Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estratégias pedagógicas usadas para alunos com transtorno de comportamento na ED Descubra as Principais Heresias Históricas e Saiba como Combatê-las Neste livro, Roger Olson descreve as maldições que heresias como pelagianismo, semipelagianismo e teologia da prosperidade, trazem para a Igreja. Descrevendo seus principais conceitos, a forma como a Igreja lidou com elas, os atores envolvidos e o que pode ser feito para resolver o problema, Cristianismo Falsificado busca educar as conigrejas sobre Jesus, Deus e a salvação. Código: 350904 Formato: 14,5 x 22,5cm Páginas: 176 EIS QUE TUDO SE FEZ Í9DDÍ) NOVí> N A S L IV R A R IA S C P A D0 8 0 0 021 7373 UM NOVO TEM PO COM NOVAS H ISTÓ RIAS : .. __________ 0 CM) EXPEDIENTE Presidente da CGADB José Wellington Costa Júnior Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Bezerra da Costa Diretor-executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Editor-chefe S ilas Daniel Editora GiLda Júlio Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente Comercial Cícero da Silva Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva Gerente de Comunicação Leandro Souza da Silva Chefe de Arte & Design W agner de Almeida Projeto Grafico - Designer Suzane Barboza Fotos Shutterstock CENTRAL DE VENDAS CPAD 2a à 6a das 8h às i 8h ■ Sáb das 8h às I4h Rio de Janeiro: (21) 3171-2723 Demais localidades: 0800-021-7373 ■ Igrejas - ramal 2 ■ Colportores e seminaristas - ramal 3 • Livreiros - ramal 4 ■ Pastores/demais consumidores - ramal 5 ■ SAC - ramal 6 LIVRARIA VIRTUAL: www.cpad.com.br OUVIDORIA: ouvidoria@cpad.com.br Ano 22 - n° 87 - out/nov/dez de 2021 N úm ero avulso: R$ 9,95 A ssin atu ra bianual: R$ 79.00 A ssin atu ra Digital: cpad.digital.com .br Ensinador Cristão - revista evangélica trimes tral, lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus. Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo. As remessas de valor (pagamento de assinatura publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo princípio vale para anúncios. CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS Av. Brasil, 34401 - Bangu - 21852-002 Rio de Janeiro - RJ - Fone 2 1 2406-7371 Fax 21 2406-7370 ensinador@ cpad.com.br Conteúdo para seu enriquecimento Gildo Ji A revista Ensinador Cristão traz nesta edição uma reportagem so bre o Novo Currículo da Escola Dominical, que mostra a preocu pação e o zelo da CPAD em auxiliar as igrejas brasileiras na área do ensino cristão. O novo currículo estará sendo lançado neste último trimestre de 2021 , para enctrar em circulação a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Ele traz muitas novidades, que você p od e conferir na reportagem com pleta, que pode ser lida nas páginas 22 e 23 desta edição. Na seção "Em Evidência", trazemos uma matéria sobre a primei ra Olimpíada da Escola Dominical, organizada pela Assem bléia em Santa Maria (RS). A atividade gerou crescimento e desperta- mento espiritual nos participantes. Com o objetivo de auxiliar os educadores cristãos em sua missão de edificar e evangelizar, e visando a enriquecer ainda mais seus conhecim entos, publicamso nesta edição diversos artigos abran gendo o ensino de d iferentes faixas etárias, com destaque para o artigo principal, onde a autora defende estratégias para lidar com alunos com transtorno de com portam ento. Em outro artigo, é feita uma exposição sobre vários pontos fundamentais da cul tura cristã com o aliada do ensino bíblico. "Usar uma camiseta com inscrições bíblicas, adotar canções gospel, consumir liv e s ' evangélicas ou usar um linguajar dito cristão não forma um ver dadeiro crente. A cultura cristã p od e ser um marco revelador da vida espiritual que existe ou um disfarce social para sua m orte", argumenta a articulista. Destaque também para a entrevista com o comentarista da revis ta Lições Bíblicas do trimestre. Nela, o autor faz uma explanação detalhada do mundo do apóstolo Paulo. Ele evidencia a relevân cia dos ensinos de Paulo para a história do Cristianismo. Por fim, destacam os ainda a seção "ED em Fo co", que aborda com o a igreja em Caricica (ES) conseguiu que 98% dos seus membros presentes na Escola Dominical. Estes assuntos e muito mais você encontra som ente na revista Ensinador Cristão. Confira! Boa leitura e até a próxima! Deus os abençoe! http://www.cpad.com.br mailto:ouvidoria@cpad.com.br mailto:ensinador@cpad.com.br Divulgue as atividades do departamento de ensino de sua igreja Entre em con tato com EN SIN AD O R CRISTÃO Avenida Brasil, 3 4 4 0 1 Bangu • Rio de Janeiro ■ RJ CEP 21852-002 Telefone 212406-7371 Fax 212406-7370 ensinador@cpad.com.br Reclamação, crítica e/ou sugestão? Ligue: 2 1 2 4 0 6 -74 16 21 2406-7418 S E T O R DE A SS IN A TU R A S A te n d im e n to a to d o s o s n o s s o s p erió d ico s M en sa g eiro da Paz M an u al do O breiro E n s in a d o r C r is tã o WSmmSrfmmfw 29 Sala de Leitura 30 O Professor Responde 06 CAPA Estratégias pedagógicas usadas para alunos com transtorno de comportamento na Escola Dominical 31 Boas Idéias 44 Artigo 46 Em Evidência ARTIGO As últimas coisas ARTIGO Queda e Redenção 36 Subsídio Semanal 0 APÓSTOLO PAULO L IÇ Õ ES DA VIDA E M IN ISTÉRIO DO A PÓ STO LO DO S G EN TIO S PARA A IG REJA DE CRISTO 14 18 25 Entrevista do comentarista 11 Conversa Franca 05 Espaço do Leitor 22 Reportagem 10 ED em Foco mailto:ensinador@cpad.com.br C O M U N IQ U E -S E CO M A ENSINADOR CRISTÃO Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu 21852-002 - Rio de Janeiro/RJ Por fax: 21 2406-7370 Por email: ensinador@cpad.com.br Entre em contoto com o revisto Ensinador Cristão Suo opinião é importante poro nós! ensmador@cpad.com.br Devido às limitações de espaço, as cartas serão selecionadas e transcri tas na íntegra ou em trechos consi derados mais significativos. Serão publicadas as correspondências assinadas e que contenham nome e endereço completos e legíveis. No caso de uso de fax ou e-mail, só serão publicadas as cartas que informarem também a cidade e o Estado onde o leitor reside. Criativo Todo professor de Escola Dominical é estimulado à leitura de subsídios, pesquisas e assinaturas com referencias ao aprendizado bíblico. Com certe za, essa busca irá auxiliá-lo na melhor exposição de sua aula. Foi com base nessa construção de conhecimento que obtive acesso, em minha trajetória como professora de Escola Dominical, ao exce lente conteúdo apresentado pela revista Ensinador Cristão. Durante anos, ela tem promovido aos educadores cristãos do Brasil oportunidades, reconhecimentos, estratégias de ensino, planos de traba lho e experiências exitosas nas regiões mais longínquas deste país, a exemplo da matéria do Projeto Nordeste para Cristo Kids, que hoje alcança todos os Estados do Nordeste. A grande maioria da liderança que atua nesse projeto é de professores infantis da Escola Dominical e ele tem como origem o Fórum de Missões do Nordeste. São incontáveis as matérias con tidas na Revista Ensinador Cristão, as quais trouxeram para o nosso público, seleto de professores, diversas forma ções e a contextualização de evidências proclamadas através de testemunhos vivenciados por professores em suas salas de aula de Escola Dominical. A cada domingo em que se realiza a melhor escola do mundo, a Escola Dominical, nossos