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Ensinador Cristao_62

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Ano 16 - N° 62 - www.cpad.com.br - R$ 8,90
Reportagem
Pessoas que se converteram na ED e 
foram para a igreja através das crianças
A importância da / 
çontextualizaçao rrá
Suplemento 
do professor
Como trabalhar na 
Escola Dominical os 
principais conflitos do 
adolescente 
Pr Jamiel Lopes 
Módulo II
AD Chapecó (SC) investe no 
Discipulado infantil e conta com 
mais de 900 crianças matriculadas 
Escola Dominical do Distrito 
Federal aposta na parceria com o 
governo do Estado e administra um 
centro de reintegração com 98 alunos
Vanda Libarino fala sobre 
0 trabalho social e evan- 
gelístico que desenvolve 
na Cracolândia com 180 
crianças e sobre a classe 
da ED que precisou abrir 
na garagem da sua casa
CONSOLO,
SABEDORIA,
SALVAÇÃO
ESPERANÇA E
INSPIRAÇAO de Deus
v3
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A BÍBLIA
o Livro 
de Deus
S E V E R I N O PEDRO DA SILVA
A Bíblia o livro de Deus
Severino Pedro da Silva
Todo cristão tem um intenso relacio­
namento com a Bíblia. Mas quantos 
sabem, de fato, como e por quem ela 
foi escrita, e como chegou até nós? 
Neste livro, o pastor Severino Pedro, 
nos conta a origem do livro sagrado, 
defende sua inspiração, discorre so­
bre suas traduções e sobre suas divi­
sões e por fim, a situa no tempo e na 
história, mostrando que A BIBLIA é, 
de fato, o livro de Deus.
IISJ
A n o s
EM TODAS AS LIVRARIAS I 0800 021 7373
w w w . c p a d . c o m . b r
Presidente da Convenção Gerai 
Jose Weliington Bezerra da Costa
Presidente do Conselho Administrativo
Jose Weliington Costa Junior
Diretor-executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Editor-chefe
Silas Daniel
Editora
Gilda Júlio
Gerente de Publicações 
Alexandre Claudino Coelho 
Gerente Financeiro 
Josafá Franklin Santos Bomfim 
Gerente Comercial 
Cícero da Silva
Gerente de Produção e Arte Design 
Jarbas Ramires Silva
Chefe de Arte Design 
Wagner de Almeida 
Design. diagramação e capa 
Suzane Barhoza 
Fotos
Lucyano Correia e Shutterstock 
Tratamento de imagem 
Djalma Cardoso
Central de vendas CPAD
0800-021.7373
livraria@cpad.com.br
Atendimento para assinaturas 
Fones: 21 2406-7416 e 2406-7418 
assinaturas@cpad.com.br
SAC - Serviço de atendim ento ao consum idor
Fone: 0800-021.7373 
Ouvidoria
ouvidoria@cpad.com.br
Ano 16 - n° 62 - ab rím ailju n de 2 0 15
N ú m ero av u lso : R $ 8.90 
A ss in a tu ra b ianual: R $ 7 1 .2 0
Ensinador Cristão - revista evangélica trim es­
tra l lançada em novembro de 1999. editada peta 
Casa Publicadora das A ssem bleias de Deus. 
C orrespo nd ên cia para publicação deve ser 
endereçada ao Departam ento de Jornalism o. 
As rem essa s de va lo r (pagam ento de a s s i­
natura. publicidade etc.) exclu siva m e n te à 
CPAD. A direção é responsável perante a Lei 
por toda m atéria publicada. Perante a igreja, 
os artigos assinados são de responsabilidade 
de seus autores, não representando necessa­
riam ente a opinião da revista. A ssegura-se a 
publicação, apenas, das colaborações so lic i­
tadas. 0 m esm o princípio vale para anúncios,
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Av. Brasil. 34 4 0 1 - Bangu 
CEP 2 18 5 2 -0 0 2 - Rio de Jan eiro - RJ 
Fone 2 12 4 0 6 - 7 3 7 1 - Fax 2 1 240S-7370 
ensinador@ cpad.com .br
daREDAÇAO
Po r G il d a
mmm
Esforço contínuo
Você provavelmente deve estar com vários projetos em andamen­
to. Afinal, há muito trabalho pela frente, pois só estamos rompendo o 
primeiro semestre. Em sua coluna "Professor em Ação", na edição 44, 
o professor Marcos Tuler definiu que aprender implica, primeiramente, 
compreender; depois, memorizar e, por fim, aplicar o conhecimento. 
E como você tem a responsabilidade de ensinar, sabe que aprender é 
fundamental. Esse quesito a Ensinador entende, pois acompanhou os 
esforços de centenas de educadores de várias regiões do Brasil, que 
se reuniram em busca de capacitação e aperfeiçoamento no último 
Congresso Nacional da Escola Dominical realizado em março em São 
Paulo. Durante o evento, eles receberam orientação e ferramenta pe­
dagógica que vão potencializar a sua jornada ministerial.
E na torcida pelo crescimento dos ensinadores, a revista aborda um 
artigo sobre a importância da contextualização na ED. E em outro, a 
Ensinador fala sobre a importância da Escola Dominical na formação 
do crente.
Esta edição traz ainda em seu conteúdo diversas matérias dando 
orientações sobre como aprimorar o Departamento Infantil. Na Conversa 
Franca, por exemplo, temos a entrevista da irmã Vanda Ladário. Ela fala 
com exclusividade sobre os inúmeros projetos sociais em comunidades 
de alto risco, inclusive na Cracolândia. Ela conta que já chegou a ser 
conhecida como "Prefeita da Favela", até mesmo por escolas públicas, 
postos de saúde, farmácias e onde mais precisassem dela para atuar 
na comunidade sem ter problemas com os traficantes. Mais detalhes 
desta edificante entrevista e outros assuntos você confere nesta edição
Até a próxima edição.
Deus abençoe!
Gilda Júlio 
gilda.julio@cpad.com.br
....
SUMARIO
Artigos
A importância da 
contextuaLização
14 Lucas, o evangelho 
de Jesus, o homem 
perfeito
18 Adolescente da 
Bíblia
A Escola Dominical 
na formação do 
caráter do crente
Seções
05 Espaço do Leitor
10 ED em Foco
1 1 Conversa Franca
17 Exem plo de M estre
22 Reportagem
29 Sala de Leitura
30 0 P rofessor Responde
31 Boas Ideias
44 P rofessor em Ação
4 6 Em Evidência
A importância da 
ContextuaLização 
na Escola 
Dominical
Lucas, o 
evangelho de 
Jesus, o homem 
perfeito
Adolescente 
da Bíblia
A Escola 
Dominical 
na formação 
do caráter do 
crente
À
Reclamação, crítica 
e/ou sugestão? Ligue:
21 2406-7416 / 2406-7418
SETO R DE A SSIN A TU R A S
Atendimento a todos 
os nossos periódicos
M e n sa g e iro da Paz • M a n u a l do O b re iro 
GeraçãoJC • E n s in a d o r C ris tã o
Divulgue as atividades 
do Departamento de 
ensino de sua igreja
Entre em contato com
Ensinador Cristão
Avenida Brasil, 34401 • Bangu 
Rio de Janeiro • RJ • CEP 2 18 52-0 0 2
Telefone 21 2406-7371 
Fax 212406-7370
ensinador@cpad.com.br
3Ê SUBSÍDIOS PARA
0 Evangelho 
segundo Lucas
SUMÁRIO
f Artigos )
.... . m i—. .............
OvD A importância da 
contextuaLização
Lucas, o evangelho 
de Jesus, o homem 
perfeito
Adolescente da 
Bíblia
A Escola Dominical 
na formação do 
caráter do crente
18
^ S e ç õ e s.. ii i, l!r:::,:.gaa8ggg88
05 Espaço do Leitor
1 0 ED em Foco
Conversa Franca 
ExempLo de M estre 
Reportagem 
Sala de Leitura
30 0 P rofessor Responde
31 Boas Ideias
44 P rofessor em Ação
4 6 Em Evidência
11
17
22
29
i . 
V
SUBSÍDIOS PARA
0 Evangelho 
segundo Lucas
Avenida BrasiL, 3 4 4 0 1 • Bangu 
Rio de Janeiro • RJ • CEP 2 18 52-0 0 2
Telefone 21 2406-7371 
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do Departamento de 
ensino de sua igreja 
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Ensinador Cristão
21 2406-7416 / 2406-7418
SETO R DE A SSIN A TU RA S
A Escola 
Dominical 
na formação 
do caráter do 
crente
Reclamação, crítica 
e/ou sugestão? Ligue:
06A importância da Contextualização na Escola 
Dominical
-1 O Adolescente 
-L O da Bíblia
Lucas, 0 
evangelho de 
Jesus, 0 homem 
perfeito
WÊÈíÉSÊÊM
Departamento de Educação Cristã da CPAD
Expresse sua opinião e esclareça suas dúvidas sobre as Lições Bíblicas do trimestre 
escoLadominicaL@cpad.com.br
A Ensinador recebeu 
do Departamento da 
Escola Dominical de 
Varjão dos Crentes 
(MA) várias cartas de 
professores e alunos. 
Como forma deagra­
decimento pelo carinho 
e colaboração destes 
irmãos maranhenses 
a revista publicará em 
especial nesta edição, 
na Seção Espaço do 
Leitor todo o material 
recebido.
Conquista
Sou aluna da Escola 
Dominical e gostaria de 
expressar a importância dos 
artigos da revista Ensinador 
Cristão. É um trabalho feito 
por uma equipe instruída 
e direcionada pelo Espírito 
Santo. Parabéns CPAD pela 
Ensinador Cristão, porque 
estão conquistando pessoas 
para o Reino de Deus.
Vanessa R ibeiro da C ruz F ilho 
Por carta.
" ' j Projeto vaLioso
Parabenizo a revista 
Ensinador pelo excelente 
trabalho em favor da Escola 
Dominical, como sou uma das 
professoras do maternal, essa 
revista veio como instrumento 
para me aperfeiçoar a cada 
dia e passar algo de maior 
qualidade para meus peque­
ninos. Parabéns aos profis­
sionais que trabalham neste 
valioso projeto.
M a ria R aim unda 
Por carta.
t S í ExempLo
Sou Dorimar dos Santos 
Barros, professor da Escola 
Dominical da AD em Varjão 
dos Crentes e minhas palavras 
são pobres para expressar a 
alegria e gratidão pelo traba­
lho exemplar desenvolvido 
pela Ensinador. Os artigos e as 
seções trazem temas enrique- 
cedores que nos ajudam a 
melhorar cada vez mais nossa 
prática docente. A revista tem 
sido inspiradora de muitos 
projetos desenvolvidos por 
nós. Que o Senhor continue 
abençoando a equipe que faz 
o trabalho na revista.
D o rim a r dos Santos Barros 
Por carta.
