Buscar

Politica Macroeconomica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 1/38
Política Macroeconômica
Prof.ª Mariana Stussi Neves
Descrição
Compreender as políticas fiscal e monetária e seus impactos no equilíbrio nos mercados monetário e de bens e serviços e, ainda, como interagem
com a demanda agregada. Entender a diferença entre curto e longo prazos na economia e como as curvas da demanda agregada reagem de forma
distintas em cada um desses horizontes de tempo.
Propósito
O estudo do funcionamento da economia como um todo, através da análise macroeconômica, permite compreender o comportamento de variáveis
essenciais para o bem-estar social, como desemprego, inflação e crescimento econômico, além de equipar o aluno para analisar políticas que
buscam afetar essas variáveis.
Objetivos
Módulo 1
Curvas de oferta e demanda
Construir as curvas de oferta e demanda agregada para diferentes horizontes de tempo.
Módulo 2
Os diferentes equilíbrios na economia
Identificar os diferentes equilíbrios na economia e entender o impacto de alterações nas políticas fiscal e monetária.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 2/38
Introdução
Por que às vezes é difícil conseguir emprego? Por que os telejornais passam tanto tempo falando da taxa de juros definida pelo Banco Central?
Como lidar com um aumento generalizado de preços na economia?
Essas questões dizem respeito à política macroeconômica, um conjunto de ferramentas central em qualquer sociedade moderna. Estudaremos
inicialmente os fundamentos teóricos da Macroeconomia, o que nos permitirá discutir o impacto dessas políticas.
1 - Curvas de oferta e demanda
Ao �nal deste módulo, você será capaz de construir as curvas de oferta e demanda agregada para diferentes horizontes de
tempo.
Introdução
Você já deve ter ouvido falar em crises econômicas, recessões e períodos de crescimento. Em períodos de crise, é frequente ver nos jornais e na
televisão economistas dando entrevistas, tentando explicar as razões para o desempenho ruim da economia e fazendo previsões de cenários
futuros.
Em geral, o crescimento da economia é medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) de um país. O crescimento é mais alto em uns anos do que outros,
e, quando a economia sai do trilho, o crescimento passa a ser negativo, ou seja, há redução do PIB. Flutuações no PIB estão muito associadas a
flutuações no emprego.
Exemplo

15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 3/38
Quando passamos por uma recessão, a economia passa por um período de produção decrescente e desemprego crescente.
O Brasil passou por uma forte recessão entre 2014 e 2016.
Declínio
Entre o segundo trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2016, o PIB real caiu sistematicamente, indicando declínio na produção de bens e
serviços da economia. Mesmo com o fim da recessão em 2016, a economia mostrou recuperação muito lenta e, até a data de publicação desta aula
(2º trimestre 2020), não havia se recuperado completamente.
Crescimento
Desde o 2º trimestre de 2014 até o 4º semestre de 2016, o crescimento médio foi de -1,8 %. A taxa de desemprego passou de 6,5% em dezembro de
2014 para 13,7% em janeiro de 2017. O mau desempenho econômico permeou os noticiários daquele período, sendo destacado por ter sido um dos
piores períodos da economia brasileira nos anos recentes.
Essas oscilações de curto prazo no produto e no emprego recebem o nome de ciclos econômicos. A terminologia é um pouco enganosa, podendo
sugerir que as oscilações sejam regulares e previsíveis, quando não são. Muito pelo contrário, elas são bastante irregulares e carregam um elevado
componente de incerteza. Podem acontecer próximas umas às outras, ou distantes. Não há como garantir com segurança.
Exemplo
A crise de 2009 ocorreu relativamente próxima à de 2015. Pouco depois, quando a economia brasileira apresentava alguns fracos indícios de
recuperação, a crise da pandemia da covid-19 surgiu, causando impacto imediato na economia mundial e a paralisação de muitos setores
internacionalmente - algo que ninguém poderia prever.
No entanto, nem todas as oscilações são completamente imprevisíveis. Algumas delas apresentam sinais antes de o cenário mais grave acontecer.
Como explicar essas oscilações de curto prazo? Quais modelos são capazes de explicá-las? É possível que os formuladores de política econômica
as evitem? No próximo tópico, vamos procurar desenvolver a teoria para explicar o comportamento da economia no curto e no longo prazo.
Os componentes do PIB e a lei de Okun
Como você deve ter aprendido, o PIB mede a soma de todos os bens e serviços finais produzidos na economia durante um determinado período de
tempo. A próxima imagem mostra o crescimento do PIB real do Brasil desde 1997.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 4/38
Figura 1 - Taxa de crescimento do PIB real
Não é preciso ser economista para perceber que o crescimento econômico não é estável e que, às vezes, é negativo, como foi durante a recessão de
2014-16. Mas, como se define uma recessão? Há definições distintas, como:
Existe uma regra técnica que define recessão a partir do momento em que o PIB de um país cai por dois trimestres
consecutivos.
Já o Codace considera que existe recessão quando é observada uma queda generalizada no nível de atividade econômica, independentemente de
haver dois trimestres negativos de PIB. A explicação para isso é que muitas vezes o PIB é afetado por algum setor específico, e não reflete a
dinâmica da economia como um todo. Assim como o PIB reflete a dinâmica de diferentes setores da economia, ele também é uma soma de seus
diversos componentes, refletindo-os, portanto. Ele é composto por quatro componentes de despesa:
odace
Comitê de Datação de Ciclos Econômicos da Fundação Getúlio Vargas, é uma organização independente criada com a finalidade de determinar a
referência cronológica para os ciclos econômicos brasileiros.
1.
Consumo;
2.
Investimento;
3.
Compras do Governo;
4.
Exportações Líquidas.
Nesses componentes, os ciclos econômicos também acabam se tornando aparentes, sendo alguns mais voláteis que outros, tal qual o
investimento. Ademais, os ciclos são visíveis nos dados que descrevem as condições do mercado de trabalho.
A imagem, a seguir, mostra a taxa de desemprego desde 2012.
Figura 2 - Taxa de desemprego
Pode-se observar que o desemprego cresceu durante a recessão de 2014-16. Ao olhar para outros indicadores de mercado de trabalho, vamos notar
trajetórias semelhantes. Quando há declínio na atividade econômica, torna-se mais difícil encontrar uma vaga de emprego.
Se há mais desempregados em períodos de crise e recessão, e são justamente os trabalhadores empregados que
contribuem para a produção de bens e serviços, aumentos na taxa de desemprego devem estar relacionados a
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 5/38
declínios no PIB real.
Essa relação negativa entre produto e desemprego é chamada pelos economistas de Lei de Okun. Essa lei torna evidente que os determinantes do
ciclo econômico de curto prazo são diferentes dos determinantes de longo prazo.
ei de Okun
O nome é uma homenagem ao economista Arthur Okun (1928-1980), primeiro a estudar essa relação.
Longo prazo
O longo prazo é determinado principalmente pelo progresso tecnológico.
Curto prazo
O curto prazo é determinado pelo emprego da força de trabalho da economia.
As quedas na produção de bens e serviços presentes nas recessões estão frequentemente associadas a um aumento do desemprego.
A próxima imagem mostra essa relação para o Brasil.
Figura 3 - Lei de Okun no Brasil 2012-2017
Horizontes de tempo na macroeconomia
Como mencionado, na macroeconomia existem diferentes determinantes a depender do horizontetemporal em análise e, consequentemente,
diferentes modelos. Mas, por que modelos de longo prazo e curto prazo não podem ser iguais? A maioria dos economistas entende que a principal
diferença entre o curto e o longo prazo está na forma como os preços se comportam.
Longo prazo
No longo prazo, os preços são flexíveis e reagem a mudanças na oferta e na demanda.
Curto prazo


15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 6/38
No curto prazo, os preços são mais rígidos e permanecem “fixos" em um nível determinado por algum tempo.
Como os preços se comportam de forma diferente no curto e no longo prazo, eles também reagem de maneira diferente a mudanças econômicas,
sejam elas choques externos ou alterações na política econômica.
Veja um exemplo de como o preço se comporta no curto prazo:
1 - Agropecuária
Ocorre uma mudança inesperada na produção agropecuária (uma quebra de safra).
2 - Restaurantes
Os restaurantes não aumentam imediatamente o preço de suas refeições.
3 - Empresas
As empresas não alteram os salários de seus funcionários de pronto.
4 - Mercados
Os mercados não mudam as etiquetas de seus produtos.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 7/38
A maior parte dos preços demora um certo período de tempo para se alterar. No longo prazo, no entanto, esses preços se ajustam lentamente,
respondendo a essas alterações de política econômica ou a choques. A rigidez temporária dos preços sugere que o impacto no curto prazo
decorrente de uma variação na oferta monetária difere do impacto no longo prazo.