professores atuam nas diversas faixas etárias de suas igrejas, e muito dos seus relatos é descrito nas páginas de nossa revista Ensinador Cristão. Quão maravilhoso é apresentar a ED de forma criativa, lúdica, transformadora e construtiva! A revista EnsinadorCristão também tem sido um instrumento na evange/ização de vidas por meio de seus notáveis artigos, resumos das lições bíblicas e ferramentas para dinamizar as aulas de um modo geral. Portanto, parabéns à CPAD e a toda a equipe envolvida na produção deste belo trabalho! Gláucia Maria Leal Lima-Pedagoga/ Coord Departamento Infantil em AD Campina Grande (PB) Por email % Compromisso com Deus Primeiramente, sou servo do Deus Altíssim o e salvo por Je su s Cristo, nosso Senhor e Salvador. Sou também diácono na igreja Assembléia de Deus de Várzea Paulista, Ministério do Belém (SP), e faço parte do Departamento Infantil de minha igreja ministrando aulas para os juniores. O meu primeiro contato com a revista Ensinador Cristão foi em 2005, inclusive era o primeiro trimestre da referida revista. Quando a li, fiquei maravilhado com a abordagem ali apresentada, pois seus artigos e os sub sídios das lições eram valiosos para o meu desenvolvimento como professor e também para crescimento espiritual. Desde então, a tenho adquirido para consultas e aprendizado. O que me chamou a atenção naque le trimestre foram dois artigos escritos pelo pastor Antônio Gilberto, um sobre "O Fruto do Espírito" e o outro sobre "Teologia do Novo Testamento". Real mente, foram ótimos comentários que nos ajudaram a compreender melhor as Sagradas Escrituras e nos fizeram ter mais e mais vontade de continuar apren dendo com esses homens de Deus. Penso eu que essa revista não é só para quem leciona ou está à frente de qualquer trabalho, mas, sim, para todo aquele que quer ter um compromisso com Deus, porque ela traz para o leitor mensagens ricas e poderosas. Para dizer a verdade, não tenho reclamações a fazer, só mesmo elogiar essa equipe maravilhosa pela dedicação e por nos trazer uma revista tão especial. Parabéns a toda equipe da Ensina dor Cristão! Que o Senhor abençoe a cada um para que essa revista nunca deixe de existir e que possamos sempre usufruir desse instrumento de Deus. Samuel Manoel Venâncio Várzea Paulista - São Paulo Por e-mail ERRATA Na edição de número 86, página 25, seçao "Entrevista do Comentarista", publicamos que o pastor Ciaiton Ivan Pommerening era membro da Rede Latino-Amaricana de Estudos Pentecostais (RELEP). Na realidade há dois anos que o pastor Ciaiton não pertence mais a essa instituição. mailto:ensinador@cpad.com.br mailto:ensmador@cpad.com.br Estratégias pedagógicas usadas para alunos com transtorno de comportamento na Escola Dominical H E I Uma das habilidades fundamentais no processo de ensino aprendizagem é a concentração e a atenção da criança em sala de aula. Na igreja, precisam ente na Esco la D om in ica l, é eviden te a p reocupação de m uitos educadores cristãos no que se refere ao ensino aprendizagem das crianças. Estudos provam que as crianças com d ificuldade de aprendizagem d ispõem de um bom potencia l in te lectua l ainda que manifestem problem as em algum as aquisições cognitivas, que geram a distinção de seus m odos e ritmos de aprendizagem . Devido a essa distinção, há variados recursos e m étodos pedagóg icos que respondam às suas necessidades individuais. M uitas crianças nessas co nd içõ es acabam se convencendo que não são capazes de aprender, apesar de seus esforços, e que tenderão ao fracasso escolar. A s im plicações disso na sua concepção e em todo o arsenal de expectativas de evolução do "eu " podem acarre tar in stab ilidades em ocionais que afetam não só processos psicológicos básicos da aprendizagem como o caráter global da criança. A s a t itu d e s e m o tiva s d esco m - pensadas (carência de atenção e de reconhecim ento constante e im ed iato ; insegurança e insta b ilidade afetiva, ag ressiv idade, tensões, inquietação, retrocessos, esnobism os, negativism os, baixa tolerância à frustração, resistências às tarefas, hipersensibilidade, impulsividade, mudanças bruscas de humor etc) se somam às situações de conflitos sociais, decorren tes , na m aioria , da falta de h ab ilitaçõ es „ na construção de relações interpessoais ; apropriadas. Essas características podem : ̂ | ser observadas nas salas de Escola Do m inical em crianças que, por exemplo, vivem em famílias desestruturadas, sem um ambiente afetivo, lúdico e relacionai em que I 8 ENSINADOR o convívio e a comunicação não ocorrem de modo favorável. Não adiantará resolver as dificuldades de aprendizagem se os problemas de relação não forem superados. Elas não podem continuar imersas em um ambiente de ameaças, estresse e humilhação. Antes de mais nada, a criança precisa ser respeitada na sua totalidade como pessoa. Então, como o pro fessor de ED pode proceder diante de tal situação? O professor deve expressar o amor de Cristo conforme 1 Coríntios 13.4. Ele tem a missão, antes de tudo, de transformar a criança com dificuldade de aprendizagem em um membro ativo da sociedade, isto é, centrando na mudança de comportamento pelo enriquecimento das suas áreas fortes, e não pelo confronto desencorajador com suas áreas fracas (Fonseca, 1995, p. 318-319). É importante manter o diálogo e adquirir a confiança desses pequeninos e, dependendo da situação, indicar terapia em família, acompanhamento psicológico e um acompanha mento multidisciplinar, visto que a aprendizagem é um processo evolutivo e constante, que envolve um conjunto de modificações no comportamento do indivíduo, tanto em nível físico como biológico, e do ambiente no qual está inserido, onde todo esse processo emergirá sob a forma de novos comportamentos. Sendo a aprendizagem um processo constituído por diversos fatores, é im portante ressaltar que, além do aspecto fisiológico referen te ao aprender, como os pro cessos neurais ocorridos no sistema nervoso, as funções psicodinâmicas do indivíduo necessitam apresentar certo equilíbrio. Dessa forma, o normal e o patológico na ap rend izagem escolar, assim como no equilíbrio psicoafetivo, não podem ser considerados como dois estados distintos (Ajuriaguerra e Marcelli, 2001). Apesar d is so, é im portante estabelecer uma diferenciação entre o que é uma dificuldade e um Transtorno de Aprendizagem. A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente um transtorno. O Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais define o transtorno da aprendizagem como um transtorno do neu- rodesenvolvimento com origem biológica que é a base das anormalic no nível cognitivo as quais : associadas com as manifestações comportamentais. No que tange ao ensinamento cristão, o educador, que necessita ter i conhecimento baseado na Bíblia f bem como observar os mandamentos e ensinamentos do Senhor Jesus, tendo sempre dedicação no ensino, deverá ter ; convicção de que, mesmo que surja em sua sala alunos com essas características já citadas, a Palavra de Deus tem poder de salvar, curar, libertar. Nas Escrituras Sagradas, está escrito: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" (Mateus 11.28-30). Essa é uma promessa de Deus para o homem. Ele promete que haverá alívio para a vida de qual quer indivíduo, inclusive a criança. Deus é amor e