Fonte de 
pesquisa
Para mim a revista Ensinador 
é uma ferramenta de aperfei­
çoamento no ministério do 
ensino. É um veículo que nos 
leva a uma viagem ao conhe­
cimento, onde aprendemos 
para ensinar, além de uma 
excelente fonte de pesquisa. 
Sou professor e agradeço a 
Deus pela oportunidade de 
usar um material de qualida­
de como a Ensinador.
C laud isson Torres de M oura 
Por carta.
InfLuência na 
Sociedade
Parabenizo a revista Ensi­
nador Cristão e sou grato 
a Deus por contar com ela 
como apoio na nossa ED.
Parabéns a toda equipe por 
realizar um trabalho de exce­
lência e dedicação. Destaco 
em especial o artigo A Escola 
Dominical e a sua influência 
na sociedade. Tema com 
rico conteúdo e importante 
para salientar o incontestável 
papel da ED como agente 
transformador da sociedade. 
E que possamos nos dedicar 
e empenhar a trabalhar para 
uma ED de qualidade.
R om aildo S ilva 
Por carta.
Leitor assíduo
Acompanho há anos
a revista Ensindor Cristão e 
quero parabenizar a toda 
equipe por disponibilizar 
a cada edição da revista 
ricos artigos e informações 
diversas para os professore e 
alunos da Escola Dominical, 
alem da disponibilização de 
espaço para publicações de 
eventos e trabalhos realiza­
dos nas Igrejas. Agradeço 
muito pela dedicação de em 
cada trimestre publicar assun­
tos interessantes e instigante 
que nos edifica e mantém os 
evangélicos antenados e atu­
alizados com que diz respeito 
à educação cristã. 
Particularmente, como Coor­
denador da EBD e professor 
de classe, aproveito muito 
as dicas, estudos das Lições 
Bíblica e os comentários de 
cada lição do domingo. Esta 
revista tem sido uma ferra­
menta importante para mim 
nos planejamento e dinamis­
mo das aulas da ED. Deus 
continue abençoando a todos 
vocês por agregar conheci­
mentos.
E lder Sena - Candeias (BA)
Por e-maiL
CO M U N IQ U E-SE COM A
ENSINADOR CRISTÃO
Por carta: Av. Brasil, 3Z+.Z4.01 - Bangu 
2 18 5 2 -0 0 2 - Rio de Janeiro/RJ 
Por fax: 2 1 2Z|0 6 -7 3 7 0 
Por email: ensinador@cpad.com.br
Sua opinião é 
importante para nósl
D evido às lim ita ç õ e s de espaço, as 
cartas serão selecionadas e transcritas 
na íntegra ou em trechos considerados 
m ais s ign ifica tivos . Serão publicadas 
as c o r re s p o n d ê n c ia s a s s in a d a s e 
q ue c o n te n h a m n o m e e e n d e re ço 
com p le tos e legíveis. No caso de uso 
de fax ou e-m a il, só serão publicadas 
as cartas que in fo rm a re m tam bém a 
cidade e o Estado onde o le ito r reside.
ARTIGO de CAPA
ENSÍNÀDOR
CRISTÃO
A Importância da 
contextualização na
Escola Dominical
A Escola Dominical deve ser 
estruturada de tal form a que 
possa ser ao mesmo tempo d i­
nâmica e agradável para todos 
os alunos. Daí a importância de 
se separar as classes de alunos 
por faixas etárias. Tomar-se-ia 
inviável atender a todas as exi­
gências de todos os alunos, em 
sua heterogeneidade (crianças, 
adolescentes, jovens e adultos), 
em uma classe única. Mas é 
possível organizar e desenvolver 
uma ED que seja interessante e 
relevante para as diversas classes.
Além do dinamismo, a ED 
precisa valorizar a contextualiza­
ção do processo ensino-apren- 
dizagem. Sem esse cuidado, a 
Escola pode tornar-se um lugar 
onde se ensinam muitas coisas 
que não são relevantes para a 
vida prática das pessoas ou da 
igreja local. Torna-se teórica, 
filosófica, erudita ou técnica, a 
ponto de desmotivar os alunos 
e esvaziar a frequência ao am­
biente escolar. O Mestre Jesus 
atraía m ultidões porque seus 
ensinos faziam sentido para a 
vida das pessoas. Desse modo, a 
ED pode muito cumprir sua mis­
são, apresentando um currículo 
relevante, com a valorização de 
sua aplicabilidade à realidade em 
que seus alunos vivem.
1. O Ensino agradável, 
dinâmico e contextualizado
A ED é uma escola que reúne 
pessoas de todas as faixas etá­
rias, desde crianças do maternal
até os idosos da "terceira" ou da 
"melhor idade". É evidente que 
uma criança não tem a mesma 
"motivação" para receber uma 
aula que um jovem, um adoles­
cente ou um adulto. Por isso, 
com o fo i d ito na introdução, 
é um enorm e desafio to rna r 
o ensino agradável dinâm ico 
e contextualizado para todos.
O que é um ensino dinâmico? 
"Um ensino dinâmico e produ­
tivo é aquele que provoca nos 
alunos uma sensação de intensa 
vontade de aprender" . Uma vez 
que tenha convicção de que está 
no lugar certo - o de professor 
- e se dedica ao ensino, com o 
preparo adequado, o professor 
precisa levar a efeito a tarefa de 
ensinar, com a missão de facilitar o 
aprendizado por parte dos alunos. 
O ensino dinâmico, agradável e 
produtivo pode ser visto em três 
tempos: antes, durante, e depois 
da ministração das aulas.
O ensino produtivo e dinâ­
mico deve ser precedido de um 
Planejamento bem feito. Para 
efeito de situar o planejamento 
da aula, deve ser lembrado que o 
planejamento do ensino envolve 
o que ensinar, para que ensinar, 
a quem ensinar, como ensinar, 
com que meios ensinar e quais 
os resultados que se esperam 
do ensino. Na ED, muitas vezes, 
ou na maioria das vezes, essas 
questões fundamentais do pla­
nejamento do ensino não são 
levadas em conta. Por diversas 
razões. Uma delas é a ideia de
que a ED é tem caráter pura­
mente espiritual e não necessita 
de cuidados de ordem técnica. 
Basta o professor orar e as aulas 
serão produtivas e alcançarão 
seus objetivos.
Mas a realidade demonstra 
que, sem o devido interesse, mo­
tivação, e dedicação, que inclui
o lado espiritual, mas também a 
parte pedagógica, didática e de 
recursos humanos e materiais, 
a ED tende a ocupar tem po, 
energias e espaço, que são des­
perdiçados. Uma das maiores ne­
cessidades, no planejamento e na 
execução do ensino-aprendizado, 
na ED, é o da contextualização 
do que é ensinado.
Por contextualização do en­
sino deve-se entender o sentido 
da palavra contexto: "(Do latim, 
contextu). S. m. 1. Encadeamento 
de ideias dum escrito 2. Aquilo 
que constitui o texto no seu todo; 
composição; 3. Conjunto, todo, 
totalidade..." (Dic. Aurélio). Os 
pregadores cuidadosos, bem 
como os estudiosos e intérpretes 
da Bíblia entendem bem esse 
assunto. E orientam que não se 
deve "pregar um texto fora do 
contexto".
2. A Contextualizaçãodo 
Ensino na ED
De Andrade diz que contex­
tualização ["Do lat. Contextus] 
Labor teo lóg ico que consiste 
em apresentar os enunciados 
da fé cristã de tal maneira que 
sejam plenamente entendidos,
2.1. A Educação Cristã e as 
crianças
As crianças podem ser edu­
cadas na igreja, através da ED, 
como forma de contribuição para 
sua formação espiritual, ética 
e moral. O ensino às crianças, 
nos dias de hoje, deve levar em 
conta, não apenas a contação de 
histórias da Bíblia, que são tão 
relevantes para a sua formação. 
Mas esse ensino precisa levar em 
conta a realidade atual (o contex­
to) em que elas estão inseridas, 
num mundo altamente perigoso, 
em termos espirituais e morais. O 
ensino infantil, no presente, deve 
incutir, na mente dos meninos e 
meninas conteúdos que, em lin­
guagem própria, as conscientize 
quanto ao comportamento que 
devem ter, diante dos desafios e 
propostas do secularismo, huma­
nismo e ateísmo, que dominam 
o currículo das escolas seculares, 
onde elas, forçosamente, têm
que conviver, na sua educação 
formal, nas escolas públicas e 
particulares.
É necessário levar em conta, 
mais do que nunca, a exorta­
ção bíblicas para o ensino às 
crianças: "Instrui o menino no 
caminho em que deve andar, e, 
até quando envelhecer, não se 
desviará dele" (Pv 22.6). Deus 
ordenou ao povo de Israel o 
cuidado quanto ao ensino aos 
filhos, dizendo: "Ponde, pois, 
estas minhas palavras no vosso 
coração e na vossa alma, e atai- 
-as por sinal na vossa mão, para 
que estejam por testeiras entre 
os vossos olhos, e ensinai-as a 
vossos filhos, falando delas as­
sentado em tua casa, e andando 
pelo caminho, e deitando-te e 
levantando-te" (Dt 11.18,19).
Na infância, as pessoas sen­
tem necessidade de mais segu­
rança. Dependem dos pais, e 
passam a interagir com as outras
As crianças podem 
ser educadas na 
igreja, através da 
ED, como forma 
de contribuição 
para sua formação 
espiritual, ética 
e moral
assimilados e vividos pelas mais 
diversas gerações e culturas". 
Com base nesse entendimen­
to, do que significa contexto e 
contextualização, pode-se dizer 
que o ensino na ED deve levar 
em conta não só a realidade 
espiritual do seu público alvo, 
Elinaldo Renovato mas também a realidade social, 
de Lima é pastor na cultural e ambiental daqueles a 
Assembleia de Deus quem se destina o ensino, 
em Parnamirim A ED é por excelência o am- 
(RN). Mestre em biente ou a escola em que se 
Teologia, Escritor, transm ite a educação cristã, 
Conferencista e q ue tem caráter formativo, con- 
articulista das Lições tribuindo para a construção da 
Bíblicas da CPAD personalidade e do caráter dos 
seus alunos. Assim, deve-se levar 
em conta o ensino, adaptado 
e contextualizado em relação 
às diversas faixas etárias. Em 
grande parte das igrejas, no 
mundo, esse modelo foi deixado 
de lado. Mas ainda é de grande 
valor e relevância para o ensino- 
-aprendizado, nas igrejas cristãs.
pessoas, entre as quais os pro- 
fessore da Escola Dominical, com 
seus pastores. As crianças têm 
a mente pura, mas absorvente 
como uma esponja. Tudo o que 
for colocado nela é absorvido. A 
educação cristã pode muito aju­
dar na formação da personalidade 
infantil. A educação de Jesus, 
como criança, é uma referência 
para a educação cristã, nos dias 
de hoje. Mostra os resultados de 
uma educação bem desenvolvida, 
num contexto espiritual, intelec­
tual e moral. "E o menino crescia 
e se fortalecia em espírito, cheio 
de sabedoria; e a graça de Deus 
estava sobre ele" (Lc 2.40).