Desse modo, um modelo que deseje capturar a dinâmica dos preços no curto prazo deve levar em consideração essa rigidez. Veremos mais adiante
que variáveis reais como produto e emprego sofrerão algum ajuste no curto prazo, uma vez que os preços não se adequam rapidamente. Isso
significa que as variáveis nominais poderão influenciar as variáveis reais enquanto durar o período no qual os preços se mantiverem rígidos.
Demanda agregada
Na Teoria Macroeconômica Clássica, supõe-se que os preços se ajustam para garantir que a quantidade demandada de produto seja igual à
quantidade ofertada. A oferta de bens e serviços, por sua vez, depende da capacidade de produção da economia e está atrelada às ofertas de
capital e de mão de obra, além da tecnologia disponível para a produção.
Quando os preços são rígidos, no entanto, esse ajuste de preço não pode ser realizado. Assim, o produto depende também da demanda por bens e
serviços. Já a demanda depende de uma série de fatores, como:
Consumidores
Confiança dos consumidores em relação ao cenário econômico.
Investidores
Percepção dos investidores a respeito de lucratividade.
Fiscal
Política fiscal.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 8/38
Monetária
Política monetária.
Para melhor compreender como esses fatores influenciam a demanda, vamos introduzir o conceito de demanda agregada. Demanda agregada (DA)
é a relação entre a quantidade de produto demandada e o nível de preços agregado da economia. O nível de preços, por sua vez, é uma medida de
preços globais de um conjunto determinado de bens e serviços — nesse caso, da economia como um todo.
Resumindo
Assim, a demanda agregada aponta para a quantidade de bens e serviços que as pessoas desejam adquirir para cada nível de preços.
A chamada Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) sustenta que:
MV=PY
M = Oferta monetária
V = Velocidade da Moeda
P = Nível de preços
Y = Montante do produto
Rotacione a tela. 
A oferta monetária é o valor total de dinheiro disponível em uma economia em um determinado período do tempo. A velocidade da moeda é
simplesmente a frequência média com que uma unidade de moeda (por exemplo, um real) troca de mãos em uma transação econômica.
Supondo que a velocidade da moeda seja constante, essa equação diz que a oferta monetária determina o valor nominal do produto PY. Partindo do
pressuposto de que a quantidade de moeda ofertada M é fixada pelo Banco Central, então a equação quantitativa enuncia uma relação negativa
entre preços P e quantidade de produto Y. De outra maneira:
Rotacione a tela. 
As barras sobre as variáveis indicam que elas assumem valores fixos. Para manter o lado esquerdo da equação constante, P e Y precisam ter uma
relação negativa entre si: Se o preço aumenta, o produto diminui. A próxima imagem mostra um gráfico para combinações de P e Y que satisfazem
essa equação para uma dada velocidade da moeda V e oferta monetária:
Figura 4 - Combinações de P e Y
A curva com inclinação negativa é conhecida como curva de demanda agregada. Assim, a oferta monetária M e a velocidade da moeda V
determinam o valor nominal do produto PY. Como PY é uma constante, quando P aumentar, Y deve diminuir, e vice-versa.
MV = PY
–
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 9/38
A intuição econômica por trás dessa igualdade é que, uma vez determinada a oferta monetária, ela estabelece o valor de todas as transações da
economia em moeda corrente.
Se o nível de preços aumenta, todas as transações exigirão uma quantidade maior de moeda corrente para ocorrer,
de modo que o número de transações caia e, por consequência, a quantidade de bens e serviços adquirida
também.
Também podemos analisar a inclinação negativa da curva de demanda agregada sob outra ótica: quanto maior o montante do produto, maior o
número de transações realizadas pelas pessoas, assim a necessidade de moeda corrente passa a ser mais alta. Em outras palavras, há uma
demanda por encaixes monetários reais, M/P, mais alta.
Encaixes monetários reais é o nome dado ao termo correspondente à razão de quantidade de moeda M sobre o nível de preços P.
Por que é importante dividir a quantidade de moeda M pelo nível de preços P?
Resposta
Porque não faz diferença ter o dobro do dinheiro se os preços forem duas vezes maiores. O que interessa é o poder de compra da moeda, e não só o
número impresso em uma cédula.
Uma vez que a oferta monetária M é constante, um encaixe real mais alto significa um nível de preços mais baixo. Analogamente, uma demanda por
encaixes reais mais baixos por conta de menos transações implica um nível de preços mais alto.
Deslocamentos na demanda agregada
Até aqui, consideramos a oferta monetária M como dada. O que aconteceria se o Banco Central decidisse alterar a oferta monetária? Certamente, as
combinações possíveis de P e Y se alterariam, de modo que a curva de demanda agregada se deslocaria.
Suponha que o Banco Central aumente a oferta monetária. Pela equação quantitativa da moeda, um aumento de M deve provocar um aumento
proporcional do valor nominal do produto PY.
Comentário
Para qualquer nível de preços, o montante de produto passa a ser maior, assim como para qualquer montante de produto, o nível de preços passa a
ser mais alto.
Dessa forma, há um deslocamento da curva de demanda agregada para a direita e para cima, ou para fora. O painel (a) da figura 5 mostra essa
dinâmica.
Figura 5 (a) Deslocamentos da DA por um aumento em M.
Do mesmo modo, o mecanismo contrário também ocorre. Se o Banco Central decide reduzir a oferta monetária, o montante de produto para
qualquer nível de preços passa a ser menor e, para qualquer montante de produto, o nível de preços se torna mais baixo. Nesse caso, a curva de
demanda agregada se desloca para baixo e para a esquerda, ou para dentro. O painel (b) da figura 5 exibe esse deslocamento.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 10/38
Figura 5 (b) Deslocamentos da DA por uma redução em M.
Embora seja responsável por alguns dos deslocamentos da demanda agregada, a oferta de moeda não é o único fator que pode causar esse efeito.
Mudanças na velocidade da moeda, porexemplo, também podem deslocar a demanda agregada, na mesma lógica da equação quantitativa da
moeda. Contudo, é importante ter em mente que a TQM é uma simplificação da teoria para se compreender a curva de demanda agregada.
Como veremos em outro módulo, oscilações na oferta monetária ou na velocidade da moeda não são a única fonte de oscilação na demanda
agregada. A realidade é bem mais complexa.
Oferta agregada
Sozinha, a curva de demanda agregada não diz em que ponto a economia se encontra, isto é, qual o nível de preços vigente e o montante de produto
correspondente. Ela mostra apenas uma relação entre essas duas variáveis. Todavia, existe outra curva que também apresenta uma relação entre P
e Y que cruza a curva de demanda agregada: a chamada curva de oferta agregada.
Essas curvas determinam de forma conjunta o nível de preços P e a quantidade de produto Y da economia, e a interseção entre elas indica em que
ponto a economia está.
A oferta agregada (OA) é a relação entre a quantidade de bens e serviços ofertada e o nível de preços da economia.
Atenção!
Dado que os bens e serviços ofertados têm preços flexíveis no longo prazo e preços rígidos no curto prazo, a oferta agregada depende do horizonte
de tempo que está sendo analisado.
Desse modo, pode-se dizer que existem duas curvas de oferta agregada: a oferta agregada de longo prazo (OALP) e a oferta agregada de curto
prazo (OACP).
Como explicado, no longo prazo, a capacidade de oferta de bens e serviços da economia depende dos montantes fixos de capital e mão de obra e
da tecnologia disponível para a produção. Formalmente:
Rotacione a tela. 
Essa equação indica que o produto Y é uma função do montante fixo de capital e do montante fixo de trabalho . Como ambos os insumos são
fixos, o produto também será fixo.
Relembrando
A barra superior indica que a variável assume um valor fixo.
Note que o nível de preços P não entra na função de produção, ou seja, não é um insumo: consequentemente, não afeta o montante de produto Y.
Essa função deriva do modelo clássico, que descreve como a economia se comporta no longo prazo. De acordo com esse modelo, o produto não
depende do nível de preços.
Se o produto é fixo no longo prazo e não depende do nível de preços, a curva de oferta agregada será uma linha reta vertical cujo intercepto no eixo
do produto é o montante de produto fixo .
A imagem, a seguir, mostra a curva de oferta agregada do longo prazo (OALP) cruzando a curva de demanda agregada (DA).
Y = f(K̄, L̄)
K̄ L̄
Ȳ
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 11/38
Figura 6 - Oferta agregada de longo prazo (OALP) e Demanda agregada (DA)
Dado que a curva de oferta agregada do longo prazo é uma linha vertical, então um deslocamento da curva de demanda agregada não afetará a
quantidade de produto Y, mas apenas o nível de preços P.