precisamos exercer e sermos Suas testemunhas. A Bíblia não orienta ensinarmos a criança caminho em que ela vai andar ou quer "no caminho em que ela deve andar" (Pv 22.6 - ARA). Portanto, o professor deve orar e conhecer as Escrituras Sagradas, ter intimidade com o Mestre dos Mestres, e pedir orientação de como proceder na sua aula. Salmos 51.13 diz: "Então ensinarei os teus caminhos aos transgressores, para que os peca dores se voltem para ti". Essa referência indica que o ensino da Palavra de Deus conduz à conversão dos pecadores.Para que a criança tenha o caráter de Cristo e para que haja mudança de atitudes na igreja é necessário que ela conheça Jesus. Portanto, aprender a Palavra é o que irá acarretar tais mudanças de comportamento, tanto na igreja como em outros meios sociais onde ela vive. Por conseguinte, é tempo de explorarmos o ili mitado potencial latente no vasto campo da Escola Dominical para as crianças! O alvo da ED pode ser plenamente atingido, pois a obra pertence a Deus, pela qual Ele vela com insondável amor. O alvo da ED é magnífico e grandioso em todos os pontos de vista, pois cuida das vidas em formação, seja no sentido social ou espiritual. Ela coopera de forma eficaz com o lar na formação moral de crianças e adolescentes, instilando neles os hábitos, idéias e princípios cristãos segundo as Santas Escrituras. REFER EN CIA S BIBLIOGRÁFICAS A BÍBLIA. Jesus ama as crianças. Tradução de João Fer reira Almeida. Rio de Janeiro: King Cross Publicações, 2008. 1110 p. Velho Testamento e Novo Testamento. Fonseca, V. (1995). Introdução às dificuldades de apre ndizagem. Porto Alegre: Artes Médicas. GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1998 CIASCA, S. M. (org.) Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, 220p. MÕOJEN, S. M. P. Caracterizando os Transtornos de Aprendizagem. In: BASSOLS, A. M. S. e col. Saúde mental na escola: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Editora Mediação, 2003. AMERICAN PSYCHIATRICASSOCIATION. Manual di agnóstico e estatístico transtornos mentais. 5a edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. . ■. .-«FKmmmmma — IRosilene SiLva Sousa |é coordenadora f [adjunta do| [Departam ento | ■ Infantil da AssembLeiai |de D eusem Campina^ IGrande (PB), p edagoga [especialista em IPsicopedagogia e [Neuropsicodagogia, e Idiretora da ÁPAÈ de oina Grande (PB) ENSINADOR Cristô - online. Os relatórios são comparados a cada aula ou trimestre, por meios de vários dados importantes que a planilha fornece. A igreja criou ainda grupos de WhatsApp para cada sala, sendo acompanhados pelos professores. "Na segunda-feira, o professor coloca uma lista de presença no grupo da classe, onde os alunos vão antecipadamente confirmando suas presenças para a próxima aula", explica pastor Jairo. O líder conta ainda que para motivar os alunos foi criada a "Pre- miação Aluno nota 10", para aqueles que completarem 90% das ativida des. Eles recebem uma medalha de honra ao mérito e um troféu para a classe que mais alcançou resultados. Para o vice-presidente da AD, pastor Jeferson Belisário, a ED ficou mais significativa. "A necessidade do professor de se preparar para a gravação trouxe uma qualidade ex cepcional no conteúdo e na didática. As aulas são interativas e com ativi dades online. A família interia pode assistir às aulas. Os pais acompanham as aulas das crianças, auxiliando no aprendizado deles. Famílias onde há descrentes e desviados, ou de outras igrejas, passaram a acompanhar a ED", atesta pastor Belisário, que de clara que o percentual de presença na ED chegou a 98%, um crescimento de 40%, comparado ao período da ED presencial pré-pandemia. "Cerca de Aulas online atraem mais alunos para Escola Dominical Mais de 98% dos membros da AD Ministério Marcas do Evangelho são matriculados na Escola Dominical A família Sagrine se rendeu a Cristo através das aulas que assistiam com os filhos. Martins, 8 anos, e Helena, 6 anos, foram canal de bênção usados por Deus para levar os pais a se renderem a Cristo 93% dos alunos estudam a Lição, 97% compartilham o vídeo da aula e 84% ofertam. Temos um grande número de visitantes que se manifestam no chat e centenas de outros que assis tem, mesmo sem se manifestar. Deus nos deu um crescimento da igreja, em meio à pandemia devido à ED. Recebemos muitos novos irmãos e tivemos conversões de almas", afirma pastor Belisário. Um caso recente foi de uma família tradicionalmente católica, que nunca havia visitado uma igreja evangélica antes. Os filhos - Martins, 8 anos, e Helena, 6 anos - começa ram a participar das aulas online, acom panhados pelo pai Ueber Sagrine. Os pais gostaram das aulas e foram tocados pelo Espírito San to, aceitando a Cristo. Hoje estão participando dos cultos e sendo discipulados para o batismo. Os superintendes da ED, pastor Gideão Carvalho, e o Ev. EliasTeodo- ro Santos Filho acompanham cada relatório junto com os professores e visitam os alunos que faltam no domingo anterior. Elias destaca que a extensão da ED online é global. "Temos alunos de outros países e municípios que participam das aulas", atesta. Para o pastor Jairo o aumento do engajamento e mo tivação foram fatores determinantes para uma maior retenção de conhe cimento e trabalho em equipe. "A evolução rápida, nos forçou a buscar uma superação que tirou a ED da inércia ", avalia. ■ Considerando as rápidas mu danças mundiais com a pandemia causada pelo novo coronavírus, proibindo durante um tempo os cultos presenciais, as igrejas tive ram que enfrentar novos desafios e encontrar alternativas para que os fiéis não ficassem sem participar das atividades essenciais ao seu crescim ento espiritual, como os cultos e a Escola Dominical. Segundo o pastor Jairo Carvalho, líder da AD Ministério Marcas do Evangelho em Cariacica (ES), com a graça de Deus, eles planejaram uma estrutura para os cultos e especial mente para a ED. "Criamos um canal no YoTube e iniciamos a gravação e edição antecipadamente das aulas de todas as classes da ED, desde o maternal até os adultos", diz pastor. JD m E S B O E a iS E S fâ B I m m A igreja desenvolveu uma di nâmica de Excel para controle, chamadas, relatórios e gráficos, com cada professor, secretaria e superintendente podendo acessar As aulas online perm iti ram que a família parti cipasse junta Vários alunos assistem às aulas mais de uma vez, principalmente as crianças : 10 ENSINADOR Cristõo A importando de oposcentor os crianças “A conversão dos crianças é algo marcante e sempre inesquecível, mas as estratégias para apascentá-las têm sido desafiadoras" Marcos Anderson Tedesco nasceu em um lar evangélico Desde os primeiros dias de vida, ele teve o privilégio de congregar com seus pais na Assem bléia de Deus em Blumenau (SC). As grandes referências na sua infância foram os pastores Antônio Lemos, Nirton do Santos e o seu avô, Alfredo da Silva, um ganhador de almas. Ele tem a Escola Dominical como base fundamental para sua trajetória cristã, ministerial e familiar. Professor da Escola Dominical desde 21 anos, Marcos frisa a importância do ensino para ele e a alegria de cada manhã de domingo. "Em meu coração arde o amor por esta Escola", enfatiza. Graduado em História, Pedagogia e Teologia, especialista em Antigo Testam ento, mestre em Educação e evangelista na Assembléia de