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TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO VIROLÓGICO Prof. Me. Francisco Mário Sidney Oliveira HISTÓRICO A medicina virológica teve início em 1898 (Loeffler e Frosch); Mas em 1892 inclusões já haviam sido relatadas; Os primeiros diagnósticos virológicos foram os sorológicos; Badson e Band em 1929 – Teste de fixação do complemento; HISTÓRICO Weller e Enders em 1948 isolaram patógenos virais humanos e culturas de células; Então a partir do século XX houve um aumento do conhecimento dos vírus causando doenças; Esfregaço Inclusões Olho de Coruja TÉCNICAS PARA DETECÇÃO DE AC/AG Elisa Aglutinação IF FC TÉCNICAS Culturas de células; Reação em Cadeia da Polimerase (PCR); Eletroforese em gel; PCR Real Time; Southern Blotting; Reação de Hibridização; Northern Blotting; IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO VIROLÓGICO Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral; Diferenciar viroses com sintomas semelhantes Diagnosticar doenças congênitas Determinar o prognóstico ou a conduta a ser tomada com o paciente; Avaliar a eficácia do tratamento antiviral Avaliar a resposta vacinal; Triagem de sangue em bancos de sangue; Estudos de soroprevalência; PONTOS CRÍTICOS FASE PRÉ-ANALÍTICA Instruções para coleta: 1. Preparação do paciente; 2. Material a ser coletado; 3. Horário da coleta; 4. Identificação efetiva do paciente; 5. Identificação correta da amostra coletada; 6. Cuidados especiais; 7. Registro da identidade do colhedor ou receptor da amostra; 8. Descarte seguro do material usado na coleta; 9. Preenchimento correto do cadastro do paciente; Transporte e acondicionamento das amostras; COLETA E TRANSPORTE FASE ANALÍTICA 1. Nome do procedimento 2. Nome e fundamento do método 3. Principais aplicações clínicas 4. Amostra do paciente – condições em que pode ser aceitável. 5. Padrões, calibradores, controles, reagentes e insumos 6. Equipamentos 7. Procedimento detalhado 8. Significado clínico 9. Referências bibliográficas FASE PÓS-ANALÍTICA Etapas: 1. Cálculo; 2. Análise de consistência dos resultados 3. Liberação dos laudos; 4. Armazenamento da amostra do paciente 5.Transmissão e arquivamento dos resultados; 6. Consultoria técnica; TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO ISOLAMENTO VIRAL É fundamental a importância de comprovar-se a presença do vírus; PROPAGAÇÃO VIRAL EM ANIMAIS Em geral o vírus é inoculado em um hospedeiro (Camundongo); É verificado os sintomas clínicos, o animal é sacrificado e é realizado exames histopatológicos; Animais de grande porte não são utilizados; PROPAGAÇÃO VIRAL EM OVOS EMBRIONADOS Até a década de 1950 essa técnica era bastante utilizada; ISOLAMENTO VIRAL Culturas de células: é uma forma de isolamento viral onde é possível manter células viáveis; TIPOS DE CULTURA Cultura Primária: Uma cultura primária é estabelecida a partir do crescimento de células oriundas de um fragmento de tecido obtido por desagregação mecânica ou enzimática; Cultura Secundária – São células retiradas de uma cultura primária e usadas em um recultivo; LINHAGENS CELULARES Existem células que não perdem as características do tecido de origem, mas possuem alta proliferação. (Linhagem Contínua); Quando as características das células são modificadas são chamadas de Células Transformadas; CÉLULAS GENETICAMENTE MODIFICADAS Essa técnica foi proposta por Stabell & Olivo em 1992; Com a presença de cor é possível ser visualizado ao microscópio; CARACTERÍSTICAS Células aderentes e não aderentes: MATERIAIS UTILIZADOS EFEITO CITOPÁTICO (CPE) São alterações morfológicas nas células ou em grupos celulares induzidos por vírus; VANTAGENS E DESVANTAGENS Facilitam a identificação e detecção; Permitem a produção de partículas viáveis, que podem ser estocadas; Pode-se isolar diferentes vírus; Alguns vírus não crescem em culturas ou são muito complicados de se cultivar; O tempo para o crescimento é muito demorado; HEMAGLUTINAÇÃO Certos vírus são capazes de