Se a oferta monetária aumenta, por exemplo, e a curva de DA se desloca para fora, como mostra a imagem a seguir, o que ocorre?
Figura 7 - Oferta agregada de longo prazo (OALP) e deslocamento da Demanda agregada (DA)
O ponto de cruzamento das duas curvas muda do ponto A para o ponto B, aumentando o nível de preços. Desse modo, oscilações na demanda
agregada afetam apenas os preços no longo prazo.
A oferta agregada de longo prazo vertical satisfaz a chamada dicotomia clássica, de acordo com a qual variáveis nominais não afetam variáveis
reais, afinal, o nível de produto não depende da oferta monetária. O nível do produto no longo prazo é chamado de nível natural do produto ou
nível do produto de pleno emprego, que é o ponto da economia no qual a taxa de desemprego está em seu nível natural, ou, de outro modo, os
recursos da economia estão plenamente empregados.
No entanto, esse é o caso apenas do longo prazo. No curto prazo, o modelo clássico não se aplica. Como há rigidez de preços no curto prazo, a
curva de oferta agregada de curto prazo não é vertical.
Vamos tomar como exemplo o caso extremo: todos os preços são fixos no curto prazo e vamos supor a seguinte situação:
Ȳ
1
É muito caro para os restaurantes trocarem seus menus.
2
As empresas não possuem capital para alterar os salários de seus empregados.
3
É muito custoso para os mercados mudarem suas etiquetas.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 12/38
Posto isso, todos os preços estão fixados em valores predeterminados. A esses preços, os produtores ofertam a quantidade que os consumidores
estiverem dispostos a comprar, e utilizam a quantidade exata de capital e mão de obra para produzir aquela quantidade.
Obviamente, isso é apenas uma simplificação e não representa a realidade em toda a sua complexidade. Mas, por ora, vamos analisar este modelo:
se o nível de preços é completamente rígido, isso significa que ele não muda. Assim, a curva de oferta agregada do curto prazo é uma reta
horizontal. O gráfico da próxima imagem mostra esse caso.
Figura 8 - Oferta agregada de curto prazo (OACP) e Demanda agregada (DA)
No curto prazo, um deslocamento para fora da curva de demanda agregada ocasionado por uma ampliação da oferta monetária deslocada não
altera o nível de preços, como ilustra a imagem a seguir. A economia passa do ponto inicial A para o novo ponto de equilíbrio B, alterando o nível de
produto de Y1 para Y2, elevando-o a um nível constante de preços. Dessa forma, um aumento na demanda agregada eleva o produto no curto prazo,
dado que os preços não se ajustam instantaneamente.
Agora, veja outro exemplo, na próxima imagem, depois de um movimento positivo repentino na demanda agregada.
Figura 9 - Oferta agregada de curto prazo, (OACP) e deslocamento da Demanda agregada (DA)
Nesse cenário, a economia passa por um período de aquecimento.
1
Produtores ficam amarrados a preços demasiadamente baixos para seu nível elevado de produção.
2
Com a demanda elevada por seus produtos, as empresas vendem uma alta quantidade de bens e serviços, o que gera um aumento de
sua produção.
3
Com isso, as empresas utilizam mais capital e contratam mais trabalhadores.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 13/38
Como sabemos, a economia não se resume a um momento estático no curto prazo. Veremos a seguir o que ocorre depois de um deslocamento
repentino da demanda agregada.
Atenção!
Devemos frisar que os casos ilustrados aqui são dois casos extremos e que a realidade da economia é um tanto mais complexa do que isso.
Utilizamos esses dois casos extremos como pontos de partida para fundamentar o restante da teoria. Como veremos mais adiante, num intervalo
de tempo em que alguns preços são flexíveis e outros rígidos, a curva de oferta agregada será uma mistura das duas apresentadas até então. Ou
seja, será uma curva positivamente inclinada.
A transição do curto prazo para o longo prazo
Até agora, vimos como a economia e os preços se comportam no curto prazo e no longo prazo. Mas, como a economia faz a transição do curto
prazo para o longo prazo? Suponha que a economia esteja inicialmente num equilíbrio de longo prazo. O equilíbrio de longo prazo ocorre quando a
curva de demanda agregada intercepta a curva de oferta agregada de longo prazo, ilustrado pelo ponto E na imagem a seguir.
Figura 10 - O equilíbrio de longo prazo.
A imagem anterior mostra três curvas: a curva de demanda agregada, a curva de oferta agregada de curto prazo e a oferta agregada de longo prazo.
A curva de oferta agregada de curto prazo também cruza o ponto de equilíbrio, porque, dado que no longo prazo os
preços se ajustam para alcançar o equilíbrio, quando a economia está no equilíbrio de longo prazo, ela também
está em um equilíbrio de curto prazo.
Vamos continuar com o exemplo de um aumento na demanda agregada induzido por uma expansão da oferta monetária, como mostra na próxima
imagem. Haverá um deslocamento para a direitada curva de demanda agregada. No curto prazo, os preços são rígidos, de modo que a produção
aumenta e a economia se move do ponto E para o ponto E’.
Figura 11 - Uma expansão da DA e a transição para um novo equilíbrio.
Veja a seguinte situação:
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 14/38
Nesse novo equilíbrio, a produção e o emprego voltam aos seus níveis naturais, mas os preços se encontram num nível mais elevado do que no
antigo equilíbrio de longo prazo, representado pelo ponto E. Assim, uma oscilação da demanda agregada afeta o nível de produção no curto prazo,
mas esse efeito é mitigado conforme o tempo passa e as empresas ajustam seus preços.
Política de estabilização
Vimos o exemplo de quando oscilações na economia são decorrentes de mudanças na demanda agregada. Oscilações derivadas de mudanças na
oferta agregada também são possíveis. Vamos conhecer esses tipos de “choques”.
1
Produção e emprego aumentam e passam a ficar acima de seus níveis naturais, o que significa que a economia está aquecida.
2
As empresas passam a vender e a produzir uma quantidade alta de bens e serviços e, para isso, utilizam mais capital e contratam
mais trabalhadores.
3
A alta da atividade econômica pressiona os preços para cima, deslocando a economia gradativamente para cima, ao longo da curva
de demanda agregada.
4
Com maiores preços, a quantidade demandada por bens e serviços diminui, até o ponto E’’, que é o novo equilíbrio de longo prazo.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 15/38
Eventos exógenos que deslocam essas curvas são chamados pelos economistas de choques econômicos.
Se um evento desloca a curva de demanda agregada, ele recebe o nome de choque de demanda.
Caso desloque a curva de oferta agregada, é chamado de choque de oferta.
Esses choques tiram a economia do equilíbrio, pois afastam o produto e o emprego de seus níveis naturais, e o modelo de oferta e demanda
agregadas busca explicar como esses choques fazem a economia oscilar.
Os choques também podem ser de dois tipos, veja no próximo recurso.
Endógenos
Dizemos que choques são endógenos quando há alterações em uma variável explicada pelo modelo.
Exógenos
Quando há alterações em variáveis tidas como fixas ou determinadas fora do modelo, chamamos de choques exógenos.
O modelo também nos permite avaliar como a política macroeconômica pode reagir a esses choques. Ações realizadas pelas autoridades voltadas
para amenizar os efeitos negativos de oscilações econômicas de curto prazo recebem o nome de políticas de estabilização. As políticas de
estabilização atuam no sentido de atenuar o ciclo econômico, a fim de manter o produto e o emprego o mais próximo possível de suas taxas
naturais.
Choques na demanda agregada
O que aconteceria se o choque na demanda agregada fosse provocado por uma redução na oferta monetária? O cenário seria o inverso do que
vimos na figura 7. A diminuição na oferta de moeda deslocará a curva de demanda agregada para a esquerda, como visto anteriormente.
A rigidez dos preços no curto prazo faz com que a economia se mova do equilíbrio de curto prazo no ponto E para o ponto E’, como mostra na
próxima imagem. Nesse ponto, a produção e o emprego estão abaixo de seus níveis naturais, e a economia se encontra em recessão.
Choques econômicos 
Choque de demanda 
Choque de oferta 

15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 16/38
Figura 12 - Uma redução da DA e a transição para um novo equilíbrio
Em resposta à diminuição da demanda, os preços e os salários caem. Essa diminuição dos preços faz com que a economia se mova para baixo,
deslizando ao longo da curva de demanda agregada, até o ponto E’’, o novo equilíbrio de longo prazo. Neste novo equilíbrio, produção e emprego
voltam às suas taxas naturais, mas os preços se encontram abaixo do nível inicial.
