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Produção-Secundária

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02/10/2014
1
PRODUÇÃO SECUNDÁRIA
Uma estratégia para entender o funcionamento
dos ecossistemas, é saber como a matéria e
energia passam pelas cadeias alimentares.
PRODUÇÃO SECUNDÁRIA
A produção de biomassa pelos organismos
heterotróficos, sejam eles animais, protistas,
bactérias heterotróficas ou fungos, chama-se
produção secundária.
PRODUÇÃO SECUNDÁRIA
A biomassa produzida pelas plantas pode seguir
dois caminhos principais:
Ser consumida por herbívoros ou
Ser degradada pela teia de decomposição.
PRODUÇÃO SECUNDÁRIA
Como a matéria e energia passam pelas cadeias alimentares, 
nos mostram como os ecossistemas funcionam
PRODUÇÃO SECUNDÁRIA PRODUÇÃO SECUNDÁRIA
Todo animal removerá algum material e energia do nível
anterior, na forma de alimento.
Parte do material removido não será utilizado pelo
animal (um herbívoro pode arrancar um galho e comer
apenas as folhas, por exemplo), e será decomposto.
Outra parte do material será consumida, mas não
assimilada, sendo eliminada na forma de fezes.
A energia assimilada será usada na manutenção e
produção.
A produção por sua vez, será direcionada para o
crescimento ou reprodução.
02/10/2014
2
PRODUÇÃO SECUNDÁRIA
C = E + A
Consumo = Eliminação + Assimilação
Assimilação =Respiração + Crescimento + Reprodução+
Perdas
A=R +C +R +P
Perdas= emigração + mortalidade
PRODUÇÃO SECUNDÁRIA
O estudo da produção secundária é importante para:
Entender a importância dos animais no fluxo de energia dos 
ecossistemas, assim como na construção de teias alimentares 
quantitativas, 
Na análise de relações predador-presa, 
Em estudos de uso de recursos alimentares, 
Entre outros (Benke, 2010).
Como podemos medir os componentes da 
produtividade secundária de uma comunidade animal? 
Taxa de alimentação de um indivíduo
• Mensuração direta da biomassa ingerida (número de
presas), ou
• De modo indireto, como o peso do conteúdo estomacal.
Mas, precisaremos saber a taxa de alimentação e digestão
Consumo
Como podemos medir os componentes da 
produtividade secundária de uma comunidade animal? 
Biomassa antes + Biomassa depois = Consumo
Consumo – fezes = Assimilação
Consumo
A energia assimilada, ou metabolizada, pode ser medida
pela seguinte relação
Taxa de assimilação= taxa de respiração+ produtividade líquida.
Assimilação
Taxa de assimilação é também chamada de produtividade bruta ou 
produção secundária bruta.
Taxa de assimilação= Consumo - fezes
Respiração  estimando o consumo
de oxigênio, a liberação de CO2 ou a
quantidade de calor produzida pelo
animal
Assimilação
A respiração é uma maneira indireta 
de medir a assimilação
02/10/2014
3
Produção secundária
A estimativa da produção secundária é feita, geralmente, a nível
populacional, mas também pode ser calculada por grupo
funcional (e.g., grupo alimentar, com historias de vida
semelhante, ou taxonômico). Pode ser definida basicamente
pela equação:
Onde é a densidade média de indivíduos no período (e.g.,
ind m-2) e ΔM, o incremento em biomassa (e.g., g de peso seco
livre de cinzas PSLC).
MNPs  *
N
Cálculo da produção secundária com 
coortes identificáveis
Quando o recrutamento não é contínuo. Para estes métodos 
precisaremos de dados de abundância e da taxa de crescimento 
das coortes. 
Métodos da soma dos incrementos
Curva de Allen
Cálculo da produção secundária com 
coortes identificáveis
Alguns problemas associados a estes métodos:
Coortes geralmente não são distintas ao longo de toda a
estrutura populacional
Indivíduos mais velhos possuem considerável biomassa da
população, mas são poucos e difíceis de amostrar.
Migração
Coortes não iniciam simultaneamente, o recrutamento se
estende por períodos.
Mortalidade negativa
Estimativa da produção quando as coortes 
não podem ser identificadas
Método da freqüência comprimento
Método da taxa específica de crescimento em massa. 
Taxa Metabólica Basal taxa mínima de metabolismo,
• Em animais de sangue quente a taxa metabólica basal e
o tamanho corporal não são constantes em todos os
grupos taxonômicos.