Deus em Joinville (SC), ele é também professor na Faculdade Teológica Refidim, coordenador pedagógico do Colégio Evangélico da Assembléia de Deus em Joinville (CEEDUC), coordenador geral do Departamento Infantil na AD em Joinville e comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD. e do importância do ministério e no suo vido pessoo I Em meu coração arde o amor por essa tão preciosa escola onde, ao longo de minha vida, busquei os fundamentos da minha fé. Sempre fui aluno da Escola Dominical e lembro-me das palavras e dos exemplos deixados por professores que moldaram com excelência meus passos, como a irmã Maria Vítor, o irmão Antônio Pereira e o irmão Antonio Lopes. Ainda aos 21 anos, tive o privilégio de iniciar minha caminhada como professor da ED na Classe Juvenil e, até hoje, meu coração vibra de alegria quando chegam as manhãs de domingo. a:a>.acedam Jesus em congressos e A conversão das crianças é algo marcante e sempre inesquecível, mas as estratégias para apascentarmos essas crianças têm sido desafiadoras. Essescaminhos precisam ser articulados a partir de fundamentos bíblicos e também influenciados pelos estudos da educação. O entendimento da forma como uma criança aprende deve ser aliado a uma visão bíblica acerca “O meu coração arde de amor pela Escola Dominical" ENSINADOR Cristão 11 Franca da importância do "Ide" e do "fazer discípulos" (Mt 28.19-20). Por fim, é a consciência acerca do "chamado" e a dependência do Espirito Santo que possibilitará aos que apascentam as crianças a sabedoria e as forças necessárias para tão nobre missão. em alquns períodos os iqreios estiveram fões de evonqelizaçõo realizadas poro alcançar os crianças em tempos de istanciamento socia Nossas crianças são conhecidas como "Geração Alpha" ejá nascem hiperconectadas e aptas a uma total A formação docente é essencial poro um departamento infantil eficaz interatividade com o mundo virtual. Esse fato trouxe uma facilidade para as crianças e grandes desafios aos pais e equipes kids. Nós não nasce mos nesse mundo virtual e precisa mos nos adaptar a ele diariamente, já para as crianças a história é bem diferente. Surgiram cultos infantis, EBDs e Discipulados remotos onde as crianças interagiram através de videoconferências usando diversos aplicativos, lives em redes sociais e também experiências inusitadas como "cultos infantis drive-in" e até visitas aos pequeninos nos pátios de suas casas usando corretamente os EPIs recomendados durante a pandemia. do para a liderança que jg ainda não considero_ojÉB| departamento infantil p H como um setor importante A Bíblia Sagrada é muito incisiva quanto à nossa responsabilidade frente aos pequeninos. Jesus disse que deveriamos deixar as crianças irem até Ele, não as impedindo de forma alguma (Mt 19.14). Já o sábio afirmou que o ensino correto das crianças garantiría um futuro reto no bom caminho (Pv 22.6). Também o salmista afirmou que os filhos são como flechas nas mãos do arqueiro (SI 127.40), tendo em seus pais as referências para a vida inteira. Essas três passagens bíblicas nos mostram o quão importante sãos as nossas posturas frente às crianças. Elas devem ser levadas até Jesus, ensinadas no bom caminho e, desde a mais tenra idade, preparadas para uma vida intensa e desafiadora. ue militam na área do I B a a B B a Há algumas questões essenciais, entre elas: ter em mente o foco do departamento infantil em uma igreja, que é sempre o pastoreio e não o entretenimento, pois somos igreja e não "colônia de férias"; se permitir depender do Espírito Santo em todos os momentos do seu trabalho; amar as crianças com todo o seu coração e desejar estar com elas, levando-as ao maravilhoso relacionamento com Deus; buscar constantemente o aperfeiçoamento docente nas mais diversas formas, como leituras, palestras, cursos, entre outros; e estar sempre em sintonia com o pastor da sua igreja, pois fazemos parte de um todo, buscando ardentemente a presença de Deus. S S B B n B E B E E I ^ r o í^ s s o r a s d o m in is t é i^ infantil?®. r.l A formação docente é essencial para um departam ento infantil eficaz. Sempre há algo que não sabemos, uma técnica que pode ser aperfeiçoada, uma estratégia nova, enfim. Quem ama ensinar também ama aprender. Esse aperfeiçoa mento deve ser uma preocupação constante de todos que atuam junto às nossas crianças e uma prioridade para que alcancemos a excelência no belíssimo trabalho que nos foi confiado por Cristo. Quol q melhor forma de ® rabalhar com os crianças Para o êxito no trabalho com crianças na ED é preciso, entre outros fatores, valorizar o currículo, a integração entre os temas e a atenção aos objetivos propostos; respeitar as características etárias de aprendizagem e desenvolvimento de cada criança; cultivar o afeto na sala de aula; e buscar sempre uma aplicação prática de cada conceito estudado em harmonia com a per cepção de que a criança aprende fazendo, vivendo e se relacionando. 12 ENSINADOR Cristão M f l i a i f i i r a i a B B B a r a r a Sem dúvida, a maior dificuldade no apascentar as crianças é conseguir pessoas dispostas a ajudar. Muitos sãos os que se dizem apoiadores do trabalho com as crianças nas igrejas, mas poucos são os que se disponibilizam a envolverem-se nessa missão tão nobre. Precisamos de cristãos que amem as crianças e se comprometam na preciosa tarefa de apascentá-las. Quero deixar o convite aos que querem fazer mais para Jesus: ore e peça direção divina, procure o líder do departamento infantil em sua igreja e permita-se viver essa linda causa! .orno gerar umo geroçõo le investimento' Todos nós a lm e jam o s d e senvolver nosso trabalho com as crianças em uma igreja com salas personalizadas, recursos financeiros abundantes, bons equipamentos e amplo apoio de todos. Mas, na maioria dos lugares, essa é uma realidade ainda distante. Porém, nenhuma dessas coisas é essencial ao sucesso do departamento infan til. O que determina o surgimento de uma geração de adoradores é o material: corações conduzidos pelo Espírito Santo, pessoas conscientes de seu chamado e comprometidas em dar o seu melhor pelas crianças. São esses os fatores que fazem a diferença! os encontros de B E S S E S E S E I haver um espaço poro ■ se conscientizar d o M s-;; importòncio do trabalho m ™mm Sim, com certeza. Os nossos pastores têm uma grande sensi b ilidade e um coração ardente por almas. Justam ente por isso, tornam-se preciosos os momentos onde as reflexões acerca do trabalho com crianças são levadas a eles. Ao conhecerem melhor as demandas e as possibilidades de tão importante trabalho , o apoio concreto aos departamentos infantis será ainda mais visível e efetivo. iero que os crianças com leficiência estão sendo 1 m m Vivemos um momento onde há uma visibilidade crescente com relação às pessoas com deficiên cia (PcD). Hoje, não basta abrir as portas aos PcDs; é fundamental que sejam possibilitadas a eles as plenas condições de participarem de forma integral das práticas desen volvidas. Não podemos achar que uma criança com deficiência deva apenas assistir ao culto infantil ou à ED, mas, sim, enquanto educadores cristãos, devemos criar as condições para que essa criança exerça a sua fé de forma integral e autônoma. Ainda temos muito caminho pela frente na área da inclusão, porém já estamos em uma boa