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Filariose linfática

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Causada por Wuchereria bancrofti 
Espécies de filarias que ocorrem no Brasil 
Wuchereria bancrofti 
 Hospedeiro: ser humano (exclusivamente) 
 Doença: filariose/ bacroftose/ elefantíase 
 Endêmica (encontrada em várias regiões com clima tropical ou subtropical) 
 Encontrada principalmente em áreas de muita pobreza 
Onchocera volvulus 
 Hospedeiro: ser humano 
 Doença: oncocercose 
Mansonella ozzardi 
 Hospedeiro: ser humano 
 Doença: maioria dos casos é assintomático 
 Única originada nas américas 
Dirofilaria immitis 
 Hospedeiro: cães, lobos, raposas e felídeos (o ser humano é acidental) 
 Larva não se desenvolve para vermes adultos no ser humano 
 Doença: problemas nos pulmões 
São nematelmintos 
Morfologia 
Vermes adultos 
 Formas evolutivas que parasitam 
 Apresentam dimorfismo sexual 
 A fêmea apresenta um corpo delgado e coloração branco leitosa (8-10cm), tem extremidade posterior retilínea 
 O macho é menor do que a fêmea (tamanho máximo de 4cm), tem extremidade anterior afilada e posterior 
enrolada ventralmente 
 Os machos e fêmeas permanecem juntos nos vasos e gânglios linfáticos e vivem de 8 a 10 anos 
 Normalmente ficam na região pélvica, localizados principalmente nos vasos linfáticos do cordão espermático 
 Mais raramente atingem braços e mamas 
Microfilárias 
 Forma evolutiva que parasita 
 Também chamadas de embrião 
 São eliminadas pelas fêmeas e saem dos ductos linfáticos atingindo a circulação sanguínea do hospedeiro 
 Possuem uma membrana de revestimento = bainha 
 Observação da bainha é importante pois algumas microfilárias encontradas no sangue não possuem a bainha 
(diagnóstico diferencial) 
 Micofilárias da Onchocerca volvulus e Mansonella ozzardi não possuem bainha 
 50 a 300μm de comprimento 
 Periodicidade noturna das microfilárias: 
 Durante o dia as microfilárias são localizadas nos capilares profundos (nos pulmões) 
 Durante a noite as microfilárias aparecem no sangue periférico: pico de microfilaremia 
 Independe do gênero ou da carga parasitária 
 Acredita-se que são regulados por fatores químicos e térmicos 
Vermes adultos 
Microfilárias 
 O pico da microfilaremia periférica coincide, na maioria das áreas endêmicas, com o horário de hematofagismo 
do inseto transmissor 
 Em alguns locais como no pacífico sul e sudeste da Ásia as microfilárias são aperiódicas (são encontradas em qualquer 
hora do dia no sangue periférico) 
Formas larvárias 
 Se desenvolvem no HI (mosquito vetor) 
 L1 (300μm de comprimento) 
 É originária da transformação da microfilária ingerida pelo vetor 
 L1 se diferencia em L2 
 L2 (tamanho 2 a 3 vezes maior que a L1) 
 Sofre muda para L3 
 L3 (1,5 a 2 mm de comprimento) 
 Forma infectante 
Transmissão 
Picada do inseto vetor infectado (fêmea) 
 Culex quinquefasciatus (nas américas): muriçoca 
 Deposição das larvas infectantes (L3) na pele lesada 
 O calor emanado do corpo do hospedeiro é o fator que estimula a saída das larvas do mosquito 
Como o tempo de vida média do vetor é curta (1 mês em média) e o ciclo parasitológico nele demora de 15 a 20 dias o tempo 
para que ocorra a transmissão é curto 
Ciclo biológico 
Monoxênico 
HI 
 Fêmea do mosquito vetor suga o sangue do hospedeiro humano infectado e ingere as microfilárias presentes nessse 
sangue. Após poucas horas já no estômago do mosquito as microfilárias perdem a bainha, atravessam a parede do 
estômago do inseto e caem na cavidade geral se alojando nos músculos torácicos onde sofrem a transformação para L1. 
Após 6 a 10 dias a ingestão da microfilárias ocorre a muda de L1 para L2. A L2 após 10 a 15 dias sofre a muda para L3 
(larva infectante), a qual migra pelo inseto até atingir a região da probóscida do inseto (aparelho picador), se alojando 
nos lábios do inseto 
