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Economia Empresarial - Aula 10

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Disciplina: Economia Empresarial
Aula 10: O equilíbrio macroeconômico no curto prazo e as
políticas econômicas
Apresentação
Nesta aula, vamos descrever o equilíbrio macroeconômico que determina o nível geral
de preços e o nível de produção total de uma economia aberta, no curto prazo.
Em seguida, apresentaremos as metas macroeconômicas que normalmente são
almejadas pelos governos dos países e as políticas macroeconômicas a serem
adotadas para que os objetivos possam ser alcançados.
Objetivos
Identificar as variáveis determinantes da oferta agregada e da demanda
agregada;
Analisar o equilíbrio entre a oferta agregada e a demanda agregada;
Demonstrar as relações das políticas e as metas macroeconômicas do governo
com a demanda agregada.
O equilíbrio macroeconômico no
mercado de bens e serviços
No mercado de bens e serviços, também chamado de mercado de produto, os
ofertantes dos bens e serviços, considerados de forma conjunta (agregada),
procuram suprir os demandantes de bens e serviços, conjunta ou
agregadamente.
O modelo de equilíbrio a ser visto em muito se
assemelha ao que se observa nos mercados de
produtos isolados, estudados na Microeconomia,
mas difere quanto às explicações das variáveis
envolvidas e na própria lógica do equilíbrio.
A curva de oferta na
Microeconomia
Na Microeconomia, estuda-se a curva de oferta de determinado bem ou
serviço, ou de um conjunto de bens e serviços. No Gráfico A, uma relação
direta entre o preço da mercadoria e a quantidade ofertada.
Gráfico A
Se os vendedores de um produto estiverem com estoques muito grandes da
mercadoria, pode ser que queiram se livrar de seus produtos cobrando o
mesmo preço por unidade, diante de uma demanda crescente.
Os vendedores, nesse caso, podem aumentar seus faturamentos unicamente
por meio do aumento da quantidade vendida. A representação gráfica da
oferta seria uma reta paralela ao eixo das quantidades, como mostra o Gráfico
B.
Gráfico B

Exemplo
No caso, o produto X seria vendido, por exemplo, sempre ao preço de
R$8,00, não importando a quantidade vendida, que poderia ser de 1
unidade, 21 unidades, 25 ou qualquer outra.
Situação limite
Vamos imaginar outra situação bem diferente, até mesmo oposta. Digamos
que os vendedores não tivessem como ampliar suas vendas no período de
tempo em análise.
Isso pode ocorrer quando os fabricantes atingem a plena capacidade
produtiva, quando não podem ampliar a produção, quando já chegam ao
máximo possível e não têm como atender à demanda crescente, a partir de
certa quantidade produzida por uma unidade de tempo qualquer. Ou, se
estivermos falando de empresas comerciais, quando sua capacidade de
estocar tiver chegado ao máximo.
Nesse caso, as empresas não teriam como suprir a demanda excedente no
período de tempo em análise. Se a capacidade máxima de oferta do produto X
fosse de 40 unidades, por exemplo, esta seria a quantidade ofertada, mesmo
que os preços fossem de R$30,00 ou de R$40,00 etc. O Gráfico C representa
essa situação limite.
Gráfico C
A curva de oferta de determinado
produto
Estamos aptos agora a desenhar a curva de oferta de um produto
incorporando as três etapas, como mostra o Gráfico D.
Gráfico D
1
Quando as empresas produtoras do produto X estão com baixa produção, mas
têm capacidade instalada de máquinas e equipamentos para produção muito
maior, é possível que prefiram aumentar a quantidade ofertada sem o
aumento de preços, pois estão com ociosidade na produção.
2
A partir de certa quantidade, os vendedores vão ofertar volumes maiores
somente mediante aumento de preços. Isto vai ocorrendo até que a produção
chegue ao seu limite (40 unidades, por exemplo) e não haja mais como
atingir uma produção maior.
3
Se os compradores disputarem a oferta existente, os preços subirão, e
somente os que pagarem mais caro pelos produtos vão conseguir adquiri-los,
em uma situação bastante semelhante à de um leilão.