Até aqui, trabalhamos com choques de demanda ocasionados por uma alteração na oferta monetária M. Lembre-se de que definimos a curva de
demanda agregada como uma relação entre o nível de preços P e produto Y, que mantinha constante o lado esquerdo da equação quantitativa da
moeda, MV. Nesse sentido, choques na demanda agregada também podem ser ocasionados por uma alteração na velocidade da moeda V.
Considere, então, um novo exemplo de choque na demanda agregada: a introdução de aplicativos de banco e compras online nos smartphones e
sua rápida disseminação, possibilitando a realização de transações em qualquer momento do tempo de qualquer lugar, sem a necessidade de
deslocamento físico.
Dado que constituem um meio mais rápido de realizar compras e transações do que o uso prévio de dinheiro físico em lojas físicas, as inovações
tecnológicas reduzem a quantidade de moeda que as pessoas escolhem reter em mãos. Com isso, a redução da demanda por moeda equivale a um
aumento na velocidade da moeda.
Resumindo
Se cada pessoa reduz a quantidade de moeda que tem em mãos, isso implica que cada unidade de moeda passa de mão para mão de forma mais
rápida, de modo que a velocidade de moeda V aumenta.
Mantida constante a oferta de moeda, o aumento na velocidade acarreta um deslocamento para fora na curva de demanda agregada.
No curto prazo, o aumento da demanda faz com que o nível de produto da economia aumente, aquecendo a economia. Para o nível de preços do
equilíbrio inicial E, as empresas vendem uma quantidade maior de bens e serviços, o que as leva a contratarem mais trabalhadores e utilizarem uma
quantidade maior de capital.
Com o passar do tempo, o nível elevado da demanda agregada empurra os preços para cima, de modo a se ajustarem gradativamente. A quantidade
demandada de produto diminui à medida que os preços aumentam, e, aos poucos, a economia vai retornando ao nível natural de emprego e
produção. Durante toda a transição para o novo equilíbrio E’’, o produto da economia permanece acima de sua taxa natural.
Isso levanta uma questão:
É possível que o Banco Central faça algo para conter esse hiper crescimento da economia e manter o produto mais
próximo de suas taxas naturais, evitando ocasionar um aumento elevado do nível de preços? Em outras palavras, o
Banco Central pode atuar para reduzir o nível de atividade econômica e impedir inflação alta?
Resposta
Sim, é possível que o Banco Central possa atuar para reduzir o nível de atividade econômica e impedir inflação alta.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 17/38
As autoridades monetárias podem reduzir a oferta monetária compensando o efeito do aumento da velocidade da moeda na curva de demanda
agregada. Desse modo, é possível que o Banco Central mitigue ou até elimine os impactos de choques na demanda agregada sobre o produto e o
emprego. Isso é possível porque o Banco Central tem controle, ainda que parcial, sobre a oferta monetária - o que é assunto de outros temas.
Choques na oferta agregada
Analisamos os eventos exógenos que podem causar choques na demanda agregada. A oferta agregada, contudo, também pode sofrer choques e
causar oscilações na economia. Choques de oferta alteram o custo da produção de bens e serviços e, como consequência, geram alterações nos
preços dos bens e serviços ofertados pelas empresas.
Como afetam diretamente o nível de preços, choques de oferta também são conhecidos como choques de preços. Veja alguns exemplos:
1.
Eventos climáticos adversos que destroem colheitas, como secas, tempestades etc. A diminuição da oferta desses alimentos aumenta seu
preço;
2.
Alterações nas leis de proteção ambiental: Mudanças nas exigências de emissão de agentes poluentes, desmatamento permitido, entre outros.
Mudanças no sentido do relaxamento dessas leis diminuem os custos das empresas, enquanto o endurecimento dessas leis representa um
aumento dos custos dasempresas, que podem repassá-los ao menos parcialmente para os consumidores por meio de preços mais altos;
3.
Pressão sindicalista por salários mais altos. Se atendida, haverá um aumento dos salários e também nos preços dos bens e serviços
produzidos por empregados sindicalizados;
4.
Atuação de cartéis internacionais. Por exemplo, o aumento do preço do petróleo na década de 1970 pela OPEP representou um choque de
oferta.
Os choques também podem ocorrer de outras maneiras, como:
Eventos que elevam os preços são choques adversos de oferta.
Eventos que diminuem os custos e preços, tal qual a dissolução de um cartel internacional de petróleo, por exemplo, são choques favoráveis
de oferta.
Um choque adverso de oferta impulsiona a oferta agregada de curto prazo para cima. Se a demanda agregada permanece constante, a economia
diminui sua produção e aumenta o nível de preços, movendo-se do ponto A para o ponto B, como mostra a imagem a seguir.
Choques adversos de oferta 
Choques favoráveis de oferta 
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 18/38
Figura 13 - Choque adverso na oferta.
No ponto B, o nível de preços está alto e a produção e o emprego estão abaixo de seu nível natural: Fenômeno conhecido como estagflação.
Ao se deparar com um choque adverso de oferta, a autoridade formuladora de política econômica, como o Banco Central, pode escolher entre duas
alternativas:
stag�ação
Dado que combina estagnação da produção com inflação (aumento generalizado nos preços).
Primeira opção
Não fazer nada, mantendo constante a demanda agregada, e deixar a economia realizar o processo de ajuste sozinha. Veja as vantagens e
desvantagens:
Vantagem
Como a produção e o emprego estão abaixo de suas taxas naturais, a tendência dos preços é cair, retornando ao nível de preços anterior
naturalmente. Assim, a economia sai do ponto B e volta ao ponto A.
Desvantagem
O problema é que esse processo de ajuste apresenta um custo em forma de recessão, com várias pessoas enfrentando desemprego e baixa
produção.
Segunda opção
Acomodar o choque na oferta. O Banco Central pode fazer isso impulsionando a demanda agregada por meio do aumento da oferta monetária.
A vantagem é que isso acelera o processo de ajuste e conduz a economia de forma mais rápida em direção ao nível natural de produto e emprego. O
diagrama, a seguir, ilustra esse mecanismo.
Figura 14 - Acomodação de um choque adverso na oferta.
Se um aumento na demanda agregada coincide com o choque na oferta agregada, a economia salta do ponto A para o ponto C imediatamente.
A desvantagem é que o nível de preços se torna permanentemente mais alto. Não há uma forma de ajustar a demanda agregada de modo a manter
o produto e o emprego em seu nível natural e o nível de preços estável.


15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 19/38
Transações do curto para o longo prazo
Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos sobre transações do curto para o longo prazo. Vamos lá!
Falta pouco para atingir seus objetivos.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 20/38
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sobre a demanda agregada, assinale a alternativa falsa:
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3Ea)%20Verdadeiro.%20A%20demanda%20agregada%20%C3%A9%20constru%C3%ADda%20a%20fim%20de%20ser%20uma%20represen
versa.%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cbr%3E%3Cbr%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
Questão 2
Sobre a oferta agregada, assinale a alternativa falsa:
Parabéns! A alternativa B está correta.
A A demanda agregada é a relação entre a quantidade de produto demandada e o nível de preços agregado da economia.
B
A demanda agregada pode ser entendida como a relação expressa no lado direito da equação quantitativa da moeda, mantendo
fixos os termos do lado esquerdo.
C O nível de preços e o nível de produto apresentam uma relação positiva entre si.
D A demanda agregada é negativamente inclinada.
E A demanda agregada é afetada pelas políticas fiscal e monetária.
A A oferta agregada é a relação entre a quantidade de bens e serviços ofertada e o nível de preços da economia
B A oferta agregada de longo prazo é uma curva com inclinação positiva.
C
A oferta agregada de longo prazo depende dos montantes fixos de capital e mão de obra e da tecnologia disponível para
produção.
D A oferta agregada de longo prazo satisfaz o modelo clássico.
E A oferta agregada de curto prazo é uma curva horizontal.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 21/38
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3Ea)%20Verdadeiro.%20A%20oferta%20agregada%20%C3%A9%20constru%C3%ADda%20para%20que%20seja%20uma%20representa%C
2 - Os diferentes equilíbrios na economia
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os diferentes equilíbrios na economia e entender o impacto de alterações
nas políticas �scal e monetária.
Introdução
Até aqui, estudamos a curva de demanda agregada como a relação entre o nível de preços e o produto, mantido constante do lado esquerdo da
equação quantitativa da moeda. Vimos também que variações na velocidade da moeda e na oferta monetária deslocam a curva de demanda
agregada. Neste módulo, vamos aprofundar o aprendizado sobre a curva de demanda agregada. O modelo que vai servir de alicerce para a curva de
demanda agregada é conhecido como IS-LM.
