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Concurso Prefeitura SP

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Concurso Prefeitura SP
Entrevistas:
Estruturadas: 
Pouca utilidade clínica;
Utilizada em pesquisas;
Raramente considera as necessidades ou demanda dos sujeitos avaliados;
Perguntas fechadas ou delimitadas por opções previamente determinadas.
Livre- Estruturação:
É necessário que se conheça as metas da entrevista, o papel de quem conduz e os procedimentos;
A grande maioria das entrevistas psicológicas se enquadram nesse tipo de entrevista.
Semi- Estruturadas:
O entrevistador tem clareza de seus objetivos, de que tipo de informação é necessária para atingi-los, de como essa informação deve ser obtida (perguntas sugeridas ou padronizadas), quando ou que sequencia, em que condições deve ser investigada e como deve ser considerada.
Usadas em clínicas sociais, saúde pública, psicologia hospitalar.
Classificação quanto aos objetivos:
A finalidade maior de uma entrevista é sempre a de descrever e avaliar para oferecer alguma forma de retorno.
Triagem
Anamnese
Diagnósticas
Sistêmicas
Devolução
TRIAGEM: 
Avaliar a demanda do sujeito e fazer um encaminhamento.
Saúde Pública, Clínicas Sociais.
É fundamental para avaliar a gravidade da crise, pois, nesses casos, torna-se necessário e imprescindível o encaminhamento para um a poio medicamentoso.
ANAMNESE: 
Levantamento detalhado da história de desenvolvimento da pessoa, principalmente na infância.
DIAGNÓSTICA:
O exame e a análise explícitos ou cuidadosos de uma condição na tentativa de compreendê-la, explica-la e possivelmente modifica-la.
Implica descrever, avaliar, relacionar e inferir, tendo em vista a modificação daquela condição
Aspectos sindrômicos – visa à descrição de sinais (BAIXA AUTO ESTIMA, SENTIMENTOS DE CULPA) e sintomas (HUMOR DEPRIMIDO, IDEAÇÃO SUICIDA) para a classificação de um quadro ou síndrome.
Aspectos Psicodinâmicos – visa à descrição e a compreensão da experiência ou do modo particular de funcionamento do sujeito, tendo em vista uma abordagem teórica.
Visa a modificação de um quadro apresentado em benefício do sujeito.
SISTÊMICA:
Avaliar casais e famílias – demanda psicológica para crianças e adolescentes.
Pode focalizar a avaliação da estrutura ou da história relacional ou familiar. Pode avaliar também aspectos importantes da rede social de pessoas e famílias.
 
DEVOLUÇÃO:
Tem a finalidade de comunicar ao sujeito o resultado da avaliação
Permite que o sujeito expresse seus pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e recomendações do avaliador. Ainda permite avaliar a reação do sujeito a elas.
Ajuda o sujeito a compreender as conclusões e recomendações e a remover distorções ou fantasias contraproducentes em relação às suas necessidades.
Piaget
Epistemologia Genética;
4 estágios: Sensório-Motor; Pré-Operatório, Operatório Concreto e Operatório Formal.
Desenvolvimento das funções biológicas como base para avanço da aprendizagem.
SENSÓRIO-MOTOR:
0 aos 2 anos aproximadamente
Ausência da função semiótica (CAPACIDADE DE GERAR IMAGENS MENTAIS) é a principal característica.
A inteligência trabalha através das percepções (SIMBÓLICAS) e ações (MOTOR) através dos deslocamentos do próprio corpo. É UMA INTELIGÊNCIA PRÁTICA.
Linguagem vai da ecolalia (REPETIÇÃO DE SÍLABAS) à palavra-frase.
Conduta social é de isolamento e indiferenciação (O MUNDO É ELE).
PRÉ-OPERATÓRIO:
2 aos 7 anos
Aparecimento da função semiótica
Linguagem
Egocentrismo (NÃO CONCEBE UMA REALIDADE DA QUAL NÃO FAÇA PARTE)
OPERATÓRIO CONCRETO:
7 aos 11/12 anos
Capacidade da criança estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes e integrá-los de modo lógico e coerente
Aparecimento da capacidade da cça de interiorizar as ações – COMEÇA A FAZER OPERAÇÕES MENTALMENTE.
Ainda não adquiriu a capacidade de reversibilidade.
OPERATÓRIO FORMAL:
12 em diante
Consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que é capaz de formar esquemas conceituais abstratos
Adquire sua forma final de equilíbrio. Forma predominante de raciocínio utilizada pelo adulto.
Desenvolvimento da Moral
Anomia: cças até 5 anos – a moral não se coloca, ou seja, as regras são seguidas.
Heteronomia: cças até 9/10 anos – a moral é autoridade
Autonomia: último estágio de desenvolvimento da moral, em que há legitimação de regras e a cça pensa a moral pela reciprocidade. Moral pressupõe inteligência.
Linguagem – capacidade de representar a realidade através de significados que se distinguem de significantes.
__________________________________________________
Vygotsky
Sistema de Signos e Símbolos é o principal mediador.
Funções Psicológicas são produtos da atividade cerebral.
Aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. O sujeito é interativo, pois, adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com o meio, a partir da mediação.
A relação entre o desenvolvimento e a aprendizagem está atrelada ao fato de o ser humano viver em meio social, sendo este a alavanca para estes dois processos.
Não é suficiente todo o aparato biológico da espécie para realizar uma tarefa se o indivíduo não participa de ambientes e práticas específicas que propiciem essa aprendizagem.
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP)
Distância entre o nível de desenvolvimento real, ou seja, determinado pela capacidade de resolver problemas independentemente, e o nível de desenvolvimento proximal demarcado pela capacidade de solucionar problemas com ajuda de um parceiro mais experiente. São as aprendizagens que ocorrem na ZDP que fazem com que a cça se desenvolva ainda mais. Os processos de ensino e aprendizagem são indissociáveis. É NA ZDP QUE O APRENDIZADO VAI OCORRER.
SEM LINGUAGEM, O SER HUMANO NÃO É SOCIAL, NEM HISTÓRIO E NEM CULTURAL. LINGUAGEM É SOCIAL E AO MESMO TEMPO, ORGANIZA O PENSAMENTO.
LINGUAGEM EM 3 FASES:
SOCIAL- Denominar e comunicar. É a primeira linguagem que surge.
EGOCÊNTRICA- A progressão da fala social para a fala interna, ou seja, o processamento de perguntas e respostas dentro de nós mesmos. Transição da função comunicativa para a função intelectual. Surge a fala egocêntrica, quando a cça fala consigo mesma, em voz baixa quando está concentrada em alguma atividade. Esse falar sozinho é essencial porque ajuda a organizar as ideias e planejar melhor as ações.
“O QUE É ISSO?”- ENRIQUECIMENTO DO VOCABULÁRIO.
DISCURSO INTERIOR E PENSAMENTO- Fase posterior à fala egocêntrica. É quando as palavras passam a ser pensadas, sem que necessariamente sejam faladas. É um pensamento em palavras. Já o pensamento é um plano mais profundo ao discurso interior, que tem por função criar conexões e resolver problemas, o que não é necessariamente feito em palavras.
O pensamento não se reflete na palavra, realiza-se nela, a medida em que a linguagem que permite a transmissão de seu pensamento para outra pessoa.
AS PALAVRAS SÃO MEDIADORAS ENTRE O PENSAMENTO E O MUNDO EXTERNO.
Wallom
Processo de aprendizagem é dialético
A cognição é importante, mas, não mais importante que a afetividade ou a motricidade.
EMOÇÃO É O PRINCIPAL MEDIADOR.
A cça é essencialmente emocional e gradualmente vai se constituindo com um ser sócio-cognitivo.
As trocas relacionais da cça com outras pessoas são fundamentais para seu desenvolvimento. Nascem submersas em um mundo CULTURAL SIMBÓLICO no qual ficarão envolvidas em um SINCRETISMO SUBJETIVO, por pelo menos 3 anos. Sua compreensão das coisas dependerá dos outros, que darão às suas ações e movimentos formato e expressão.
Não é adepto à ideia de que as cças crescem de maneira linear.
Propõe estágios de desenvolvimento
O desenvolvimento humano tem momentos de crise, isto é, uma cça ou um adulto não são capazes de se desenvolver sem conflitos. DESENVOLVIMENTO CONFLITUOSO.
Imitando, a cça constrói sua subjetividade. Expressa seus desejos de participar e se diferenciar dos outros constituindo-se em sujeito próprio.
O social é imprescindível
A parte cognitiva social é muito flexível, não existindolinearidade no desenvolvimento sendo este descontínuo e, por isso, sofre crises, rupturas, conflitos, retrocessos, como um movimento que tende ao crescimento. 
ESTÁGIO IMPULSIVO – EMOCIONAL:
Primeiro ano de vida
Simbiose afetiva da cça em seu meio social
Emoções intermediam sua relação com o mundo
SINCRETISMO INFANTIL – CONCEITO QUE SE REFERE À PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DO PENSAMENTO DA CÇA: A AUSÊNCIA DA DIFERENCIAÇÃO ENTRE OS ELEMENTOS – AS INFORMAÇÕES QUE ELA RECEBE DO MEIO, AS EXPERIÊNCIAS PESSOAIS E AS FANTASIAS SE MISTURAM.
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR AO PROJETIVO:
1 à 3 anos
Predominam atividades de investigação, exploração e conhecimento do mundo social e físico.
SENSÓRIO MOTOR – ainda permanece o sincretismo - a cça ainda não tem lógica. Predominam as relações cognitivas da cça com o meio.
Exemplos de fenômenos típicos do pensamento sincrético: 
FABULAÇÃO – tentativa de preencher as lacunas do relato imaginado. “Vim de um repolho".
CONTRADIÇÃO
TAUTOLOGIA- repetição da ideia dada. “Como é o sal? É salgado.”
ELISÃO – fugir do tema e passar a outro aparentemente diferente. "O barco boia porque tem água e é de madeira. As vezes a gente faz cestos de palha e sofás".
MISTURA DA REALIDADE COM FANTASIA FAZ PARTE DO PENSAMENTO INFANTIL – NÃO CONFUNDIR COM MENTIRA!!