Curva de oferta na Macroeconomia
O que vimos até aqui foi a oferta total das empresas vendedoras de
determinado produto, objeto de estudo da Microeconomia.
Mas o que queremos abordar agora é a curva de
oferta agregada, a curva de oferta da
Macroeconomia.
Curva de oferta da produção total
do país
No eixo horizontal, mede-se o PIB real, ou seja, todos os produtos e serviços
somados de um país.
No eixo vertical tem que constar o preço do produto. Na Microeconomia,
quando o produto exemplificado era X, o preço em análise era o preço de X.
Agora não há mais um só produto, mas sim todos somados.
Como o valor a ser considerado é o que reflete a média de todos os preços, o
melhor é utilizar o deflator do PIB, que representa a média dos preços de
todos os produtos do país, ou um índice geral, no caso o IGP (IGP-DI ou IGP-
M).
Alguns países utilizam o IPC como o medidor dos preços gerais da Economia,
pois consideram que a evolução dos preços dos produtos que compõem a
cesta do consumidor é que importa para a sociedade.

Comentário
Chamaremos o índice de preços gerais da economia de P.
Formato da curva de oferta
agregada
A oferta agregada apresenta uma relação entre preço (nível geral de preços) e
quantidade ofertada (produção agregada), semelhante à relação observada
entre o preço de um produto e sua quantidade ofertada.
Temos que observar ainda que a oferta agregada de curto prazo pressupõe,
como dada (isto é, fixa), a quantidade de fatores de produção disponível na
economia.
Gráfico E
Assim, a produção do país vai contar com uma quantidade fixa, vale dizer,
limitada de capital (máquinas, equipamentos e edificações), de mão de obra,
de recursos naturais exploráveis, além de um dado estágio de
desenvolvimento tecnológico.
O formato da curva de oferta agregada (OA)
pode ser agora facilmente explicável, conforme
o Gráfico E.
Novamente, partindo-se da esquerda para a direita, percebe-se que a
economia está operando, no início, com grande capacidade ociosa dos fatores
de produção. Não está utilizando os fatores de produção plenamente, daí o
seu formato horizontal.
À medida que a produção vai aumentando, os fatores restantes não são mais
tão fartos. Dessa forma, a disputa entre os produtores pela sua utilização faz
com que fiquem cada vez mais caros, levando os produtores a repassar os
acréscimos dos custos, aos preços; mas os acréscimos dos custos são ainda
inferiores aos acréscimos dos preços, havendo então incentivo ao aumento de
produção a cada aumento de preços.
Esse fato se traduz no ramo ascendente da curva
de oferta agregada, logo após a parte horizontal.
Parte vertical da oferta agregada
Se a produção continuar aumentando, a economia chegará ao limite de
utilização de fatores e vai operar em sua plena capacidade. Qualquer aumento
da demanda não poderá mais ser atendido pela oferta.
A disputa pelo produto, por parte dos demandantes, provocará somente
aumento de preços, sem que haja aumento da produção. Esta é a parte
vertical da oferta agregada.
Demanda agregada por bens e
serviços
A demanda agregada (DA) por bens e serviços, é composta pela demanda:
Das famílias (C)
Das empresas por bens de capital, que chamamos de investimentos (I)
Das compras do governo (G)
Das exportações líquidas (EL), que é a diferença entre as exportações (X) e as
importações (IM)
Cálculo do PIB real
Se o PIB real for chamado de (Y) e for destinado às famílias, às empresas, ao
governo e aos estrangeiros, diremos que:
Y = C + I + G + X
Então, poderíamos dizer que a soma do lado direito da equação daria o valor
de Y, e assim chegaríamos ao PIB calculando o total da demanda.

Atenção
Concluiríamos que o valor de Y estaria superestimado, pois tanto as
famílias como as empresas e o governo poderiam ter adquirido produtos
estrangeiros também (importações), os que não foram produzidos no
país.
Então a solução do cálculoé fácil, pois basta retirar as importações do total
das compras (C + I + G + X), o que daria:
Y = C + I + G + X - IM
ou
Y = C + I + G + EL
A curva de demanda agregada mostra uma relação inversa entre o nível geral
de preços (medido pelo deflator ou IGP ou outro índice) e a quantidade
demandada de bens e serviços, como mostra o Gráfico F.