direção. Uma formação docente que contemple a abordagem inclusiva é essencial. ■ é é A maior dificuldade para apacentar crianças é conseguir pessoas dispostas para ajudar t f ENSINADOR Cristão 13 t As ultimas coisas “Está próximo o fim de todas os coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração" 1 Pedro 4.7 ■rm A Bíblia informa que os "últimos dias" já come çaram (Hb 1.2) ou, noutras palavras, que estamos vivendo na "última hora" (1 Jo 2.18). Pedro, depois de dizer que o Dia do Senhor se aproxima, faz a descrição de como será o fim do mundo: "Os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queim arão" (2Pe 3.10). Em vários livros da Escritura, são encontradas profecias deste jaez. En tretanto, no livro de Apocalipse se descortina, com maior riqueza de detalhes, o futuro do Universo e a consequente glória de Cristo no fim da História - objetivo precípuo da escatologia cristã, razão pela qual o livro de Apocalipse será utilizado como fio condutor para apresentar, neste singelo artigo, o enredo derradeiro da história da humanidade. A interpretação do Apocalipse é um enor me desafio, haja vista que os enigmas proféticos são apresentados por meio de linguagem simbólica. Nesses casos, entretanto, a exegese não deve ser realizada com base na imaginação descontrolada 14 ENSINADOR Cristão do intérprete, mas dentro do próprio texto , bem como levando em consideração outras passagens escriturísticas. Com isso, a escatologia cumprirá genuinamente uma nobre missãode desviar nosso olhar das coisas efêmeras desta vida, elevando-o ao Céu e estendendo-o à eternidade. O futuro da humanidade está encoberto, mas somente até Deus mostrar uma porta aberta no Céu. Após isso, João sai da terra (em espírito), porque agora ele vai ver o futuro, como um filme, em que são mostradas cenas que retratam "as coisas que devem acontecer". Deus, aqui, não está falando da construção de fatos a partir do que os homens decidirão, numa espécie de "Teísmo Aberto", mas de episódios que incondicionalmente acontecerão. Está escrito: "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e (...) disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. (...) E ao redor do trono havia vinte ENSINADOR Cristão 15 Reynaldo Odilo Martins Soares \ é pastor na Assembléia de Deus em Natal (RN )e comentarista da Revista de Jovens da CPAD. e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre a cabeça coroas de ouro. E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; (...) E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal" (Ap 4.1-6). A igreja, nesta cena, não é vista como na descri ção inicial do livro, com imperfeições e problemas doutrinários, morais, sociais - as Sete Igrejas da Ásia mas como a Igreja no Céu, triunfante, glorificada, galardoada, reinando ao lado dAquele que está assentado sobre o trono, representada por 24 anci ãos com coroas, as quais serão lançadas diante do Senhor (Ap 4.10) para demonstrar que os galardões celestiais recebidos têm como propósito honrar a Deus. "Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas" (Rm 11.36). A maior parte do livro de Apocalipse se detém em falar sobre um tempo de juízo chamado Grande Tribulação, em face de as restrições impostas pela Justiça de Deus serem rompidas ao Cordeiro abrir os selos, momento a partir do qual hecatombes e cataclismos atingirão violentamente os que "habi tam na Terra" (grupo de pessoas frequentemente referido-Ap 3.10; 6.10; 8.13; 11.10; 12.12; 13.8,12,14; 14.6; 17.2,8), mas nada disso está fora do controle de Deus, pois Ele está assentado sobre o trono, a sala de comando do Universo! Nesse período, apesar da ira do Cordeiro, ainda haverá salvação, haja vista que, em dois instantes, Deus faz surgir um arco celeste (Ap 4.3; 10.1) a fim de mostrar sua misericórdia, abrindo a oportunidade de perdão para os arrependidos; porém, a informação de que os homens "não se arrependeram" aparece quatro vezes (Ap 9.20,21; 16.9,11). Nesse período da história, a malignidade atuará com intensidade na Terra, porque Satanás, expulso de sua habitação, sabe que agora pouco tempo lhe resta (Ap 12.12). O Mal, que em Gênesis surgiu de maneira sutil, retratado como uma ardilosa serpente, agora aparece com toda sua ferocidade na figura de um grande dragão, que formará a trindade sa tânica com o Anticristo (Ap 13.1-8) e com o Falso Profeta (Ap 13.11-18) - homens que concentrarão toda a perversidade de Herodes, Nero, Calígula, Domiciano, Gêngis Khan, Mao Tsé-Tung, Stalin e Hitler etc. Serão o suprassumo de toda a maldade, a encarnação do mal, de forma que, quando os homens adorarem o Anticristo, automaticamente estarão adorando o próprio Satanás (Ap 13.4). Esse projeto diabólico contará ainda com o auxílio da Grande Babilônia, a qual, em suma, representa um sistema diabólico que atua na Terra e se move contra Deus. Ela é representada, na revelação, por uma mulher prostituta, em contraste com a Esposa do Cordeiro, que está vestida com roupas brancas. No livro de Apocalipse, Deus glorifica o Filho soberanamente, como se vê nos momentos iniciais e finais, nas Bodas do Cordeiro que celebrará, nas guerras que vencerá e nos julgamentos que presidirá, destruindo a morte, o inferno, Satanás e todos os demônios. Por fim, João descreve uma cena terrível, digna de filme de terror: os que "habitam na Terra" (não arrependidos) e mais bilhões de indivíduos, serão lançados no lago de fogo e permanecerão ali, em sofrimento, pelos séculos dos séculos (Ap 20.10,15). "Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força" (1Co 15.24). No final de tudo, os fiéis terão grande felicidade, demostrada na extraordinária visão da Nova Jerusa lém, lugar onde não haverá mais morte, sofrimento, lágrimas. Todavia, pelo visto, a descrição joanina ape nas traduz um contorno daquilo que é real, sombras de um futuro tão excelso que a finitude da mente humana não possui condições de compreender, aquilatar. Apesar do estudo aprofundado, continu amos, como disse Paulo, conhecendo somente em parte (1Co 13.9). No último capítulo do livro, registra-se um diálogo que envolve o Esposo (Jesus), a Esposa (Igreja) e o Espírito Santo. Nessa conversa, exibe-se o interesse intenso da consumação do Casamento. O Esposo prom eteu : "C ertam en te cedo venho" por três vezes (Ap 22.7,12,20), ao que o Espírito e a Esposa responderam "Venha" (Ap 22.17 NVI), traduzindo o sentimento que o Senhor queria deixar impregnado em todos: "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor" (Mt 24.42). Os participantes dessa grande festa nupcial, embora distintos em essência - Criador e criaturas - tornar-se-ão figuradam ente "uma só carne", o que Paulo considera um grande mistério (Ef 5.32), de modo que doravante existirá uma fusão mística eterna de seres criados, em um nível profundo e incompreensível, com o Criador de todas as coisas. Com vistas a este estado futuro de glória indizível, João aconselha: "E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro" (1 Jo 3.3). ■ i nomas Zimmerman Líder da Assembléia de Deus nos EUA de 1959 a 1985, ele investiu fortemente em evangelismo/missões e educação durante sua gestão Thomas Zimmerman nasceu em 1912, de pais meto distas devotos. Sua família se tomou pentecostal após uma cura milagrosa. Quando ele tinha 5 anos, sua mãe foi diagnosticada com