No modelo de demanda agregada desenvolvido anteriormente, não demos atenção para uma variável importante da economia: a taxa de juros.
Conheça agora sobre as curvas IS e LM:
Curva IS
A taxa de juros afeta o mercado de bens e serviços, por meio do investimento e da poupança. Este mercado é representado pela curva IS.
Curva LM
A taxa de juros afeta o mercado de moeda, influenciando a oferta e demanda por moeda. Este mercado é representado pela curva LM.
Dado que ela afeta tanto o investimento quanto a demanda por moeda, a taxa de juros é a variável que conecta as duas partes do modelo IS-LM.
Neste módulo, vamos examinar com mais atenção esses dois mercados.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 22/38
A cruz keynesiana
Antes de entrar no modelo IS-LM, contudo, vamos começar com um modelo básico, chamado de a cruz keynesiana. Em sua obra intitulada A Teoria
Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda, John Maynard Keynes propôs que, no curto prazo, a economia era determinada pelo planejamento dos
gastos, por parte dos domicílios, empresas e governo.
A intuição por trás dessa teoria é que, se as pessoas desejassem gastar mais, maior seria a quantidade de bens e serviços que as empresas
conseguiriam vender e, assim, optariam por produzir mais bens e serviços e contratariam mais trabalhadores. Nesse sentido, Keynes acreditava que
o problema durante as recessões era o gasto insuficiente.
Para compreender essa teoria, façamos uma distinção conceitual. Há dois tipos de gastos na economia:
Gasto planejado
Correspondente ao montante que os domicílios, empresas e governo gostariam de gastar com bens e serviços.
Gasto efetivo
Correspondente ao montante que os domicílios, empresas e governo efetivamente gastam com bens e serviços.
Essa distinção sugere que nem sempre o gasto planejado e o gasto efetivo serão iguais. A razão para isso é que, no caso de as vendas não
corresponderem às expectativas das empresas, as firmas poderiam ter um investimento não planejado em estoques. Se as vendas superam o
montante planejado, os estoques diminuem, caso contrário, os estoques se acumulam.
O que determina o gasto planejado?
Supondo uma economia fechada, isto é, uma economiaque não realiza exportações nem importações, o gasto planejado, YP , será determinado
assim:
C - Consumo
I - Investimento planejado
G - Compras do governo
Rotacione a tela. 
O consumo C, por sua vez, será uma função da renda disponível, que é simplesmente a diferença entre a renda total (Y) e os tributos pagos ao
governo (T). Então, escrevemos:
Rotacione a tela. 
Para simplificar, consideraremos que o investimento I, os dispêndios do governo G e os impostos T são exógenos. Isso significa que a política fiscal
(dada pelos gastos do governo e pelos tributos) é fixa.
Logo:

YP = C + I + G
C = c(Y − T )
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 23/38
Rotacione a tela. 
Rotacione a tela. 
Rotacione a tela. 
Juntando as equações acima, temos que:
Rotacione a tela. 
Essa equação revela que o gasto planejado Yp é uma função da renda, Y, do investimento, , e da política fiscal, representada por e . Dado que
as demais variáveis estão fixas, temos uma relação entre o gasto planejado e a renda. Essa relação é positiva, uma vez que uma renda mais alta
provoca um maior consumo e, por consequência, um maior gasto planejado.
A próxima imagem mostra a curva de gasto planejado. A inclinação da curva é chamada de propensão marginal a consumir (PMgC). Isso significa
pensar: quanto você consumiria a mais se ganhasse um real adicional? Ou, o quanto o gasto planejado aumenta com uma unidade a mais de renda?
Como visto, nem sempre o gasto efetivo e o gasto planejado são iguais. Quando isso ocorre, no entanto, dizemos que a economia se encontra em
equilíbrio.
Figura 15 - O gasto planejado YP.
Lembre-se que o produto, ou PIB, é igual ao total da renda, mas também pode ser interpretado como o gasto total com bens e serviços. A condição
de equilíbrio pode ser expressa então da seguinte maneira:
Gasto Efetivo = Gasto Planejado
Ou seja:
Rotacione a tela. 
Representamos essa igualdade por uma reta de 45o no painel (b) da imagem a seguir. Essa reta passa por todos os pontos no qual a igualdade é
válida e os eixos do gráfico são iguais. O equilíbrio dessa economia está no ponto em que as duas retas se cruzam, representado pelo ponto A no
gráfico. O produto de equilíbrio está sinalizado por Y*.
I = Ī
G = Ḡ
T = T̄
YP = c(Y − T̄ ) + Ī + Ḡ
Ī Ḡ T̄
Y = YP
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 24/38
Figura 16 - A cruz keynesiana.
Entretanto, quando o gasto efetivo e o planejado não são iguais, como se alcança o equilíbrio?
Vamos analisar primeiro o caso, em que o gasto efetivo Y supera o gasto planejado YP (ou seja, Y > YP), e, portanto, estamos à direita do produto de
equilíbrio Y*. Nessa situação, os produtores produziram (Y) efetivamente mais do que os gastos planejados (YP). Então, a produção que não foi
vendida gera um aumento não planejado de estoques. Devido a isso, as empresas decidem cortar a produção e diminuir o número de trabalhadores,
o que acarreta a diminuição do PIB, deslocando o produto pouco a pouco para a esquerda.
Esse processo de redução da renda continua até que a renda se iguale ao nível de equilíbrio. Analogamente, se Y < YP, estamos à esquerda do
produto de equilíbrio Y*: As vendas são maiores do que o esperado, os estoques ficam abaixo do desejado, e as firmas aumentam a produção até
alcançar Y*. A próxima imagem mostra esses dois casos, indicados por um box cinza.
Figura 17 - O ajuste na cruz keynesiana.
O multiplicador de gastos
O que ocorre se uma das variáveis exógenas muda? Vamos supor que o governo deseje aumentar seus gastos G. Como isso afeta a economia?
Como os dispêndios do governo são um dos componentes do gasto planejado, um aumento nos gastos do governo leva a um maior gasto
planejado para qualquer nível de renda. Vamos denotar a variação nos gastos do governo por ΔG (a letra grega Δ (delta) é frequentemente usada
para denotar variação).
A curva de gasto planejado se desloca então para cima em ΔG. O diagrama da próxima imagem mostra esse movimento. O equilíbrio da economia
salta do ponto A para o ponto B.
Figura 18 - Um aumento nos gastos do governo.
O gráfico mostra que um aumento nos gastos do governo resulta num aumento de ainda maior magnitude da renda. Isso significa que ΔY>ΔG, e,
portanto, ΔY/ΔG>1. A razão ΔY/ΔG é chamada de multiplicador dos gastos do governo. Esse multiplicador informa o quanto o produto ou a renda
aumentam em virtude de um aumento de uma unidade monetária nos gastos do governo.
Atenção!
O fato de ΔY ser maior que ΔG implica que o multiplicador dos gastos do governo é maior do que 1: um real a mais gasto pelo governo gera um
aumento de renda superior a um real.
A razão para esse efeito multiplicador está no componente do consumo, que depende positivamente da renda: C=c(Y-T). Assim, uma renda maior
provoca um consumo mais elevado. Isso gera um efeito espiral na renda: O aumento nos gastos do governo faz a renda crescer, o que, por sua vez,
causa um aumento do consumo, que gera um aumento ainda maior da renda, que faz crescer novamente o consumo, e assim por diante.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 25/38
Qual a magnitude do multiplicador? Podemos responder a essa pergunta algebricamente, indicando por t1, t2, t3 etc. os diferentes momentos no
aumento do consumo:
Uma mudança inicial nos gastos do governo =
ΔG
Rotacione a tela. 
Aumento do consumo em t1 =
Rotacione a tela. 
Aumento do consumo em t2 =
Rotacione a tela. 
Aumento do consumo em t3 =
Rotacione a tela. 
Logo:
Rotacione a tela. 
No primeiro momento, o consumo aumenta ΔG multiplicado pela PMgC. No segundo momento, o consumo aumenta a renda que foi aumentada no
primeiro momento, ou seja, PMgC x (PMgC x ΔG), e assim sucessivamente.
Dica
Para calcular o multiplicador dos gastos do governo, basta dividir os dois lados da equação por ΔG.
O primeiro termo do lado esquerdo é uma série geométrica infinita e pode ser substituído por 1/(1-PMgC). Assim:
Rotacione a tela. 
Essa é a equação do multiplicador dos gastos do governo.
O multiplicador de impostos
Um processo similar ocorre quando há uma alteração nos impostos cobrados pelo governo. Quando o governo decide reduzir os impostos em ΔT, a
renda disponível Y - T aumenta imediatamente em ΔT, o que gera, portanto, um aumento do consumo em PMgC×ΔT.