Gráfico F
O Gráfico F mostra que, se o nível de preços cair de P1 para P2, a quantidade
demandada de bens e serviços aumenta de Y1 para Y2.
Por que isto ocorre?
Para responder, temos que observar cada um dos componentes da demanda
agregada à exceção dos gastos do governo, que ocorrem mais por decisão de
política governamental.
Famílias (C)
O consumo das famílias (C) varia inversamente com os preços, pois dada
a quantidade de moeda existente na economia, se os preços diminuem, o
valor real da moeda aumenta, ou seja, o poder de compra do dinheiro
aumenta, o que corresponde ao aumento da riqueza das pessoas, que
poderão adquirir mais bens e serviços.
Investimentos (I)
O investimento varia inversamente com os preços, porque o valor da
moeda maior, pela queda de preços como vimos no item anterior, é o
mesmo que o aumento da oferta real de moeda.
A maior oferta de moeda faz com que a taxa de juros diminua,
incentivando os empresários a tomar empréstimos para a compra de
bens de capital, ou seja, investir.
Exportações Líquidas (EL)
As exportações líquidas variam inversamente com os preços, pois a taxa
de juros diminui com a queda dos preços, como vimos no item anterior.
A menor taxa de juros faz com que os títulos externos se tornem
relativamente mais atraentes e haverá então mais procura por moeda
estrangeira, provocando a elevação da taxa de câmbio.
Essa elevação incentiva as exportações e “desincentiva” as importações,
fazendo com que as exportações líquidas aumentem.
Equilíbrio da economia
Temos agora condições de mostrar o equilíbrio macroeconômico entre oferta
agregada e demanda agregada.
No ponto de equilíbrio, fica determinado o nível do PIB real do país (ou nível
de produto da economia) e o nível de preços da economia.
Esse equilíbrio pode ocorrer tanto em um nível muito baixo de produto como
no nível intermediário ou já no nível de pleno emprego dos fatores, como
mostra a Gráfico G, com o produto agregado em Y , Y e Y , dependendo da
altura em que esteja a demanda agregada, o que determinaria também os
níveis de preços P , P e P .
Gráfico G
1 2 3
1 2 3
Os efeitos das políticas
macroeconômicas sobre o
equilíbrio da oferta agregada —
demanda agregada
Observe o quadro. Na coluna da esquerda, você pode ver as possíveis metas
macroeconômicas de um governo e, na coluna da direita, as políticas
macroeconômicas existentes, das quais os governos podem lançar mão para
diversos objetivos.
Metas Macroeconômicas Metas Macroeconômicas
Crescimento econômico Política Fiscal
Geração de empregos Política Monetária
Estabilidade de preços Política Cambial e/ou Comercial
Equilíbrio das contas externas Políticas de Rendas
Distribuição equitativa da renda

Saiba mais
Para que as metas sejam atingidas, o governo vai se utilizar das políticas
macroeconômicas. O fato importantíssimo a saber é que as políticas
públicas atuam sobre a demanda agregada, dada pela equação:
DA = C + I + G + EL
Metas Macroeconômicas:
Crescimento econômico
O crescimento econômico de um país, como já visto, significa o aumento
do seu produto agregado, o aumento do PIB. Você saberia explicar a
importância do aumento do PIB para a população do país?
Geração de empregos
O crescimento da produção vai aumentar a necessidade de contratar mão
de obra. Neste sentido, pode-se dizer que o crescimento econômico leva
ao aumento do nível do emprego e, o contrário (a recessão), que é a
queda da produção, leva à sua diminuição.
Estabilidade dos preços
A Microeconomia nos ensina que os preços devem flutuar de acordo com
as leis da oferta e da procura. Portanto, em princípio, não há mal algum
na flutuação de preços.
Ocorre, porém, que a queda acentuada e constante (deflação) pode ser o
reflexo de queda profunda na atividade econômica, assim como o
aumento contínuo e generalizado dos preços caracteriza o processo
inflacionário.
