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Resumo - Uma introdução ao estudo de Psicologia - Cap 1 e 2 - Ana Bock

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CAPÍTULO 1 – A PSICOLOGIA OU AS PSICOLOGIAS
	O termo psicologia é utilizado em vários sentidos no nosso cotidiano, a mais utilizada é denominada de psicologia do senso comum, que permite explicar e compreender os problemas do cotidiano. O senso comum percorre um caminho que vai do hábito à tradição, que pode passar de geração para geração. Mistura e recicla outros saberes, e os reduz a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma determinada visão-de-mundo. O senso comum integra, de um modo precário, o conhecimento humano, e isso não ocorre rapidamente. Quando o conhecimento atinge um nível de sofisticação, que chamamos de ciência. Mas o senso comum e a ciência não são as únicas formas de conhecimento que o homem apresenta para descobrir e interpretar a realidade, a arte, religião e filosofia também são domínios do conhecimento humano.
	Foi preciso definir o senso comum para poder definir a Psicologia científica, demarcando os seus respectivos pontos de atuação. A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos e aspectos da realidade. Um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido, assim possibilitando a produção científica. Assim, a ciência caracteriza-se como um processo, e aspira à objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para, assim, tornarem-se válidas para todos.
	A diversidade da psicologia é a explicação pelo fato de este campo do conhecimento ter se constituído como área do conhecimento científico só muito recentemente (final do século 19). Já que a ciência se caracteriza pela exatidão de sua construção teórica; quando uma ciência é muito nova, ela não teve tempo ainda de apresentar teorias acabadas e definitivas, que permitam determinar com maior precisão seu objeto de estudo. Assim, a Psicologia hoje se caracteriza por uma diversidade de objetos de estudo. Entretanto, essa diversidade de objetos justifica-se porque os fenômenos psicológicos são diversos que não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação e não podem ser submetidos ao mesmos padrões de descrição, medida, controle e interpretação. O objeto da Psicologia, considerando suas características, deve ser aquele que reúna as condições de aglutinar uma ampla variedade de fenômenos psicológicos.
	A psicologia colabora com o estudo da subjetividade: é essa a sua forma particular, específica de contribuição da totalidade da vida humana. A matéria prima é o homem em todas as suas expressões, as visíveis e as invisíveis, as singulares e as genéricas. Cada um constrói a subjetividade conforme a vida social e cultural. Não é inata ao indivíduo, ele a constrói. Criando a transformando o mundo, o homem constrói a si próprio. Um mundo objetivo, em movimento, porque seres humanos o movimentam permanentemente com suas intervenções; um mundo subjetivo em movimento porque os indivíduos estão permanentemente se apropriando de novas matérias-primas para constituírem sua subjetividade. Estudar a subjetividade, nos tempos atuais, é tentar compreender a produção de novos modos de ser. As pessoas não estão sempre iguais. Ainda não foram terminadas. Estarão sempre se modificando porque a subjetividade não cessará. Com o estudo da subjetividade, a psicologia contribui para a compreensão da totalidade da vida 
	A psicologia vem se desenvolvendo na história desde 1875, quando Wilhelm Wundt criou o primeiro laboratório de experimentos em psicofisiologia, em laipzing, na Alemanha. Significou o desligamento das ideias psicológicas de ideais abstratas e espiritualistas, que defendiam a existência de uma alma nos homens, a qual seria a sede de vida psíquica. A ciência não esgotará o que há para se conhecer, pois a realidade está em permanente movimento e novas perguntas surgem a cada dia, colocando também novas perguntas para a psicologia. Temos que reconhecer que não sabemos muito sobre o psiquismo humano e que novas descobertas seguem. O verdadeiro cientista deve ter os olhos sempre abertos. A ciência é, na verdade um processo permanente de conhecimento do mundo, diálogo entre o pensamento humano e a realidade. Tudo que ocorre com o homem é motivo de interesse para a ciência
CAPÍTULO 2 – A EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA
Toda produção humana, seja material ou espiritual durante a sua evolução produz história e tem por trás de si a contribuição de múltiplos indivíduos. Para compreender a complexidade da Psicologia de hoje, é imprescindível conhecer a sua forma de construção em cada momento histórico da humanidade.
Os gregos foram o povo mais evoluído da sua época,700 a.C. até as vésperas da era cristã. É graças ao seu grande desenvolvimento (econômico, social, político e cultural) que surge a preocupação em compreender melhor o homem, o seu espírito. A Filosofia vai ganhando forma junto a evolução desse povo, pois antes de Cristo já víamos espírito como uma parte imaterial do ser humano que abrangia o pensamento, os sentimentos (amor, ódio e desejo), a irracionalidade, a sensação e a percepção.
	O desenvolvimento da modernidade é responsável pelo surgimento da Psicologia como ciência. Com o Império Romano surge o cristianismo. Na Idade Média essa religião torna-se a principal, dominando as forças políticas da época. A hierarquia social era fixa, predestinada no nascimento: clero, nobreza ou servo. Não havia como mudar isso, pois o conhecimento era monopolizado pela Igreja. As ideias psicológicas estão intimamente ligadas as ideias da religião. As pessoas não podiam ter dúvidas sobre como deveriam pensar e agir (inquisição). O corpo é visto como algo sagrado, por ser habitação da alma.
	Os dogmas da Igreja são questionados e surge o protestantismo com novas ideias sobre o pensamento religioso. A hierarquia social passa a ser algo flexível, surge à burguesia, que derruba a nobreza e o clero. O conhecimento torna-se independente da fé e a racionalidade surge como grande possibilidade de sua construção. Percebe-se a importância do estudo da História. Estabelecem-se regras e métodos básicos para a construção do conhecimento cientifico. A noção da verdade agora conta com o aval da ciência. O homem passa a ser visto como o centro do universo (ele é responsável pela construção do seu futuro, pode com seu esforço mudar sua classe social). A Terra deixa de ser o centro do universo, (o sol não gira ao redor dela, mas ela ao redor do sol). O homem veio do macaco (teoria evolucionista Darwin). O mercantilismo leva ao capitalismo. O capitalismo trouxe consigo a maquina, que passou a determinar a nova forma de ver o mundo. 
	No mundo moderno, cada pessoa passa a buscar as suas verdades e a criar seus próprios conflitos internos (crise da subjetividade). A partir daí surge a Psicologia, como produto da dúvida destes homens, que tem como missão ajudá-los a encontrar respostas de forma a minimizar seus conflitos internos. O precursor da Psicologia, Wundt, através do método do introspeccionismo. 
	O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século 19. Wundt, Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzig. Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da Filosofia. Sob os novos padrões de produção de conhecimento, passam a definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência); delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia; formular métodos de estudo desse objeto; formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área.
	Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da metodologia científica, isto é, deve-se buscar a neutralidade do conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação, e o conhecimento deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisas na área. Resultado do grande avanço econômico que colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, asquais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.
O funcionalismo para a escola funcionalista de W. James, importa responder “o que fazem os homens” e “por que o fazem”. Para responder a isto, W. James elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio.
O estruturalismo está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência. Mas, diferentemente de W. James, Titchner irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central. O método de observação de Titchner, assim como o de Wundt, é o introspeccionismo, e os conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório.
O associacionismo sua produção de conhecimentos pautava-se por uma visão de utilidade deste conhecimento, muito mais do que por questões filosóficas que perpassam a Psicologia. O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das ideias — das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as ideias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo. Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a se repetir, se nós recompensarmos (efeito) o organismo assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência.

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