No Sensório-Motor, as ações da cça não precisarão ter origem na ação do outro. 
SIMULACRO – passagem do ato imitativo concreto a representação. Simulação de uma ação desejada, é seu substituto. A cça se desloca da inteligência prática ou das situações para a inteligência verbal ou representativa.
ESTÁGIO PERSONALÍSTICO:
3 aos 6 anos
A cça está voltada novamente para sí
Narcisismo infantil
Imitação inteligente, coloca-se em oposição ao outro para diferenciar-se
Sentimento de propriedade das coisas “meu, minha”
PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE.
ESTÁGIO CATEGORIAL 
6 anos
avanços na inteligência
Atividades espontâneas substituídas pelas intencionais
Identifica as diversas características dos objetos
ESTÁGIO DA ADOLESCÊNCIA
A cça volta-se para questões pessoais, morais, predominando a afetividade
Redução do sincretismo do pensamento. (COMEÇA A DIFERENCIAR OS ELEMENTOS, SEPARA AS FANTASIAS DA REALIDADE).
CID – 10 / DSM- IV
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE – F60
OS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE PODEM SE TORNAR PROBLEMAS (SOFRIMENTO) TARDIAMENTE NA VIDA DAS PESSOAS.
F-60.0 – PERSONALIDADE PARANÓICA
Padrão invasivo de desconfiança e suspeita quanto aos outros, de modo que seus motivos são interpretados como malévolos
Inicia normalmente na idade adulta
Para ser diagnosticada precisa de no mínimo quatro dos seguintes critérios:
Eles suspeitam, com base em poucas ou nenhuma evidência que os outros estão conspirando contra eles e que poderão ataca-los subitamente, a qualquer momento e sem qualquer razão
Costumam acreditar que foram profunda e irreversivelmente prejudicados por outras pessoas mesmo que não existam evidencias objetivas. Preocupam-se com dúvidas infundadas quanto à lealdade e confiabilidade de seus amigos ou colegas, cujas ações são minunciosamente examinadas em busca de evidencias ou intenções hostis
Relutam em ter confiança ou intimidade com outras pessoas, pelo medo de que as informações que compartilham sejam usadas contra eles. Podem se recusar a responder perguntas pessoais, afirmando que as informações “não são da conta de ninguém”
Eles lêem significados ocultos, humilhantes e ameaçadores em comentários e observações benignas. Elogios são frequentemente mal interpretados
Guardam rancores persistentes e relutam em perdoar insultos, ofensas ou deslizes dos quais pensam ser vítimas
Reagem com raiva aos insultos percebidos
Podem ser patologicamente ciumentos sem justificativa adequada.
CID – 10
Transtorno de Personalidade caracterizado por uma sensibilidade excessiva face as contrariedades, recusa de perdoar os insultos, caráter desconfiado, tendência a distorcer os fatos interpretando as ações imparciais ou amigáveis dos outros como hostis ou de desprezo; suspeitas injustificadas, a respeito da fidelidade sexual do esposo ou do parceiro sexual e um sentimento combativo e obstinado de seus próprios direitos. Pode existir uma superavaliação de sua auto-implicância, havendo frequentemente auto-referência excessiva.
F-60.1 PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE
Distanciamento afetivo, afeto embotado, aparente frieza emocional
Capacidade limitada para expressar sentimentos calorosos, ternos ou raiva para com os outros
Indiferença aparente a elogios ou críticas
Poucas atividades produzem prazer
Pouco interesse em ter experiências sexuais com terceiros
Preferência por atividades solitárias
Preocupação excessiva com fantasias e introspecção
Ausência de amigos íntimos ou de relacionamentos confidentes
Insensibilidade marcante em relação a normas e convenções sociais.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
Desconforto e incapacidade importante para ter relações interpessoais intimas
Frequentes ideias de auto-referência (TUDO O QUE ACONTECE NO MUNDO SE REFERE A ELE).
Ideias e crenças estranhas, tendendo ao pensamento mágico
Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais
Pensamento e discurso incomuns, estranhos, por exemplo, pensamento vago, exageradamente metafórico, hiperacelerado ou estereotipado.
Ideação paranoide, indivíduo muito desconfiado
Afetos inapropriados ou muito reduzidos
Comportamento e/ou aparência física (inclusive vestimenta) estranhos, os pacientes parecem excêntricos ou muito peculiares
Ausência de amigos íntimos ou confidentes, além dos parentes de primeiro grau
Ansiedade excessiva em situações sociais, que não diminui com a familiaridade em relação a tal situação ou é colorida com ideação paranoide.
GRUPO A: PARANÓIDE/ESQUIZÓIDE/ESQUIZOTÍPICA ESQUISITICE OU DESCONFIANÇA.
GRUPO B: BORDERLINE/SOCIOPÁTICA/HISTRIÔNICA IMPULSIVIDADE E/OU MANIPULAÇÃO
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE SOCIOPÁTICA
Os sociopatas são pessoas incapazes de uma interação afetiva verdadeira e amorosa.
Não tem consideração ou compaixão por outras pessoas, mentem, enganam, trapaceiam, prejudicam os outros, mesmo a quem nunca lhe fez nada.
Indiferença e insensibilidade pelos sentimentos alheios
Irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais.
Incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja dificuldade em estabelece-los.
Muito baixa tolerância a frustrações e baixo limiar para descarga de agressão, inclusive violência.
Propensão marcante para culpar os outros ou para oferecer racionalizações plausíveis para o comportamento que gerou seu conflito com a sociedade
Crueldade e sadismo são frequentes.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE (EMOCIONALMENTE INSTÁVEL)
Instabilidade emocional intensa
Sentimento crônico de vazio
Relacionamentos pessoais intensos, mas muito instáveis, oscilando em curtos períodos de uma grande “paixão” ou “amizade” para “ódio” e “rancor” profundos.
Esforços excessivos para evitar abandono
Dificuldades sérias e instabilidade com relação à autoimagem, aos objetivos e às preferências pessoais (INCLUSIVE A SEXUAL)
Atos repetitivos de autolesão envolvendo-se em atuações perigosas (DIRIGIR BÊBADO EM ALTA VELOCIDADE)
Atos suicidas repetitivos
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE TIPO IMPULSIVO
Tendência marcante a agir impulsivamente, sem considerar as consequências
Instabilidade afetiva intensa
Acessos de raiva intensa
Explosões comportamentais
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
Dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções
Sugestionabilidade aumentada, facilmente influenciado por outros ou pelas circunstâncias
Afetividade superficial, pueril e lábil
Busca contínua de atenção e apreciação pelos outros, quer ser o centro das atenções.
Sedução inapropriada em aparência e comportamento
Erotização de situações não estritamente eróticas (consulta ao dentista)
Infantilidade, tendência a reações infantis, pouca tolerância a frustração.
TRANSTORNO DAPERSONALIDADE NARCISISTA
O indivíduo apresenta senso grandioso (e irreal) da sua importância. Julga ter talentos especiais, espera ser reconhecido como superior sem que tenha feito algo concreto para isso
Muito voltado para a fantasia de grande sucesso pessoal, de poder, de brilho, beleza ou de um amor ideal.
Acha-se excepcionalmente “especial” e “único”, acreditando que só pessoas ou instituições também excepcionalmente especiais ou únicas podem estar à sua altura.
Requer admiração excessiva
Tende a ser explorador nas relações interpessoais, buscando vantagens sobre os outros para atingir o seu fim ou sucesso pessoal
Sem empatia pelas pessoas comuns
Frequentemente invejoso dos outros ou do sucesso alheio, acha sempre que os outros tem inveja dele
Frequentemente arrogante.
GRUPOU C: ANSIOSA/ANANCÁSTICA (OBSESSIVA)/DEPENDENTE ANSIEDADE OU CONTROLE
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANANCÁSTICA OU OBSESSIVA
Preocupação excessiva com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou esquemas
Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas
Dúvidas excessivas sobre assuntos irrelevantes
Cautela demasiada
Rigidez e teimosia
Insistência incomum para que os outros submetam-se exatamente à sua maneira de fazer as coisas
Excesso de escrúpulos e preocupação indevida com detalhes da vida
A rigidez impede ou anula o prazer nas relações interpessoais
Adesão excessiva com as convenções sociais e certo pedantismo.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANSIOSA OU DE EVITAÇÃO
Estado constante de tensão e apreensão 
Crença de ser socialmente incapaz, desinteressante ou inferior aos outros
Preocupação ou medo excessivo em ser criticado ou rejeitado
Restrições na vida diária devido à necessidade de segurança física ou psíquica
Evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvem contato interpessoal significativo, principalmente por medo de críticas, desaprovação e rejeição.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE
Subordinação das próprias necessidades e desejos àqueles dos quais é dependente
Solicitação constante de que outros (dos quais depende) tomem as decisões importantes em sua vida pessoal.
Sentimento de desamparo quando sozinho por causa de medo exagerado de ser incapaz de se cuidar.
Preocupação e/ou medo exagerado de ser abandonado pelas pessoas das quais depende
Capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem excesso de conselhos e reasseguramento pelos outros
Relutância em fazer exigências ainda que razoáveis à pessoa da qual depende
TIPOS DE TRANSTORNOS ESPECÍFICOS NÃO INCLUÍDOS NOS DSM E CID
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DO TIPO EPILÉTICO
“SÍNDOME DE GESCHWIND”
Irritabilidade: indivíduo se irrita com muita facilidade, aparentemente sem motivos
Impulsividade: tendência a explosões comportamentais
Desconfiança: tendência a atitude paranoica em relação às pessoas
Prolixidade: tendência ao pensamento vago, que não chega a um fim definido.
Viscosidade na interação pessoal: grudento, viscoso
Tendência à hipergrafia, a praticar escrita de forma compulsiva
Circunstancialidade: individuo com pensamento que “roda” em torno do tema
Tendência à hiper-religiosidade, muito ligado às questões místicas e religiosas
Tendência à hipossexualidade, vida sexual ausente, sem interesse pela sexualidade
Outras tendências como obsessionalidade, culpa, moralismo, dependência, passividade, senso aumentado de um “destino pessoal”, hostilidade, falta de humor.
