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Transmissão e porta de entrada A disseminação pessoa a pessoa ocorre pela transferência de secreções respiratórias, saliva, sangue ou sêmen e pela contaminação fecal de água e de alimentos. Até mesmo por contato direto ou indireto (fômites). Suas portas de entrada são variadas, por exemplo, pelo trato respiratório, trato gastrointestinal, pele, trato genital, sangue e transplacentária. Penetração nas células (tropismo) Replicação do vírus e danos às células Disseminação do vírus para outras células e órgãos Morte celular ou não e Ativação da imunidade Os organismos possuem um sistema denominado sistema imunológico, cuja principal função é combater os patógenos de forma a de manter a saúde, garantindo a sobrevivência. Ele está dividido em sistema imune inato e sistema imune adaptativo; mas, apesar da divisão, as imunidades inata e adaptativa atuam em conjunto. o Imunidade inata (não específica): inclui a primeira e segunda linha de defesa. Esse tipo de imunidade já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e biológicas. • Ex: pele, muco, suor, lágrimas, plaquetas, cílios e suco gástrico. • Representada pelas células: Natural Killer (NK), Macrófago e Dentríticas. Os principais mecanismos da imunidade inata são fagocitose, liberação de mediadores inflamatórios e ativação de proteínas. Se a imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade adquirida entra em ação. o Imunidade adaptativa (específica): inclui a terceira linha de defesa. É a defesa adquirida ao longo da vida, tanto adquirida ativamente por exposição ao vírus quanto adquirida passivamente pela transferência de soro imune. • Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer evoluir as defesas do corpo. • Depende da ativação de células especializadas, os linfócitos. • Representada pelas células: Linfócitos T e Linfócitos B. • Apresenta um componente de memória. Existem dois tipos de imunidade adquirida: Ambas as partes da imunidade adaptativa envolvem o reconhecimento de antígenos específicos, seguido pela ativação e pela expansão clonal das células imunes, o que resulta na produção de células efetoras e de memória. Imunidade humoral – envolve anticorpos produzidos pelas células B. Têm como alvo antígenos localizados fora das células, como bactérias em multiplicação nos espaços extracelulares. Imunidade celular – envolve as células T. Têm como alvo antígenos localizados no interior das células, por exemplo, uma célula infectada por vírus. Os mediadores químicos são substâncias que se encontram distribuídas por todo o organismo. Um exemplo disso são as citocinas, proteínas que medeiam a comunicação química intercelular. Produzidas principalmente pelos macrófagos e linfócitos ativados como os Interferons (α, β e γ) – existem outras mas o foco principal é nelas, alfa e beta. Os interferons são citocinas que inibem o crescimento viral por bloquearem a tradução de proteínas virais. Indução e ação do interferon o A: A infecção viral induz a síntese de interferon, o qual é então liberado pela célula infectada. o B: O interferon liga-se ao receptor de superfície de uma célula não infectada e induz a síntese de três novas enzimas celulares (proteínas antivirais). o C: Um novo vírion penetra na célula; entretanto, a tradução do mRNA viral é inibida pelas proteínas antivirais induzidas pelo interferon. Uma dessas proteínas antivirais é uma ribonuclease que degrada o mRNA viral, mas não o mRNA celular. A atividade dessas moléculas vai fazer com que outras células ao lado dessa célula que foi infectada entre em um estágio de resistência antiviral. Uma vez que os interferons são produzidos em poucas horas após a iniciação da replicação viral, podem atuar na fase precoce das doenças virais, limitando a disseminação dos vírus. Contrariamente, os anticorpos começam a surgir no sangue vários dias após a infecção. Observações: Alfa e Beta interferons apresentam ação antiviral mais intensa quando comparados ao gama interferon. O Gama atua principalmente como uma interleucina que ativa os macrófagos. https://www.infoescola.com/bioquimica/proteinas/ https://www.infoescola.com/citologia/macrofagos/ https://www.infoescola.com/citologia/linfocitos/ 1) Células Natural Killer (NK) Principal função: destruição de células-alvo por citólise e apoptose. o Encontradas no sangue, no baço, nos linfonodos e na medula óssea vermelha. o Capacidade de destruir ampla variedade de células infectadas do corpo e certas células tumorais. • Atuam secretando citotoxinas (perforinas1 e granzimas2) que fazem a célula-alvo se romper (citólise)1 e/ou sofrer apoptose2. o Não possuem memória imunológica, enquanto às células T citotóxicas, sim. o Sua ação é potencializada na presença de anticorpos. o As células NK possuem receptores que detectam a presença de proteínas MHC classe I na superfície celular. • Células infectadas por vírus ou células tumorais apresentam uma quantidade menor de proteínas MHC I, sendo reconhecidas e mortas pelas células NK. 2) Macrófagos Principal função: fagocitose (diferenciada de monócitos). o Fagocítica → Ingere e mata partículas infecciosas, e também eliminam células velhas do sangue. o São células apresentadoras de antígenos (APCs) do sistema imunológico, especializadas em apresentar antígenos para uma célula T. • Produz proteínas MHC de classe II, responsáveis pela apresentação de antígenos extracelulares às células T auxiliares. Auxiliando a imunidade adquirida. o Geralmente encontrados em um estado de repouso, mas que são ativados pela ingestão de material antigênico ou pela produção de citosinas por uma célula T auxiliar ativada. • Uma vez ativados, os macrófagos são mais eficazes como fagócitos e como APCs. o Possuem comportamento sentinela → produz mediadores químicos, como citocinas “pró- inflamatórias”: • IL-1 (Interleucina 1) - ativa Células T auxiliares. • TNF (Fator de Necrose Tumoral) – importante mediador inflamatório. 3) Células Dendríticas Principal função: fagocitose e início da resposta imune adaptativa. o Abundantes na epiderme da pele, nas membranas mucosas, no timo e nos linfonodos. o Também são células apresentadoras de antígenos (APCs), isto é, expressam proteínas MHC II e apresentam antígenos às células T auxiliares. o Consistem nos principais indutores da resposta primária de anticorpos. o Destroem os micróbios por fagocitose e iniciam a resposta imune adaptativa. • Fazendo a conexão de imunidade inata e adaptativa. 1) Linfócitos T Principal função: imunidade celular. Desempenham várias funções importantes, que podem ser divididas em duas categorias principais: regulatória e efetora. o Funções regulatórias – são mediadas principalmente por células T CD4+, que produzem interleucinas (que vão estimular ou ativar algo). • Auxilia as células B na produção de anticorpos. • Promove respostas inflamatórias. • Imunidade mediada por células (ativação de macrófagos ou linfócitos T citotóxicos CD8+). o Funções efetoras – são realizadas por células T CD8+, que matam células infectadas por vírus, células tumorais e aloenxertos. • Desempenham funções citotóxicas (liberação de perforinas), destruindo as membranas celulares, ou indução por apoptose. 2) Linfócitos B Principal função: produção de anticorpos. o Diferenciam-se em plasmócitos que produzem anticorpos (imunoglobulinas), após serem ativados por antígenos. o Após a ligação dos antígenos, a célula B é estimulada a proliferar e originar um clone celular (produz células de memórias). • Imunidade mediada por células. o Também são células apresentadorasde antígenos (APCs). o Indução da resposta imune para fabricação de anticorpos específicos. o Inoculação do próprio agente viral modificado (atenuado ou morto) ou parte deste. o Tempo de imunidade varia de acordo com as características dos respectivos vírus, tornando necessária, em muitos casos, a reimunização (reforço vacinal).
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