O gasto planejado se torna maior para qualquer nível de renda Y. O painel (b) da figura 19 mostra o deslocamento para cima do gasto planejado,
causado por um aumento no consumo da magnitude de PMgC×ΔT. Novamente, o equilíbrio salta do ponto A para o ponto B. Assim como o aumento
nos gastos do governo gera um efeito multiplicador sobre a renda, o mesmo ocorre com a diminuição dos impostos.
PMgC × ΔG
PMgC2 × ΔG
PMgC3 × ΔG
ΔY = (1 + PMgC + PMgC2 + PMgC3 + …) × ΔG
ΔY /ΔG = 1/(1 − PMgC)
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 26/38
Figura 19 - Uma redução nos impostos.
Novamente, o aumento na renda gerado por um aumento no consumo vai resultar em um aumento ainda maior do consumo, que aumentará a renda
ainda mais, e assim sucessivamente. A diferença é que agora a variação inicial não é mais da ordem de ΔG, e sim de PMgC×ΔT.
Observe a diferença:
Um aumento no gasto público tem impacto imediato sobre o gasto total.
Uma diminuição dos impostos se transforma em renda dos consumidores, que transformam apenas uma parte dessa renda em consumo.
Ou seja, apenas PMgC×ΔT se transformam em consumo no primeiro instante. Assim como antes, a mudança inicial nos gastos é multiplicada por
1/(1-PMgC). O efeito na renda pode ser expresso por:
Rotacione a tela. 
A diferença é que, para a conta anterior, está no denominador do lado esquerdo da igualdade. Em vez de 1, temos o PMgC, pois o termo de impostos
T na equação do gasto planejado aparecemultiplicado por c, que é a propensão marginal a consumir. O sinal negativo do lado esquerdo da equação
indica que o consumo se movimenta na direção contrária aos impostos (maiores impostos, menos consumo, e vice-versa).
Resumindo
Essa expressão recebe o nome de multiplicador gerado por impostos e indica o montante em que a renda varia em resposta a uma variação de uma
unidade monetária nos impostos.
A curva IS
Usamos a cruz keynesiana para mostrar como a economia se comporta quando o governo decide alterar a política fiscal, isto é, modificar seu nível
de gastos ou impostos cobrados. Além disso, vimos que o fato de o consumo ser positivamente relacionado com a renda gera um efeito
multiplicador quando esta aumenta. Todavia, o modelo da cruz keynesiana supõe que o nível de investimento planejado, I, é fixo. O componente do
investimento, no entanto, depende da taxa de juros, r. Escrevemos:
Rotacione a tela. 
A taxa de juros r mede o custo dos recursos para financiar o investimento. Para que um investimento seja lucrativo, o seu retorno deve superar seu
custo, ou seja, os pagamentos pelos empréstimos realizados para financiar projetos de investimento, que são determinados pela taxa de juros. Se a
taxa de juros aumenta, a quantidade de projetos de investimentos que é lucrativa diminui, assim como o investimento.
Dessa forma, o investimento é negativamente relacionado com a taxa de juros. A imagem a seguir mostra essa relação, ilustrando a curva da
função investimento.
ΔY /ΔT = −PMgC/ (1 − PMgC)
I = I(r)
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 27/38
Figura 20 - A função investimento.
E o que acontece com o produto se a taxa de juros se altera? Vamos supor um aumento na taxa de juros, de r1 para r2. Dado que o investimento é
negativamente relacionado com a taxa de juros, uma taxa de juros maior implica uma redução no nível de investimento, de I(r1) para I(r2), como
mostra a próxima imagem.
Figura 21 - A cruz keynesiana.
A função do gasto planejado é uma soma do investimento com os componentes de consumo e gastos do governo. Essa diminuição do gasto
planejado, por sua vez, diminui o produto de Y1 para Y2. Consequentemente, uma elevação na taxa de juros resulta numa redução da renda, tudo
mais constante.
A curva IS sintetiza a interação entre a taxa de juros e o nível de renda do mercado de bens e serviços. Ela está representada no diagrama da
imagem a seguir. A curva IS combina a relação entre r e I, expressa pela função investimento, e a relação entre I e Y, implícita na cruz keynesiana.
Figura 22 - A curva IS.
Cada ponto na curva IS representa um equilíbrio no mercado de bens, e a curva explicita a relação entre a taxa de juros e o nível de renda de
equilíbrio. Visto que um aumento na taxa de juros provoca uma queda no investimento planejado, que, por sua vez, gera uma diminuição da renda, a
curva IS tem inclinação negativa.
Política �scal na curva IS
Aprendemos com a cruz keynesiana que, além do investimento, o nível de equilíbrio da renda depende também da política fiscal, isto é, dos gastos
do governo G e dos impostos T. A curva IS mostra o nível de renda para qualquer taxa de juros determinada, variando o nível de investimento, que
traz o equilíbrio no mercado de bens. No entanto, ela é construída para uma determinada política fiscal.
Quando há variações na política �scal, a curva IS se desloca.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 28/38
Vimos que um aumento dos gastos do governo desloca a curva de gasto planejado na cruz keynesiana. Esse aumento no nível de dispêndios
também deslocará a curva IS. A próxima imagem utiliza a cruz keynesiana para mostrar como um aumento da ordem de ΔG nas compras do
governo desloca a curva IS.
Contudo, essa figura é referente ao equilíbrio de uma determinada taxa de juros , e, portanto, para um determinado nível de investimento. Assim,
um aumento nos gastos do governo desloca a curva IS para fora.
Figura 23 - A cruz keynesiana | A curva IS.
É possível replicar o mecanismo para outras mudanças na política fiscal do governo. Fizemos anteriormente a análise, via cruz keynesiana, do que
ocorre com a renda no caso de uma diminuição nos impostos. Novamente, a curva de gasto planejado se desloca para cima e aumenta a renda. Do
mesmo modo, uma diminuição nos impostos resultará no deslocamento para fora da curva IS.
Por outro lado, uma redução nos dispêndios do governo ou um aumento nos impostos reduz a renda, deslocando a curva IS para dentro.
O mercado monetário e a preferência pela liquidez
Mostramos o que acontece com a renda no mercado de bens e serviços quando há alterações no nível de investimento e na política fiscal, ilustrado
pela curva IS. O próximo passo é mostrar o que acontece no mercado de encaixes monetários. A curva LM representa graficamente a relação entre a
taxa de juros e o nível de renda nesse mercado. Para entender essa relação, vamos retomar a teoria de Keynes.
Ainda em sua obra A Teoria Geral, Keynes desenvolveu uma teoria para explicar como a taxa de juros se comporta no curto prazo, à qual deu o nome
de teoria da preferência pela liquidez. Esse nome vem da hipótese de que a taxa de juros se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por moeda
corrente, o ativo mais líquido da economia.
A liquidez de um ativo considera a facilidade com a qual ele pode ser convertido em dinheiro. Por exemplo:
Poupança
A poupança tem alta liquidez, pois é fácil resgatar o dinheiro da conta.
r̄

15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 29/38
Imóvel
Um imóvel tem baixa liquidez, pois não se converte em dinheiro facilmente.
Retomando o exemplo de uma economia fechada, denotamos por M a oferta monetária e P o nível de preços dessa economia. Logo, M/P é a oferta
de encaixes monetários reais. A teoria da preferência pela liquidez começa supondo que a oferta por encaixes monetários reais é fixa:
Rotacione a tela. 
O Banco Central ou alguma autoridade monetária determina de maneira exógena a oferta monetária. Tomaremos o nível de preços P também como
variável exógena, utilizando o modelo IS-LM para explicar o comportamento da economia no curto prazo, em que o nível de preços é fixo. A
combinação de ambos esses pressupostos implica que a oferta de encaixes monetários reais é fixa e, portanto, independe da taxa de juros.
Graficamente, se representarmos esse mercado como função da taxa de juros e dos encaixes monetários reais, a curva de oferta de encaixes
monetários reais será uma reta vertical, como mostra o diagrama na imagem a seguir.
Figura 24 - A teoria da preferência pela liquidez. A cruz keynesiana | A curva IS.
A demanda por encaixes reais, por sua vez, não é fixa. A teoria de Keynes presume que o montante de moeda corrente que as pessoas optam por ter
disponível é determinado pela taxa de juros. O motivo por trás dessa hipótese é que a taxa de juros seria o custo de oportunidade de reter moeda.
Em outras palavras, quando se opta por ter moeda em mãos, o indivíduo está deixando de manter o dinheiro sob
outras formas que rendem juros, como títulos ou depósitos bancários.