• É estimada em condições de descanso e sem alimento
no estomago do animal, a uma temperatura em que o
animal não precise gastar energia extra para se aquecer
ou esfriar.
Taxa metabólica basal
Taxa Metabólica Basal
Imagem: Krebs 2009
02/10/2014
4
Como podemos medir os componentes da 
produtividade secundária de uma comunidade animal? 
Taxa metabólica em campo pode ser mensurada
diretamente com água duplamente marcada.
Injeção em animais silvestres de água na forma 3H2O
18,
Os isótopos de hidrogênio estão relacionados à perda de
água, enquanto que
o oxigênio é perdido para o CO2 e água.
As diferenças entre estas taxas de perda de isótopos
representam a perda de CO2, que é a medida da taxa
metabólica de campo.
Custo energético
Esta relação é diferente para cada grupo animal. Para os
mamíferos herbívoros a regressão é:
onde: TMC= taxa metabólica de campo (kJ/dia/indivíduo), e
a massa corporal em gramas.
)(log72,0774,0)log( ralMassaCorpoTMC 
Imagem: Krebs 2009
xy log576,00772,1log 
Imagem: Krebs 2009
Imagem: Krebs 2009
O custo energético de estar vivo é muito alto para
aves e mamíferos, quando comparado com
répteis.
Uma ave ou mamífero de 250 g gasta
aproximadamente 320 kJ/dia de energia,
enquanto que
uma iguana de 250 g gasta 19 kJ por dia.
A respiração em animais de sangue frio é
altamente dependente da temperatura, assim
como do tamanho corporal
Custo energético
02/10/2014
5
Produção líquida(PL)
A PL pode ser medida pelo crescimento de indivíduos e
pela reprodução.
PL é geralmente mensurada como biomassa e
convertida em energia, pela determinação do valor
calórico por unidade de peso da espécie.
Perdas causadas pela emigração ou mortalidade são
partes da produção e não deviam ser ignoradas.
Produção líquida= crescimento + natalidade 
ou
Produção liquída= variação biomassa + perda por mortalidade 
Variação da Biomassa de uma população hipotética
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Meses
10
20
30
40
50
60
70
80
B
io
m
as
sa
 (
g)
Produção= crescimento – mortalidade
Produção= 12+19-42+21...
Exemplo 1: pop. elefantes
Para estimar esta população assumimos que:
nem nascimentos, nem mortes ocorreram
durante o intervalo de estudo.
A população foi contada e a estrutura etária
estimada para construir a tabela de vida.
A idade máxima foi estimada em 67 anos.
Se a estrutura etária é estacionária, então:
Idade 
(anos) 
N
o
 ind. 
Início x 
Taxa 
mortalidade 
Mediana 
vivos 
Peso 
médio 
(KG) 
Incremento 
peso (KG) 
Incremento 
pop. (KG) 
1 1000 0,03 850 91 91 77350 
2 700 0,02 630 205 114 71820 
3 560 0,10 532 318 114 60648 
4 504 0,10 478,5 455 136 60076 
5 453 0,10 430,5 614 159 68450 
6 408 0,10 387,5 795 182 70525 
7 367 0,10 348,5 1000 205 71443 
8 330 0,10 313,5 1205 205 64268 
9 297 0,10 282 1409 205 57810 
10 267 0,05 260,5 1614 205 53403 
11 254 0,05 247,5 1818 205 50738 
12 241 0,05 235 2023 205 48175 
13 229 0,05 223,5 2205 182 40677 
14 218 0,05 212,5 2386 182 38675 
15 207 0,02 205 2591 205 42025 
16 203 0,02 201 2795 205 41205 
17 199 0,02 197 3000 206 40385 
18 195 0,02 193 3182 182 35126 
19 191 0,02 189 3386 205 38745 
20 187 0,02 185 3591 205 37925 
21 183 0,02 181 3750 159 28779 
22 179 0,02 177 3864 114 20178 
23 175 0,02 173 3955 91 15743 
24 171 0,02 169,5 4045 91 15425 
25 168 0,02 166,5 4091 45 7493 
26-67 3107 0,02-0,2 3026,5 4091 0 0 
Total 10933 10487,5 2291 4091 1162084 
 
Dados da populaçãode elefantes
Crescimento em Biomassa= Σ(número médio por classe etária)*(peso
médio por classe etária)
O valor calórico dos elefantes é 6276 kJ/g.
