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Formas de solução de conflitos conforme os fundamentos da psicologia jurídica

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Ao relacionar as formas de solução de conflitos com os fundamentos da psicologia jurídica, é possível identificar diferentes formas de composição, sendo as principais a autocomposição e heterocomposição, estas por sua vez formadas por outras diversas técnicas. Quanto à autocomposição, sabe-se que é uma técnica de solução que vem crescendo no Brasil e que tem como principal vantagem a celeridade processual, visto que as próprias partes se ajustam para solucionar o conflito. Existem diferentes formas de autocomposição, sendo as mais notáveis:
 Autodefesa/Autotutela que por regra é proibida, porém, é aceita nos casos de legítima defesa real e estado de necessidade real e casos específicos de acordo com a norma;
Conciliação que é um tipo de solução no qual se elege um conciliador, que é responsável por aproximar as partes na tentativa de que as mesmas cheguem a um acordo;
Mediação na qual de forma semelhante à conciliação, é eleito um mediador que além de aproximar as partes, também propõe alternativas para a solução do conflito; Sendo que tipo de solução, é necessário que o mediador possua conhecimento técnico para induzir as partes a um acordo;
 Transação que é uma forma de autocomposição que possui um elemento essencial, a “res dúbia” ou coisa duvidosa; E é aplicável nos casos onde existe o direito objetivo, sendo que o interessado tem direito, todavia, além disto, o interessado alega algo além do direito pré-estabelecido, esta última alegação deve ser provada, existindo dúvida neste caso;
Outra forma de solução de conflitos é a heterocomposição, técnica pela qual as partes elegem um terceiro para “julgar” a lide com as mesmas prerrogativas do poder judiciário. As duas formas principais são: Arbitragem (Lei 9307/96) e Jurisdição. Desse modo, A heterocomposição tem maior celeridade na solução do litígio como uma de suas vantagens.
A respeito da arbitragem, é necessário que o bem seja disponível e seja um bem patrimonial, ou seja, bens de valor econômico, contratos, bens móveis e imóveis, entre outros; Além disso, tem-se que ao escolhê-la como a opção para solução do conflito, fica excluída a jurisdição e a arbitragem é feita por eleição, ou seja, as partes elegem um árbitro para realizar a solução do conflito. Como é necessário um bom conhecimento jurídico para um bom andamento da arbitragem, é preferível que o árbitro tenha conhecimentos jurídicos para não comprometer a arbitragem. Porém, não existe esta restrição para o árbitro, podendo sem realizado por qualquer pessoa que possua a confiança das partes, podendo ou não ser gratuito, pode ser pessoa jurídica. A única exigência é que seja em uma quantidade ímpar.
Quanto à jurisdição, esta é a atividade do Estado, exercida por intermediário do juiz, que busca a pacificação dos conflitos em sociedade pela aplicação da lei aos casos concretos. Ao ser acionado, o Estado-juiz se substitui às partes na solução dos conflitos de interesses, garantindo a imparcialidade. Sendo importante diferenciar a forma de jurisdição contenciosa, que é aquela marcada pela presença controvérsia entre as partes, a ser solucionada pelo juiz. A existência de ameaça ou violação a um direito é pressuposto fundamental. É composta pelo réu e autor, partes antagônicas e com interesse no processo. Assim, há processo judicial e sentença traumática, obrigatória para as partes.
Enquanto a jurisdição voluntária é aquela sem lide ou partes. O papel do juiz é o de realizar gestão pública de interesses privados, como a nomeação de tutores. Trata-se de um negócio jurídico processual, envolvendo o juiz e os interessados. Sua eficácia depende da intervenção pública do magistrado. Não há sentença, mas sim um pronunciamento judicial; sendo também errôneo chamar de processo judicial, uma vez que se trata de procedimento. E por fim, a jurisdição voluntária só produz coisa julgada formal, não material, já que o juiz não substitui a vontade das partes. Não há imutabilidade nas decisões. Além disso, em alguns casos, o juiz pode agir de ofício, já que sua função é meramente administrativa diferentemente da forma de solução de conflitos que é a jurisdição contenciosa, que deve ocorrer de acordo com a norma em forma de processo judicial.

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