SEMIOTÉCNICA DA PERSONALIDADE
Verifica-se, por meio de observação cuidadosa e prolongada do paciente e pelo relato de familiares e conhecidos, quais dos traços são mais claramente presentes nos pacientes
Pede-se aos familiares que descrevam como ele é no dia-a-dia, como é seu jeito de ser, seu estilo pessoal, seu modo de reagir, de sentir e atuar ao longo dos anos, nas diversas situações da vida.
SÍNDROMES RELACIONADAS À SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Produzem de modo geral, sensação de prazer ou excitação.
-Intoxicação: é definida como uma síndrome reversível específica, causada por substância psicoativa recentemente ingerida
- Abuso: ocorre quando há uso recorrente ou contínuo de uma substância psicoativa. É lesivo e mal adaptativo. Traz prejuízos ao sujeito em sua vida familiar, no trabalho ou na escola.
- Uso nocivo: refere-se a um padrão de uso que causa dano à saúde física (bronquite por tabagismo) ou mental (depressão associada a pesado consumo de álcool).
- Fissura: “Craving” = desejo intenso de usar a substância
- Binge: Uso intenso e compulsivo de uma substância
- Tolerância: diminuição do efeito da substância após repetidas administrações. O organismo passa a necessitar de quantidades cada vez maiores da substância para que se obtenha o mesmo nível inicial de seu efeito. As substâncias que produzem tolerância, tendem a gerar mais dependência física.
- Síndrome de Abstinência: conjunto de sinais e sintomas que ocorrem horas ou dias após o individuo cessar ou reduzir a ingestão da substância que vinha consumindo de forma pesada e contínua. Sintomas gerais da abstinência: ansiedade, inquietação, náuseas, tremor, sudorese, podendo nos casos mais graves, ocorrer convulsões, coma e morte.
- Dependência: padrão mal adaptativo de uso de substancias em que há repercussões psicológicas, físicas e sociais. Há grande envolvimento do individuo com a substancia; ele gasta muito tempo (e interesse afetivo) em atividades que implicam a obtenção ou o consumo da substância. Pode ter consciência dos problemas físico, psicológicos e sociais que o consumo produz em sua vida, contudo, o uso permanece contínuo. 
- Dependência física: é um estado de adaptação do corpo manifestado por distúrbios físicos quando o uso da substancia é interrompido. SINDROME DA ABSTINENCIA QUANDO O INDIVIDUO FICA SEM USAR A SUBSTANCIA.
- Dependência comportamental e psíquica (habituação): compulsão ao uso da substancia, buscando o individuo a obtenção de prazer ou a diminuição de desconforto.
A diminuição da autoestima é um ponto importante da síndrome de dependência de substancias psicoativas. Ocorre associada com redução dos s=interesses, deterioração dos cuidados consigo mesmo, perda de vínculos sociais e envolvimento com atividades criminosas para obtê-la. Perda de auto-respeito, sentimentos de vazio e de solidão e de depressão.
PSICOSES TÓXICAS (ALUCINÓGENOS E ANFETAMINAS)
Quadros psicóticos causados diretamente pela ação da substância no cérebro
São quadros de curta duração, que remetem à medida que a substância desaparece do sistema nervoso
Rebaixamento do nível de consciência, confusão mental, ilusões e alucinações visuais (auditivas), medo e perplexidade.
PSICOSES INDIZIDAS POR SUBSTANCIAS
Duram dias ou no máximo semanas
Ocorrem após períodos de uso intenso
Podem se manifestar como quadros paranoides, quadros maniatimorfor e esquizotimorfos ou polimorfos
Normalmente causadas por cocaína, anfetaminicos, alucinógenos
PSICOSES FUNCIONAIS (maconha)
Duração mais prolongada do quadro psicótico (mais de 1 mês)
Ocorrência no futuro de episódios psicóticos independentes da exposição à substancia, e, no caso da esquizofrenia, a presença de sintomas residuais deficitários (RETRAIMENTO SOCIAL, DISTANCIAMENTO AFETIVO OU AFETO INCONGRUENTE...) mesmo após meses ou passado o quadro agudo.
ALCOOLISMO OU SINDROME DE DEPENDENCIA DE ALCOOL (SDA)
Estado psíquico e físico resultante da ingestão repetitiva de álcool, incluindo a compulsão por ingerir bebidas alcoólicas de modo continuo ou periódico, podendo haver perda de controle.
empobrecimento do repertório: o padrão de ingestão de álcool é cada vez mais estereotipado e repetitivo.
Relevância da bebida: o individuo não obtém gratificação de outras fontes, apenas do álcool.
Aumento da tolerância ao álcool: a tolerância é cada vez maior, podendo diminuir nas fases finais do alcoolismo.
Sintomas repetitivos de abstinência: vários episódios de abstinência ao álcool ou mesmo de delirium tremens.
Esquiva de busca de alivio para os sintomas de abstinência:passa ater o comportamento de beber logo de manha para aliviar o desconforto de uma abstinência incipiente.
Compulsão para beber: perda do controle
Reinstalação mais rápida da tolerância após a abstinência: o fenômeno da tolerância, que inicialmente demora anos para se instalar, pode reinstalar-se com muita rapidez em alcoolistas após meses de abstinência.
Negação: nega que o álcool seja um problema em sua vida.
PERDA DE LIBERDADE DE ESCOLHER ENRE BEBER E NÃO BEBER.
O diagnóstico deve ser feito com base em 3 dimensões:
Física: verificam-se alterações na saúde física decorrentes do uso repetitivo do álcool: gastrite, esofagite, hepatite...
Psicológica: irritabilidade, ansiedade, depressão, agressividade, insônia, perda de autoestima, etc..
Social: problemas no relacionamento matrimonial e familiar, dificuldades no trabalho e nos estudos, acidentes de transito...
ALGUNS QUADROS PSICOPATOLOGICOS CARACTERISTICOS OCORREM EM ASSOCIAÇÃO COM A SDA (SINDOME DE DEPENDENCIA DE ALCOOL)
Delirium tremens: forma grave de síndrome de abstinência do álcool em que ocorrem, além dos sintomas clássicos do delirium (REBAIXAMENTO DO NIVEL DE CONSCIENCIA, CONFUSAO MENTAL, DESORIENTAÇÃO TEMPORO-ESPACIAL, ETC), intensas manifestações autonômicas (COMO TREMORES, FEBRE, SUDORESE,ETC..), ilusões e alucinações visuais e táteis marcantes, principalmente por insetos e pequenos animais.
Alucinose alcoólica: caracteriza-se por alucinações audioverbais de vozes, que, tipicamente falam dos pacientes na terceira pessoa.
O delírio de ciúmes dos alcoolistas: individuo passa a acredita plenamente no fato de que sua esposa ou companheira o trai de modo vil, com muitos homens, com seu melhor amigo, com toda a vizinhança.
Embriaguez patológica: caracteriza-se por uma resposta paradoxal, intensa à ingestão de pequena quantidade de álcool. Tal agitação surge de forma inexplicável, dura varias horas, é seguida de exaustão e termina com sono profundo e amnesia posterior em relação ao evento.
_____________________________________________________
LISTA DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Acidentes por animais peçonhentos
Atendimento antirrábico
Botulismo – intoxicação alimentar (alimentos mal conservados)
Antraz – doença infecciosa
Cólera – bactéria que ataca o intestino
Coqueluche – infecção no trato respiratório
Dengue
Difteria – inflamação e lesão em partes das vias respiratórias
Doença de Creutzfeldt – Jakob – desordem cerebral causada pela perda de memória, tremores, desordem na marcha, postura rígida, ataques epiléticos e paralia facial que dá a impressão da pessoa estar sem sorrindo.
Meningites
Doença de chagas
Esquistossomose
Eventos adversos após vacinação
Febre amarela
Febre do Nilo Ocidental – afeta o sistema nervoso central. É transmitida por um mosquito infectado.
Febre maculosa – transmitida pela picada de um carrapato contaminado
Febre Tifóide – salmonela em alimentos contaminados ou água. Doença infecciosa.
Hanseníase – “lepra” = afeta os nervos e a pele. Tratada com antibióticos.
Hantavirose – “febre hemorrágica”= contato com fezes e urina contaminados, inalação de aerossóis, ingestão de água e alimentos contaminados.
Heppatites virais
Infecção por HIV
Influenza Humana por novo subtipo H1N1
Intoxicações exógenas (substancias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados)
Leishmaniose Tegumentar Americana – doença infecciosa. Parasitária da pele e mucosas.
Leishmaniose Visceral – não contagiosa entre outros. Transmissão através de picadas de mosquito. Afeta outros mamíferos além do homem.
Leptospirose
Malária
Paralisa flácida aguda – acomete em geral os membros inferiores, sendo como principal característica flacidez muscular com sensibilidade conservada. Transmissão ocorre no contato direto pessoa a pessoa.
Peste – doença pulmonar. Transmitida pela pulga do rato preto.
Poliomielite – “paralisia infantil” = doença infecciosa viral, transmitida de pessoa para pessoa. Ataca os membros.
Raiva Humana – se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central. Transmissão por transplante de córnea.
Rubéola- transmitida por via respiratória. Geralmente se cura sem tratamento, contudo, é perigosa para mulheres gravidas, pois, o embrião pode sofrer malformações.
Sarampo – infecção do sistema respiratório. Afeta principalmente cças. Transmitida diretamente de pessoa para pessoa.
Sífilis adquirida
Sífilis Congênita
Sífilis em gestantes
AIDS
Síndrome da rubéola congênita – complicação do vírus da rubéola na gravidez. Pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar aborto, morte fetal, anomalias congênitas.
Síndrome do corrimento uretral masculino – doença sexualmente transmissível.
Síndrome respiratória aguda grave associada ai coronavírus – é uma grave psneumonia atípica. Não tem causa determinada.
Tétano
Tuberculose
Tularemia – doença infecciosa que pode atacar pele, olhos e pulmões. Doença do coelho. Transmissão pela picada de insetos com ácaros, via ingestão, por inalação.
Varíola
Violência domestica, sexual e/ou outras violências.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL SESSÃO SAÚDE, ART: 196 À 200
196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
197- São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoas física ou jurídica de direito privado.
198- As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
descentralização, com direção única em cada esfera do governo;
atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
participação da comunidade.