O crescimento médio em massa é1162084/10487,5=110,8 kg
O crescimento médio em energia é110,8X6276 kJ/g= 695381 kJ
A densidade populacional de elefantes foi 2,077 elefantes/km2.
Crescimento = 695381 Kj X 0,000002077 = 1,44 Kj m-2ano-1
Idade 
(anos) 
N
o
 ind. 
Início x 
Taxa 
mortalidade 
Mediana 
vivos 
Peso 
médio 
(KG) 
Incremento 
peso (KG) 
Incremento 
pop. (KG) 
1 1000 0,03 850 91 91 77350 
2 700 0,02 630 205 114 71820 
3 560 0,10 532 318 114 60648 
4 504 0,10 478,5 455 136 60076 
5 453 0,10 430,5 614 159 68450 
6 408 0,10 387,5 795 182 70525 
7 367 0,10 348,5 1000 205 71443 
8 330 0,10 313,5 1205 205 64268 
9 297 0,10 282 1409 205 57810 
10 267 0,05 260,5 1614 205 53403 
11 254 0,05 247,5 1818 205 50738 
12 241 0,05 235 2023 205 48175 
13 229 0,05 223,5 2205 182 40677 
14 218 0,05 212,5 2386 182 38675 
15 207 0,02 205 2591 205 42025 
16 203 0,02 201 2795 205 41205 
17 199 0,02 197 3000 206 40385 
18 195 0,02 193 3182 182 35126 
19 191 0,02 189 3386 205 38745 
20 187 0,02 185 3591 205 37925 
21 183 0,02 181 3750 159 28779 
22 179 0,02 177 3864 114 20178 
23 175 0,02 173 3955 91 15743 
24 171 0,02 169,5 4045 91 15425 
25 168 0,02 166,5 4091 45 7493 
26-67 3107 0,02-0,2 3026,5 4091 0 0 
Total 10933 10487,5 2291 4091 1162084 
 
Idade 
(anos) 
N
o
 ind. 
Início x 
Taxa 
mortalidade 
Mediana 
vivos 
Peso 
médio 
(KG) 
Incremento 
peso (KG) 
Incremento 
pop. (KG) 
1 1000 0,03 850 91 91 77350 
2 700 0,02 630 205 114 71820 
3 560 0,10 532 318 114 60648 
4 504 0,10 478,5 455 136 60076 
5 453 0,10 430,5 614 159 68450 
6 408 0,10 387,5 795 182 70525 
7 367 0,10 348,5 1000 205 71443 
8 330 0,10 313,5 1205 205 64268 
9 297 0,10 282 1409 205 57810 
10 267 0,05 260,5 1614 205 53403 
11 254 0,05 247,5 1818 205 50738 
12 241 0,05 235 2023 205 48175 
13 229 0,05 223,5 2205 182 40677 
14 218 0,05 212,5 2386 182 38675 
15 207 0,02 205 2591 205 42025 
16 203 0,02 201 2795 205 41205 
17 199 0,02 197 3000 206 40385 
18 195 0,02 193 3182 182 35126 
19 191 0,02 189 3386 205 38745 
20 187 0,02 185 3591 205 37925 
21 183 0,02 181 3750 159 28779 
22 179 0,02 177 3864 114 20178 
23 175 0,02 173 3955 91 15743 
24 171 0,02 169,5 4045 91 15425 
25 168 0,02 166,5 4091 45 7493 
26-67 3107 0,02-0,2 3026,5 4091 0 0 
Total 10933 10487,5 2291 4091 1162084 
 
Dados da população de elefantes
Uma grande quantidade de alimento consumida pelos elefantes, retorna 
como fezes. 
um elefante de 2273 kg consome em média 23,59 kg(massa seca) de 
forragem por dia e produz 13,25 kg de fezes (massa seca). 
A energia das plantas é de aproximadamente 16736 kJ/g de massa seca. 
Assim: 
O consumo médio é de 23,59X16,736 = 394802 kJ
A produção fecal média é: 13,250X16,736=221752 kJ
02/10/2014
6
Dados da população de elefantes
Por densidade/ano teremos:
Consumo= 394802 Kj d-1elefante-1 X365 dias X 
0,000002077 elefante m-2=299 Kj m-2ano-1
Fezes= 221752Kjdia-1elef.-1 X 365 d X 0,000002077= 168,1Kjm-2 ano-1
Nós sabemos que 
Energia alimentar consumida= fezes+crescimento+manutenção
299 = 168,1+ 1,44 + manutenção
Manutenção = 130 Kj m-2 ano-1, se nós ignorarmos as perdas na
produção de excretos e de recém nascidos
99% da energia consumida pelos elefantes é utilizada na manutenção 
ou perdida nas fezes. 