Ambas as situações são nocivas ao país e o governo costuma intervir na
economia tentando reverter os processos.
Equilíbrio das contas externas
É comum os governos buscarem o equilíbrio entre as exportações e
importações, mantendo as exportações líquidas nulas, ou seja, o
equilíbrio na Balança Comercial. Muitas vezes, os governos não querem
manter por muito tempo déficits ou superávits na Balança Comercial, que
vão pressionar a conta de capital para restabelecer o equilíbrio.
Distribuição equitativa da renda
Normalmente, o rendimento dos proprietários de capital é maior do que o
dos trabalhadores. Entre os trabalhadores há também variadas
categorias com remunerações diversas. O governo pode, assim, querer
melhorar a distribuição de renda, aumentando o ganho dos mais pobres.
Políticas Macroeconômicas:
Política fiscal
Quando o governo pratica uma política fiscal, ele está aumentando ou
diminuindo os impostos cobrados (simbolizado pela letra “T” na literatura
econômica) e/ou aumentando ou diminuindo os seus gastos (G).
A hipótese da teoria é a de que se os impostos aumentarem, a renda
disponível das famílias que sobra depois de pagar os impostos diminui,
logo, o consumo diminui. A consequência imediata é a queda da
demanda agregada (DA), pois (C) é uma das suas variáveis.
Se, ao contrário, o governo diminuir os impostos, a demanda agregada
(DA) vai aumentar. No caso de a política fiscal consistir em alterar os
gastos do governo (G), teremos as seguintes relações diretas:
Aumentos em (G) fazem (DA) aumentar; e
Diminuições em (G) fazem (DA) diminuir.
Observe na imagem os impactos na economia decorrentes da política
fiscal:
Gráfico H
Observamos que a curva de demanda agregada foi se deslocando para a
direita, nas hipóteses de o governo ter adotado políticas fiscais
expansionistas (de aumento de DA), pela redução dos impostos e/ou
pelo aumento de (G). 
Os pontos de equilíbrio, determinados no encontro da AO e DA, indicam,
por sua vez, os níveis do PIB real (Y) e os níveis de preços (P).
No início, o equilíbrio está no ponto A. Os preços estão em P (nível do
índice de preços) e o PIB em Y . A política fiscal expansionista, no início,
leva o equilíbrio para o ponto B. 
Neste caso, a política fiscal expansionista foi ótima para a meta de
crescimento econômico (de Y para Y ) e geração de empregos, pois a
economia está operando com capacidade ociosa dos fatores de produção
e sequer houve aumento de preços.
Da mesma forma, ocorre crescimento de Y para Y . A economia
começará, porém, a sofrer com o aparecimento da inflação, visto que os
preços aumentaram de P0 para P1.
Assim, podemos dizer que a política fiscal expansionista é boa para a
meta de crescimento econômico e geração de empregos, mas é contrária
à meta de estabilidade de preços ou de combate à inflação, quando a
0
0
0 1
1 2
economia já não opera mais com grande capacidade ociosa dos fatores
de produção, quando a curva AO deixa de ser horizontal e começa a
inclinar-se para cima.
Se a política fiscal continuar expansionista, o equilíbrio se dará quando a
produção atingir o ponto de capacidade máxima de produção (Y ) com
preços mais elevados (P ). A partir do nível de produção (Y ), qualquer
aumento de DA só vai causar aumento de preços e nenhum aumento de
produção, em que o produto agregado continua em Y3 e os preços
subiriam para (P ). Qualquer política fiscal expansionista a partir de (Y )
é inócua para crescimento econômico e ainda causa inflação.
E se o governo adotasse uma política fiscal contracionista (aumento de
impostos e/ou redução de G)? 
Se começássemosde Y , faríamos o caminho inverso, e essa medida
poderia ser adotada para a meta de combate à inflação. A curva DA
agora iria descer e o novo equilíbrio ocorreria com queda de preços (de
P para P ) sem diminuir a produção (Y ) e o emprego. Continuando com
a política fiscal contracionista, o equilíbrio ocorreria de P2 para P1, mas a
política iria causar recessão, pois haveria redução do PIB, de (Y ) para
(Y ), com a consequente redução do nível de emprego.