S 1o . O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da união, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, além de outras fontes.
S 2o . A união, os Estados, o DF e os municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados.
No caso da união, na forma definida nos termos de lei complementar prevista no s 3o;
No caso dos Estados e do DF, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos municípios;
No caso dos municípios e do DF, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts 158 e 159, inciso I, alínea b e S 3o .
S 3o : Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:
os percentuais de que trata o 2o S
os critérios de rateio dos recursos da união vinculados à saúde destinados aos Estados, ao DF e aos municípios, aos Estados, destinados a seus respectivos municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais.
As normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal.
As normas de cálculo do montante a ser aplicado pela união.
S 4o : Os gestores locais do sistema únicos de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
S 5o : Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias.
S 6o : Além das hipóteses previstas no S do art 41 e no S4o do art 169 da constituição federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício.
199- A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
S 1o : As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferencia entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
S 2o : É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios as subversões às instituições privadas com fins lucrativos.
S 3o : É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
S 4o : A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substancias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
200- Ao SUS compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
Controlar e fiscalizar produtos, procedimentos e substancias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde;
Participar da formulação política e da execução das ações de saneamento básico;
Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico
Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para o consumo humano;
Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substancias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
POLÍTICA DE REDUÇÃO DE DANOS
Foi adotada como estratégia de saúde publica pela primeira vez no Brasil em Santos no ano de 1989, quando altos índices de transmissão de HIV estavam relacionados ao uso indevido de drogas injetáveis.
2003, as ações de RD deixam de ser estratégia exclusiva dos programas de DST/AIDS, passa a ser estratégia norteadora para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas e da politica de saúde mental.
A política de redução de danos tem como proposta a produção de saúde, considerada como produção de regras autônomas de cuidado de si.
A abstinência pode ser uma meta a ser alcançada, porém, não uma regra imposta.
Muitas vezes, os redutores de danos propõem determinadas regras de conduta como, por exemplo, substituir crack por maconha, ou substituir a via injetável pela inalável.
O protagonismo dos usuários pode caminhar de uma direção mais individual para uma dimensão mais coletiva, passando de um cuidado de si, para um cuidado do outro. Podem fazer parte da gestão das associações, podem ser redutores de danos, ou podem simplesmente cuidar de si.
REDUÇÃO DE DANOS – “UM CONJUNTO DE ESTRATÉGIAS CAPAZES DE REDUZIR DANOS FÍSICOS, PSÍQUICOS E SOCIAS RELACIONADOS AO CONSUMO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS PARA O USUÁRIO, SUA FAMÍLIA E SUA COMUNIDADE”. CONCEITO HISTÓRICO
REDUÇÃO DE DANOS – “É UMA ABORDAGEM DE SAUDE PUBLICA APROPRIADA PARA LIDAR COM QUESTÕES RELACIONADAS AO CONSUMO DE DROGAS, CUJA PRIORIDADE É A REDUÇÃO DAS CONSEQUENCIAS NEGATIVAS DO MESMO, AO INVÉS DE ELIMINÁ-LO OU BUSCAR A ABSTINENCIA”. MODELO CONCEITUAL
DISTÚRBIOS DE CONDUTA
Transtornos do comportamento e emocionais que aparecem durante a infância ou adolescência.
- Os transtornos de conduta são caracterizados por padrões persistentes de conduta dissocial, agressiva ou desafiante. Tal comportamento deve comportar grandes violações das expectativas sociais próprias da idade da cça, deve haver mais do que as travessuras infantis ou a rebeldia do adolescente e se trata de um padrão duradouro de comportamento (seis meses ou mais). Quando as características de um transtorno de conduta são sintomáticas de uma outra afecção psiquiátrica, é este último diagnóstico o que deve ser codificado.
 
INCLUI:
O diagnóstico se baseia na presença de condutas do seguinte tipo: manifestações excessivas de agressividade ou de tirania; crueldade com relação à outras pessoas ou animais; destruição dos bens de outrem; condutas incendiárias; roubos; mentiras repetidas; cabular aulas e fugir de casa; crises de birra e de desobediência anormalmente frequentes e graves. A presença de manifestações nítidas de um dos grupos precedentes é suficiente para o diagnóstico, mas, atos dissociais isolados, não o são.
EXCLUI:
Esquizofrenia (F20)
Transtornos Globais do Desenvolvimento (F84)
Transtornos de Humor (F30-F39)
Quando associados com transtornos emocionais (F92) e Hipercinéticos (F90.1 – TDAH)
F-91.0 DISTÚRBIO DE CONDUTA RESTRITA AO CONTEXTO FAMILIAR
F-91.1 DISTÚRBIO DE CONDUTA NÃO – SOCIALIZADO
Transtorno de conduta caracterizado pela presença de um comportamento dissocial ou agressivo persistente (que responde a critérios gerais citados em F91 e não limitado a um comportamento de oposição, provocador ou perturbador), associado a uma alteração significativa e global das relações com outras cças.
INCLUI:
Distúrbio de conduta, tipo solitário – agressivo; agressivo não socializado
F-91.2 DISTÚRBIO DE CONDUTA TIPO SOCIALIZADO
Manifesta-se em indivíduos habitualmente bem integrados com seus companheiros.
INCLUI:
cabular aulas
delinquência de grupo
delitos cometidos num contexto de grupo
roubos em grupo
transtornos de conduta em grupo
F-91.3 DISTÚRBIO DESAFIADOR E DE OPOSIÇÃO
Transtorno de conduta manifestando-se habitualmente em cças jovens, caracterizado essencialmente por um comportamento provocador, desobediente ou perturbador e não acompanhado de comportamentos delituosos ou de condutas agressivas ou dissociais graves. Para que um diagnóstico positivo possa ser feito, o transtorno deve responder aos critérios gerais citados em F-91 – mesmo a ocorrência de travessuras ou de desobediência sérias não justifica, por si próprio, este diagnóstico. Essa categoria deve ser utilizada com prudência, em particular nas cças com mais idade, dado que os transtornos de conduta que apresentam uma significação clínica se acompanham habitualmente de comportamentos dissociais ou agressivos que ultrapassam o quadro de um comportamento provocador, desobediente ou perturbador.
É DIFERENTE DO
TRANSTORNO DE CONDUTA – É UM DOS TRANSTORNOS PSIQUIATRICOS MAIS FREQUENTES NA INFANCIA E UM DOS MAIORES MOTIVOS DE ENCAMINHAMENTO AO PSIQUIATRA INFANTIL.
É MAIS FREQUENTE NO SEXO MASCULINO. NÃO APRESENTAM SOFRIMENTO PSIQUICO OU CONSTRANGIMENTO COM AS PRÓPRIAS ATITUDES E NÃO SE IMPORTAM EM FERIR OS SENTIMENTOS DAS PESSOAS OU DESRESPEITAR SEUS DIREITOS.
OS COMPORTAMENTOS ANTI-SOCIAIS TENDEM A PERSISTIR, PARECENDO FALTAR A CAPACIDADE DE APRENDER COM AS CONSEQUENCIAS NEGATIVAS DOS PRÓPRIOS ATOS.
ESTÁ FREQUANTEMENTE LIGADO AO TDAH, COMPORTAMENTO AGRESSIVO, DEFICIT INTELECTUAL, CONVULSÕES E COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL.
ESTÁ FREQUENTEMENTE LIGADO AO BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR E PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO COM COLEGAS, TRAZENDO LIMITAÇÕES ACADÊMICAS E SOCIAIS AO INDIVIDUO.
NEUROSE E PSICOSE
As neuroses são transtornos psíquicos sem substrato anatômico detectável. Sua sintomatologia está relacionada à expressão simbólica de um conflito intrapsíquico entre ideias fantasmáticas inconscientes, associadas ao complexo edípico, e às defesas que elas provocam, que possuem raízes na história infantil do sujeito.
Psicoses são as patologias, independente de sua etiologia, que associam a perda da realidade e a criação de uma pseudo-realidade. Verifica-se um processo deteriorativo das funções do eu, em graus variáveis, e um sério prejuízo do contato com a realidade. “Inconscientea céu aberto”
FREUD:
NEUROSES – conflitos interiores do individuo, cujo significado inicial lhe escapa, remetendo para os conflitos infantis recalcados que serão acessíveis pela transferência.
PSICOSES – conflitos entre o individuo e o mundo, pouco ou dificilmente acessíveis pela transferência, mesmo com revelações diretas do inconsciente. Classifica como: confusão alucinatória, a paranoia e a psicose histérica.
Neurose: Houve uma ocorrência de incompatibilidade em sua vida representativa. DIVISÃO ENTRE REPRESENTAÇÃO E AFETO.
Isto é, seu EU foi confrontado com uma experiência, representação ou sentimento que provocou um afeto aflitivo que o individuo optou por esquecê-lo, sendo assim, percebe-se uma dificuldade de mediação entre a representação incompatível do seu próprio EU.
Freud afirma que quando a defesa utilizada contra uma representação incompatível é efetivada, separando-a do seu afeto, esta representação permanece na consciência, embora enfraquecida e isolada, o MECANISMO EM AÇÃO NESSA SITUAÇÃO É O DE RECALCAMENTO QUE É CARACTERISTICAMENTE USADO PELAS NEUROSES.
O recalque é um estado que exige empenho ou força para se manter, pois a pressão pelo regresso é constante. Este retorno aparecerá, segundo Freud, sob a forma de sintomas, dos atos falhos, dos chistes e dos sonhos.
Conforme o tipo de neurose, seu mecanismo base – O RECALCAMENTO – virá se articular com outros mecanismos, entre eles o deslocamento e a condensação.
Na HISTERIA verifica-se que a divisão da consciência não é o fator característico, mas sim a CAPACIDADE DE CONVERSÃO, ou seja, predisposição psicofísica para transpor enormes somas de excitação para a inervação somática. Assim, a representação incompatível é transformada não precisando de associação alguma. Ao lhe retirar o AFETO, este é TRANSPOSTO para o CORPO (SOMÁTICO) ou para alguma parte dele.
A OBSESSÃO, encontra uma representação que se impõe ao sujeito e um estado emocional associado que pode ser de angústia, remorso, raiva e/ou dúvida. O QUE APARECE COMO SINTOMA É O OPOSTO DO DESEJO.