PROBLEMAS PARA ESTIMAR PRODUÇÃO 
SECUNDÁRIA
1. As espécies não se ajustam a um nível trófico específico
Dieta de 430 aves da
América do Norte. 50%
são estritamente
carnívoras e 8%
estritamente
herbívoras.
PROBLEMAS PARA ESTIMAR PRODUÇÃO 
SECUNDÁRIA
2.O que fazer com os detritos
3.Sincronia de amostragem
Relação entre produção primária e secundária
Como a produção secundária depende da primária, espera-se uma 
relação positiva entre as duas. 
Há vários exemplos que demonstram esta relação 
No gráfico a seguir há um padrão sazonal da abundância de 
um gastrópode, com relação significativa com a radiação 
Imagem: Begon et al 2009
Relação entre produção primária e secundária
O gráfico abaixo mostra a relação entre a produtividade primária e do 
zooplâncton, para vários lagos do mundo
Imagem: Begon et al 2009
Relação entre produção primária e 
secundária
Imagem: Begon et al 2006
02/10/2014
7
Relação entre produção primária e 
secundária
Geralmente, a produtividade secundária de herbívoros equivale
a 10% da produtividade primária, o que resulta em uma cadeia
trófica em forma piramidal.
Há perda energética devido ao consumo dos organismos.
Parte acaba indo para a cadeia de detritos, ou por não ter sido
consumida ou por não ter sido assimilada
Imagem: Begon et al 2006
Para entender as possíveis rotas de energia deve-se analisar os compartimentos do 
ecosssistema.
Para prever os fluxos de energia ao longo de uma cadeia
alimentar é necessário avaliar a transferência de energia
ao longo da mesma:
Eficiência de consumo
Eficiência de assimilação
Eficiência de produção
Análise da produção secundária Eficiência de consumo (EC)
É a razão entre o que é disponível no nível trófico 
inferior (n-1) e o que é ingerido. O que não é 
consumido entra para a cadeia de detritos
1

n
n
Disponível
Ingerido
EC
Indica a biomassa disponível para consumo em cada nível 
trófico
Eficiência de Assimilação (EA)
A EA é geralmente baixa em herbívoros e detritívoros (20 a 50%) 
e altas em carnívoros (± 80%)
Ingerido
Assimilado
EA n
Eficiência Ecológica
Se os animais são transformadores de energia, com 
que eficiência eles transformam em biomassa o que 
eles assimilam?
oAssimilaçã
líquidaadeprodutivid
produçãodeEficiencia 
02/10/2014
8
Eficiência de consumo (EC)
Os valores médios de
EC são notavelmente
baixos, inferiores a 5%
em florestas,
aproximadamente 25%
em comunidades
herbáceas e maiores que
50% em associações
fitoplanctonicas. O que
pode indicar a baixa
palatabilidade ou alta
proporção de tecido
estrutural das plantas.
Imagem:Cebrian1999
 fitoplâncton;  microalgas bênticas; □ macroalgas; 
 macrofitas limicolas, ■ gramíneas marinhas, ▲
marismas;  mangues; △campos; *florestas
Eficiência de consumo (EC)
São poucas as estimativas
sobre os outros níveis
tróficos. Os predadores
vertebrados podem
consumir 5% das presas
invertebradas, e os
invertebrados 25% das suas
presas
Imagem: Begon et al.2006
(Humphreys, 1979, 1984) sumarizou a eficiência de 235 espécies 
em sete grupos com taxas de eficiência similares:
Será que os diferentes grupos animais 
possuem eficiências diferentes?
Grupo Eficiência(%) Número de estudos 
Insetívoros 0,86 6 
Aves 1,29 9 
Pequenos mamíferos 1,51 8 
Outros mamíferos 3,14 56 
Peixes e insetos sociais 9,77 22 
Outros invertebrados(menos insetos) 25 73 
 Herbívoros 20,8 15 
 Carnívoros 27,6 11 
 Detritívoros 36,2 23 
Insetos não sociais 40,7 61 
 Herbívoros 38,8 49 
 Detritívoros 47 6 
 Carnívoros 55,6 5 
 
Mamíferos e aves utilizam 97-99% da energia
assimilada
Insetos59-90% da energia é usada para
respiração.