 Ciclo de 15 a 20 dias à temperatura de 20 a 25°C (em temperaturas elevadas pode ocorrer em um período menor) 
HD 
 Fêmea do vetor contaminada com larvas L3 exerce o hematofagismo no hospedeiro humano, picando a pele e as larvas 
L3 deixam o lábio do inseto e penetram nesse orifício da picada (as larvas L3 são depositadas e não inoculadas e 
utilizam o orifício da picada para entrar no hospedeiro). Ao penetrar no organismo as L3 migram pelos vasos 
sanguíneos e atingem o sistema linfático. Após meses nos vasos ou gânglios linfáticos a L3 se transforma em vermes 
adultos que acasalam. As fêmeas grávidas produzem e liberam as microfilárias que migram para o sangue do 
hospedeiro. 
 O período de infecção humana (penetração da L3 até o encontro da microfilárias no sangue) varia de 7 a 9 meses 
Patogenicidade 
Variada 
As manifestações clínicas podem ser causadas pela presença dos VA no sistema linfático ou a resposta imune a presença das 
microfilárias e AG do parasita 
 Presença de novelos de vermes adultos (vivos ou mortos) no sistema linfático 
Pacientes assintomáticos podem apresentar alta microfilaremia 
Pacientes com elefantíase ou outras manifestações crônicas não apresentam microfilaremia periférica ou é muito reduzida 
Formas larvárias 
Hospedeiro intermediário 
Hospedeiro definitivo 
Sintomatologia 
Casos assintomáticos com microfilaremia 
 Danos nos vasos linfáticos (alterações do endotélio, sem reação inflamatória) ou no sistema renal (hematúria) 
Manifestações agudas 
 Linfangite (inflamação nos vasos linfáticos) e linfadenite (inflamação nos gânglios linfáticos) 
 A linfangites agudas tem curta duração e evoluem no sentido centrifugo (da raiz do membro para a 
extremidade) 
 As infandenites aparecem principalmente na região inguinal e axilar 
 Dor na região inguinal, febre, mal estar 
Manifestações crônicas 
 10 a 15% dos casos 
 Linfedema (edema linfático) 
 Hidrocele 
 É a mais comum e frequentemente se desenvolve na ausência de reações inflamatórias prévias 
 Pacientes com hicrocele podem apresentar microfilárias no sangue periférico e no fluido do saco 
escrotal 
 Pode progredir para elefantíase da região escrotal 
 Disfunção linfática pode causar o extravasamento de líquido com o acúmulo de fluido entre o testículo e a 
membrana que o envolve 
 Quilúria (urina com aspecto leitoso) 
 Ruptura dos vasos linfáticos para o interior do sistema excretor urinário 
 Elefantíase 
 Geralmente ocorre na região escrotal e membros inferiores 
 Aparecem anos após as manifestações agudas em moradores de áreas endêmicas 
 No caso de linfedema ou hidrocele, se o diagnóstico for precoce e ocorrer o tratamento pode ocorrer regressão parcial 
ou total da sintomatologia 
Sequência dos eventos para chegar à elefantíase 
 Linfangite (inflamação dos vasos linfáticos) 
 Linfadenite (inflamação dos gânglios linfáticos) 
 Linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos) 
 Linforragia (extravasamento de linfa) 
 Linfedema (acúmulo se linfa) 
 Esclerose da derme (alterações na espessura e consistência da pele) 
 Hipertrofia da epiderme (maior espessamento da pele) 
 Aumento do órgão = Elefantíase 
 Principalmente pernas, escroto e mamas 
 Infecções secundárias bacterianas (Wolbachia) e fúngicas cronificam o processo 
 A gravidade das manifestações aumenta com a idade e pode se tornar irreversível 
Eosinofilia pulmonar tropical 
 Aumento na produção de IgG e IgE 
 Aumento do número de células inflamatórias em infiltrados pulmonares 
 Principalmente hipereosinofilia com características morfológicas de células ativadas 
 Aumento do número de macrófagos infiltrados nos espaços alveolares e interstício 
 Aparecimento de abcessos eosinofílicos com microfilárias 
 Em fases crônicas pode ocorrer a fibrose intersticial crônica nos pulmões 
 Consequências: 
 Asmas brônquica, com tosse e falta de ar 
 
