetência; III – litispendência; IV – ilegitimidade de parte; V – coisa julgada. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS C) CONFLITO DE JURISDIÇÃO Ocorrerá toda vez que, em qualquer fase do processo, um ou mais juízes, tomam ou recusam tomar conhecimento do mesmo fato delituoso. Poderá ser: a) conflito positivo de jurisdição b) conflito negativo de jurisdição DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS D) RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS Ao final do processo, em regra, todos os objetos (lícitos) apreendidos poderão ser restituídos (art. 119 CPP), salvo se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé. Os instrumentos e produtos do crime serão confiscados pela União, sendo inutilizados (destruídos) ou recolhidos ao museu criminal. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS E) MEDIDAS ASSECURATÓRIAS: São providências de natureza cautelar, urgentes e provisórias para assegurar a eficácia de uma futura decisão judicial. Podem ser: Sequestro: medida destinada a efetuar constrição dos bens imóveis (art. 125 CPP) ou móveis (art. 132 CPP) adquiridos com o proventos do crime, ou seja, adquiridos de forma ilícita. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS Hipoteca Legal (art. 135 CPP): É o direito que recai sobre o patrimônio - bens imóveis de origem lícita do réu, visando a futura reparação do dano ex delicto. Arresto (art. 137 CPP): Trata-se de medida assecuratória que tem por objeto bens móveis e imóveis de origem lícita, para futura reparação do dano. Somente pode ser requerido na fase da ação penal . DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS F) INCIDENTE DE FALSIDADE (art. 145 CPP) Havendo dúvida acerca da autenticidade de uma documento constante dos autos, pode ser requerida a instauração de incidente de falsidade. Por meio deste incidente, pode-se arguir tanto a falsidade material quanto a falsidade ideológica do documento. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTAIS G) INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO (art. 149 CPP) O incidente será instaurado quando houver dúvidas acerca da integridade mental do acusado de um crime. Podendo ser instaurado em qualquer fase da persecução penal, seja durante a ação penal, seja no inquérito policial. OBS: Se a doença mental sobrevier à infração, o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROCEDIMENTOS DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko PROCEDIMENTOS De acordo com o artigo 394 do CPP, o procedimento será comum ou especial. DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Procedimento Comum Ordinário Pena máxima ≥ 4 anos Sumário Pena máxima > 2 e < 4 anos PROCEDIMENTOS DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko Procedimento Especial Tribunal do Júri Crimes dolosos contra a vida (HISA) Procedimentos Especiais Sumaríssimo Pena máxima ≤ 2 anos Procedimento Ordinário (Pena máxima ≥ 4 anos) Fato Criminoso Inquérito Policial Ministério Público Denúncia (Rol de até 08 testemunhas) Diligências Arquivamento Juiz de Direito Rejeita a denúncia (Art. 395 CPP); OU Recebe a denúncia + Cita o réu (art. 396 CPP) Pessoal Hora certa Edital Resposta à acusação (art. 396-A CPP) (Rol de até 08 testemunhas) Prazo: 10 dias Juiz Recebe novamente a denúncia (Art. 399 CPP) Absolve Sumariamente (Art. 397 CPP) - Excludente de Ilicitude - Excludente de Culpabilidade (salvo inimputabilidade) - Atipicidade - Extinção da Punibilidade Audiência (60 dias) Art. 400 do CPP - Oitiva Vítima - Oitiva Testemunhas acusação - Oitiva Testemunhas defesa - Oitiva Peritos - Acareações - Reconhecimento (pessoas e coisas) - Interrogatório Memoriais Art. 403, § 3º CPP Acusação Defesa Prazo: 05 dias Sentença Prazo: 10 dias Procedimento Sumário Pena máxima > 2 anos e < 4 anos Fato Criminoso Inquérito Policial Ministério Público