FORMAÇÃO REATIVA OU ISOLAMENTO = RACIONALIZAÇÃO E FANTASIA DO DESEJO.
A FOBIA encontra uma representação que se impõe ao sujeito e um estado emocional que pode ser de angústia e de medo, que não deriva de qualquer lembrança.
Não se evidencia uma representação incompatível substituída, mas apenas o estado emocional de angústia, que por uma espécie de processo seletivo, traz à tona todas as representações adequadas para se tornarem alvo de uma fobia.
Na neurose, os conflitos inferiores do sujeito estão presentes, mas o significado inicial lhe escapa, remetendo para os conflitos infantis, recalcados, mas, acessíveis pela transferência e justificando assim uma possibilidade de tratamento psicanalítico.
É resultado de um conflito entre o EU E O ID. O EU se recusa a atender uma solicitação pulsional oriunda do ID ou se nega a conduzir tal demanda a uma resolução motora ou ao objeto almejado.
Neurose- preservação da realidade, não quer tomar conhecimento dela. Recalque Fracassado porque volta em forma de sintoma.
Psicose- renega a realidade e procura substituí-la. 
Ambas tem incapacidade de se moldar a realidade, real necessidade.
Psicoses: Freud apresenta outro tipo de defesa muito mais poderosa e bem-sucedida. Nesse tipo de defesa, o EU RECUSA A REPRESENTAÇÃO INCOMPATÍVEL/ INSUPORTÁVEL juntamente com seu AFETO e se comporta como se a representação JAMAIS TIVESSE EXISTIDO. Assim, o rompimento efetuado pelo EU com a representação incompatível, faz com que esta fique inseparavelmente ligada a um fragmento da realidade, de modo que , à medida que o EU obtém resultado, TAMBÉM SE DESLIGA TOTAL E PARCIALMENTE DA REALIDADE. Esse desligamento é a condição para que as representações recebam a vividez das alucinações e este estado é denominado de confusão alucinatória.
O que é cancelado de dentro, vem de fora pela alucinação ou pelo delírio. Não toma conhecimento da realidade externa.
Relacionada aos conflitos entre o sujeito e a realidade externa, pouco acessíveis ou inacessíveis a uma relação transferencial, uma contraindicação ao tratamento psicanalítico.
NEUROPSICOSES – AFECÇÕES AGRUPADAS EM HISTERIA, OBSESSÕES E CASOS DE CONFUSÃO ALUCINATÓRIA. OS SINTOMAS DESSAS FORMAÇÕES PATOLÓGICAS EMERGIAM POR MEIO DO MECANISMO PSIQUICO DE DEFESA, ISTO É, “EMERGIAM COMO UMA TENTATIVA DE RECALCAR UMA REPRESENTAÇÃO INCOMPATÍVEL QUE SE OPUNHA AFETIVAMENTE AI EGO DO PACIENTE”.
A interrupção tanto nas neuroses quanto nas psicoses deve-se a mesma etiologia: A PRIVAÇÃO. Ou seja, “a não realização de algum daqueles desejos da infância, sempre indomáveis e tão profundamente enraizados na nossa organização psíquica”. 
Freud propôs que tanto na neurose quanto na psicose há um afrouxamento da realidade. A neurose usa a fantasia e a psicose se utilizará do delírio e da alucinação.
HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL
A evolução histórica das políticas de saúde está diretamente relacionada a evolução político-social e econômica da sociedade brasileira, não sendo possível dissocia-las. 
A lógica do processo evolutivo sempre obedeceu à ótica do avanço do capitalismo na sociedade brasileira, sofrendo a forte determinação do capitalismo a nível internacional.
A saúde nunca ocupou lugar central dentro da politica brasileira sendo sempre deixada na periferia do sistema, como uma moldura de um quadro, tanto no que diz respeito a solução dos grandes problemas de saúde que afligem a população, quanto na destinação de recursos direcionados ao setor saúde.
1.500 ATÉ PRIMEIRO REINADO:
Não dispunha de nenhum modo de atenção à saúde da população e nem mesmo o interesse por parte de Portugal
Limitava-se aos recursos da terra e curandeiros
Até 1.850 – delegação das atribuições sanitárias às juntas municipais. Controle de navios e da saúde dos portos
Em 1.789 – somente 4 médicos no RJ; em outros estados não haviam médicos. Proliferação dos boticários (farmacêuticos).
1.808 – fundação na Bahia do Colégio Médico – Cirúrgico, no Real hospital militar da cidade de salvador e criação da escola de cirurgia do RJ, anexa ao hospital militar.
INÍCIO DA REPÚBLICA – 1.889 ATÉ 1.930
epidemias
RJ: varíola, malária, febre amarela e peste.
Foi criado o departamento federal da saúde publica que propôs a erradicar a febre amarela no RJ
1.500 pessoas passaram a exercer atividades de desinfecção no combate ao mosquito vetor da febre amarela. MODELO DE INTEVENÇÃO CONHECIDO COMO CAMPANHISTA, CONCEBIDO DENTRO DE UMA VISÃO MILITAR EM QUE OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS E NO QUAL O USO DA FORÇA E DA AUTORIDADE ERAM CONSIDERADOS OS INSTRUMENTOS PREFERENCIAIS DE AÇÃO.
Lei federal 1.261, de 1.904, instituiu a vacinação anti-varíola obrigatória para todo o território nacional. REVOLTA DA VACINA.
O modelo campanhista conseguiu erradicar a febre amarela no RJ e serviu como proposta de intervenção na área da saúde coletiva durante décadas.
Oswaldo Cruz procurou organizar a diretoria geral da saúde publica criando uma sessão demográfica, um laboratório bacteriológico, em serviço de engenharia sanitária e de profilaxia da febre amarela, a inspetoria de isolamento e desinfecção e o instituto soroterápico federal.
Foram incorporados como elementos das ações de saúde: registro demográfico, possibilitando conhecer a composição e os fatos vitais de importância da população; Introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico; Fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa.
1.920: Carlos Chagas introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica rotineira de ação. Criaram-se órgãos especializados na luta contra a tuberculose, a lepra e as doenças venéreas.
A assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial se destacam como problemas individualizados.
Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados, além do RJ e criou-se a escola de enfermagem Anna Nery. ATE OS ANOS 60 = MODELO DO SANITARISMO CAMPANHISTA.
COM O CONTROLEDAS EPIDEMIAS, O MODELO CAMPANHISTA SE DESLOCOU A SUA AÇÃO PARA O CAMPO E PARA O COMBATE DAS ENDEMIAS RURAIS (CHAGAS, ESQUISTOSSOMOSE E OUTRAS)
Até o final dos anos 50, a assistência médica previdenciária não era importante.
A partir principalmente da segunda metade da década de 50, com o maior desenvolvimento industrial, com a consequente aceleração da urbanização e o assalariamento de parcelas crescente da população, que ocorre maior pressão pela assistência médica via institutos, e viabiliza-se o crescimento de um complexo hospitalar médico, para prestar atendimento aos previdenciários, em que se privilegiam abertamente a contratação de serviços terceirizados. 
SAÚDE PÚBLICA DE 30 A 60
1.930 foi criado o ministério da educação e saúde pública
1.941 REFORMA BARROS BARRETO – instituição de órgãos normativos e supletivos destinados a orientar a assistência sanitária e hospitalar; CRIAÇÃO DE ÓRGÃOS EXECUTIVOS DE AÇÃO DIRETA CONTRA AS ENDEMIAS MAIS IMPORTANTES (MALÁRIA, FEBRE AMARELA, PESTE); DESTAQUE AOS PROGRAMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E CONSTRUÇÃO DE ESGOTOSS, NO ÂMBITO DA SAÚDE PÚBLICA; ATENÇÃO AOS PROBLEMAS DAS DOENÇAS DEGENERATIVAS E MENTAIS COM A CRIAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE ÂMBITO NACIONAL (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER)
1.951: criação do ministério da saúde, mas não significou nova postura do governo e uma efetiva preocupação em atender os importantes problemas de saúde pública.
1,967: ministério da saúde: formulação e coordenação da política nacional de saúde; responsabilidade pelas atividades médicas ambulatoriais e ações preventivas em geral; controle de doenças, medicamentos e alimentos, pesquisa médico-sanitário.
1.975: foi instituído no papel o sistema nacional de saúde, que estabelecia de forma sistemática o campo de ação na área de saúde, dos setores públicos e privados, para o desenvolvimento das atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. O DOCUMENTO RECONHECE E OFICIALIZA A DICOTOMIA DA QUESTÃO DA SAÚDE, AFIRMANDO QUE A MEDICINA CURATIVA SERIA DE COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA, E A MEDICINA PREVENTIVA DE RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. No entanto, o governo federal destinou poucos recursos ao ministério da saúde, que dessa forma foi incapaz de desenvolver as ações de saúde pública propostas, o que na prática significou uma clara opção pela medicina curativa, que era mais cara, mas que no entanto, contava com recursos garantidos através da contribuição dos trabalhadores.
1.976: Programa de interiorização das ações de saúde e saneamento (PIASS) – RESULTOU NUMA GRANDE EXPANSÃO DA REDE AMBULATORIAL PÚBLICA. 
1.975: O modelo de saúde previdenciário e suas mazelas: Por conta da priorização pela medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os principais problemas se saúde coletiva, como as endemias e as epidemias, e os indicadores de saúde (mortalidade infantil, por exemplo). Aumentos constantes dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médica-hospitalar de complexidade crescente. Incapacidade do sistema em atender a uma população cada vez maior de marginalizados, que sem carteira assinada e contribuição previdenciária, se viam excluídos do sistema etc..
1.981: CONASP – CONSELHO CONSULTIVO DE ADMINISTRAÇÃO DA SAÚDE PREVIDENCIÁRIA = propõe a reversão gradual do modelo médico-assistencial através do aumento da produtividade do sistema, da melhoria da qualidade da atenção, da equalização dos serviços prestados à população urbana e rural, da eliminação da capacidade ociosa do setor público, da hierarquização, da criação do domicílio sanitário, da montagem de um sistema de auditoria médico-assistencial.