2.2. A Educação Cristã, os 
adolescentes e os jovens
Os adolescentes e jovens 
podem ser fortalecidos em sua 
personalidade. Os adolescentes 
estão na fase, em que buscam 
a sua identidade; preocupam-se 
m uito consigo mesmos, reor­
ganizando sua personalidade; 
quem sou eu? Por que sou assim? 
Qual o meu futuro? Meus pais 
não me entendem; muitos se 
desviam das igrejas nessa fase. 
E necessário muita atenção por 
parte dos pais, e da igreja, na 
contribuição para a formação 
da personalidade deles.
Os jovens, enfrentando as 
turbulências da adolescência, 
acabam, de uma forma ou de 
outra, conscientizando-se de 
seu papel na sociedade. Pensam 
seriamente nas escolhas: escola, 
faculdade, profissão, namoro, noi­
vado, casamento, vida espiritual 
etc. "Como purificará o jovem o 
seu caminho? Observando-o 
conforme a tua palavra" (SI 
B 119.9); "Foge, também, dos 
» desejos da mocidade; e se­
gue a justiça, a fé, a caridade 
e a paz com os que, com um 
coração puro, invocam o 
Senhor" (2Tm 2.22).
2.3. A 
Educação 
Cristã e os 
adultos
Os adultos são h 
fo r ta le c id o s em r| 
sua vida, poden - 1 
do contribuir para a 
formação dos mais 
jovens: "Os passos | 
de um homem bom 1 
são confirmados pelo % 
SENHOR, e ele delei- | | 
ta-se no seu caminho" m 
(SI 37.23); há adultos 
que não têm consci- í 
ência da vida cristã; por * 
terem tid o uma form a­
ção espiritual deficiente, ; 
ou por só terem aceito a 
Cristo na idade adulta; a 
educação cristã ajuda a 
lapidar o seu caráter.
Toda a família é benefi­
ciada pela educação cristã. 
"Ajunta o povo, homens, e 
mulheres, e meninos, e os 
teus estrangeiros que estão 
dentro das tuas portas, para 
que ouçam, e aprendam , e 
temam ao Senhor, vosso Deus, 
e tenham cuidado de fazer todas 
as palavras desta lei" (Dt 31.12). 
Certamente, nos dias em que 
vivemos, principalmente o Brasil, 
a Igreja cristã precisa valorizar o 
ensino na ED. Um ensino que 
seja visto como "teórico", " te ­
ológico", e não seja percebido 
como relevante para a realidade 
em que vivemos, sem dúvida, 
não terá efeito na mente e na 
vida das pessoas. A família, nos 
m oldes com o fo i criada por 
Deus, está sendo destruída pelo 
"sistem a iníquo e perverso" 
que domina a nação. A ED tem 
grande responsabilidade em 
pelo menos fortalecer a família 
contra as investidas do diabo. 
E essa contribuição exige uma 
aplicação dos ensinos bíblicos 
de modo contextualizado.
ED em FOCO
Po r G il d a J u l io
Discipulado !Ferramenta
vital de apoio á Escola Dominical
e discipulado sobre duas rodas. 
"Eles são responsáveis pelo traba­
lho com motociclistas, chamado 
Umadjo Road. Eles se reúnem 
na frente de hospital, oram pelos 
enfermos, pregam a Palavra e 
ganham almas para Cristo. Esta 
frente de trabalho tem excelentes 
resultados. Muitos motociclistas 
recebem Jesus como seu Salvador 
e permanecem firmes na Igreja".
Atualmente 51 congregações 
participam do Discipulado Infantil, 
mas a meta é que todas as igrejas 
ligadas ao campo trabalhem neste 
esquema. Como é caso do Setor 
do Km 04, trabalho liderado pelas 
irmãs Marluci Dias Cidral, Meiriane 
Dias e JéssikaKristina Cidral, que 
no último trimestre de 2014 reali­
zou a 3a formatura do Discipulado 
Infantil.No evento 24 crianças 
receberam seus certificados de 
conclusão das 10 últimas aulas 
do livro Amigos de Jesus.
O Departam ento de Disci­
pulado da AD Joinville realizará 
seu 3o Congresso "Discipulado 
para o Brasil", de 22 a 27 de Se­
tembro de 2015, com o apoio da 
Comissão de Planos e Estratégias 
de Evangelismo e Discipulado 
da CGADB, cujo objetivo é pro­
porcionar formação continuada 
aos discipuladores, preparar no­
vos discipuladores, e despertar 
pastores e líderes do Brasil so­
bre a importância de priorizar 
o discipulado em suas Igrejas. 
Informações e inscrições: www. 
discipuladojoinville.com.br; e-mail: 
discipuladojoinville@hotmail.com, 
Fone: (47) 3026-4093, Whatsapp: 
(47) 9624-3456. ?
caminhada crista é a solidificação 
na fé", argumenta o coordenador.
O Departamento trabalha com 
uma equipe treinada e capacitada- 
formada por 1,2 mil pessoas entre 
pastores, discipuladores elíderes 
de Departam entos. A funçãodeles é cuidar espiritualmente 
de um novo membro ou de uma 
família. Eles trabalham em duplas 
e atuam em várias modalidades 
como, por exemplo, discipulado 
para crianças, adolescentes, nos 
lares, empresas, hospitais, presí­
dios, universidades, centros de 
recuperação entre outros mais 
específicos.
O discipulado faz a diferença 
entre outras atividades da igreja. 
No caso das crianças é o diferen­
cial das atividades do Departa­
mento Infantil. "Além dos cultos 
elas participam do discipulado. 
Atualmente cerca de 1,5 mil crian­
ças estão matriculadas. Mas com 
os adolescentes não é diferente. 
O número cresce a cada novo tra­
balho. Temos o exemplo de uma 
jovem que foi discipulada. Logo 
depois entrou para a equipe de 
apoio e hoje discípula um grupo 
de adolescentes", atesta.
Para o pastor Joary quando a 
modalidade é o núcleo familiar a 
jchance de crescimento é ainda 
maior. "O resultado nos lares é 
uma família inteira para Cristo. Eles 
permanecem firmes com Jesus e 
há um crescimento na qualidade 
e na quantidade", se alegra.
O jovem tem uma p a rtic i­
pação ativa nas universidades, 
nos centros de recuperação, e 
principalmente pelo evangelismo
A AD em Joinville (SC), lide­
rada pelo pastor Sérgio Melfior, 
adotou o d iscipulado como a 
principal ferramenta de apoio para 
a Escola Dominical. As pessoas 
são discipuladas e encaminhadas 
para a Escola Dominical. Segundo 
o coordenador deste Depar­
tam ento pastor Joary Jossué 
Carlesso com esta estratégia o 
crescimento da igreja é notório. 
"Cerca de80% dos nossos disci- 
pulados permanecem firmes na 
fé. O discipulado é gratificante, 
pessoas que passaram por ele 
há cerca de três anos, hoje são 
obreiros." conta Joary.
Ele disse ainda que o discipu­
lado é de fundamental importân­
cia. "Ele é abase do crescimento 
espiritual e numérico da igreja. 
E para quem está começando a
E N S , N A D o"R^
\ I v j v c r i s t ã o )^... ........... ....
CONVERSA
Franca
Membro da AD Ministério do Ferreira (SP), presidida pelo pastor 
Edgar Souza Brito, irmã Vanda Libarino é esposa do pastor Levi Bar­
bosa Libarino, vice-presidente da igreja, com quem tem três filhos 
abençoados. Há cerca de 25 anos tem participação ativa na liderança 
da Escola Dominical. Nascida em lar evangélico, com oito irmãs, desde 
muito nova aprendeu o valor de ajudar, cuidar e dividir. Entregou sua 
vida a Cristo aos 12 anos de idade e desde então dá muito trabalho ao 
inferno. Responsável por inúmeros projetos sociais em comunidades 
de alto risco, inclusive na Cracolândia (em pareceria com a Missão 
Kairós), ela já chegou a ser conhecida como "Prefeita da Favela", até 
mesmo por escolas públicas, postos de saúde, farmácias e onde mais 
precisassem dela para atuar na comunidade sem ter problemas com 
os traficantes - que a respeitavam em demasia pelos seus constantes 
trabalhos sociais e excelente testemunho.
Após mais de 30 anos, voltou a estudar, entrou na faculdade de 
pedagogia aos 50 anos, se formou, fez pós-graduação em Pisicope- 
dagogia e já dá aula em uma escola estadual, onde distribui bíblias 
e testemunha do amor de Deus.
Ao longo desse tem po a fama da "Tia Vanda" corria, tanto que 
precisou abrir na garagem de sua casa espaço para crianças da 
comunidade de Campo Limpo que estavam sedentas da Palavra de 
Deus. No início a Escola Dominical improvisada tinha 30 alunos, seis
Vislumbrei uma forma 
de levar toda aquela 
formação cristã integral 
que o ensino da Palavra 
de Deus nos proporciona 
para fora do templo.
E N S I N A D O R . . . . 
C R I S T À O 1 1
anos depois já eram centenas, pre­
cisamente 486 crianças. Seu legado 
foi duas congregações abertas na 
comunidade Jardim Umarizal (SP), 
incontáveis vidas transformadas e 
inúmeras almas ganhas para Jesus.
Ela que tem pequena estatura, 
em Deus parece um ve rdade iro 
gigante quando se trata de levar o 
Evangelho de Cristo - em Palavra e
no final dos anos 90 participei de um 
curso de capacitação para profes­
sores de Escola Dominical. Então, 
uma chama poderosa se acendeu 
em mim, enxerguei de forma muito 
clara uma necessidade real fora da 
igreja. Vislumbrei uma forma de levar 
toda aquela formação cristã integral 
que o ensino da Palavra de Deus nos 
proporciona para fora do templo, em 
especial às crianças carentes.açoes - aos perdidos.
A senhora tem um currí- Como foi a professora Van-
culo e ministério impressio- da Libarino no início, nas pri- 
nantes. Qual foi a importância 
da Escola Dominical ao longo 
de sua vida para que chegasse 
até esse ponto?
meiras aulas?
A Escola Dominical fo i funda­
mental. Ela aperfe içoou os meus 
ideais cristãos em favor da obra 
social e do cuidado com o próximo, 
principalmente os mais necessitados. 
Além das lições, este aprendizado 
se deu também através do convívio 
com outras crianças e exemplo dos 
professores. Na ED outra experiência 
construtiva e marcante para a minha 
fé, formação pessoal e cristã foram 
às dramatizações durante as lições, 
algo novo e muito significante.
Como seu chamado co­
meçou?