 
Casos assintomáticos com microfilaremia 
Manifestações agudas 
Manifestações crônicas 
Sequência dos eventos para chegar à elefantíase 
Eosinofilia pulmonar tropical 
Diagnóstico 
Clínico:Difícil e deve ser confirmado com diagnósticos auxiliares 
 Em áreas endêmicas, pacientes com casos de febre recorrente, linfangite e linfedema é indicativo de uma filariose 
 Alterações pulmonares, eosinofilia sanguínea, níveis elevados de IgG total no soro, levanta-se a suspeita de eosinofilia 
pulmonar tropical 
 A elefantíase pode ter outras causas: hanseníase, erisipela de repetição, fungos, má formação congênita dos vasos 
linfáticos, etc. 
Laboratorial: 
 Métodos parasitológicos: pesquisa de microfilárias no sangue periférico 
 Gota espessa: sangue colhido por punção de capilar digital 
 Entre 22h e 24h (devido a periodicidade noturna) 
 São colocadas de 4 a 5 gotas de sangue que são espalhadas de forma homogênea 
 Após 10 a 15h do preparo da lâmina se faz o processo de desemoglobinização 
 Mergulhar em água destilada para descorar as hemácias 
 Coloração e verificação em microscopia para microfilárias 
 Métodos imunológicos 
 Pesquisa de Ag solúveis 
 Elisa 
 Imunocromatografia desenvolvido pelo ICT 
 Sangue pode ser colhido de dia pois os níveis de Ag permanecem constantes no sangue 
 Detecta infecção mesmo que só haja os vermes adultos e não haja as micofilárias 
Pesquisa de vermes adultos: 
 Utrassonografia 
 Biópsia (raramente feita) 
 Linfocintigrafia (não permite o diagnóstico etiológico) 
 Avaliação da circulação linfática 
 Revela as alterações morfológicas dos vasos 
 Pacientes com linfedema 
 Rediologia (lesões pulmonares e auxilia no diagnóstico de eosinofilia pulmonar tropical) 
Profilaxia 
Tratamento dos infectados 
Combate ao vetor 
Melhoria sanitária 
Tratamento 
Indicado para todos os pacientes com infecção ativa, independente de apresentar ou não manifestações clínicas 
Medicamento de escolha: 
 Citrato de dietilcarbamazina (DEC) 
 OMS: 6mg/Kg /dia -12 dias 
 Rapidamente absorvido no trato gastrointestinal 
 Age nas microfilárias e vermes adultos 
 Pode ser associada com a ivermectina ou albendazol 
 A ivermectina atua nas microfilárias, porém não apresenta ação sobre as formas adultas 
 O albendazol atua nos vermes adultos (morte dos VA) 
Tratamento para linfedema 
 Higiene local/ antibióticos e antifúngicos tópicos (quando necessário) 
Clínico 
Laboratorial 
Pesquisa de vermes adultos 
Medicamento de escolha 
Tratamento para linfedema 
 Fisioterapia ativa 
 Drenagem postural 
 Uso de meias elásticas 
 Uso de compressas frias 
Tratamento para elefantíase 
 Intervenção cirúrgica 
 
 
 
 
 
 
Tratamento para elefantíase

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