Nesse sentido, quando a taxa de juros sobe, aumenta o custo de oportunidade de se manter moeda corrente, e, portanto, as pessoas diminuem a
parcela da renda que mantêm sob a forma de moeda corrente. Formalmente, podemos definir a demanda por encaixes monetários reais como:
Rotacione a tela. 
A função L(r) mostra que a quantidade de encaixes monetários reais demandada depende da taxa de juros r. Como explicamos, dado que a
quantidade demandada de moeda corrente é menor a taxas de juros mais altas, a curva de demanda possui inclinação negativa, também presente
na próxima imagem.
(M/P)s = M̄/P̄
(M/P)d = L(r)
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html#30/38
Figura 25 - A teoria da preferência pela liquidez | Um aumento na oferta monetária.
Segundo a teoria da preferência pela liquidez, oferta e demanda por encaixes monetários reais determinam conjuntamente a taxa de juros no
mercado de moeda. No equilíbrio, oferta e demanda por encaixes monetários reais são iguais. Assim, a taxa de juros se ajusta a fim de equilibrar o
mercado monetário.
Esse ajuste ocorre, porque, caso o mercado monetário esteja fora do equilíbrio, os indivíduos ajustam suas carteiras de ativos e acabam por alterar
a taxa de juros no processo.
Se a taxa de juros está abaixo do nível de equilíbrio, a demanda por encaixes monetários reais excede a oferta.
Nesse cenário, seu João da padaria prefere manter mais dinheiro no caixa do que no banco, as pessoas tentam vender títulos e retirar dinheiro de
suas contas bancárias, e os bancos reagem aumentando as taxas de juros que oferecem para tentar atrair recursos que agora estão mais escassos.
A taxa de juros alcança então um nível de equilíbrio no qual os indivíduos estão satisfeitos com as carteiras de ativos não monetários e monetários.
De maneira similar, se a taxa de juros está acima do nível de equilíbrio, a oferta por encaixes monetários reais excede a demanda, e os indivíduos
que detêm o excedente da oferta monetária buscam trocar uma parte da moeda corrente, que não rende juros, por títulos ou depósitos bancários
que rendam juros.
Nesse caso, seu João da padaria preferirá deixar o dinheiro rendendo no banco do que no caixa de seu estabelecimento.
As entidades emissoras de títulos, como os bancos, respondem ao excesso de oferta monetária reduzindo suas taxas de juros.
Uma vez que a taxa de juros se ajusta para responder a desequilíbrios no mercado monetário, é apenas lógico assumir que ela reage a mudanças na
oferta de moeda.
Caso o Banco Central decida, por exemplo, aumentar a oferta monetária M repentinamente, o que ocorreria com a
taxa de juros?
Resposta
Um aumento em M faz subir, por sua vez, a razão de encaixes monetários reais M/P, dado que P é fixo. A oferta de encaixes monetários se desloca
para a direita, e a taxa de juros de equilíbrio cai de r1 para r2.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 31/38
Um nível mais baixo da taxa de juros faz com que os indivíduos dessa economia fiquem satisfeitos em reter uma parcela maior de encaixes
monetários reais. Com mais moeda em circulação, seu João não se importa em deixar mais dinheiro no caixa da padaria. A imagem a seguir mostra
esse movimento.
Figura 26 - Um aumento na oferta monetária.
Caso o Banco Central tivesse repentinamente reduzido a oferta monetária, o movimento seria contrário. A oferta de encaixes monetários reais se
deslocaria para a esquerda e a taxa de juros subiria.
A curva LM
Agora que vimos como a teoria da preferência pela liquidez explica os determinantes da taxa de juros, podemos construir a curva LM. Precisamos
traçar a relação entre a taxa de juros r e o nível de renda Y. Como uma mudança no nível de renda afeta o mercado de encaixes monetários reais?
Quando a renda é elevada, gasta-se mais, e os indivíduos realizam um número maior de transações que demandam moeda. Assim, uma maior renda
implica mais demanda por moeda.
Nesse sentido, pode-se dizer que o nível de renda afeta positivamente a demanda por encaixes monetários reais. Como a demanda por moeda é
negativamente relacionada com a taxa de juros, podemos sintetizar essa relação pela expressão:
Rotacione a tela. 
Mas, o que acontece com a taxa de juros quando o nível de renda se altera? Quando a renda aumenta, por exemplo, a curva de demanda por moeda
se desloca para a direita. Esse deslocamento acarreta um aumento da taxa de juros para equilibrar o mercado monetário, de r1 para r2, mantida fixa
a oferta de encaixes monetários reais.
Assim, de acordo com a teoria da preferência pela liquidez, uma renda mais alta resulta numa taxa de juros mais alta. A próxima imagem mostra
essa relação, com o ajuste no mercado de encaixes monetários reais ilustrado no painel (a) e a curva LM no painel (b).
Figura 27 - Mercado de encaixes monetários reais | A curva LM.
Política monetária e a curva LM
Como vimos, a curva LM mostra a taxa de juros que equilibra o mercado de encaixes monetários reais para qualquer nível de renda. No entanto, a
taxa de juros de equilíbrio depende também do nível da oferta de encaixes monetários reais, M/P, que consideramos como fixa. Assim, curva LM é
desenhada para uma determinada oferta de encaixes monetários reais. Se o Banco Central decide alterar a oferta monetária, a curva LM se desloca.
(M/P)d = L(r,Y )
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 32/38
Exemplo
Se a autoridade monetária aumenta subitamente a oferta monetária, de M' para M'', a oferta de encaixes monetários reais também aumenta na
mesma proporção, dado que P é fixo. Mantendo a renda constante e, consequentemente, a curva de demanda por moeda também constante, um
aumento na oferta monetária faz com que a taxa de juros de equilíbrio do mercado monetário diminua.
Desse modo, um aumento na oferta monetária desloca para baixo (ou para a direita) a curva LM. A imagem a seguir mostra esse deslocamento. O
gráfico (a) mostra o que ocorre no mercado monetário quando o Banco Central aumenta a oferta monetária.
(a) Um aumento na oferta monetária | (b) A curva LM.
O modelo IS-LM
Examinamos como cada curva se comporta separadamente e como respondem a alterações nas políticas fiscal e monetária. A combinação das
duas curvas determina o nível da renda e taxa de juros na economia. Se há um deslocamento em uma das duas curvas, há uma oscilação na renda
nacional e o equilíbrio de curto prazo se modifica.
A da próxima imagem mostra um possível equilíbrio de curto prazo da economia. O ponto no qual as duas curvas se interceptam indicado pela letra
E é o equilíbrio inicial, correspondente à renda nacional Y1 e à taxa de juros r1.
Figura 28 - O modelo IS-LM.
Exemplo
Suponha que o governo decida realizar uma política fiscal contracionista, isto é, visa a melhorar o resultado das contas públicas ao diminuir seus
gastos ou aumentar os impostos. Por ora, vamos considerar uma redução nos dispêndios (G). Como vimos acima, esse tipo de política desloca a
curva IS para dentro, sem alterar a curva LM.
Uma vez que a renda diminui, pela teoria da preferência da liquidez, sabemos que a quantidade de moeda demandada também diminui, pois o
número de transações diminui. Como a oferta monetária não se modificou, a menor demanda por moeda faz cair a taxa de juros de equilíbrio para
r2.
A diminuição da taxa de juros, no entanto, afeta o mercado de bens por meio do investimento. Como o nível de investimento é sensível à taxa de
juros, a queda na taxa de juros aumenta os planos de investimento das empresas. Por conseguinte, a redução da renda, em resposta a uma
contração fiscal, é menor no modelo IS-LM do que na cruz keynesiana, em que supomos que o nível de investimento é fixo. Podemos ver esse
deslocamento no diagrama da imagem a seguir.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 33/38
Figura 29 - Uma política fiscal contracionista.
Vamos examinar agora os efeitos de uma política monetária. Considere que o Banco Central decida reduzir a oferta monetária repentinamente.
Relembrando o que estudamos aqui, uma diminuição em M resulta numa queda nos encaixes monetários reais M/P, dado que os preços são rígidos
no curto prazo.
A diminuição na oferta de encaixes monetários reais acarreta uma taxa de juros mais alta, segundo a teoria da preferência pela liquidez. Com isso, a
curva LM se desloca para cima, como mostra a próxima imagem. No novo equilíbrio, a taxa de juros é maior e o nível de renda diminui.
Figura 30 - Uma diminuição da oferta monetária.
Mas, o que aconteceriase o governo mudasse a política fiscal e a política monetária simultaneamente, ou em um curto intervalo de tempo? Vamos
retomar o exemplo de uma política fiscal contracionista.