Meu Deus, falar disso é até um 
tanto constrangedor, pois em outras 
épocas não havia uma preocupação 
com capacitação de liderança como 
nos dias de hoje. Como a maioria 
dos irmãos do século passado, as 
primeiras experiências vieram diante 
de necessidades momentâneas, e 
sem a preparação ideal praticamente 
lecionávamos pela fé. Mas, pela bon­
dade de Deus, tive a oportunidade 
de me aperfeiçoar e gradativamente 
fui co locando em prática to d o o 
aprendizado que recebia. O que me
impulsionou a continuar, apesar de ^ê algum exemplo em que 
qualquer dificuldade, era o valor das seus alunos foram beneficia-
A p a rtir daque le dia as crianças 
começaram a cobrar novas visitas. 
Diante da insistência das crianças, 
fui impulsionada pelo Espírito Santo 
a lhes presenteá-las com sua própria 
Escola Dominical, porém sem qual­
quer noção. Não tinha recursos, nem 
material. Foi então que ouvi uma 
palavra profética: "Não se preocu­
pe, pois tudo que você precisar, o 
Senhor te dará".
A senhora teve muitas expe­
riências marcantes de ensino 
em locais de alto risco, comuni­
dades carentes, na Cracolândia 
etc. Como esses pequeninos 
recebem a Escola Dominical? 
Que importância dá a eLa?
Por incrível que pareça, eles 
recebem com m uita a legria, e o 
que mais impressiona é a vontade 
deles em querer praticar o apren­
dizado. Isto mostra a importância 
da implantação dos valores cristãos 
e sociais no início da formação do 
ser humano. Especialmente nesses 
locais tão necessitados.
vidas sedentas. O crescente número 
de crianças que procuravam a Escola 
Dominical em minha garagem jamais 
Após alguns anos no ministério me e^z desistir deste sonho, 
de docência, não tive dúvidas de q u e ^ j q que [he ajudou a se de-
aquilo era o meu propósito de exis­
tência, era o dom que Deus tinha me 
dado. Em busca de aprimoramento,
senvolver tecnicamente?
Além do curso de capacitação 
que citei, fui acompanhada de perto 
por minha liderança, em especial 
o D epartam ento In fan til. Houve 
também um aprendizado essencial 
que recebi em um Congresso de 
Capacitação da CPAD. No tocante 
à desenvoltura técnica e oratória, 
recebi o auxílio de meu esposo, 
pois ele já neste tem po era profes­
sor de Teologia e sempre me dava 
algumas dicas.
Pode falar resumidamente 
de como começou a ED na sua 
garagem? E quais foram os 
frutos desse trabalho?
Tudo começou no ano de 1999 
quando levei um grupo pequeno de 
crianças, membros de uma comu­
nidade carente, a um culto infantil 
numa igreja de um bairro próximo.
dos ao terem essa experiência 
de pôr a teoria ensinada em 
classe colocada em prática?
Uma experiência simples, porém 
marcante, foi de um menino chamado 
Allan de apenas 7 anosde idade, 
quando ministrei uma lição por tema 
"Deus acalma a tem pestade". Ao 
chegar a sua casa ele presenciou uma 
desavença entre os pais. Desorientado 
ao ver seu pai com uma faca na mão 
e sua mãe se defendendo com um 
pedaço de madeira, ele se refugiou 
em seu quarto. Allan colocou a Bíblia 
sobre a cama, porém, sem saber ler 
permaneceu olhando fixamente para 
ela e se recordando do ensinamento 
recebido; que Deus acalma as tem ­
pestades. Concentrado em Deus e 
em Sua Palavra, ele contem plou a 
discussão perdendo força até acabar 
com todos dorm indo em paz.
Com base na sua expe­
riência, a senhora acredita 
que a igreja deve investir em 
projetos que levam a Escola 
Dominical para além das salas 
do templo, até essas pessoas
Na realidade, meus projetos 
na igreja me influenciaram a 
cursar pedagogia, agora aplico 
minha experiência espiritual 
em meu trabalho secular 
e vice e versa.
mais carentes, onde de repente 
não há uma igreja próxima ou 
trabalho similar? Qual impor­
tância vê nesse tipo de ação?
Com certeza! Isso seria um avan­
ço form idável na educação cristã. 
No que tange às crianças carentes, 
algo essencial para a evangelização 
e constituição do ser humano. Não 
precisamos de muitos argumentos 
para fundamentar esta ideia, basta 
vermos como a Escola Dominical 
se originou no século XVII, quando 
o inglês Robert Raikes in iciou as 
primeiras aulas em uma casa, com o 
objetivo de lecionar a crianças que 
passavam a maior parte do tempo nas 
ruas. Veja, o meu objetivo principal é 
o mesmo pelo qual começou a EBD.
A senhora consegue combi­
nar a Escola Dominical a pro­
jetos sociais, seja arrecadando 
mantimentos, organizando 
visitas a asilos, ou promovendo 
outras campanhas de doação. 
Que conselhos dá aos profes­
sores e supervisores de ED 
que desejam fazer o mesmo?
Neste caso, o que eu sempre 
enfatizo em minhas palestras é a 
motivação pela qual nós leciona­
mos. Sempre deve ser o amor ao 
p róx im o , pois este é o genuíno 
Evangelho e o segredo da felicidade. 
Façamos porque amamos a Deus e 
queremos compartilhar desse amor
- em palavras e ações. Diante dessa 
premissa, fica claro que a educação 
cristã, diferentemente das demais, 
tem por ob je tivo um crescimento 
pleno do ser humano, alcançando 
não somente sua vida espiritual, mas 
também social, sentimental e familiar. 
Os riscos se tornam maiores, porém 
os frutos são gratificantes!
-
suas debilidades pessoais com os 
princípios do Cristianismo.
A senhora usa sua profissão 
também em prol do Reino? De 
que forma?
Sim. Na realidade, meus p ro ­
je tos na igreja me influenciaram 
a cursar pedagogia, agora aplico 
minha experiência esp iritua l em 
meu trabalho secular e vice e versa. 
Com o consentimento da direção da 
instituição de ensino no qual leciono, 
sempre uso os exemplos bíblicos em 
minhas aulas, além de trabalhar as
Incentiva os professores 
a correrem atrás de novas 
formações e conhecimentos 
pedagógicos em faculdade etc.?
Com certeza! A meu ver é de 
suma importância a formação com­
plementar nos tem pos modernos. 
Creio que a junção do saber cristão 
e espiritual unido ao conhecimento 
humano é mais eficaz. Isso faz parte 
da educação completa, tendo como 
exemplo o nosso Cristo, pois a Palavra 
de Deus registrada no Evangelho de 
Lucas, fala claramente que a educação 
de Jesus foi plena porque ele "crescia 
diante de Deus e dos homens"; "em 
graça e em conhecimento".
Está trabalhando em algum 
projeto novo ou tem planos 
para um? Conte-nos um pouco 
sobre ele?
Sim, sempre temos que avançar em 
nossos objetivos. No momento estou 
empenhada em dar uma assistência 
a crianças indígenas de uma reserva 
chamada Xacriabá, localizada no Norte 
de Minas Gerai. Estou trabalhando em 
conjunto com a Equipe Missionária 
Mensageiros do Senhor, que assiste 
os nativos há 11 anos. Como meta 
principal tenho a ampliação de traba­
lhos voluntários. O objetivo é estender 
o seu alcance, não se prendendo 
somente à Cracolândia, mas também 
atendendo às necessidades básicas 
de outras comunidades carentes e 
periferias de grandes cidades
ê n s i n a d o f A ,
^ ^-CRISTÃO
Um evangelho diferenciado, mas não 
diferente!
Neste trimestre estudaremos a vida e obra de 
Jesus, o homem perfeito conforme registrou Lucas 
no seu Evangelho. O relato feito por Lucas é tido 
pelos teólogos como o mais completo dentre os 
outros evangelhos. Muitos fatos ocorridos na vida do 
Salvador só são encontrados no terceiro evangelho, 
como por exemplo, a pesca maravilhosa (Lc 5.6) e a 
ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7.11-15).
Um fato que deve ser levado em conta quando 
se estuda o terceiro evangelho está relacionado 
com seu gênero literário. Lucas foi um teólogo que 
escreveu a história e por isso seu material tem fins 
didáticos e não apenas narrativos. Dois teólogos 
contribuíram grandemente na compreensão da 
metodologia lucana. Foram eles: I.Howard Marshal 
e Roger Stronstad. Marshal observou em seu livro: 
"Lucas - historiador e teólogo", escrito em 1970, 
que Lucas não poderia ser lido apenas como um 
historiador, mas como um teólogo que escreveu a 
história. Por outro lado, Roger Stronstad, teólogo 
de tradição pentecostal, surpreendeu o mundo 
acadêmico em 1984 com seu livro "A Teologia 
Carismática de Lucas". Tomando por base o 
evangelho de Lucas, Stronstad libertou a teologia 
pentecostal das armadilhas exegéticas criadas 
(em torno do terceiro evangelho e dos Atos dos 
apóstolos) por teólogos tradicionais. A teologia 
cessacionista, numa tentativa de fazer frente ao 
pentecostalismo, insistia no fato de que Lucas- 
-Atos continham apenas material "narrativo" ou 
"descritivo" e não "d idático", como de fato são.
Um evangelho multifacetado
Os teó logos observam que Lucas possuía 
objetivos m últip los quando redigiu sua obra, 
Destacam-se entre eles:
1. Ele queria mostrar as bases históricas sobre as 
quais o seu evangelho estava fundamentado.
2. Ele queria mostrar a relação existente entre 
o judaísmo e o cristianismo. O cristianismo 
possuía suas raízes no judaísmo não sendo, 
portanto, uma seita derivada daquele.
3. Ele queria mostrar que o cristianismo não 
era de forma alguma uma ameaça política ao 
Império Romano.
4. Ele escreveu para m ostrar que o reino de 
Deus possuía as dimensões do "já agora" e 
do "ainda não". Com Jesus, o Messias, o reino 
de Deus já estava manifestado entre eles, mas 
a sua plenitude só aconteceria no futuro.
5. Ele escreveu para demonstrar que aquela era
uma Era carismática. O Espírito Santo, mais
do que em qualquer outro evangelho, recebe 
destaque especial na teologia lucana. Lucas, 
portanto, escreveu uma obra em dois volumes.
6 . Ele escreveu para destacar a importância que 
a oração teve no ministério de Jesus e poste­
riormente na igreja primitiva.
7. Ele escreveu para pôr em destaque o valor 
que o Senhor Jesus atribuiu às mulheres. Elas 
não eram mais excluídas, mas escolhidas para 
serem suas seguidoras.
8 . Ele escreveu para mostrar a dimensão social do 
evangelho. Isso é percebido pelo lugar que os 
pobres ocupam no seu texto e também pela 
aceitação dos excluídos, como, por exemplo, 
os samaritanos.