aglutinar hemácias de animais (Ácido Siálico); DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Confirmar a suspeita diagnóstica laboratorialmente causada por vírus; Identificação do vírus isolado em cultura; Estudar o comportamento do vírus na comunidade; TESTE DE INIBIÇÃO DA HEMAGLUTINAÇÃO 1ª Etapa 2ª Etapa TESTE DE NEUTRALIZAÇÃO (TN) Incubar FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO (FC) IMUNOFLUORESCÊNCIA (IF) Fluorocromos Absorvem luz Elevam o nível de energia dos elétrons Quando retornam ao estado basal Emitem fluorescência de comprimento de onda maior do que o comprimento de onda da fonte excitadora original Principais fluorocromos Isotiocianato de fluoresceína Lisamina-rodamina B Outros: Vermelho Texas, Ficoeritrina IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA Insumos Lâmina de vidro de fina espessura IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA Técnica em fase sólida Reação em lâmina Adição de conjugado para cada Ag IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA Adição do conjugado (Ac específico marcado com fluorocromo); IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA Incubação - Conjugado se fixa ao antígeno Lavagem – Acs não ligados são removidos Observação em microscópio de fluorescência Sensibilidade dos testes de IFA direta é limitada pelo nível de fluorescência detectável pelo olho humano IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA Toxoplasmose IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA Anti-imunoglobulina marcada com fluorocromo Amplifica a sensibilidade IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA T. cruzi TESTE IMUNOENZIMÁTICO (ELISA) ELISA (Enzyme-linked immuno sorbent assay) Baseia-se na imobilização de um dos componentes, em fase sólida, e na utilização de um conjugado ligado a uma enzima TESTE IMUNOENZIMÁTICO (ELISA) Componentes da reação - ELISA Amostra Diluente da amostra Proteína bloqueadora Solução de lavagem Conjugados Substratos cromogênicos TESTE IMUNOENZIMÁTICO (ELISA) Fase sólida ELISA INDIRETO ELISA DIRETO (SANDUÍCHE) REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE 1983: PCR (Reação de polimerização em cadeia) Kary B. Mullis Prêmio Nobel de Química 1993 PCR síntese in vitro de grandes quantidades de um fragmento específico de dna, a partir de quantidades mínimas de dna; - Replicação in vitro - 1 molécula de DNA como molde DESVANTAGENS requer conhecimento da seqüência de dna flanqueadora ( seqüência de interesse) → confecção dos primers; extremamente sensível → contaminação laboratorial; não se aplica a grandes sequências APLICAÇÕES DA PCR - Seleção de clones recombinantes -Estudo do padrão de expressão gênica -Sequenciamento direto de produtos amplificados -Detecção de mutações em genes específicos - Diagnóstico de câncer e doenças genéticas - Determinação do mecanismo de ação de substâncias mutagênicas -Diagnósticos de doenças infecciosas - Detecção de bactérias, vírus e protozoários parasitos -Diagnóstico pré-natal em caso de risco -Elucidação de relações evolutivas entre espécies, utilizando material arqueológico -Grande potencial na Medicina Forense ““INGREDIENTES” DA PCR ETAPAS DA PCR 1989, o DNA Thermal Cycler – 1o Termociclador automático. Termocicladores automáticos: aquecimento por resistências elétricas e refrigeração. VARIAÇÕES DA PCR Multiplex PCR: Refere-se a um conjunto de primers; Criada para diminuir o tempo do diagnóstico; Já existem Kits para vírus respiratórios, enterovírus, herpesvírus e para detecção simultânea de vírus e protozoários; VARIAÇÕES DA PCR PCR Real Time: Teve o objetivo de automatizar, deixar mais rápida e segura a PCR; São utilizadas sondas fluorescentes; O material amplificado pode ser monitorado em tempo real; SYBR green; Taqman; TESTE RÁPIDO HIV/SIDA Triagem qualitativa Para detecção de anticorpos para HIV ½ Teste se baseia nas tecnologias de imunocromatografia e fluxo lateral Resultado em 10 min PROCEDIMENTO
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