Seguindo com a política, a redução de preços (de P para P ), levaria à
recessão, de (Y ) para (Y ). A política não teria qualquer efeito no
combate à inflação (o preço permaneceria em P ) e ainda causaria
recessão (diminuindo de Y para Y ) e redução no nível de emprego.
Política monetária
A política monetária consiste na ação do governo, por intermédio do
Banco Central, em aumentar ou diminuir a quantidade de moeda na
economia. Como visto, quando o governo aumenta a oferta de moeda, a
taxa de juros diminui, com os seguintes efeitos:
Para os consumidores: os consumidores concluiriam que, se
aplicassem seu dinheiro no mercado financeiro, teriam ganhos
menores do que antes. Provavelmente iriam preferir então consumir
mais do que antes, logo (C) aumentaria e, por consequência, DA
também aumentaria.
3
2 3
3 3
3
4 3 3
3
2
1 0
2 1
0
1 0
Para os fornecedores: os investidores ou empresários que querem
comprar bens de capital perceberiam que o custo do empréstimo de
dinheiro teria diminuído e valeria à pena pegar empréstimo para
comprar máquinas e equipamentos, ou seja, investir. Assim, (I) iria
aumentar com a diminuição da taxa de juros e, consequentemente,
DA também aumentaria.
A diminuição da taxa de juros ainda faria as pessoas preferirem aplicar
no exterior. A procura por moeda estrangeira iria aumentar a taxa de
câmbio e, portanto, as exportações líquidas (aumento de X e diminuição
de IM) e, por esta via, DA também aumentaria.
Em suma, podemos dizer que, quando o governo pratica uma política
monetária expansionista, a demanda agregada cresce pelo aumento de
três de seus componentes: (C), (I), e (EL).
Se o governo fizer o oposto, diminuir a quantidade de moeda na
economia, a taxa de juros vai aumentar, haverá diminuições no consumo
das famílias, dos investimentos e das exportações líquidas, diminuindo a
demanda agregada. Será uma política monetária contracionista ou
restritiva.
Gráfico I
Em termos esquemáticos, os efeitos das políticas monetárias podem ser
observados no Gráfico I. A política monetária expansionista deslocaria
(DA) para a direita, e a política monetária restritiva ou contracionista
faria (DA) se deslocar para a esquerda.
A política monetária expansionista poderia ser utilizada para promover o
crescimento econômico e, a restritiva, para o combate à inflação. Valem
as mesmas observações quanto aos efeitos na economia, dependendo
dos três trechos da curva AO.
Política Cambial e/ou Comercial
Como as exportações e importações variam direta e inversamente com a
taxa de câmbio, o governo pode interferir no mercado de câmbio para
influir em (EL). Se a taxa de câmbio, por exemplo, estiver muito baixa, o
governo pode entrar no mercado de câmbio adquirindo moeda
estrangeira.
A maior procura pela moeda estrangeira provoca o aumento da taxa de
câmbio (desvalorização cambial), que faz (X) aumentar e (IM) diminuir.
Se a Balança Comercial estiver deficitária (X<IM), esta medida pode
levar ao seu equilíbrio (X=IM);
Se a política de aquisições de moeda estrangeira continuar, poderá
haver superávit na Balança Comercial (X>IM).
As depreciações cambiais, ao elevar (EL), elevam (DA). O movimento
oposto, de venda de moeda estrangeira, pode diminuir a taxa de câmbio
(valorização cambial) e assim diminuir (EL) e, portanto, diminuir (DA). O
governo pode atuar indiretamente também por meio da taxa de juros,
como visto anteriormente.
Quando o governo não quer alterar a taxa de câmbio, pode atuar por
meio de políticas comerciais. Um exemplo é a alteração de tarifas, dos
percentuais do imposto de importação.
Ao elevar o imposto de importação, há a diminuição das importações e
não há alteração nas exportações. Esta seria uma forma de elevar as
exportações líquidas, por exemplo.