9. Lucas escreveu para mostrar o lugar correto 
que bens e posses devem ocupar. No relato 
lucano as riquezas aparecem como uma ame­
aça àqueles que são havidos por alcançarem 
o reino de Deus.
O carpinteiro e o imperador
Quando Jesus nasce o Império romano está no 
seu apogeu. Os imperadores estavam ocupados 
demais em defender suas fronteiras, que eram 
imensas, e tributar os povos conquistados. Não 
tinham tempo para notarem um simples carpinteiro 
que se valia apenas do poder da palavra para se 
fazer ouvir. A propósito, Lucas destaca que esse 
carpinteiro vinha de uma famíliahumilde, teve 
um nascimento humilde e foi criado num vilarejo 
humilde. Essa dimensão humana de Jesus é cla­
ramente percebida na teologia lucana. O terceiro 
evangelho destaca que Ele se formou "crescendo 
em sabedoria, tamanho e graça, diante de Deus 
e dos homens" (Lc 2.52). Jesus nasceu e cresceu 
assumindo os condicionamentos humanos. Jesus 
cresceu, portanto, nas dimensões físicas e espirituais.
Serpentes no deserto
Um fato de fácil percepção e que merece des­
taque no terceiro evangelho é o relato da tentação 
de Jesus. Jesus foi tentado, mas não pecou! Todos 
os tipos de tentações estavam representadas na 
Tentação no deserto. Vencendo essa tentação, 
Jesus venceria todas as outras. É possível perceber 
que o diabo o tenta naquilo que mais fascina os 
homens - o desejo de serem vistos, notados e 
aplaudidos. Onde Adão fracassou, Jesus triunfou!
Escolhendo seguidores
Todo processo de seleção costuma privilegiar 
os melhores. Os melhores atletas serão coroados; 
os melhores soldados serão condecorados; os 
melhores governantes serão ovacionados. Mas
redenção significa dizer que todos 
serão salvos. A cruz é uma base 
segura para orarmos com fé, mas 
as bênçãos de Deus não aconte­
cem de forma automática, como 
se Ele estivesse ficado refém de 
leis que supostamente teria criado. 
As bênçãos de Deus, incluindo a 
cura pertencem aos crentes, mas 
sempre respeitando a vontade 
divina e a sua soberania. Qualquer 
teologia fora desse parâmetro 
promove mais a presunção do 
que a fé.
Destronando Satanás
Um fa to de fácil observa­
ção no evangelho de Lucas é 
confronto que Jesus teve com 
os demônios. Grande parte do 
material lucano é dedicado a 
narrar esses confrontos. Encon­
tramos uma palestina infestada 
por forças espirituais do mal que 
são desafiadas e derrotadas pelo 
filho de Deus. Posteriormente 
o apostolo Paulo ensinará que 
Jesus destronou os principados 
e potestades expondo-as publi­
camente ao desprezo ao triunfar 
sobre elas na cruz (Cl 2.15).
Vitória sobre a morte!
Os últimos capítulos de Lucas 
narram os preparativos da última 
páscoa e a institucionalização da 
Ceia do Senhor bem como nar­
ram sua morte e ressurreição. A 
teologia cristã sempre enfatizou 
a morte e ressurreição do Senhor. 
A teologia paulina afirma que se 
Cristo não houvesse ressuscitado 
a nossa fé seria vã e nós seriamos 
tidos como os mais infelizes dos 
homens (1 Cor 15). Graças a Deus 
que o Senhor venceu o pecado 
a morte! Ao celebrar a Ceia do 
Senhor, o crente reconhece o 
valor que o sacrifício de Cristo 
representa para ele, bem como 
proclama a Sua volta iminente. 
Com o coração cheio de gratidão 
ele pode dizer: ora vem Senhor 
Jesus,
José Gonçalves, 
pastor em Água 
Branca, Piauí, escritor 
e comentarista de 
Lições Bíblicas de 
Jovens e Adultos 
deste trimestre.
essa lógica parece não 
vigorar no recrutamento 
dos discípulos fe ito por 
Jesus. Jesus escolheu os 
excluídos! Jesus escolhe 
pecadores! Dentre eles há pes­
cadores, coletores de impostos, 
revolucionários e mulheres para 
serem seus seguidores. Homens 
imperfeitos, limitados, mas que 
por Ele seriam moldados para 
a sublime missão de pregar o 
Evangelho.
Desafiando as doenças e a 
morte
No evangelho de Lucas, Jesus 
é apresentado como o Messias 
prom etido nas Sagradas Escri­
turas. Ele fo i capacitado pelo 
Espírito Santo para realizar as 
obras de Deus (Lc 4.16-18; Is 
61.1-2). Mais uma vez a teologia 
carismática de Lucas fica em 
destaque. Na cura do paralítico 
de Cafarnaum, Lucas destaca 
que "o poder do Senhor estava 
com ele para curar" (Lc 5.17). O 
poder do Senhor é um sinônimo 
para a unção do Espírito Santo 
(At 10.38). Por outro lado, na 
ressurreição do filho da viúva 
de Naim, Lucas observa que o 
povo exclamou: "Grande profeta 
se levantou entre nós; e: Deus 
visitou o seu povo" (Lc 7.16).
A teologia pentecostal, seguin­
do a teologia carismática de Lucas, 
tem enfatizado essa dimensão do 
evangelho-Jesus continua exer­
cendo poder sobre as doenças e 
a morte. Enquanto o crente estiver 
em seu corpo mortal, ainda sem a 
redenção do seu corpo, que acon­
tecera somente na "parousia", ele 
tem todo o direito de crer e orar 
pela cura divina. Nesse aspecto a 
cura é uma das bênçãos que vem 
com a expiação. Isso significa dizer 
que o sacrifício de Jesus na cruz 
proveu a cura tanto para a alma 
como para o corpo. Mas isso não 
significa que todos vão ser curados 
da mesma forma que a crença na
Po r S il a s Da n ie l
dos anos 40 e depois as igrejas em Itajubá e 
Uberaba, ambas em Minas Gerais; e em seguida 
as igrejas em Cravinhos, Marília, Catanduva, 
Ribeirão Preto e Pindamonhangaba, todas em 
São Paulo. Casado com Dulce Fabiano em abril 
de 1938, o casal teve nada menos que 24 filhos, 
a maioria ainda vivos hoje.
Apesar da lide pastoral, João de Oliveira se 
notabilizou principalmente como ensinador. Por 
20 anos, ele fo i professor do Institu to Bíblico 
das Assembléias de Deus (Ibad), a judando a 
formar gerações de obreiros das ADs no Brasil. 
E durante três décadas, mais precisamente des­
de 1953, ele foi também um dos comentaristas 
das revistas para Escola Dominical da CPAD. É 
ainda autor dos livros C onfronto doutrinário , 
Sê tu uma bênção e O M ilênio e o Apocalipse.
Um ep isód io de sua vida marcou a igreja 
brasileira nos anos 60. No ano de 1966, quando 
lecionava no Ibad, ele passou mal, fo i levado 
a um hosp ita l e ficou 20 dias inconsc ien te , 
até que vo ltou a si apenas para se desped ir
J O Ã O
d e O l i v e i r a
Um dos maiores 
ensinadores das 
Assembleias de 
Deus no Brasil
Nascido em 24 de agosto de 1911, em Rio 
Bonito (RJ), João de O liveira era o penúltim o 
dos dez filhos do casal A n tôn io Joaquim de 
O liveira e Ana Ferreira de O liveira. Em 1933, 
já servindo ao Senhor, aceitou o chamado de 
Deus para sua vida e foi consagrado ao santo 
m inistério. Ele tinha à época apenas 22 anos 
de idade. Até o seu falecimento, foram 47 anos 
de um m inistério in in terrupto e profícuo, que 
percorreu inúmeras cidades do país e até algu­
mas do exterior m inistrando estudos bíblicos.
Pastor João de O live ira pastoreou a As- 
sembleia de Deus em Salvador (BA) no início
da esposa. Instantes depois, fo i constatado o 
ób ito . Ao saber da m orte de João, seu amigo,
o m iss ionário no rte -a m e rica n o John Peter 
Kolenda, tam bém professor do Ibad, dobrou 
os joe lhos e orou: "Senhor, quem está aqui 
é teu servo John Peter Kolenda. Eu sei que 
João de O liveira está na tua g lória. Mas, sua 
família precisa do pai; a igreja, do seu pastor; 
e nós precisamos dessa revelação. Lava-nos no 
teu sangue e perdoa os nossos pecados..." - 
pastor J. P. Kolenda ainda dizia essas palavras 
in trodutórias, quando sentiu o Céu mover-se 
e então clamou: "Faz vo lta r o irmão João de 
O live ira !". No mesmo instante, o pastor João 
voltou à vida, e sem seqüelas. Seu testemunho 
de ressurreição marcou época.
Conhecido pelas suas pregações e ensinos ins­
pirados e ungidos pelo Espírito Santo, ele marcou 
uma geração. Pastor João de Oliveira faleceu em 
9 de julho de 1980, pouco antes de completar 70 
anos, em São José dos Campos (SP). &
ARTIGO para 
REVISTAS DE
Po r G il b e r t o C o r r ô a d e A n d r a d e
Fundamentos 
da fé cristã
A fé cristã é maravilhosa, pois, 
tem como fundamento o Cristo 
de Deus, que fez e ensinou obras 
maravilhosas (At 1.1) cumprindo 
em sua vida a fé e esperança 
do evangelho. Cristo eleva o 
fundam ento do evangelho ao 
ponto mais alto que é o amor 
como nos escreve João 3.16. É 
impossível começar qualquer 
fundamentação da fé cristã sem 
antes entendermos que ela está 
estruturada sobre o divino amor 
porque amar é condição sine qua 
non de quem tem a bendita fé
1 Jo4.8 "Aquele que não ama 
não conhece a Deus, pois Deus 
é amor."
Todos os atos do Soberano 
Deus envolvem atos de amor, 
jamais deixou que os pecados 
do homem, apagassem seu plano 
de salvação que existia antes que 
o mundo existisse, a transgres­
são do homem nunca foi maior 
do que o soberano amor. Por 
isso quem conhece a Deus tem 
como fundam entos de vida o 
Evangelismo e a Obra Missioná­
ria, indispensável ao arcabouço 
doutrinário do servo de Deus.
Neste trim estre os Jovens 
terão uma grande experiência 
a lição da Escola Bíblica que
tratará sobre os Fundamentos 
da Fé Cristã trazendo respostas 
para todas as perguntas e neces­
sidades do homem, a estrutura 
doutrinária abarca assuntos que 
vão vida cotidiana individual ou 
coletiva, a espiritualidade, meio 
ambiente e o mais importante a 
eternidade com Deus.
Mas, qual a importância para 
os jovens estudarem os funda­
mentos da fé cristã, que inter­
face há com esta faixa etária? 