1.983: AIS (AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE) - visa novo modelo assistencial que incorporava o setor público, procurando integrar ações curativas, preventivas e educativas ao mesmo tempo.
1.988: NASCIMENTO DO SUS. A CONCEPÇÃO DO SUS ESTAVA BASEADA NA FORMULAÇÃO DE UM MODELO DE SAÚDE VOLTADO PARA AS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO, PROCURANDO RESGATAR O COMPROMISSO DO ESTADO PARA COM O BEM-ESTAR SOCIAL, ESPECIALMENTE NO QUE SE REFERE À SAÚDE COLETIVA, CONSOLIDANDO-O COMO UM DOS DIREITOS DE CIDADANIA. SÓ FOI REGULAMENTADO EM 1.990, ATRAVÉS DA LEI 8.080.
O SUS É CONCEBIDO COMO O CONJUNTO DE ACÓES E SERVIÇOS DE SAÚDE, PRESTADOS POR ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS, ESTADUAIS, MINUCIPAIS, DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA E DAS FUNDAÇÕES MANTIDAS PELO PODER PÚBLICO. A INICIATIVA PRIVADA PODERÁ PARTICIPAR DO SUS EM CARÁTER COMPLEMENTAR.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS:
UNIVERSALIDADE: O acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente do sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características pessoais e sociais.
EQUIDADE: é um princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência a saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A rede de saúde deve estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida.
INTEGRALIDADE: significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de saúde procurar atender à todas as suas necessidades.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS:
HIERARQUIZAÇÃO: entendida como um conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema, referência e contra referência.
PARTICIPAÇÃO POPULAR: A democratização dos processos decisórios consolidado na participação dos usuários dos serviços de saúde nos chamados conselhos municipais de saúde.
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA POLÍTICA: consolidada com a municipalização das ações de saúde, tonando o município gestor administrativo e financeiro do SUS.
OS OBJETIVOS E AS ATRIBUIÇÕES DO SUS
identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
formular as políticas de saúde
fornecer assistência às pessoas por intermédio de ações de proteção, promoção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas;
executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica;
executar ações visando a saúde do trabalhador
participar na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
participar da formulação da política de recursos humanos para a saúde;
realizar atividades de vigilância nutricional e de orientação alimentar;
participar de ações direcionadas ao meio ambiente;
formular políticas referentes a medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
controle e fiscalização de serviços, produtos e substancias de interesse para a saúde;
fiscalização e inspeção de alimentos, água e bebidas para o consumo humano;
participação no controle e fiscalização de produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
incremento do desenvolvimento científico e tecnologia na área da saúde;
formulação e execução na política de sangue e seus derivados.
1.997: Os hospitais universitários d País são “forçados” a reduzir o número de atendimentos, e induzidos pelo próprio governo à privatização como solução para resolver a crise financeira do setor.
1.999: corte de R$ 220 milhões na área da saúde
1.998: O governo regulamentou a lei 9.656/98, sobre os planos e seguros de saúde = oficializa o universalismo excludente, na medida em que cria modelos diferenciados na cobertura de serviços:
PLANO AMBULATORIAL – compreende a cobertura de consultas em número ilimitado, exames complementares e outros procedimentos, em nível ambulatorial, incluindo atendimentos e procedimentos caracterizados como urgência/emergência até as primeiras 12 hrs.
PLANO HOSPITALAR SEM OBSTETRÍCIA – compreende atendimento em unidade hospitalar com número ilimitado de diárias, inclusive UTI, transfusões, quimioterapia e radioterapia entre outros, necessário durante o período de internação. Inclui também os atendimentos caracterizados como urgência/emergência que evoluírem para internação ou que sejam necessários à preservação da vida,órgãos ou funções.
PLANO HOSPITALAR COM OBSTETRÍCIA – acresce ao plano anterior, a cobertura de consultas, exames e procedimentos relativos ao pré-natal, à assistência ao parto e ao recém-nascido durante os primeiros 30 dias de vida.
PLANO ODONTOLÓGICO – cobertura de procedimentos odontológicos realizados em consultórios.
PLANO REFERÊNCIA - somatória dos quatro tipos de planos anteriores.
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA
TRANSTORNO DE ESPECTRO É UM TERMO QUE ENGLOBA UM GRUPO DE AFECÇÕES DO NEURODESENVOLVIMENTO, CUJAS CARACTERÍSTICAS ENVOLVEM ALTERAÇÕES QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS DA COMUNICAÇÃO, SEJA LINGUAGEM VERBAL E/OU NÃO VERBAL, DA INTERAÇÃO SOCIAL E DO COMPORTAMENTO CARACTERÍSTICAMENTE ESTERIOTIPADOS, REPETITIVOS E COM GAMA RESTRITA DE INTERESSES.
NO ESPECTRO, O GRAU DE GRAVIDADE VARIA DE PESSOAS QUE APRESENTAM UM QUADRO LEVE, E COM TOTAL INDEPENDÊNCIA E DISCRETAS DIFICULDADES DE ADAPTAÇÃO, ATÉ AQUELAS PESSOAS QUE SERÃO DEPENDENTES PARA AS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIAS (AVDS), AO LONGO DE TODA A VIDA.
Consideram-se com TEA os seguintes diagnósticos:
F-84 – TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
F-84 – AUTISMO INFANTIL
F-84.1 – AUTISMO ATÍPICO
F-84.2- SÍNDROME DE ASPERGER
F-84.8- OUTROS TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
F-84.9- TRANSTORNOS GLOBAIS NÃO ESPECIFICADOS DO DESENVOLVIMENTO.
ETIOLOGIA
Multifatorial, ou seja, existe um componente genético, como também um componente ambiental: exposição a agentes químicos, falta de vitamina D, falta de ácido fólico, infecções maternas, uso de certas drogas como ácido valpráico durante a gestação, prematuridade (abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer, são alguns fatores de risco ambiental.
Fatores de risco para um componente genético são: familiar de primeiro grau acometido, presença de defeitos congênitos, idade materna ou paterna acima de 40 anos. Existem casos associados às síndromes genéticas e outros em que essa associação não existe.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
Deve ser feito de acordo com os critérios do cid- 10, pela anamnese com os pais e cuidadores e mediante observação clínica dos comportamentos.
a-) Atrasos ou funcionamento anormal em, pelo menos, uma das seguintes áreas, com início antes dos 3 anos de idade: 1-) interação social; 2-) linguagem para fins de comunicação social; 
3-) jogos imaginativos ou simbólicos.
b-) Um total de 6 (ou mais) itens de 1,2 e 3, com pelo menos 2 de (1), 1 de (2) e 1 de (3):
Prejuízo qualitativo na interação social, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes aspectos:
PREJUÍZO ACENTUADO NO USO DE MÚLTIPLOS COMPORTAMENTOS NÃO-VERBAIS, TAIS COMO CONTATO VISUAL DIRETO, EXPRESSÃO FACIAL, POSTURAS CORPORAIS E GESTOS PARA A INTERAÇÃO SOCIAL; 
FRACASSO EM DESENVOLVER RELACIONAMENTOS COM SEUS PARES APROPRIADOS AO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO;
 FALTA DE TENTATIVA ESPOTÂNEA DE COMPARTILHAR PRAZER, INTERESSES OU OUTRAS REALIZAÇÕES COM OUTRAS PESSOAS (POR EXEMPLO: NÃO MOSTRAR, TRAZER OU APONTAR OBJETOS DE INTERESSE); 
FALTA DE RECIPROCIDADE SOCIAL OU EMOCIONAL.
Prejuízos qualitativos na comunicação, manifestados por, pelo menos 1 dos seguintes aspectos: 
Atraso ou ausência total de desenvolvimento da linguagem falada (NÃO ACOMPANHADO POR UMA TENTATIVA DE COMPENSAR ATRAVÉS DE MODOS ALTERNATIVOS DE COMUNICAÇÃO, TAIS COMO GESTOS OU MÍMICA);
Em indivíduos com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversação;
Uso estereotipado e repetitivo da linguagem ou linguagem idiossincrática;
Falta de Jogos e brincadeiras de imitação social variados e espontâneos apropriados ao nível de desenvolvimento;
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por, pelo menos, 1 dos seguintes aspectos:
Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesse, anormais em intensidade ou foco;
Adesão aparentemente inflexível a rotinas ou rituais específicos e não-funcionais;
Maneirismos motores estereotipados e repetitivos (por exemplo: agitar ou torcer mãos ou dedos, ou movimentos complexos de todo o corpo);
Preocupação persistente com pares de objetos.
Outras características podem ser identificadas tais como: dificuldade em sentir empatia em relação aos demais e apresentar crises de agitação, podendo haver auto ou heteroagressividade, quando contrariados ou decepcionados. Pode ocorrer hipersensibilidade sensorial, chegando à irritação extrema, ou obtenção de prazer com estímulos ou sensações tidas como desagradáveis ou indiferentes para a maioria das pessoas. Isso pode levar a comportamentos, tais como: VISÃO LATERAL (OLHAR COMO CANTO DOS OLHOS), NO INTÚITO DE DIMINUIR O EXCESSO DE ESTÍMULO; FICAR PASSANDO A MÃO EM OBJETOS, REPETITIVAMENTE; TER FIXAÇÃO POR ÁGUA, SEJA NA ESTIMULAÇÃO TÁTIL, AO SE BANHAR, SEJA NA VISUAL, NA PRECIAÇÃO DO MOVIMENTO DELA; TER CRISES DE AGITAÇÃO EM TRANSPORTE PÚBLICO OU AMBIENTES BARULHENTOS, TER RESTRIÇÃO ALIMENTAR BASEADO EM TEXTURAS, SABORES OU CORES.
São características da linguagem:
O uso de palavras de forma peculiar, de pronome reverso (falar de si na terceira pessoa);
Apresentar ecolalia, isto é, repetição de palavras ou frases que escuta;
A fala costuma ser monótona e, por vezes, com tom pedante e rebuscado, como visto em pacientes com asperger.
A restrição de interesse e a repetição aparecem: na forma de brincar, seja com objetos e brinquedos, sendo usados com propósitos diferentes ou restritos em relação às possibilidades, e no interesse por poucos tipos de brinquedos, programas de televisão ou temas de conhecimento.