Diferença entre insetos e mamíferos reflete o custo
da homeotermia.
Não parece haver variação na eficiência da
produção entre animais de diferentes habitats.
Pecilotermicos aquáticos e terrestres parecem ter
eficiências de produção similares.
Será que os diferentes grupos animais possuem 
eficiências diferentes?
Eficiência Trófica
Eficiência trófica= (produçãonível superior)
(produção nível inferior)
Ela mede a transferência de energia de um nível trófico
para outro.
A energia que não é transferida é perdida em respiração
ou para a cadeia de detritos.
Os ecossistemas aquáticos tem eficiências tróficas de 2 a
24% e uma média de 10,1% (Pauly & christensen, 1995).
Imagem: Krebs 2009
02/10/2014
9
Considere o caso que a captura de Atum em águas abertas.
Atuns são predadores de topo, operando no nível 4
Em 1990, 2975000 toneladas de atum foram capturadas, ou
0,1 g / m2 de carbono do oceano aberto por ano.
Para suportar esta produção de atum, e assumindo
condições de equilíbrio e eficiência trófica de 10%, podemos
calcular valores de produção de outros níveis tróficos em
gramas de carbono como a seguir :
0,1 g de Atum
1g de peixes pelágicos
10 g de zooplâncton
100 g de fitoplâncton
Pauly e Cristensen (1995) utilizaram esta idéia para agregar
todos os dados de pescaria e mostraram que
•8 % da produção primária aquática global foi utilizada
pelas pescarias.
Mas esta média mascara as grandes variações entre as
pescarias.
Nas plataformas continentais e ressurgências as pescarias
retiram de ¼ a 1/3 da produção primária líquida, uma fração
muito alta que deixa pouca margem para manter a
integralidade do ecossistema e a pescaria sustentável.
Ecossistema Área 
(10
6
km
2
) 
Prod. 1ª 
Líq. 
Pesca (gC m
-2
 
ano
-1
) 
Prod. 1ª 
Nec.(%) 
Oceano aberto 332 103 0,012 1,8 
Ressurgências 0,8 973 25560 25,1 
Plataformas tropicais 8,6 310 2871 24,2 
Plataformas 
temperadas 
18,4 310 2306 35,3 
Recifes costeiros 2 890 10510 8,3 
Lagos e rios 2 290 4300 23,6 
Média ponderadas 126 0,33 8 
 
Será que os ecossistemas operam da mesma maneira?
Muitos sistemas terrestres são dominados por
decompositores e a maioria da energia flui da ligação de
decompositores na teia alimentar.
Os pastadores têm papel mais importante em
comunidades planctonicas. Mesmo nesta comunidade, as
bacterias heterotróficas se alimentam da MOD liberada
pelas algas, consumindo mais de 50% da produção
primária.
Os pastadores têm papel pouco significativo em rios cuja
produção primaria é muito baixa. As planícies abissais
possuem como base da cadeia alimentar os detritos.
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Como a energia se desloca através dos ecossistemas
Cebrian (1999) analisou o destino da produção primária de 
plantas em várias comunidades terrestres e aquáticas
Ele verificou que apenas as comunidades de microalgas bênticas 
apresentaram valores de PPL significativamente menores que outras 
comunidades. 
Como a energia se desloca através dos ecossistemas
Por outro lado as taxas de renovação e concentrações de N e P 
declinaram das comunidades de microalgas para as comunidades 
de macrofitas
Como a energia se desloca através dos ecossistemas
Concentrações de N e P nas comunidades
De fato, taxas de renovação mais rápidas estiveram associadas com 
maiores concentrações de N e P nas comunidades.
A porcentagem da produção consumida por herbívoros foi maior 
em comunidades microalgais do que em comunidades de 
macrófitas
Cebrian 1999
A porcentagem de 
produção consumida 
através das comunidades 
lembra a distribuição das 
concentrações de 
nutrientes e taxa de 
renovação. De fato, a 
porcentagem de 
produção consumida 
aumentou com a taxas de 
renovação através das 
comunidades. 
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Cebrian 1999
Mas, o consumo não aumentou significativamente entre as 
comunidades, embora tenha variado entre as mesmas. 