A resposta se mostra cada vez 
mais urgente, em um momento 
aonde a intelectualidade vai se 
forjando, conceitos políticos e 
sociológicos são edificados, o 
convívio em diferentes círculos 
sociais se intensificam é neces­
sário aos jovens terem uma co­
munhão com Deus com alicerces 
inegociáveis, destes nos conta a 
Bíblia os testemunhos irretocáveis 
como Daniel e seus amigos na 
Babilônia, José no Egito, Davi 
d iante de Golias.De maneira 
sempre clara e inegociável a fé 
cristã atravessa as eras sendo 
atual em sua estrutura e correta 
em suas profecias onde nenhuma 
delas deixou de cumprir.Estas 
posições são necessárias para 
a form ação de jovens cristão
“Todos os atos do Soberano 
Deus envolvem atos e 
amon jamais deixou que
os pecados do homem
apagassem seu plano de
salvação,que existia antes 
ope o mundo existisse
sem um mundo em constante 
transformação onde as verdades 
absolutas sofrem ataques cada 
vez mais ácidos.
Os pontos doutrinários ex­
postos neste trimestre são uma 
grande base para os jovens 
refutarem as heresias, de forma 
bíblica e profeticamente correta, 
os jovens são uns dos maiores 
alvos dos ataques seculares, 
seja quanto a santidade nos 
re lac ionam entos, com unhão 
com Deus e p rin c ip a lm e n te 
contra a Bíblia. Outro aspecto 
im portan te sobre o conheci­
mento dos fundamentos da fé 
cristã é o conceito de adoração 
que não pode ser mudado com 
a vo la tilid a d e de m odism os 
onde palavras isoladas assu­
mem status de poderes mági­
cos em uma mistura de teorias 
divorciadas da sã doutrina, que 
mais trazem confusão do que 
comunhão com Deus. Quando 
o jovem tem o conhecim ento 
dos padrões bíblicos sabe muito 
bem identificar o significado da 
verdadeira adoração em todos 
os momentos de sua vida.
A Angelologia deve ser um 
tema bem trabalhado definindo 
dentro das balizas bíblicos quem
são os anjos e seu papel, pois, de 
forma sistemática o universo dos 
filmes e vídeos games exploram 
a tem ática sempre de form a 
deturpada trazendo uma visão 
herética e pagã prom ovendo 
uma massificação desde a mais 
tenra idade p ro longando-se 
por toda a vida tirando o ver­
dadeiro significado bíblico, daí 
a importância do ensinamento 
doutrinário desse tema. Notamos 
que o mundo do entretenimento 
avança a passos largos para um 
misticismo desenfreado não se 
preocupando mais em ser dissi­
mulado, logo a Escola Dominical 
deve trazer uma estrutura sólida 
do panorama bíblico doutrinário 
para os jovens.
Não se pode traçar os funda­
mentos da fé cristã sem conhecer 
profundam ente sobre o Cristo 
de Deus tratando profundamen­
te sobre seu nascimento, vida, 
m orte e ressurreição que tem 
sido alvo constante de ataques 
filosóficos principalmente na vida 
acadêmica que os jovens passam 
a conviver de maneira sistemática 
durante a graduação. A formação 
doutrinária de nossa juventude 
to ta lm ente pertinen te e deve 
começar cada vez mais cedo.
Adolescente e 
os referenciais 
jovens de 
personagens 
da Bíblia
Gilberto Corrêa de 
Andrade é pastor na 
Assembleia de Deus de 
Regente Feijó (SP), Graduado 
em Teologia I Administração 
e Pós Graduado em Docência 
do Ensino Superior
A im portância dos adoles­
centes estudarem os persona­
gens bíblicos é por ser esta uma 
fase de grandes descobertas na 
vida em todas as áreas, aonde 
os conceitos vão se solidifican­
do, experiências cada vez mais 
m arcantes vão acon tecendo 
p rin c ip a lm e n te nas relações 
interpessoa is. Q uanto a fé é 
necessário que se tenha um 
co n h e c im e n to in te ra tiv o da 
Bíblia para que a vida com Deus 
e seu reino possam ser sempre 
presentes.
Em um m om ento em que 
todas as fontes de informações 
seculares inclusive os currículos 
escolares afastam os jovens dos 
padrões divinos, as referências 
dos personagens bíblicos torna- 
-se cada vez mais urgentes para 
m anterem a com unhão com 
Deus e com a Bíblia Sagrada. 
Vemos em seus exemplos uma 
d isp o s içã o em m a n te r uma 
estreita com unhão com Deus 
e fide lidade a sua palavra um 
co m p o rta m e n to to ta lm e n te 
antagônico aos expostos pelos 
heróis atuais que quanto mais 
d e s c o m p ro m e tid o s com as 
verdades absolutas são tidos 
como referenciais de uma nova 
geração.
O estudo dos personagens 
b íb licos são ó tim os m odelos 
para lidar com os complexos da 
adolescência revelando valores 
que vão além dos padrões físi­
cos e aceitação em um grupo, 
vemos narrativas que elevam o 
nível conhecim ento para além 
das espinhas ou modificação da 
voz para um estágio de intimida­
de com o Criador, desfrutando 
ao m áxim o a esp iritua lida de 
acima de qualquer referencial
físico que vem travando uma 
verdade ira guerra com o es­
pírito.
O grande número de aca­
dem ias que são verdade iros 
tem p los de cu ltos ao corpo, 
não pode despertar em nossa 
m ocidade m aior interesse do 
que o exercíc io e sp iritua l. E 
p rec iso o e n s in a d o r c ris tão 
levar o adolescente descobrir 
o ve rd a d e iro p e rfil que traz 
v itó ria para a vida esp iritua l, 
caso contrário há uma grande 
tendência da fixação pelo corpo 
"m a lhado" criar uma barreira 
no contato com Deus.
O estudo deste tr im es tre 
mostra uma vivacidade maravi­
lhosa na escolha pelo reino de 
Deus que leva a um futuro pro­
dutivo não só individualmente, 
mas, princ ipa lm ente a nação. 
No m om en to a tua l onde os 
referenciais são cada vez mais 
raros as escolhas dos persona­
gens bíblicos falam muito alto, 
o que diremos de Daniel e seus 
amigos que tinham tudo para 
acomodarem-se aos banquetes 
de Nabucodonosor, mas, foram 
inegociáveis em seus propósi­
tos e fé, mesmo estando em 
uma posição que ceder seria 
o cam inho mais suave para 
m uitos, daí a im portância do 
adolescente compreender que 
servir a Deus é mais importante 
do que os encan tos a tua is. 
Quais seriam as diferenças dos 
banquetes da Babilônia para 
os apelos que os adolescentes 
enfrentam hoje?
O estudo dos personagens 
bíb licos trará para os adoles­
centes um tesouro de grande 
importância principalmente no 
aspecto com portam enta l. ^
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Treinador de Líderes - Stan Tolere Larry Gilbert
Este livro compartilha informações que o ajudarão a estimu­
lar sua congregação para o ministério ativo, e você aprende­
rá a filosofia do ministério das equipes de ação que revolu­
cionará sua igreja local.
Aprenda a ver você mesmo não só como jogador, mas tam­
bém como treinador que pode revelar os dons de seus com­
panheiros de equipe.
ANOS
EM TODAS ASLIVRARIAS I 0800 021 7373
w w w . c p a d . c o m . b r
REPORTAGEM
Po r D a ie n e C a r d o s o
Dnversão da família
Crianças são usadas pelo Senhor 
para levar suas famílias a Cristo
São cuidadas por pessoas que nem sempre 
tem preparo para trabalhar com eles e por isso 
passam a maior parte do tem po em atividades 
sem objetivo, causando no íntimo da criança um 
sentimento de banalização do culto a Deus! A 
questão financeira é outro ponto crítico nesse 
Setor. Não é impossível encontrarmos profes­
sores que trabalham tanto nas EBDs como nos 
Cultos Infantis usando seus próprios recursos 
ou até mesmo m ateria is inapropriados e de 
origem duvidosa retirados da internet. Obreiros 
desanimados pela falta de recursos e verbas para 
desenvolverem um trabalho alegre e cativante 
que consiga superar a diversidade de atrativos 
que o mundo oferece às nossas crianças estão 
em m alabarism o constante ten tando a cada 
trabalho levar crianças a Cristo! E ainda nessa 
questão, muitos outros problemas são somados 
resuJtando num saldo negativo: porque a igreja 
não contribui? Porque a liderança não se pre­
ocupa? Como preparar esses professores para 
enfrentarem essa dificuldade? Falta criatividade? 
Como dinamizar esse departamento?
Bom, na contramão dessas inúmeras dúvidas, 
há aqueles que não obstante a tantas barreiras, 
se superam dia a dia e estão fazendo a diferença,
Quando o assunto é Departamento Infantil, 
muitas dificuldades e obstáculos são apontados 
para justificar o descaso, falta de estrutura, como 
espaço físico e material apropriado, falta de visão 
e interesse por parte daqueles que possuem o 
poder de mudar essa realidade. Devido a isso, 
muitas igrejas estão afetando diretamente o bom 
desempenho e propósito da Escola Dominical. O 
fato é que muitas igrejas brasileiras tem deixado a 
desejar em relação ao Departamento Infantil que 
é tão importante quanto qualquer outro Setor da 
igreja. As desculpas para deixarem em segundo 
plano os pequenos são variadas e preocupantes. 
Há casos em que líderes não investem no De­
partamento Infantil por falta de compreensão da 
importância desse investimento, que ao contrário 
do que muitos pensam, apresentam resultados em 
curto prazo, uma vez que os pequeninos podem 
dar excelentes frutos já! É comum encontrarmos 
nas ADs crianças alojadas num canto da igreja 
durante o culto simplesmente para desocupar 
espaço dentro da igreja para os adultos. Os 
pequenos são levados a salas, em muitos casos, 
sem ventilação, mobília apropriada, higiene e em 
total descumprimento às leis estabelecidas pelo 
ECA sobre os direitos e cuidados das crianças.
ENSINADO R'''vCRJSTÃO
e muitas crianças por eles evangelizadas estão 
cumprindo o "Ide" de Jesus!
Foi isso que aconteceu em Jundiaí, São Paulo, 
com a manicure Joice Galerani Gasparetto, e sua 
filha Rafaela, na época com 5 anos, hoje com 9 anos.
Joice era vizinha de Carmem Abreu, que co­
meçou ir à sua casa para fazer as unhas e assim 
aproveitou para Evangelizá-la. Carmem, que é 
mãe de três filhos, inclusive um filho na idade da 
Rafaela, pediu a filha da vizinha todos os domin­
gos na ED e a menina gostou tanto que se tornou 
aluna assídua da classe.
Um dia, um dos filhos da irmã Carmem ado­
eceu e naquele dom ingo a irmã não foi à ED e 
nesse dia a menina chorou muito por ter faltado. A 
partir daquele domingo a mãe de Rafaela passou 
a levar sua filha para igreja e também começou a 
participar da Escola.