Políticas de Rendas
Quando a inflação ameaça ficar fora de controle, o governo tenta achar
outras formas de estabilização de preços que não as políticas
mencionadas anteriormente, para evitar a recessão e o desemprego.
Para evitar a perda do poder aquisitivo da população, as autoridades
governamentais costumam decretar o controle de preços e salários da
economia.
Em ambos os casos, o governo impede o livre funcionamento do
mercado, evitando que a oferta responda espontaneamente à demanda.
A adoção das políticas de rendas causa muita controvérsia entre os
economistas pelas distorções que impõem à economia ao não permitir a
atuação das livres forças de mercado.
Crescimento no longo prazo
A hipótese do modelo mostrado é a de que as empresas podem elevar a
produção enquanto houver capacidade para isto, vale dizer, enquanto houver
capacidade ociosa dos fatores de produção. Ao ser atingida a plena
capacidade, a produção não aumentará mais.
Na hipótese de haver tempo para que a capacidade de produção aumente,
pela maturação dos investimentos feitos, o potencial de produção aumentará
e a curva de oferta vai se deslocar para a direita. Isto é o melhor para a
economia, pois a produção vai aumentar sem pressão sobre os preços.
Se a demanda vier a subir, os seus deslocamentos vão ocorrer sobre a nova
curva de oferta agregada. A maior oferta de longo prazo está desenhada no
Gráfico J.
Gráfico J
Assim como existe esta situação favorável no longo prazo, com o
deslocamento da curva de oferta agregada para a direita, existe uma situação
oposta, podendo ocorrer mesmo no curto prazo, chamada de choque de
oferta.

Exemplo
Um choque de oferta importante foi constatado com clareza na primeira
crise do petróleo (década de 1970).
Como o petróleo é um insumo básico de toda a economia, é fácil perceber que
o aumento de seu preço levou ao aumento dos custos dos produtos ofertados.
Isto corresponde ao deslocamento da curva de oferta agregada para a
esquerda, como mostra o Gráfico K.
Gráfico K
A consequência do aumento do preço do petróleo foi a elevação dos preços
gerais das mercadorias e a redução da produção e do emprego. Esta mistura
perversa de aumento dos preços e recessão econômica é conhecida como
estagflação que é um misto de estagnação da produção com inflação.
Atividade
1. A economia, quando opera em plena capacidade dos fatores de
produção, no curto prazo:
 a) Torna-se capaz de apresentar crescimento autossustentado.
 b) Não tem possibilidade de reduzir os preços.
 c) Não tem possibilidade de aumentar a produção.
 d) Assume riscos acima dos ganhos.
 e) Torna-se inoperante por curto espaço de tempo.
2. Indique a resposta certa:
 a) Capacidade ociosa é quando os trabalhadores não encontram
emprego.
 b) Exportações líquidas consistem no valor das exportações menos o
valor das importações.
 c) A demanda agregada é positivamente inclinada.
 d) A demanda agregada é o consumo de todas as famílias.
 e) Todas as respostas anteriores estão erradas.
3. O equilíbrio no mercado de bens e serviços:
 a) Determina o nível geral de preços e/ou o nível de produto da
economia.
 b) É o fator relevante na dinâmica do crescimento econômico.
 c) Evita efeitos de choques externos.
 d) Estimula as exportações do país.
 e) Estimula as importações do país.
Referências
ALÉM, Ana Cláudia. Macroeconomia: teoria e prática no Brasil — análise do
ambiente econômico com casos brasileiros. São Paulo: Elsevier, 2010.
CARVALHO José L. et al. Fundamentos de economia: macroeconomia. v. 1. São
Paulo: Cengage Learning, 2009.
ROSSETTI, João Paschoal. Introduçãoà economia. São Paulo: Atlas, 1997.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia micro e macro. São Paulo:
Atlas, 2002.
VICECONTI, Paulo E. V.; NEVES, Silvério. Introdução à economia. São Paulo: Frase,
2010.
Explore mais
Na página do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
<http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/negociacoes-
internacionais> você encontrará muitas informações interessantes sobre
organismos e acordos internacionais, na área de comércio, de que o Brasil faz parte.

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