Sabemos que, no novo equilíbrio, o produto diminui e a taxa de juros também. Mas esse é o resultado apenas se o Banco Central não fizer nada. É
possível que o Banco Central decida reagir a esse aumento para atingir algum objetivo específico na economia.
Comentário
Se o Banco Central deseja manter constante a taxa de juros, ele precisa responder com uma política que aumente a taxa de juros. Como vimos, esse
é o caso de uma política de redução da oferta monetária. A figura 20 mostra uma possibilidade de resposta do Banco Central à contração fiscal.
Num primeiro momento, a curva passa do ponto A para o ponto B na próxima imagem, reduzindo a renda e a taxa de juros. Com a reação do Banco
Central, a taxa de juros sobe, mas o produto cai ainda mais, e o novo equilíbrio passa a ser o ponto C.
É possível ainda que o Banco Central saiba antecipadamente da decisão do governo de aumentar os gastos e realize a redução da oferta monetária
simultaneamente. Nesse caso, o equilíbrio salta do ponto A para o ponto C, sem alterar a taxa de juros. Contudo, este é apenas um dos resultados
possíveis.
Figura 31 - Política monetária como resposta à política fiscal: Banco Central mantém a taxa de juros.
Outra possibilidade é o Banco Central manter constante o produto. Nesse caso, ele precisaria realizar uma política fiscal no sentido contrário: para
responder a uma diminuição no nível do produto, ele deve realizar uma política que desloque a LM para a direita (para baixo), a fim de empurrar o
nível de renda para cima. Assim, a resposta do Banco Central deve ser no sentido de um aumento na oferta monetária.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 34/38
A imagem, a seguir, mostra como seria essa resposta. O nível de renda de equilíbrio se manteria, mas a taxa de juros cairia tanto em resposta à
política fiscal quanto à política monetária.
Figura 32 - Política monetária como resposta à política fiscal: Banco Central mantém o nível de renda.
Em ambos os casos, o ajuste na oferta monetária que o Banco Central fez foi exatamente o suficiente para manter ou a taxa de juros constante, ou o
nível de renda constante.
Muitas vezes, na realidade, o Banco Central não saberá a magnitude exata do deslocamento da IS e, consequentemente, não saberá o tamanho
preciso do ajuste que deve realizar, apenas o seu sentido. Nessas situações, podemos afirmar com certeza o que ocorre com a variável que o Banco
Central ignora, isto é, a que ele não quer manter constante, mas o resultado sobre a variável que ele pretende manter pode ser ambíguo.
No primeiro caso, sabemos que o produto cai com certeza em consequência de uma contração fiscal e uma diminuição na oferta monetária. No
entanto, se o Banco Central errar a mão na política monetária, o resultado sobre a taxa de juros será ambíguo. É possível que a taxa de juros do novo
equilíbrio seja um pouco mais alta do que a inicial, caso o Banco Central diminua demais a oferta monetária, ou que a taxa de juros seja um pouco
mais baixa, caso ele não diminua o suficiente a oferta monetária. No segundo caso, sabemos que a taxa de juros com certeza cai em virtude de uma
contração fiscal acompanhada de uma expansão monetária, mas o efeito sobre o produto pode ser ambíguo se o Banco Central não for preciso.
É possível que a taxa de juros do novo equilíbrio seja um pouco mais alta do que a inicial, caso o Banco Central diminua demais a oferta monetária,
ou que a taxa de juros seja um pouco mais baixa, caso ele não diminua o suficiente a oferta monetária. No segundo caso, sabemos que a taxa de
juros com certeza cai em virtude de uma contração fiscal acompanhada de uma expansão monetária, mas o efeito sobre o produto pode ser
ambíguo se o Banco Central não for preciso.
IS-LM como uma teoria para a demanda agregada
O modelo IS-LM serviu para explicar o equilíbrio no curto prazo quando o nível de preços é fixo. Para compreender como o modelo IS-LM se encaixa
no modelo de oferta e demanda agregada visto no início da aula, permitiremos que o nível de preços se modifique.
Como visto anteriormente, a demanda agregada expressa uma relação entre o nível de preços e o nível da renda nacional. Utilizamos a teoria
quantitativa da moeda para derivar essa relação. Agora, utilizaremos o modelo IS-LM.
Sabemos que a relação entre renda e nível de preços ilustrada pela curva de demanda agregada é uma relação negativa. Para entender por que o
produto aumenta à medida que o nível de preços diminui, vamos examinar o que acontece no modelo IS-LM quando o nível de preços se altera.
Relembrando
Recorde que no modelo IS-LM, a variável de nível de preços estava presente, de maneira implícita, na curva de oferta de encaixes monetários reais
M/P. Naquele momento, consideramos o nível de preços P fixo. Se o nível de preços aumenta, todavia, a oferta de encaixes monetários diminui.
Essa redução na oferta de encaixes monetários reais desloca a curva LM para cima, o que acarreta um aumento da taxa de juros de equilíbrio e a
redução do nível de renda, como mostra o painel (a) da próxima imagem.
O nível de preços sobe de P1 para P2 e a renda cai de Y1 para Y2. O painel (b) mostra a curva de demanda agregada, que ilustra graficamente a
relação negativa entre renda nacional e nível de preços.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 35/38
Figura 33 - Uma diminuição da oferta monetária | A curva de demanda agregada.
Assim, a curva de demanda agregada mostra o conjunto de pontos de equilíbrio no modelo IS-LM ao passo que se altera o nível de preços e,
consequentemente, a renda. Agora, veja o vídeo para fixar os pontos importantes que vimos nesse módulo.
Juros, investimento, curva IS e a cruz keynesiana
O vídeo, a seguir, faz um resumo sobre a curva IS e o mercado monetário e a preferência pela liquidez. Vamos lá!

15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 36/38
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sobre a cruz keynesiana, assinale a alternativa incorreta:
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3Ea)%20Verdadeiro.%20Aquela%20%C3%A9%20a%20defini%C3%A7%C3%A3o%20de%20gasto%20planejado.%20%0A%20%20%20%20%2
Questão 2
Sobre as curvas IS-LM, é falso afirmar que:
A O gasto planejado corresponde ao montante que domicílios, empresas e governo gostariam de gastar com bens e serviços.
B Quando gasto planejado e gasto efetivo se igualam, diz-se que a economia está em equilíbrio.
C O gasto planejado é uma função da renda, do investimento e da política monetária.
D A relação entre gasto planejado e renda é positiva devido ao componente de consumo que varia positivamente com a renda.
E Quando gasto planejado é maior que gasto efetivo, há acumulação não planejada de estoques.
A A curva IS mostra os diferentes pontos de equilíbrio no mercado de bens e serviços.
B A curva LM mostra os diferentes pontos de equilíbrio no mercado de encaixes monetários reais.
C A cruz keynesiana serve como alicerce para construir a curva IS.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 37/38
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3Ea)%20Verdadeiro.%20A%20curva%20IS%20%C3%A9%20constru%C3%ADda%20de%20modo%20que%20cada%20ponto%20na%20curva
Considerações �nais
Construímos neste conteúdo o modelo de oferta e demanda agregada, uma das ferramentas mais importantes para a análise do comportamento da
economia. Com esse instrumento, podemos avaliar o impactode diversas políticas econômicas - em particular, a política monetária e a política
fiscal - para lidar com os choques que atingem a economia.
Leia agora as manchetes de Economia dos jornais: Você encontrará chamadas como “Banco Central diminui a taxa de juros para enfrentar
recessão”, ou “Economistas debatem o efeito de um aumento de gastos públicos”. Tente entender essas manchetes a partir do instrumental
desenvolvido aqui!
Podcast
Agora, a(o) especialista encerra o tema, fazendo um breve resumo dos principais tópicos que foram abordados ao longo dos módulos.
D A curva LM é desenhada para uma determinada demanda por encaixes monetários reais.
E A curva LM mostra a relação entre o nível de renda e a taxa de juros para uma determinada oferta de encaixes monetários reais.

Referências
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Nacional por Amostra de Domicílios Contínua ‒ PNAD Contínua. Consultado na Internet
em: 14 jul. 2020.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produto interno bruto (PIB) real. Frequência: Trimestral. Consultado na Internet em: 14 jul.
2020.
KEYNES, J. M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. In: Os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
15/02/2023 20:11 Política Macroeconômica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00095/index.html# 38/38
MANKIW, N. G. Macroeconomia. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
Explore +
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, sugerimos que leia:
BACHA, E. A crise fiscal e monetária brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
BOLLE, M. B. de. Como matar a borboleta azul ‒ Uma crônica da era Dilma. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016.

Continue navegando