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Plano de Aula: Atos Cambiais (Cont) DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Atos Cambiais (Cont) Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 3 Tema Protesto e Ações Cambiais Objetivos - identificar e entender o conceito e os tipos de protesto previstos na legislação; - compreender os procedimentos necessários para a execução de título de crédito em virtude da inadimplência do devedor ou da recusa de aceite; - analisar os tipos de ações cambiais previstas no ordenamento jurídico para a cobrança de um título de crédito em Juízo; - analisar os prazos de prescrição das ações tendentes à cobrança judicial do título de crédito. Estrutura do Conteúdo 1. Protesto: conceito, objetivo, tipos e prazo. O protesto está regulamentado na Lei n° 9.492/97 Um título não aceito ou não pago no vencimento incidirá em uma ação de execução que será fundamentada pelo protesto cambial, ato notarial extrajudicial de responsabilidade do portador do título. Entende-se por protesto o ato solene destinado principalmente a comprovar a falta ou recusa do aceite ou do pagamento do título de crédito. Vale ressaltar, que o protesto apenas atesta esses fatos, não criando direitos e consiste num simples meio de prova para o exercício do Direito Cambiário. Dessa forma, com o protesto, o juiz tem o convencimento de que o credor esgotou todas as tentativas para a cobrança do título. Se não forem observados os prazos fixados na lei para a extração do protesto, o portador do título perderá o direito de regresso contra os coobrigados da letra, permanecendo o direito contra o devedor principal - diante dessas consequências previstas em lei, a doutrina costuma classificar o protesto em necessário (contra os coobrigados) ou facultativo (contra o devedor principal e seu avalista). Tais consequências não se aplicam no caso da letra de câmbio contemplar a cláusula “sem despesa”, “sem protesto” ou outra equivalente (L.U.,art. 46), que dispensa o portador de fazer um protesto por falta de aceite ou de pagamento, para poder exercer os seus direitos de ação. Compelido a comparecer em cartório para datar o título, se não o fizer, a data do aceite pode ser pautada a partir da data do protesto ou considerar o aceite praticado no último dia do prazo para a apresentação da letra (ou seja, um ano da data do saque). 2. Ações Cambiais. Se o título de crédito não for pago no vencimento, o credor poderá promover a execução judicial contra qualquer devedor cambial, observadas as condições de exigibilidade do crédito e a cadeia de anterioridade e posterioridade, já examinada. Vale ressaltar que os títulos de crédito têm natureza jurídica de título executivo extrajudicial, nos temos do que dispõe o art. 784, I do CPC, razão pela qual cabe a execução do crédito correspondente. 3. Prescrição. Para o exercício do direito de cobrança por via de execução a lei determina prazos prescricionais, ressaltando que a depender do título o prazo pode variar, conforme determina a legislação especial aplicável ao referido título de crédito, como, por exemplo, a Letra de Câmbio que tem os prazos de prescrição previstos no artigo 70 da Lei Uniforme, que são: 3 anos, contra o sacado aceitante, o avalista do aceitante e sacador; 1 ano, contra os endossantes e avalistas dos demais coobrigados; 6 meses, dos coobrigados contra os demais coobrigados. Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO: (VIII Exame Unificado da OAB – 2ª Fase – Empresarial – Prático-Profissional – 2012) Pedro emite nota promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes indagações: A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido? B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória? Responda, justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e indicando os dispositivos legais pertinentes. . QUESTÃO OBJETIVA : (MAGISTRATURA/MG – VUNESP – 2012) É correto afirmar que o cancelamento do protesto, após quitação do débito: a) é ônus do credor b) é ônus do devedor c) é ônus do tabelião de protestos, que deverá proceder de ofício. d) dependerá sempre de intervenção do Poder Judiciário, mediante alvará ou mandado, conforme seja jurisdição voluntária ou contenciosa
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