Denúncia (Rol de até 05 testemunhas) Diligências Arquivamento Juiz de Direito Rejeita a denúncia Recebe a denúncia + Cita o réu Pessoal Hora certa Edital Resposta à acusação (Rol de até 05 testemunhas) Prazo: 10 dias Juiz de Direito Receber a denúncia novamente Absolver Sumariamente (art. 397, CPP) Excludente de ilicitude Excludente de culpabilidade Atipicidade Extinção de punibilidade Audiência (30 dias) - Oitiva Vítima - Oitiva Testemunha acusação - Oitiva Testemunha defesa - Oitiva Peritos - Acareações - Reconhecimento (pessoas e coisas) - Interrogatório - Debates orais (20 min. + 10 min.) - Acusação - DefesaSentença Procedimento Tribunal do Júri – 1ª fase (Crimes dolosos contra a vida) Fato Criminoso Inquérito Policial Ministério Público Denúncia (Rol de até 08 testemunhas) Diligências Arquivamento Juiz de Direito Rejeita a denúncia (Art. 395 CPP) Recebe a denúncia + Cita o réu (art. 396 CPP) Pessoal Hora certa Edital Resposta à acusação (art. 406 CPP) (Rol de até 08 testemunhas) Prazo: 10 dias Ministério Público Manifestação/réplica (Art. 409 CPP) Prazo: 05 dias Audiência Art. 411 do CPP - Oitiva Vítima (se houver) - Oitiva Testemunha acusação - Oitiva Testemunha defesa - Oitiva Peritos - Acareações - Reconhecimento (pessoas e coisas) - Interrogatório - Debates orais (20 min. + 10 min.) - Acusação - Defesa - Sentença Memoriais Art. 403, § 3º CPP Acusação Defesa Prazo: 05 dias Sentença Pronúncia (art. 413 CPP) Impronúncia (art. 414 CPP) Desclassificação (art. 419 CPP) Absolvição Sumária (art. 415 CPP) RESE Apelação RESE Apelação Procedimento Sumaríssimo (Pena máxima ≤ 2 anos e Contravenções penais) Termo Circunstanciado Audiência Preliminar Composição de Danos Civis Denúncia Oral e Proposta Suspensão Condicional do Processo. Diligências - Apresentação da Resposta à acusação; - Rejeição ou Recebimento da denúncia; - Proposta de Suspensão Condicional do Processo; - Oitiva Vítima; - Oitiva Testemunhas acusação; - Oitiva Testemunhas defesa; - Interrogatório - Debates orais (20 min para cada parte) Audiência (Art. 81) Infração de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) Ministério Público Requer arquivamento; TRANSAÇÃO PENAL Aceita Não aceita Ministério Público Citação para audiência de instrução e julgamento Apresentaçã o do rol de testemunha s de defesa no prazo de 05 dias antes da audiência Sentença Fase Preliminar Fase Processual RECURSOS DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Marcelle A. Tasoko RECURSO CABIMENTO PREVISÃO LEGAL PRAZO APELAÇÃO Sentença Condenatória ou Absolutória - Art. 593 CPP (procedimentos ordinário, sumário e Júri); - Art. 82 da Lei 9.099/95 (Sumaríssimo) Interp.: 5 dias Razões: 8 dias JECrim 10 dias (prazo único) RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE) Decisões interlocutórias previstas no art. 581 do CPP (ex. pronúncia; denegatória de apelação, etc), salvo as decisões da fase de execução penal. Art. 581 CPP (I, II, III, IV, V, VII, VIII, IX, X, XIII, XIV, XV, XVI, XVIII); - Art. 294 CTB Interp.: 5 dias Razões: 2 dias EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE Decisão de 2º grau (acórdão) NÃO-UNÂNIME Art. 609, parágrafo único do CPP 10 dias (prazo único) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Obscuridade, Contrariedade, Ambiguidade ou Omissão na sentença ou acórdão. - Art. 382 CPP (sentença); - Art. 619 CPP (acórdão) 2 dias RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC) Denegação de Habeas Corpus e Mandado de Segurança em 2ª Instância - Art. 102, II CRFB - Art. 105, II CRFB STJ: Decisão denegatória HC: 05 dias. MS: 15 dias. STF: Decisão denegatória HC: 05 dias MS: 05 dias AGRAVO EM EXECUÇÃO Decisão que negar benefício na fase de execução penal Art. 197 Lei nº 7.210/84 (LEP) Interp.: 5 dias Razões: 2 dias (Súmula 700 STF)
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