Logo em seguida, Carmem entrou na classe 
de Discipulado e quando estava na metade do 
curso decidiu por aceitar a Jesus.
Quando terminou o Discipulado, se batizou nas 
águas e está firme nos caminhos de Jesus até o 
dia de hoje, como membro da Igreja Evangélica 
Assembléia de Deus em Jardim do Lago.
Outro caso, onde podemos perceber o mover 
de Deus na vida das nossas crianças, aconteceu no 
Acre, na família da irmã Francinete Fidelis, mãe de 
Artur, hoje com 23 anos, e Aline, com 18. A irmã 
Nete, como é conhecida, conta que seus filhos 
desde novos participavam da ED e das atividades 
dos ministérios infantis da congregação Vanderley 
Dantas em Rio Branco.
Para acompanhar os filhos e assistir as apre­
sentações deles, ela começou a se envolver com 
a igreja, e o Espírito Santo do Senhor tocou em 
seu coração, e ela sentiu o desejo de fazer parte 
daquele "Corpo". Após se converter, foi aconse­
lhada pelos membros da congregação, a participar 
da ED todos os domingos, e assim fez.
Um pouco mais tarde, Nete, que é formada 
em m agistério , fo i convidada a traba lhar no 
Departamento Infantil, onde foi coordenadora e 
ficou durante 5 anos. Durante esse período, ela 
conta que pôde presenciar muitos casos onde os 
pais passaram a freqüentar a igreja, por meio dos 
filhos, assim como aconteceu com ela.
Hoje, Nete é professora da ED de adultos, 
e seus filhos continuam ativos na igreja. A filha, 
Aline, participa do ministério de dança e desen­
volve um trabalho de evangelismo, na igreja em 
que congrega.
No nordeste, tam bém temos exemplos de 
conversões que aconteceram a partir das EDs,
Irmã Nete aceitou Cristo quando fazia o discipulado, logo 
passou pelas águas. Com a formação em Magistério traba­
lhou do Departamento Infantil por alguns anos, mas hoje atua 
como professora da classe de adultos
Os pais são novos convertidos e atestam que através da mudança de comportamento dos filhos sentiram desejo de também participar 
da Escola Dominical. Hoje, eles têm certeza de que vão criar os filhos nos caminhos do Senhor
da Assembléia de Deus em Cabaceiras, Serra 
Preta, Bahia. A história ocorreu na família da 
Kely Dias Ribeiro, que tem 11 anos, e começou 
a participar ativamente da ED sozinha, depois 
conseguiu levar sua irmã mais nova, Edilene Dias 
Ribeiro, de 9 anos, para participar da classe com 
ela também.
Suâ irmã mais velha, Geovana Dias Ribeiro, com 
12 anos, não participava da ED pois freqüentava 
a catequese da Igreja Católica, mas com a per­
severança e o esforço da coordenação da classe, 
hoje é aluna matriculada e assídua na escolinha.
Mas a obra de Deus ainda não estava completa 
nessa família, o quarto irmão da Kely, Edivanildo 
Dias Ribeiro, com 7 anos, se decidiu na escolinha 
e, juntos estão todos os domingos na ED local.
O pai das crianças, que estava afastado, voltou 
para a Igreja e diz: "Agora eu não saio mais da 
Igreja, pois todos em meu lar servem ao senhor". 
Ele disse todos, pois Deus, com seu imenso poder 
tocou também no coração de sua esposa Cleyde, 
e há poucos meses se converteu ao Evangelho.
"Compramos uma revista para eles e na co­
munidade, quando os vejo, eles dão a paz do 
Senhor!", disse o irmão Rodrigo Dias, da AD em 
Cabaceiras, que acompanhou toda a transformação 
que Deus fez, por meio da Escola Dominical, na 
vida dessa família. ^
Joice participava da Escola Dominical porque levava a filha 
todos os domingos para a igreja. Mas um dia o Espírito Santo 
a convenceu e ela também se rendeu ao Senhor
VIAJE ATRAVÉS DA BIBLIA
Gilbert Beers
Você já leu a Bíblia. Agora experimente a sensação de estar no tempo 
e lugar onde tudo aconteceu. De modo fácil e organizado por tópicos, 
este recurso mostra o contexto cultural de cada história da Bíblia 
de Gênesis a Apocalipse, como realmente viviam, o que comiam e 
como eles se vestiam. A grande quantidade de fotografias, mapas, 
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bíblicos;
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• índice completo.EM TODAS AS LIVRARIAS í 0800 021 7373
•SS-****•«*
As 15 Leis do Crescimento 
John C. Maxwell
Potencial é uma das palavras mais 
maravilhosas em qualquer língua. 
Ela espera pelo futuro com otimismo. 
E cheia de esperança. Traz a promessa 
de sucesso e realização. Potencial é uma 
palavra baseada em possibilidades. 
Pense a respeito: você tem potencial?
Com certeza tem!
Este livro se propõe a ajudá-lo a entender 
como se dá o crescimento pessoal, e a 
ajudá-lo a se tornar uma pessoa mais 
eficiente e realizada.
<$ T
| “ John c .
Jj M a x w e l l
LEIS DO
%\ C R E S C I M E N T O
Aprenda com os Me:
EM TODAS AS LIVRARIAS I 0800 021 7373
ANOS
Verdade Incontestável 
Josh McDowell Sean McDowell
i m s Tenha em seu coração as 1 2 verdades
incontestáveis da Palavra de Deus, uma 
oportuna ajuda para enfrentar os ataque a lé 
|g gpMp Pela cultura pós-moderna de hoje.
Entenda aquilo que devemos crer, os motivos 
pelo qual devemos crer e esteja preparado 
para transmitir a verdade bíblica, de maneira 
lácil e convincente, conquistando a todos 
com a maior apologética de todas: amar uns 
aos outros, como Cristo nos amou.
McDowe
M c D o w e
Lidando com os 
conflitos do Adolescente
Introdução
Há, na sociedade pós-moderna, 
uma realidade desafiadora para o 
educador cristão de um mundo 
avançado e hostil, cuja incredulida­
de e dureza de coração dominam 
as vidas sem Cristo e até mesmo 
alguns que dizem crer em Deus. 
Muitos desprezam e rejeitam os 
valores essenciais do Evangelho 
por não acreditarem que existam 
verdades e padrões eternos e 
imutáveis como os da Bíblia.
Essa sociedade global, fo rte ­
mente influenciada pelo "re la- 
tivism o secularizado", entende 
que o certo e o errado depen­
dem do ponto de vista de cada 
um, do tem po e do lugar. Prefere 
viver segundo seu próprio gosto 
e prazer adotando, como dizem 
alguns estudiosos, têm a liberdade 
individual como único fundamento 
dos valores. Nesse novo contexto 
os adolescentes, principalmente, 
confundem liberdade com licencio- 
sidade. E nesse cenário que a tarefa 
de educar, aconselhar, orientar, 
discipular e evangelizar tornam-se 
ainda mais difícil quando se trata 
de adolescentes e jovens, influen­
ciados por uma cultura midiática
do consumismo, que trabalha com 
a imagem explorando a visão e a 
audição das massas, oferecendo 
novas formas de comportamento 
social que atendam ao mercado 
em expansão.
Para sua reflexão:
"Sábio é o ser humano que 
entende que tem mais a 
aprender do que a ensinar."
(Autor Desconhecido)
I - Lidando com os conflitos 
do Adolescente
Os conflitos na adolescência 
não se resolvem facilmente. A insa­
tisfação, a incerteza e as angústias, 
motivadas pelos conflitos desta 
fase, acompanham a pessoa pela 
vida a fora. Além da ansiedade 
gerada pelos conflitos da puber­
dade, os adolescentes podem 
enfrentar outros como o medo de 
não ter um tipo físico de acordo 
com os padrões estabelecidos na 
sociedade.
Adm inistrar esses conflitos é 
uma aprendizagem que se torna 
mais efetiva quando o adolescente 
encontra um apoio capaz de lhe 
ajudar a encontrar os caminhos
para as mudanças necessárias para 
melhorarem sua vida. À medida 
que ele passa a se com preen­
der melhor e perceber com mais 
clareza suas d ificu ldades, suas 
relações com os outros melhoram 
e a sensação de incompreensão 
diminui.
Para sua reflexão:
"Nunca diga às pessoas 
como fazer as coisas. Diga- 
lhes o que deve ser feito e 
elas surpreenderão você com 
sua engenhosidade. (G. P.)
1. O professor um conselheiro
O professor precisa com pre­
ender o adolescente procurando 
ouvi-lo, sendo cordial, tendo res­
pe ito e amor, sendo em pático. 
Tornando-se um modelo e criando 
um vínculo afetivo. Assim, exercerá 
influência sobre sua vida.
O professor desempenha um 
papel de conselheiro, podendo 
ajudar o adolescente a lidar com 
os seus problemas e frustrações. 
Um professor que inspire confiança 
e se relacione bem com os seus 
alunos, torna-se um conselheiro 
em potencial. Um aluno que confia
2 CURSO ■ E N SIN A D O R CR ISTÃ O
II 
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II 
II
no seu professor jamais deixará 
de procurá-lo. Ninguém melhor 
do que o professor para orientar 
o seu aluno.
O pro fessor tem um papel 
preponderante no processo de 
ajuda, podendo contribu ir para 
que o adolescente iden tifiqu e 
suas dificuldades e aprenda a lidar 
com elas. Os conflitos nesta fase 
da vida, apesar de incômodos, 
são necessários. Passar por eles, 
certamente, não é uma tarefa muito 
fácil para o adolescente, mas pode 
ser uma grande experiência para 
a sua vida que pode con tribu ir 
para o seu amadurecimento e o 
seu crescimento pessoal.
Há muitas questões que preci­
sam ser tratadas abertamente com 
os alunos que estão relacionados 
a diversas áreas de suas vidas. 
As vezes enxergamos apenas os 
problem as de ordem espiritual 
ignorando outros aspectos im ­
portantes como: a vida sexual, 
em ocional, fam iliar, financeira, 
saúde etc.
O professor deve pedir sabedo­
ria a Deus para orientar seu aluno 
da maneira correta ajudando-o a 
dirim ir suas dúvidas contribuindo 
assim para o forta lecim ento de 
sua fé em Deus.
Temas atuais podem ser trata­
dos em palestras e outras ativida­
des, por exemplo, como uma forma 
de orientar jovens e adolescentes 
a repensar seu viver cotid iano e 
reelaborar seus sonhos e cami­
nhos de m odo com preensíve l 
seguindo os princípios cristãos 
para uma vida saudável. Alguns 
exemplos: Respeito às regras de 
convívio social; O que é bullying?; 
Convivência respeitosa entre as 
pessoas; o namoro cristão; a Bí­
blia e sexualidade; Fugindo da 
imoralidade; homossexualidade, 
HIV (AIDS), drogas; combatendo 
a violência; valorização da cultura 
da paz; doenças sexualm ente 
transmissíveis (DSTs) etc.,
2. A habilidade do professor 
para lidar com o adolescente
O professor precisa ter habili­
dade para lidar com os problemas 
do adolescente. Não deve ignorar 
suas perguntas, mas dar atenção 
ao que ele fala, respeitando suas 
opiniões. Porém deve apresentar 
sempre soluções à luz da Bíblia.