tuberculose terminal e com não ‘mais do que seis semanas de vida. O diagnóstico levou a família a buscar ajuda na igreja pentecostal Missão de Fé Apostólica em Indianápolis/Aua cidade natal, igreja liderada pelo pastor John Price, que foi com alguns membros da sua congregação à casa de Thomas orar pela cura de sua mãe. Na manhã seguinte, ela se sentiu bem e saiu da cama, e, dias depois, o médico declarou que ela estava completamente curada. A família, então, começou a frequentar as reuniões da tarde de domingo na igreja pentecostal depois do culto matinal na igreja metodista. Após um tempo assim, seu pastor na igreja metodista sugeriu que deixassem a igreja. Thomas foi fortemente influenciado pelo pastor John Price. Ele foi líder de jovens da igreja e, enquan to ainda estava no ensino médio, foi convidado a se tornar pastor associado de Price. Quando a esposa do pastor Price estava morrendo, ela pediu ao jovem Zimmerman que prometesse duaS coisas: continuar a ajudar seu marido e se casar com sua filha mais velha, Elizabeth. Thomas e Elizabeth já estavam interessados um no outro e o pastor Price realizou a cerimônia de casamento dos dois em 1933. Após a morte de seu filho de 9 meses em 1935, Thomas e Elizabeth sentiram que deveríam dedicar o tem po deles integralmente ao ministério. Thomas trabalhava na Bemis Brothers Bag Company, onde ganhava um bom salário, mas abandonou tudo para servir integralmente no ministério. Ele foi ordenado ao ministério pelas Assembléias de Deus nos EUA em 7 de maio de 1936, vindo a pastorear uma pequeníssima congregação em Harrodsburg, Indiana, que em dois anos cresceu para mais de 250 membros, chamando a atenção da liderança da denomihação. Em 1944, enquanto pastoreavaem Granite City, Illinois, Zimmerman fundou a National Religious Broad- casters. No mesmo ano, a AD Central em Springfield, Missouri, convidou Zimmerman para ser seu pastor. Isso o colocou entre a liderança denominacional. Em 1945, Zimmerman se tornou chefe do departamento de rádio das ADs nos EUA. Após pastorear em Cleveland, Ohio, ele serviu ao lado do pastor Ralph Riggs, então líder do Concilio Geral das ADs nos EUA. Em 1959, Thomas Zimmerman foi eleito superintendente-geral das ADs em seu país. Ele serviu nessa função por 26 anos, o mandato mais longo de qualquer um naquele cargo até hoje. Ele era considerado um "estadista pentecostal", trazendo ao Movimento Pentecostal em geral, e às Assembléias de Deus em particular, mais visibilidade e influência no mundo religioso. Durante seu mandato, além da ênfase no evan- gelismo estava a ênfase no ensino. As ADs nos EUA criaram novos departam entos, um com plexo de aposentadoria em grande escala para ministros e missionários foi criado, terras federais foram recebi das para construção de faculdades e as ADs abriram um seminário para a continuação da educação aca dêmica de seus ministros. Ele também reconheceu a importância dos relatos orais e escritos do lugar do pentecostalism o na história norte-americana e mundial e foi fundamental no estabelecimento dos arquivos históricos das AD s (o Flower Pentecostal Heritage Center, o maior repositório de materiais de arquivo pentecostal do mundo). Zimmerman faleceu em 1991, aos 79 anos. - « : 1 Exem plo de M estre UuedQ e Redenção Nossos alunos precisam vislum brar o panoram a da Redenção 18 ENSINADOR Cristão Olá, caro(a) professor(a)! É com muita alegria que chegamos a mais um trimestre abençoado. Pela graça de Deus, teremos mais uma oportunidade de levar nossos alunos a refletir na Palavra do Mestre e "mergulhar" numa temática tão rica e maravilhosa. A nova lição nos permitirá compreender o proces so da Queda do ser humano e suas consequências até a promessa de Redenção, bem como a Redenção propriamente dita; compreender a Encarnação do Redentor e mergulhar na Graça enviada pelo Pai; e, por fim, estudarmos o arrependimento e a Redenção da raça humana. Será um trim estre em polgante . Espero que você esteja super motivado para que seus alunos alcancem uma aprendizagem significativa a cada aula ministrada. Sobre a Q ueda do ser humano, descrita em Gênesis capítulo 3, podemos dizer que temos pelo menos duas visões: uma visão é a de quem acha que é um mito, uma lenda ou até algo parcialmente crível em alguns aspectos; a outra visão, que é a nossa, é daqueles que acreditam no relato bíblico e creditam a Deus o poder de criar os Céus a Terra e tudo que nela há. Mas, o que Queda significa? Auxiliados por algum dicionário, vamos encontrar: "Ato ou efeito de cair, desmoronar". E no sentido figurado, temos: "Trans gressão que leva ao caminho errado; erro, falha". Quando nos referirmos à Queda do homem, esta mos falando da Queda de Adão ao pecado, da Queda de sua posição diante de Deus. Não encontraremos o termo "Queda" em Gênesis, mas encontramos a história da tentação e rebeldia de Adão e Eva, que é o que o termo "Queda" expressa. A Queda de Adão revela sua capacidade de entendimento do que estava acontecendo. Revela também sua natureza moral, seu poder de escolha e, por fim, suas responsabilidades em dominar sobre a Terra. Até chegarmos à Redenção, é necessário compre endermos alguns elementos da Queda: a tentação de Adão e Eva, o Tentador, as penalidades e as consequências do pecado. De modo geral, podemos dizer que pecado é a transgressão dos preceitos divinos, o que é chamado também de iniquidade ( Jo 3,4); ou simplesmente qualquer coisa que vá contra o caráter de Deus, contra Sua santidade. Mas, de forma ainda mais simples, poderiamos dizer que é "errar o alvo". Uma vez que Adão errou o alvo e que o ser humano foi afetado por seu erro, ele não teria por sua própria força condições de ser resgatado; pre cisaríamos de alguém para nos redimir, pois como disse o apóstolo Paulo, "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). O pecado de Adão propiciou esse afastamento, mas, por outro lado, Jesus Cristo possibilitou a reconciliação com Deus. Foi o "Verbo Encarnado" o responsável por nossa Redenção. Para compreendermos melhor essa reconciliação com Deus ou a Redenção de nossos pecados, é preciso refletir sobre a Encarnação, seu significado e propósito. É preciso, professor(a), que, durante o trimestre, seus alunos compreendam o que Jesus disse à mulher Samaritana: "Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna" (Jo 4.14). Oro a Deus para que seus alunos compreendam a Queda, sobretudo se sintam redimidos pelo Cris to vivo. Aleluia! Que Deus te use poderosamente neste trimestre. Vivendo em sociedade Não temos o sociedade dos sonhos, mas podemos Lutar por umo sociedade melhor! Querido(a) professor(a), é uma satisfação enorme chegar a mais um trimestre. Pela graça de Deus, po deremos dar mais uma contribuição na docência cristã e, desta vez, refletindo sobre o viver em sociedade. O que é sociedade? Quais os tipos de sociedade? Que padrões as sociedades passam? E a Igreja é uma sociedade? Que regras a diferenciam das demais sociedades? E a família, qual o seu papel? Qual a sua importância? Tais questionamentos e muitos outros poderão e deverão ser abordados neste trimestre. Como é rica essa lição! As questões morais sobre o trabalho, política, redes sociais, a escola e o dever de ser sal e luz em um mundo corrompido estarão presentes, e cabe a você trazer a cada adolescente a