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FILARIOSES Principais filárias que infectam o homem no Brasil: Wuchereria bancrofti – filariose linfática ou elefantíase Onchocerca volvulus – oncocercose ou cegueira dos rios Mansonella ozzardi - não é patogênica Dirofilaria immitis - zoonose, pouquíssimos casos na população humana Filariose linfática Principais agentes etiológicos: Wuchereria bancrofti – único presente no Brasil Brugya malayi e B. timori - velho mundo Vetor: Culex quinquefasciatus - alta prevalência no brasil, pica a noite Ser humano é o único hospedeiro e reservatório; Comum em Pernambuco, demais regiões tem controle Algumas tribos indígenas acreditam que é um castigo divino, não aceitam tratamento Formas evolutivas: Vermes adultos: Machos e fêmeas (dimorfismo sexual) têm corpos delgados brancoleitosos. Macho menor que a fêmea, tem extremidade caudal fortemente enrolada. Habitam os vasos e gânglios linfáticos por até 10 anos. Apresentam tropismo por MI e escroto (principalmente), põem comprometer tambem braços e mamas. *Machos e fêmeas copulam e liberam microfilaria Microfilária: Embrião microscópico Passa da circulação linfática para a circulação sanguínea É revestido por uma bainha cuticular flexível Ciclo biológico: Inseto com L3 → penetra durante a picada → dao origem a vermes adultos que ficam enovelados nos vasos linfáticos → da origem as microfialrias → migram para circulação snaguiena → de dia ficam no pulmão, à noite circulação periférica *Vão para circulação periférica entre 22 a 4hrs → coincide com habito do vetor Depois que o mosquito ingere o sangue contendo a microfilária, esta atravessa o estômago, cavidade geral, e se aloja no músculo torácico, onde se transforma em L1 → L2 → L3 migra para aparelho bucal Microfilaria apresenta periodicidade noturna → durante o dia ficam nos capilares profundos do pulmão e anoite migra para circulação periférica. Essa periodicidade coincide com o habito do vetor e picar a noite, isso facilita a transmissão. Patogenia: Linfangectasia: dilatação dos vasos linfáticos – ocorre quando tem vermes vivos Lingangite aguda: inflamação dos vasos linfáticos – ocorre depois que verme morre → piora o quadro Esses dois quadros propiciam o aparecimento de outros sinais clínicos, como: Quiluria: presença de gordura nas fezes Quilocele: linfa no escroto Hidrocele: acumulo de linfa no testículo Devido a infecções bacterianas recorrentes → linfedema crônico → quadro de elefantíase Elefantiase é caracterizado por um processo de inflamação e fibrose crônica → ocorre a esclerose da derme e hipertrofia da epiderme: aspecto escuro e rugoso Diagnóstico: Pesquisa de microfilárias no sangue ou na urina (quando tem casos de quilúria e hematúria) → é melhor fazer a noite para coincidir com periodicidade da microfilaria Pesquisa de vermes adultos: biópsia de linfonodos, ultrassonografia *Ultrassonográfica: importante como verificação de cura → observa as microfilarias se movimentando, se o movimento parar significa que tratamento foi eficaz Tratamento: Dietilcarbamazina (DEC) Ivermectina Ivermectina + DEC Agua e sabão não evita picada – útil para evitar infecção do tecido Oncorcercose Agente etiológico: Onchocerca volvulus Principais vetores: Simulium guianense, Simulium incrustatum em terras altas Simulium oyapockense e Simulium roraimense em terras baixas Conhecido como “borrachudo” Maior ocorrência em Roraima e Amazonas Conhecida como “mal do garimpeiro” Ciclo biológico: Ciclo parecido com da filariose linfática, porem vermes adultos ficam no tecido subcutâneo formando nódulos bem visíveis. Larva L3 penetra na pele do individuo → larvas transformam em vermes adultos → vermes adultos acasalam nos nódulos subcutâneos formando as microfilarias que vão para o tecido subcutâneo e olhos → causam cegueira e comprometimento da pele (pele de leopardo – enrugada) Micorfilarias ingeridas pela mosca → L1 → L2 → L3 → larva infectante em um novo repasto sanguíneo penetra na pele do individuo Patogenia: - Vermes enovelados provocam a formação dos nódulos fibrosos; - Larvas responsáveis por lesões: pele (dermatites, pele de leopardo) e globo ocular produzindo alterações na retina levando a cegueira *Mosca tem aparelho bucal curto, ao penetrar causa dermatites Diagnóstico Biópsia de pele, oftalmoscopia, nodulectomia Teste de Mazzotti (dose medicamento e manifestãção cutânea) → padrão ouro O teste de Mazzotti: consiste em administrar, por via oral, 50mg de dietilcarbamazina ao paciente, aguardar algumas horas e verificar o aparecimento de prurido, edema e dermatite, que indicam a oncocercose, pois estas reações alérgicas do hospedeiro são causadas pela morte de microfilárias na pele. Tratamento – Ivermectina: mata microfilárias; – Suramina: mata adulto (muito tóxico uso limitado). – Nodulectomia (cirúrgico – remoção de nódulos com vermes) → extirpação de oncocercoma. *Suramina não é eficiente na eliminação dos vermes adultos, por isso para o tratamento aconselha nodulectomia juntamente com Ivermetina. Prevenção: eliminação dos focos do inseto e tratamento dos doentes.
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