Cebrian 1999
O consumo absoluto foi associado à produção primária das 
comunidades, com as mais produtivas apresentando maior 
massa de herbívoros. 
Cebrian 1999
Correspondentemente, a porcentagem de produção 
consumida foi pobremente relacionada à produção primária 
e taxa de renovação respectivamente. 
Cebrian 1999
A quantidade de produção primária canalizada para 
detritos foi menor em comunidades microalgais do que em 
macrófitas. Embora a produção de detritos não tenha sido 
menor em comunidades microalgais
Há padrões temporais na variação da produção e consumo de
matéria orgânica
A produção liquida (NEP) é positiva apenas no verão. Os valores de produção anuais são 
positivos, mostrando sequestro de carbono, mas não em todos os anos (Falge et al, 2002)
Há outros eventos como o acima que mostram a produção 
liquida dependendo da variação climatica.
O ‘el niño’ tem sido relacionado a mudanças radicais no 
sistema aquatico, afetando também o clima nos 
continentes, como exemplificado na variação de lagartas 
em galapagos. 
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Será que os ambientes terrestres operam da mesma
maneira?
Em uma floresta temperada decídua, aproximadamente 96% da
produção primária líquida vai para a cadeia de decompositores.
Hairston e Hairston, 
1993
Será que os ambientes terrestres operam da mesma
maneira?
Esta perda é bem menor nos outros níveis tróficos.
A maior parte da produção de herbívoros vai para os carnívoros,
apenas 10% vai para a cadeia alimentar de decompositores.
Hairston e Hairston, 1993
A quantidade de herbívoros varia nos diferentes ecossistemas.
Herbívoros nos sistemas aquáticos consomem uma maior fração
da produção primária do que nos ambientes terrestres.
O zooplâncton consome uma média de 79% da prod. Primária
líquida do fitoplâncton,
enquanto que apenas 18% da produção primária terrestre é
predada.
Assim podemos distinguir ecossistemas dominados por
pastadores, daqueles dominados por decompositores
A quantidade de herbívoros varia nos diferentes ecossistemas.
Imagem: Krebs 2009
Herbívoros consomem uma fração maior da produção
primária em campos do que em florestas Assim podemos distinguir ecossistemas dominados
por herbívoros ou por decompositores
 Produção primária líquida consumida 
por animais (%) 
Floresta tropical úmida 7 
Floresta temperada decídua 5 
Campos 10 
Oceano aberto 40 
Ressurgências 35 
 
Whittaker, 1975
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Uma conseqüência da baixa eficiência ecológica é que os
organismos na base das teias alimentares são muito mais
abundantes que os de níveis tróficos maiores
Imagem: Krebs 2009
O que limita a produção secundária?
A produção secundaria é
limitada pela produção primária
devido à segunda lei
termodinâmica, onde nenhuma
transformação de energia é
100% eficiente.
Imagem: Krebs 2009
Ecossistemas de pastagens
Campos naturais somam 25% da superfície terrestre.
A produção primária das pastagens aumenta com a
precipitação, mas há uma grande variação entre elas
relacionada à variação de temperatura e duração do
tempo de chuvas
Ecossistemas de pastagens
Seis ecossistemas de campo estudados apresentaram uma
produção primária de 100 a 600 g de peso seco m-2ano-1.
Imagem: Krebs 2009
Ecossistemas de pastagens
Consumo e produção
Na América do norte os
principais consumidores
das pradarias são os
nematodas, consumindo
mais de 50% da
produção primária.
Imagem: Krebs 2009
Ecossistemas de pastagens
Consumo e produção
Aves consomem apenas 0,05%
da produção primária e
mamíferos 2,5%.
Imagem: Krebs 2009
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Ecossistemas de pastagens
Consumo e produção
Somente uma pequena fração
da produção primária das
pradarias é consumida por
animais. Somente 2-7% da
biomassa acima do solo é
consumida por herbívoros e a
biomassa abaixo do solo 7-
26%. Em contraste quase toda
a produção secundaria dos
herbívoros é consumida pelos
carnívoros. Predadores podem
controlar as populações de
consumidores, pelo menos
acima do solo.
Imagem: Krebs 2009Ambos, produção e
consumo aumentam em
porcentagem, de gramas
baixas para gramas altas.
Imagem: Krebs 2009
Ecossistemas de pastagens
A hipótese que emerge desta análise é que em ecossistemas de
campo:
As gramíneas podem ser limitadas pelo consumo de nematodas
nas raízes,
Pela água do solo e pela competição por nutrientes e luz;
Visto que a população de consumidores é controlada pelos
predadores.