reflexão sobre viver em sociedade para glória de Deus. Ser adolescente é viver uma fase caracterizada por mudanças e conflitos, cheia de experimentações. Ele fica perdido nessa transição do mundo infantil de brincadeiras, jogos, lazer, poucas responsabilidades e uma crescente atração pelo mundo adulto. As mudanças psicoemocionais ocorrem paralelamente às mudanças físicas. O viver de um adolescente não é tão fácil assim como muitos pensam. Apenas para fins de conhe cimento, você sabe qual médico é especialista em adolescentes? Da criança, do homem, da mulher e do idoso são bem fáceis de lembrar, mas para o adolescente, não. É o hebiatra, que não é fácil de encontrar. Arrisco dizer que é raro. Assim como é você, professor(a) de adolescentes. Conhecer e lidar com adolescentes, conforme afirma o pastor e psicó logo Jamiel Lopes, tem sido um dos maiores desafios para a igreja atual, por isso eu lhe parabenizo portão grande e nobre tarefa que é ensinar adolescentes com a temática "Vivendo em sociedade". Nesta lição, é possível que seja exigido de você, para uma aula mais aprofundada, alguma formação ou conhecimento que você não tenha. Lidar com problemas na família, com bullying ou cyberbullying e outras questões presentes na lição, pode requerer conhecimentos sobre terapia familiar, ajuda de um psicopedagogo ou até de psicólogos; pode exigir ter conhecimentos pedagógicos e saberes informáti cos, dentre outros. Mas não se sinta pressionado(a)! Estude a lição com antecedência e, ao verificar a necessidade de conhecimentos que vão além dos seus, peça ajuda. Agende com um pastor de famílias ou um sociólogo, pedagogo, psicopedagogo ou até um psicólogo de sua igreja. Será uma lição ímpar aprender sobre o viver em sociedade com várias pessoas de nossa própria sociedade. Cada aula será uma etapa na escalada de uma montanha, quando, ao chegar no topo, todo trabalho será compensado, pois contemplarás a beleza da visão proporcionada: seus adolescentes subiram com você e, melhor, se aproximaram mais de Deus. Como Cury diz: "Bons professores são mestres temporários; professores fascinantes são mestres inesquecíveis". Seremos professores marcantes e inesquecíveis paraeles; que quando olharem para cada um de nós eles percebam que somos a luz e o sal que queremos que eles sejam. Chegaremos na última lição vivendo para glória de Deus e desejando que esta sociedade não consiga macular o dom que recebemos de Jesus em esmerarmo-nos no ensinar a Palavra de Deus. Oro para que seus alunos compreendam as lições sobre sociedade e vivam na sociedade como estrangeiros e peregrinos, pois nossa cidadania é celestial! Que Deus te abençoe! ■ Gastone ALves dos Santos é presbítero da Igreja AssembLeia de Deus em Abreu e Lima e 2o superintendente geraL da Escola Dominical. Ele é gestor de Escola de Referência em Ensino Médio em Pernambuco e graduado em Matemática, Computação, Teologia e Filosofia, e especialista em Matemática, Educação, Políticas Educativas, EAD, Psicopedagogia e EJA - Gestão. Mestrando Ciências da Educação. Mensageiro da Paz2fi A P R O V A D O l 42% da população mundial não ouviu ainda 0 evangelho Por outro Mo. a BMu em «da Kn*>a br«w «.1 HOlkMe ADs atendem a um milhão de pessoas Por apenas:Por apenas:Por apenas: p e r i ó d i c o s CPAD A DOUTRINA DA ELEIÇÃO 1 Ano de Assinatura1 Ano de Assinatura1 Ano de Assinatura Preço únicoPreço únicoPreço único A DOUTRINA DA ELEIÇÃO ACESSE E CONFIRA: www.cpaddigital.com.br Dr. Roger Eugene Olson As frustrações nâo devem Impedir a adoração AGORA DISPONÍVEL EM FORMATO FLIP PAGE http://www.cpaddigital.com.br ► ? Novos conteúdos e oroieto gráfico:! CPAD lonco um novo currículo dei Escola Dominical Com objetivo de oferecer o melhor material do Escola Dominical para as igrejas, e como principal editora do currículo do Escola Dominical no país, o Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD) lança um novo currículo de Escola Dominical em novembro No mês de novmebro, a Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD) estará lançando seu novo currículo de Escola Dominical, com novos temas e novos comentaristas na faixa infanto-juvenil, e com um design e recursos nas revistas sintonizados com o que há de mais atual na área de educação, sem fugir dos padrões bíblicos. Segundo o diretor-executivo da CPAD, o irmão Ro naldo Rodrigues de Souza, "o novo currículo está dentro do planejado pela CPAD, que a cada sete anos lança uma nova edição totalmente inédita, tanto em relação ao conteúdo, quanto às partes visual, de diagramação e identidade. Entre as edições da Casa Publicadora, a produção das revistas para a Escola Dominical é a nossa mais importante missão, pois cuida do ensino da Palavra de Deus para toda a Igreja, desde as crianças até aos mais idosos, desde o novo convertido até aos mais estudiosos da Bíblia Sagrada. A Escola Dominical é a reunião mais importante da Igreja no que tange ao fortalecimento espiritual, despertamento de vocações e o serviço na obra de Deus. O novo currículo chega em um momento oportuno, uma vez que os dados sobre a pandemia pronunciam uma tendência de arrefecimento, e com isso a normalização dos nossos cultos presenciais e também das aulas na Escola Dominical. Sempre que lançamos uma nova edição do currículo da CPAD temos um duplicado interesse dos membros em frequentarem a Escola Dominical, além dos alunos assíduos, e isso é muito bom, pois os crentes que durante a pandemia se descuidaram de sua vida espiritual, podem agora, ao frequentarem a Escola Dominical, lerem e estudarem a Palavra de Deus, se fortalecendo em sua caminhada cristã". Sobre as novidades do novo currículo, o diretor da CPAD afirma que "o novo currículo de Escola Dominical é novo em tudo: novo no conteúdo, nas temáticas, tanto para os adultos quanto para os jovens, adolescentes e pré-adolescentes; e novo nas histórias para as crianças, nas ilustrações, tanto nas revistas quanto nos visuais de auxílio para os professores. Deus tem dado às Assembléias de Deus no Brasil homens e mulheres preparados para o ministério de ensino, e nós, da CPAD, damos graças ao Senhor por esta dádiva dos céus que, através das Lições Bíblicas, cooperam com as demais atividades ministeriais da Igreja, para manter uma Igreja doutrina- riamente sólida e ativa na obra do Senhor nosso Deus". 