Como já dito anteriormente, um 
dos grandes segredos do sucesso 
do trabalho com adolescentes está 
na compreensão desta fase da 
vida. Na infância, há uma relação 
de dependência natural do con­
vívio da criança com os pais, pois 
a família sempre será o primeiro 
contato da criança com o mundo.
Quando atinge a adolescência 
há uma confusão de papéis, pois 
o adolescente começa a entrar 
no mundo dos adultos mediante 
o crescimento e as mudanças de 
seu corpo; posteriorm ente, por 
intermédio de suas capacidades e 
de seus afetos. E não sendo mais 
crianças e nem adultos ainda, tem 
dificuldades em se definir nas diver­
sas situações na vida. Os conflitos 
de gerações ficam, então, evidentes, 
principalmente em relação às opi­
niões completamente divergentes 
entre os adolescentes e seus pais.
O adolescente cada vez mais 
contesta a educação recebida 
pelos pais (e também na igreja) 
e as possíveis pro ib ições. Essa 
busca pela individualidade muitas 
vezes é considerada "rebeld ia". 
Eles já querem ser tratados como 
adultos, mas precisam de ajuda 
para perceber erros e problemas. 
Os valores form ados durante a 
infância passam a fazer parte da 
personalidade do indivíduo. Porém, 
na adolescência há um processo de 
reorganização desses valores. Mui­
tos conceitos, atitudes e práticas de 
natureza moral e religiosa, tendem 
a ser questionados. Geralmente, os 
adolescentes sentem-se cobrados, 
incompreendidos, e acham que 
seus pais estão ultrapassados.
Não podem os ser radicais, 
principalmente quando estamos 
lidandocom adolescentes. Não 
devemos usar apenas a proibição; 
é mais eficaz dar e dividir respon­
sabilidade para a vida (Ef 6.4 e Cl 
3.21) e conscientizá-los quanto 
ao perm itido e ao conveniente, 
a repercussão de suas atitudes e 
decisões. A arte de conscientizar, 
observando pontos favoráveis e 
desfavoráveis, ajuda o adolescente 
a decidir sobre o que fazer (1 Co 
10.23). O adolescente tenderá a 
aceitar melhor a disciplina (limites),
Deve ouvi-lo antes de emitir os 
próprios conceitos, mesmo quando 
percebe que eles estão errados. 
Confronte-os com a verdade bíblica 
para que haja arrependimento. 
Apóie seu posicionamento sempre 
com a Palavra.
Deve ainda levá-los a participar 
das atividades da Igreja, ajudando 
-o a entrosar-se nas atividades de 
grupo, tais como: grupos musicais, 
jograis e representações, encon­
tros, confraternizações, acampa­
mentos etc. A participação efetiva 
nas atividades da igreja ajudam o 
adolescente a se desligar dos seus 
problemas e conflitos. E imprescin­
dível a busca de um grupo saudável 
na Igreja para sua convivência.
3. A instrução da Palavra de 
Deus
Os adolescentes deverão rece­
ber atenção e um acompanhamen­
to especial por parte, da Igreja e da 
ED, visando sua integração (parti­
cularmente a participação deles no 
culto e na ED), à transmissão da fé 
para que tenham sua experiência 
pessoal com Deus, o ensino bíblico 
e a prática da oração.
Há necessidade, durante os 
primeiros anos da adolescência, de 
um nível mais elevado de instrução 
da Palavra nas coisas básicas da 
vida cristã como a existência de 
Deus, o Plano da Salvação, a vida 
eterna etc.
O adolescente precisa buscar 
na Palavra respostas para os seus 
conflitos. Cabe ao professor des­
pertar nele o interesse pela leitura 
da Bíblia, fazendo-o compreender 
que a Palavra é eficaz e serve de 
apoio nos momentos de crises.
É uma grande responsabilidade 
para os pais e responsáveis da 
igreja, professores, d irigentes, 
instruí-los e ajudá-los a se desen­
volverem harmonicamente, não 
apenas para viverem neste mun­
do, mas para sentirem o desejo 
de experimentar na vida diária, a 
certeza da salvação. A motivação 
dos juvenis na partic ipação da 
escola Bíblica Dominical carac­
teriza um m omento impar, para 
o envolvimento na igreja e bom 
relacionamento com os colegas.
O ensino para os adolescentes 
deve ser inovador e que prendam 
o interesse e o motive no ensino 
cristão. É fundamental nessa fase, 
levá-los a familiarizar-se com a Bíblia, 
ela é o manual prático de ensinos 
morais e espirituais (2Tm 3.16).
4. A Palavra de Deus usada 
como base de sustentação 
para o adolescente
É fundamental que o professor 
assuma seu papel na tarefa peda­
gógica de educar, tendo em mente 
que todo o programa educativo 
deve re fle tir a cosmovisão e os 
princípios das Escrituras. A Bíblia 
deve ser utilizada como a regra 
básica de vida e conduta do cristão. 
Porque ela é o nosso padrão de 
certo e errado. Nela encontramos 
os princípios básicos para orientar o 
comportamento moral dos cristãos, 
recomendados por Jesus Cristo e 
pelos apóstolos (Mt 5-7; 5.3-12; 
5.13-16; 18.23-25; 22.36-40; 5.31-32; 
1Co 8.9; Ef 4.32; Gl 5.22; Fp 2.5).
Alguns passos necessários 
da prática educacional para 
responder aos desafios que 
o adolescente enfrenta na 
atualidade.
• O professor deve desempe­
nhar sua prática educativa com­
promissada e coerente com os 
valores bíblicos. Precisa agir com 
sabedoria, ser tolerante e não co­
meter abuso de autoridade, mas 
submeter-se à autoridade dada por 
Deus, na condução de sua prática 
pedagógica e de instrução para 
edificação do adolescente visando 
ganhando-los para o reino de Deus. 
"[...] ou o que ensina esmere-se no 
fazê-lo; (Rm 12.7b).
• Ensinar os bons princípios 
sem, no entanto, estabelecer nor­
mas de condutas por imposição. 
É necessário buscarmos, a cada 
dia, mais conhecimento da Palavra 
e revestir-nos das armaduras de 
Deus para resistirmos no dia mau e 
permanecermos firmes no Senhor 
(Ef 6 . 10,11,13).
• Proceder à orientação teo- 
lógico-doutrinária voltada para a 
conservação dos valores bíblicos 
benéfico à vida espiritual, rejei­
tando valores contrários a vonta­
de do Senhor, sem, no entanto, 
desprezar o novo. Ou seja, tendo 
d isce rn im en to e saber u tiliza r 
aquilo que é bom para dinamizar 
o ensino/aprendizagem, seguindo 
a orientação de Paulo, quando diz: 
"Examinar tudo. Retende o que é 
bom " (1Ts 5.21).
• O rien ta r teo lóg ica e dou- 
trina riam ente o adolescente a 
conhecerem quem é Deus, como 
servi-lo, cultuá-lo, reconhecer e 
aceitar Sua soberana vontade em 
nossas vidas.
• Mostrar, por meio do ensino 
bíblico, que não devemos seguir 
o exemplo do mundo secularizado 
que exalta os valores humanos e 
materiais em detrimento dos va­
lores cristãos - princípios, leis ou 
normas que regem a vida cristã 
fundamentados na Palavra e no 
caráter de Cristo.
• Ensinar que a igreja é o san­
tuário onde devemos adorar ao 
(Senhor com reverência, sem co­
meter os exageros de transformar 
o santuário e o altar em palco ou 
local de entretenim entos e de ­
monstrações de cultura popular.
• O rien ta r o ado lescente a 
reconhecer e praticar os valores 
da sã doutrina, de modo que não 
aceitem o padrão de normalida­
de estabelecido pela sociedade, 
mas que procedam corretamente 
exam inando o m odo de andar, 
de vestir, de se portar perante a 
sociedade; tendo cuidado com o 
falar, com o olhar, cuidando tam­
bém de examinar os lugares em 
que deve andar etc.
• Ensinar que precisamos fazer a 
diferença entre o "Comum e o Nor­
mal". Nem tudo o que é comum é 
normal. O padrão de normalidade 
estabelecido pela sociedade não 
serve para um cristão. Como filhos 
de Deus não devemos aceitar o 
padrão estabelecido pela mídia. 
Nós fomos chamados por Deus 
para fazermos a diferença (Ml 3.18).
O professor deve ajudá-lo a 
descobrir o valor da Palavra, e 
a assumir um comprom isso em 
cumpri-la no seu dia a dia. Deve 
ainda mostrar que a Bíblia não é um 
livro ultrapassado, suas verdades, 
ainda hoje, devem ser cultivadas.
5. Princípios que devem ser 
ensinados
Há pelo menos três princípios 
básicos que devem ser desenvol­
vidos na ED que podem fazer a 
diferença na vida do adolescente 
e ajudá-lo nos seus momentos de 
dúvidas e incertezas.
a) O Princípio do temor a Deus
O tem or a Deus dá um signi­
ficado diferente à vida cristã. Ele 
está ligado à obediência, que é 
um princípio vital, indispensável 
à vida cristã. E está relacionado 
ao temor. (SI 111.10)
Temor é sinônimo de respeito 
e reverência a Deus. Quando o 
adolescente consegue enxergar
I! 
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esse princípio básico, descobre 
uma maneira diferente de viver. 
Agora, já não erra por medo do 
castigo, mas porque ama a Deus 
e tem respeito por Ele. Não quer 
entristecê-lo com os seus pecados.
Esse é um principio que inter­
nalizado pode ajudar o adoles­
cente a não cair nas armadilhas 
do mundo.
b) O princípio da responsabi­
lidade
O professor deve ensinar o 
adolescente a assumir respon­
sabilidade em todas as coisas. 
Pensar sempre antes de agir tendo 
consciência das conseqüências 
advindas das suas decisões. A 
responsabilidade está ligada à for­
mação do caráter. Ser responsável 
é aprender a subordinar os desejos 
e inclinações à ordem moral e a 
vontade de Deus. O descuido ou 
falta de responsabilidade leva-nos 
a situações drásticas.
c) O princípio do compromisso 
com Deus e Sua Palavra
O professor deve ajudá-lo a 
descobrir o valor da Palavra, e 
a assumir um comprom isso em 
cumpri-la no seu dia a dia. Deve 
ainda mostrar que a Bíblia não é um 
livro ultrapassado, suas verdades, 
ainda

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