É comum os pais perceberem os sintomas antes dos 24 meses.
Testes utilizados para avaliação do nível funcional:
ESCALA DE AVALIAÇÃO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO (AGF): A PARTIR DOS 16 ANOS;
ESCALA DE AVALIAÇÃO GLOBAL PARA CÇAS E ADOLESCENTES (C.GAS): DE 4 À 16 ANOS;
ESCALA DE COMPORTAMENTO ADAPTATIVO VEBELAND [ANEXO A ]: AVALIAÇÃO DE NÍVEL FUNCIONAL, SEM LIMITE DE IDADE;
ESCALA DE INTELIGÊNCIA DE WESCHLER PARA CÇAS (WISC-III): TESTE PSICOMÉTRICO PARA A AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CÇAS DE 6 À 16 ANOS;
ESCALA DE INTELIGÊNCIA DE WESCHLER (WAIS-III): TESTE PSICOMÉTRICO PARA A AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO A PARTIR DOS 16 ANOS.
ESCALAS DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA.
Diagnóstico diferencial e de comorbidades:
Faz-se necessária uma avaliação clínica/pediátrica completa, bem como neurológica e psiquiátrica ampla, para um diagnóstico diferencial de qualidade e detecção de quadros associados.
Dentre os Diagnósticos diferenciais estão:
Baixa acuidade e deficiência auditiva;
Privação psicossocial severa
Deficiência intelectual (pode ser um diagnóstico associado)
Transtorno de linguagem expressiva e receptiva
Síndrome de Landou – Klefner = séria epilepsia infantil que resulta em sérios transtornos de linguagem;
Síndrome genética (RETT) = desordem do desenvolvimento neurológico que afeta o sexo feminino somente. Desaceleração no perímetro cefálico e perda do uso funcional das mãos e de habilidades comunicativas etc.
Síndrome epilética específica
Ansiedade de separação grave e mutismo seletivo.
Pode haver associação com algumas patologias psiquiátricas, sendo as mais comuns:
TOC;
TDAH;
Transtornos de ansiedade;
Transtorno depressivo.
ABORDAGENS TERAPÊUTICAS
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS)
Deve ser elaborado por uma equipe multiprofissional de referência e é instrumento necessário ao tratamento de cças, adolescentes e adultos com TEA, pois permite avaliar e intervir conforme a necessidade de cada um, nas diferentes fases da vida. O trabalho deve ser realizado através de um trabalho com equipe, com profissionais de referência e contribuição coletiva tendo como princípio norteador do cuidado a integralidade da atenção. Embora no TEA haja aspectos comuns em três áreas principais o quanto e como cada uma destas áreas está prejudicada é um aspecto muito particular de cada indivíduo.
Para orientar o tratamento, serão estabelecidos os objetivos a ser alcançadoscom o PTS, os quais visam descrever aspectos gerais, norteadores para o tratamento individualizado.
OBJETIVOS:
GERAIS: Promover melhor qualidade de vida, autonomia, independência e inserção social, escolar e laboral.
ESPECÍFICOS: 
Identificar habilidades preservadas, potencialidades e preferências de cada paciente, bem como áreas comprometidas ( o que, como quanto);
Compreender o funcionamento individual de cada paciente, respeitando seus limites e suas potencialidades de desenvolvimento;
Elaborar e desenvolver um programa individualizado de tratamento por meio da aprendizagem e de novas habilidades, ampliando os repertórios de potencialidades e reduzindo comportamentos mal adaptativos ou disfuncionais;
Desenvolver habilidades sociais, com o objetivo de melhorar o repertório social dos pacientes para proporcionar interações sociais mais positivas. Quando necessário, desenvolver ou melhorar habilidades básicas de interações sociais. Como por exemplo: contato visual, responder a um cumprimento por gestos;
Melhorar a qualidade de padrão de comunicação, seja verbal ou não verbal. Alguns recursos adicionais podem ser utilizados para possibilitar a comunicação, como o uso de PECS, que permite a comunicação por meio do uso de troca de figuras;
Reduzir ou extinguir repertórios inadequados e comportamentos mal adaptativos, que dificultam a interação social ou aquisição de novas habilidades, como agitação psicomotora, comportamentos auto ou heteroagressivos e estereotipias.
Realizar orientações frequentes aos pais e/ou cuidadores de modo a inserí-los no programa de tratamento, proporcionando novas situações de aprendizagem, não apenas durante as sessões, mas tendo os cuidadores como coterapeutas, reproduzindo as orientações recebidas e possibilitando a replicação dos comportamentos adequados em outros contextos.
Orientar de maneira uniformizada, os demais profissionais envolvidos, tanto de saúde como de educação, no cuidado e no manejo dos pacientes.
O PTS deve ser reavaliado periodicamente, a cada 6 meses.
Terapia fonoudiológica = adequar as dificuldades da comunicação, em seu aspecto receptivo e expressivo.
Terapia Ocupacional = melhorar o desempenho em atividades, como alimentação, vestuário, higiene, ou ainda, mobilidade, brincar, desempenho escolar e ensino de procedimentos de segurança. Visitas escolares e domiciliares periódicas com o objetivo de orientar os profissionais e os pais.
Abordagem familiar = se dá tanto na psicoeducação, no apoio psicológico aos pais e aos cuidadores, como na instrumentalização para eles serem agentes terapêuticos.
PSICOEDUCAÇÃO = GRUPOS DEVEM SER REALIZADOS PARA QUE A FAMÍLIA POSSA TER CONTEMPLADA AS SUAS DÚVIDAS, ENTENDER A SITUAÇÃO E COMPARTILHAR NAS DECISÕES DO PROJETO DE VIDA DO PACIENTE. IMPORTANTE LEBRAR QUE, CONFORME O PACIENTE ESTEJA APTO A PARTICIPAR DESSAS DECISÕES, ELE DEVE PASSAR A TOMÁ-LAS CONJUNTAMENTE COM A FAMÍLIA E EQUIPE TERAPÊUTICA.
APOIO FAMILIAR = OS ATENDIMENTOS DE APOIO FAMILIAR DEVEM SER FEITOS DE FORMA A ATENDER UMA REDE DE APOIO ENTRE USUÁRIOS DO SERVIÇO.
Tratamento medicamentoso = Não há cura com remédios, sendo utilizados somente alguns antipsicóticos para melhora dos sintomas comportamentais e funcionamento global, principalmente em casos mais graves. Outras medicações podem diminuir a hiperatividade e melhorar o perfil atencional, como psicoestimulates, que são também usados para o tratamento de TDAH e anticonvulsivantes.
UNIDADES PARA DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO
Casos de menor gravidade devem ser mantidos em tratamento pelas UBS, Equipes de Estratégia de Saúde e da Família (médicos de família, enfermeiros, dentistas). O CAPS é responsável pelo projeto terapêutico singular e a referência em saúde mental para o cuidado do TEA e, quando necessário, o CAPS pode acionar outros postos da rede, como os serviços universitários ou referências específicas para atendimento do TEA. 
Casos de maior gravidade ou dúvida diagnóstica devem ser encaminhados para o CAPS.
AVALIAÇÃO COGNITIVA = SON-R ½ - CONTEXTO EDUCACIONAL E CLÍNICO; WISC – III E WAIS- III.
TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO F-84
Grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Estas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do sujeito, em todas as ocasiões.
AUTISMO INFANTIL F-84.0
Transtorno global do desenvolvimento, caracterizado por: 
um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de 3 anos;
apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: INTERAÇÕES SOCIAIS, COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO FOCALIZADO E REPETITIVO. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade)
AUTISMO ATÍPICO F-84.1
Transtorno global do desenvolvimento, ocorrendo após a idade de 3 anos ou que não responde a todos os 3 grupos de critérios diagnósticos do autismo infantil. Essa categoria deve ser utilizada para classificar um desenvolvimento anormal ou alterado, aparecendo após os 3 anos de idade, e não apresentando manifestações patológicas suficientes em um ou dois dos três domínios psicopatológicos implicados no autismo infantil; existem sempre anomalias características ou em 1 ou em vários destes domínios. Ocorre habitualmente em cças que apresentam retardo mental profundo ou um transtorno específico grave do desenvolvimento de linguagem do tipo receptivo.
SÍNDROME DE RETT F-84.2
Transtorno descrito até o momento unicamente em meninas, caracterizado por um desenvolvimento inicial aparentemente normal, seguido de uma perda parcial ou completa de linguagem, da marcha e do uso das mãos, associado a um retardo do desenvolvimento craniano e ocorrendo habitualmente entre 7 e 24 meses. A perda dos movimentos propositais da mão, a torsão estereotipada das mãos e a hiperventilação são características desse transtorno. O desenvolvimento social e o desenvolvimento lúdico estão detidos enquanto o interesse social continua em geral conservado. A partir da idade de 4 anos, manifesta-se uma ataxia do tronco e ou apraxia, seguidas frequentemente por movimentos coreatetósicos. O transtorno leva quase sempre a um retardo mental grave.
OUTRO TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DA INFÂNCIA F-84.3
Caracterizado por um período de desenvolvimento completamente normal antes da ocorrência do transtorno, sendo que este período é seguido de uma perda manifesta das habilidades anteriormente adquiridas em vários domínios do desenvolvimento de alguns meses. Essas manifestações se acompanham tipicamente de uma perda global de interesse com relação ao ambiente, condutas motoras estereotipadas, repetitivas e maneirismos e de uma alteração do tipo autístico da interação social e da comunicação. Em alguns casos, a ocorrência do transtorno, contudo, deve tomar por base as evidências do comportamento.
TRANSTORNO COM HIPERCINESIA ASSOCIADA A RETARDO MENTAL E A MOVIMENTOS ESTEREOTIPADOS F-84.4
Transtorno mal definido, cuja validade nosológica permanece incerta. Esta categoria se relaciona a cças com retardo mental grave associado à hiperatividade importante, grande perturbação da atenção e comportamentos estereotipados. Os medicamentos estimulantes são habitualmente ineficazes e podem provocar uma reação disfórica grave (acompanhada por vezes de um retardo psicomotor). Na adolescência, a hiperatividade dá lugar em geral a uma hipoatividade. Esta síndrome se acompanha, além disto, com frequência, de diversos retardos do desenvolvimento, específicos ou globais. Não se sabe em que medida a síndrome comportamental é consequência do retardo mental ou de uma lesão cerebral orgânica.