Ecossistemas de pastagens
Esta hipótese foi testada em pradarias. Fornecendo água e
nitrogênio em lotes de 1 ha, durante seis anos. A produção
primária aumentou dramaticamente em ambos os tratamentos,
especialmente em lotes com água e nitrogênio.
Ecossistemas de pastagens
O número de nematodas aumentou 4 vezes em áreas irrigadas e nas tratadas
com água e nitrogênio. Pequenos mamíferos responderam dramaticamente nos
lotes com água e nitrogênio, devido ao aumento da cobertura verde. Estes
resultados tendem a confirmar a hipótese de que água e nitrogênio limitam a
produção em pradarias (Douen & Hauenroth, 1979:...)
Ecossistemas antárticos
O mar da escócia fica ao sul da américa do sul e ao norte da Península 
antartica
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Ecossistemas antárticos
o krill é a espécie
fundamental neste
ecossistema, aves marinhas e
focas são os principais
predadores nesta região.
70% da dieta destes
predadores é formada pelo
krill.
Ecossistemas antárticos
Peixes e lulas também podem
ser importantes predadores.
Ecossistemas antárticos
A variação da temperatura superficial e
da camada de gelo afetam a produção
deste ecossistema.
Quando o krill é escasso a cadeia muda
para o domínio de copépodes e
anfípodes (siegel 2005).
Mas, esta cadeia alternativa não suporta
o mesmo nível de demanda de
predadores que a cadeia de krill. Assim,
quando o krill é escasso os predadores
têm proles reduzidas. Esta escassez de
krill também afeta a distribuição de
baleias azuis e fin.
DETRITOS
O termo detrito significa matéria orgânica não viva, que pode ser
de origem animal, vegetal ou fungica.
Alguns autores incluem os microorganismos que colonizam e se
alimentam da matéria orgânica particulada (MOP).
Mas, ‘senso strictu’ detrito é MOP não incluindo os agentes que
a degradam.
A matéria orgânica dissolvida (MOD) também é matéria
orgânica, que se origina da MOP.
DETRITOS
Origem
•Os detritos têm grande importância na ciclagem de nutrientes. A
serapilheira é um bom exemplo disso. Os detritos de origem
animal, como as carcaças são também importantes contribuições
para a massa detrital.
•As plantas contribuem com a maior quantidade de material para
a cadeia de detritos.
•Os detritos podem autóctones ou alóctones
DETRITOS
Origem Produção g*m
-2
*ano
-1 
Macrófitas água doce 300 
Fitoplancton 20 
Gramíneas marinhas 500 
Florestas de algas 800 
Macroalgas 300 
Marismas 800 
Manguezais 900 
Florestas tropicais 600 
Florestas decíduas 300 
Floresta boreal 50 
Pradarias 75 
Tundra 25 
 
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DETRITOS
Composição
•A composição de detritos varia de local para local. 
•É necessário distinguir entre angiospermas, macrófitas aquáticas 
e algas. 
•Detritos de plantas terrestres têm uma razão substancialmente 
maior de C:N (e C:Nutrientes) que a maioria da matéria orgânica 
aquática, sendo assim mais difícil de decompor.
DETRITOS
Composição
A velocidade de decomposição dos detritos também é diferente, 
levando de dias a anos. Muitos dos compostos existentes nos 
detritos, como polifenois e lignocelulose necessitam de atividade 
microbiana para degradar. 
DETRITOS
Composição
Os animais detritívoros também são importantes. Ao ingerir os 
detritos se alimentam da flora microbiana, renovando o substrato 
para nova colonização, diminuem o tamanho do detrito, 
aumentando a superfície de colonização e as fezes são, 
geralmente um microhabitat que facilita a atividade microbiana. 
Os detritívoros pertencem aos mais diversos grupos 
animais. A maioria dos detritívoros é seletiva, Têm preferência, 
devido às diferentes composições de detritos. 
DETRITOS
Composição
Geralmente compostos com alta concentração de nitrogênio são 
degradados mais rápido, enquanto compostos fenólicos, levam a 
uma decomposição mais lenta. Os animais preferem os primeiros, 
geralmente. 
A relação entre detritívoros e microbiota pode ser considerada 
mutualística. 
DETRITOS
Significância ecológica
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