SINDROME DE ASPERGER F-84.5
Transtorno de validade nosológica incerta, caracterizadopor uma alteração qualitativa das interações sociais recíprocas, semelhante à observada no autismo, com um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Ele se diferencia do autismo essencialmente pelo fato de que não se acompanha de um retardo ou de uma deficiência de linguagem ou no desenvolvimento cognitivo. Os sujeitos que apresentam esse transtorno, em geral são muito desajeitados. As anomalias persistem frequentemente na adolescência e idade adulta. O transtorno se acompanha por vezes de episódios psicóticos no início da fase adulta.
OUTROS TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO F-84.8
TRANSTORNOS GLOBAIS NÃO ESPECIFICADOS NO DESENVOLVIMENTO F-84.9
PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO PSÍQUICA
Formulações sobre os dois princípios do acontecer psíquico (Freud)
Distinção entre o princípio do prazer e o princípio da realidade, que dominam respectivamente processos psíquicos primários e secundários.
Na Psicanálise, o ponto de partida para a análise dos pacientes são os processos psíquicos inconscientes que são os mais antigos e primários que vão obedecer o princípio do prazer e do desprazer. Exigências originadas de necessidades internas perturbavam o repouso psíquico. Para que houvesse de alguma forma uma satisfação dessas necessidades, fora do campo alucinatório, o aparelho psiquico teve então que se decidir por conceder as circunstâncias reais presentes no mundo externo (achar representação, imagens disponíveis na memória) = OCORRE AQUI A INSTAURAÇÃO DO PRINCÍPIO DE REALIDADE. Há nesse momento uma maior relevância do papel dos órgãos sensoriais, é preciso consciência das questões exteriores, e a atenção para que se faça uma busca no mundo externo de dados caso houvesse necessidade, é preciso que se tenha uma memória para armazenar dados colhidos pela consciência.
PSIQUISMO COMO UM APARELHO DE LINGUAGEM. LINGUAGEM COMO UM FATOR CONSTITUTIVO DO APARELHO PSÍQUICO.
Freud leva em consideração o encontro entre o bebê e o mundo externo como fundamental para o acontecer psíquico.
AULAS JP:
PRINCÍPIO DO PRAZER E O PRINCÍPIO DA REALIDADE SÃO OS DOIS PRINCÍPIOS DO FUNCIONAMENTO MENTAL. A MENTE FUNCIONA COMO UMA MÁQUINA, BASEADA EM PRINCÍPIOS. ELA BUSCA O PRAZER E A REALIDADE QUE AO MESMO TEMPO, ESTÃO EM CONTRADIÇÃO CONSTANTEMETE.
A MENTE QUER SEGUIR A REALIDADE PORQUE PRECISA SOBREVIVER, E SE NÃO LEVÁ-LA EM CONTA, MORRE. ALÉM DISSO, A MENTE HUMANA PRECISA REALIZAR SEUS DESEJOS, ELES SÃO FONTE DE TENSÃO , PERTURBAÇÃO INTERNAS, DOS QUAIS NÃO SE CONSEGUE FUGIR E NEM AFASTAR-SE, É CONSTANTE. O PRAZER É AQUILO QUE OBTENHO QUANDO SATISFAÇO O DESEJO.
A MENTE HUMANA PRECISA SATISFAZER AMBOS AO MESMO TEMPO E ESSA É A ORIGEM ÚLTIMA DA NEUROSE.
O PRINCÍPIO DO PRAZER É MAIS ANTIGO DO QUE O DA REALIDADE, UM BEBÊ QUER SATISFAZER SEU DESEJO DE MAMAR A QUALQUER MOMENTO. O PRINCÍPIO DO PRAZER É DOMINANTE A VIDA TODA, O NEURÓTICO SATISFAZ O SEU PRAZER NA REALIDADE TRAUMÁTICA, QUER SATISFAZER O DESEJO INFANTIL REPRIMIDO.
NA PSICOSE A PESSOA PRECISA DE UMA REALIDADE PRÓPRIA, DIFERENTE, PARA SE SATISFAZER. SE TEM A VONTADE DE MATAR, VAI SE TORNAR UM CIRURGIÃO PARA PODER SE SATISFAZER.
UMA PESSOA NORMAL, CONSEGUE SATISFAZER SEU DESEJO INFANTIL DE OUTRA FORMA: SUBLIMANDO OU NA SEXUALIDADE ADULTA.
NA NEUROSE, HÁ DESEJOS INFANTIS QUE PRESSIONAM POR SATISFAÇÃO, MAS, TEM QUE LEVAR EM CONTA A REALIDADE, ENTÃO CONCILIA AS DUAS COISAS. 
EX: RELAÇÃO EDÍPICA COM O PAI ALCOOLISTA = TEM A FANTASIA DE FICAR COM O PAI, A REALIDADE DIZ QUE NÃO PODE FICAR COM O PAI, ENTÃO FICA COM ALGUÉM QUE TENHA AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO PAI, UM SUBSTITUTO DELE. REALIZAÇÃO DISFARÇADA DO DESEJO DA PACIENTE – SOLUÇÃO DE COMPROMISSO.
Em 1.920, ao apresentar sua segunda teoria pulsional, Freud deixou claro que a continuidade da vida psíquica depende da ação conjunta da pulsão de vida e de morte.
PULSÕES DE VIDA = ligações amorosas que estabelecemos com o mundo, com as outras pessoas e com nós mesmos
Estão fundidas
PULSÕES DE MORTE = Manifestadas pela agressividade que poderá estar voltada para si e para o outro.
A pulsão de morte no sujeito será a responsável pela elevação da tensão ou excitação libidinal que será escoada pela pulsão de vida que levará o sujeito, impulsionado pelo princípio do prazer, a procurar objetos que venham minimizar os impactos da angústia.
Psiquismo como um aparelho capaz de transmitir e transformar energias, cujo funcionamento era explicado segundo a existência de uma quantidade de excitação.
Freud desenvolve duas teorias do aparelho psíquico:
Na primeira teoria do aparelho psíquico ou 1a tópica, se divide o psiquismo em ICS, pré CS e CS. O ICS é estruturado como linguagem e é a fonte de energia do psiquismo humano. Não segue uma lógica linear, mas atemporal e dialética onde contrários coexistem.
O pré-CS seria responsável por armazenar as informações que não estão na consciência naquele exato momento, mas podem ser acessadas sempre que necessário.
Há um fluxo constante entre as 3 instâncias. Ainda neste momento, com base nos estudos, desenvolve o conceito de libido, que é a energia erótica que possibilita a vida. Utiliza-se desta energia para fins socialmente aceitos (arte, religião, estudo, etc) resulta em sublimação (MECANISMO DE DEFESA CONTRA AS PULSÕES. É O PROCESSO ATRAVÉS DA QUAL A LIBIDO SE AFASTA DO OBJETO SEXUAL PARA OUTRA ESPÉCIE DE SATISFAÇÃO). É também a libido que une as pessoas para fins reprodutivos.
Segunda teoria do aparelho psíquico ou 2a tópica:
Divide a estrutura psíquica em ID, EGO e SUPEREGO.
O ID é a fonte de energia pulsional (libido). Ele é ICS e regido pelo princípio do prazer (TENDÊNCIA GERAL DO PSIQUISMO EM OBTER PRAZER, ELIMINANDO O DESPRAZER, POR MEIO DA ELIMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE TENSÃO INTRAPSÍQUICOS. ESSE PRAZER É BUSCADO DE MANEIRA IMEDIATA E A QUALQUER CUSTO, NÃO LEVANDO EM CONTA A NECESSIDADE DE AUTOPRESERVAÇÃO DO EGO. PARA REGULAR ESSE PRINCÍPIO, HÁ EM RELAÇÃO A ELE, O PRINCÍPIO DA REALIDADE, QUE MEDIA A RELAÇÃO DO PRINCÍPIO DO PRAZER COM O MUNDO EXTERNO, SEGUNDO A ORDEM DA ECONOMIA PSÍQUICA, QUE PREVÊ A ELIMINAÇÃO DO DESPRAZER COMO PRIORITÁRIO EM RELAÇÃO À SATISFAÇÃO DAS PULSÕES).
O ego faz a mediação entre os desejos do ID, as impossibilidades da realidade externa e as interdições do superego. Está ligado ao princípio da realidade, por meio do qual o homem pode se tornar civilizado, tem parte CS e outra ICS.
Há uma relação dialética entre o ID, EGO E SUPEREGO, possuem a mesma natureza e atuam em conjunto, produzindo na estrutura psíquica, uma síntese que compõe a subjetividade.
O psiquismo tem como infraestrutura aquilo que é orgânico. A energia libidinal está na fronteira do psíquico e do somático.
A relação entre Pulsão de Vida e Pulsão de Morte constitui o psiquismo:
A energia sexual está ligada à pulsão de vida que possui uma relação de ambivalência, contradição e complementariedade com o instinto de morte. A PV, é a força que mantém tudo o que é vivo, unido e age no sentido de conservar a vida. Enquanto a PV tenta manter a união, seja das partículas do corpo, ou dos próprios seres humanos, a PM é a força que tende a transformar o que é orgânico em inorgânico, manifestando-se por meio da agressividade e da destrutividade. Aparecem intimamente ligados.
Freud divide a libido em quatro fases, que não são lineares, mas podem se sobrepor: Fase Oral; Fase Anal; Fase Fálica; Latência e Fase Genital.
Castração:
Ao observar pessoas do sexo oposto, com o órgão sexual diferente, o menino deduz que as mulheres foram castradas e as meninas deduzem que elas próprias foram castradas, assim como a mãe.
Esse é um ponto fundamental no complexo de castração, que será fundamental no desenvolvimento do complexo de édipo.
A experiência do complexo de castração em relação à suposta mutilação dos órgãos sexuais, fantasiada pela cça, é ICS e será decisiva na constituição do sujeito. É preciso que a cça entenda e internalize que não pode ter todas as suas vontades atendidas. Os limites, impostos pelos pais,

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