22 Ensinodor Cristão Para o chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD, o presbítero Marcelo Oliveira, há três pontos a ser con siderados nesse novo currículo. O primeiro é em relação ao elemento unificador doutrinário. "O Currículo da ED une a nossa igreja doutrinariamente, então ele sempre é elaborado com a expectativa de contribuir ainda mais para o aprofundamento dessa unidade doutrinária em nossa igreja no Brasil", argumenta Marcelo. O segunda ponto é concernente à característica formadora do currículo. "Nossa expectativa é de os irmãos desde o berçário aos adultos sejam edificados e fortalecidos na fé em Cristo", enfatiza. E, finalmente, o terceiro ponto gira em torno dos professores e superintendentes da ED. "Nossa ideia é propor novidade de tempos em tempos. Por isso a nossa expectativa é de que eles acolham o novo currículo de maneira maravilhosa e, por meio dele, dinamizem a ED nas escolas locais. Principalmente nessa saída da pandemia. Nossa oração é que o Espírito Santo use este novo currículo para formar a nossa igreja com os valores e princípios da Bíblia que são atemporais e eternos", sintetiza Marcelo. O gerente de publicações da CPAD, pastor A le xandre Claudino Coelho, é enfático. "Não é apenas uma renovação, mas uma atualização na questão relacionada a comentaristas, às temáticas das lições e também aos temas. Esse novo currículo é integrado naturalmente com a Palavra de Deus, sempre valori zando a importância do estudo e mantendo o padrão didático que a CPAD vem desenvolvendo ao longo do tempo", declara pastor Alexandre. Novo Currículo agita educadores e olunos Quem também esteve bastante envolvida nesse novo processo foi a editora das revistas de Lições Bíblicas de jovens, a professora Telma Bueno. "Minha expectativa é de que o novo currículo traga aos pro fessores um renovo, um bálsamo. Estamos vivendo tempos difíceis e muitas igrejas tiveram que encerrar as atividades presenciais durante um tempo. Muitos alunos e professores ficaram desestimulados, desani mados. Espero que, nesse retorno, ele traga um novo fôlego", afirma a professora. Alunos assíduos da ED, como o evangelista Welling- ton da Silva Vieira, da Assembléia de Deus em Montese, Fortaleza (CE), demonstra o quão importante são as revistas de ED da CPAD. "Leciono na ED há mais de 20 anos. Tenho contemplado nessa trajetória que as pessoas que aceitam Jesus e se tornam alunos frequentes na ED, além de suas vidas transformadas, têm uma frutificação tanto espiritual quanto como seres humanos", declara. A jornalista Eugenia Santos, da AD em Porto Velho (RO), ao saber das novidades que estão por vir, se alegrou e demostrou bastante ansiedade. "M inha expectativa é a melhor possível. A CPAD sempre primou pelo bom currículo de suas revistas e o preparo de seus comentaristas é o ponto forte a cada trimestre. Creio que essa mudança visa a um aperfeiçoamento ainda maior de seu material e que as igrejas que adotam as revistas em suas EDs terão benefícios compatíveis à confiança vivenciada por elas ao longo dos anos na formação de seus alunos", declarou a aluna. Comentaristas reconhecem o dedicação e esforço do Coso com o ensino O pastor João Paulo Men des, um dos com entaristas das revistas Lições Bíblicas de Juven is , está otim ista com o lançamento. Ele ressalta que conhece há décadas a atenção e a dedicação que a editora tem em seu conteúdo e também na qualidade dos comentaristas. "Há também uma expectativa quanto ao avanço e ao uso maior da tecnologia. Independente das idades, todos necessariamente estão inseridos num mundo virtual e parece que é um cami nho sem volta. Infelizmente, a pandemia veio nos mostrar que a nossa adaptação ao mundo tecnológico é um componen te presentena vida de quase todas as pessoas. Certamente teremos algo especial para este conteúdo. Este novo modo de viver precisa receber a atenção do professor e do aluno da ED. A nossa expectativa é de que teremos um excelente e novo material em mãos para alcançar mais pessoas ainda", testifica. O diretor Irmão Ronaldo acredita que o novo currículo chegou num momento da Igreja Brasileira. Pastor Douglas Baptista disse que a CPAD prima pela excelência do ensino bíblico Ensinodor Cristão 23 Pastor Douglas Baptista disse que a CPAD prima pela excelência do ensino bíblico. O comentarista João Mendes reconhece a dedicação da CPAD em relação ao conteúdo. O pastor Douglas Rober to de Almeida Baptista, líder da A ssem b lé ia de Deus de Missão do Distrito Federal e do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, e também comentarista das Lições Bíblicas da CPAD, declarou: "A CPAD tem primado sempre pela ex celência do ensino bíblico e teológico em suas publicações. A editora está comprometida com a ortodoxia pentecostal e tem se esmerado na escolha de escritores com qualidade acadêmica e compromisso ir restrito com a Palavra de Deus", pondera. "Nossa sociedade encontra- -se mergulhada na m oderni dade líquida, onde os valores cristãos são relativizados e des- construídos. Portanto, considero importante renovar o currículo da ED e fazer abordagens de temas contemporâneos à luz das Escrituras Sagradas para o enfrentamento dessas ideo logias nocivas à fé cristã". Ele lembrou ainda da seriedade e comprometimento da Casa com o conteúdo do currículo. "Novos temas não significam renunciar ao estudo das doutri nas essenciais do cristianismo; ao contrário, trata-se de reafir mação dos princípios bíblicos como referenciais permanentes da prática pedagógica da ED ", argumentou pastor Douglas. Daniele Soares é uma das mais novas a entrar para a equi pe de comentaristas. Ela falou sobre a im portância da ED. "A ED, ou 'a escolinha', está presente na minha vida desde a infância. Acordar aos domingos era uma alegria porque sabia que aprendería uma história nova e memorizaria um novo versículo. Esse amor permanece até hoje. Cresci como aluna e tornei-me professora. Na ED, não só aprendi sobre Deus como também desenvolví meu relacionamento com Deus. Entendo que, durante a infância e a adolescência, o primeiro contato na ED com a narrativa bíblica e seus perso nagens é importante porque essas histórias ficam registradas na memória e no imaginário da pessoa. O espaço da sala de aula permite a combinação de teoria e da prática cristã, é um oportunidade para vivenciarmos a comunhão dada pelo Espírito Santo. Ser convidada para ser comentarista da revista de adolescentes acrescenta um capítulo especial da ED na minha vida e sou agradecida a Deus pela oportunidade", se alegra. Daniele destaca que a mudança de currículo da Escola Dominical é importante para manter a atuali dade dos temas. "Isso demonstra a preocupação da Casa em garantir que o ensino bíblico acompanhe as mudanças sociais sem perder a atemporalidade da mensagem bíblica". Na visão do comentarista veterano, pastor Eli- naldo Renovato, um novo currículo mostra a série de temas e assuntos que serão abordados na ED. "É importante que um assunto possa somar com o do próximo trimestre e assim por diante, que haja uma coerência na grade curricular. O currículo é o planejamento de ensino, que é colocado no plano de aulas", ressalta o líder da AD em Parnamirim (RN).B A CPAD começou a editar a revista Lições Bíblicas para adultos desde 1943. O conteúdo da revista vinha de forma de suplementos junto com o jornal Boa Semente. Em 1970 houve uma segmentação da revista para o público infantil e, também, a confecção a revista Estudando a Bíblia para as crianças da primeira infância. Em 1981 foi feito uma grande reformulação do programa curricular da editora e esse trabalho incluiu a atualização do conteúdo programático. Em 1991 ocorreu a introdução de um suplemento de recursos didáticos nas revistas para os professo res. Mas a grande revelação do currículo veio em 1994. Esta iniciativa aconteceu com um objetivo de a editora se tornar a principal na elaboração do currículo de Escola Dominical do país. Assim, houve uma completa reformulação gráfica, programática e didática-pedagógica do currículo e uma substi tuição de um currículo que já durava 18 anos. Já em 2006, ouve um acréscimo de duas faixas etárias (berçário e pré-adolescente). Essa reformulação foi feita sob a orientação do pastor Antônio Gilberto. 24 Ensinodor Cristão A vido do apóstolo Paulo Para aprender com o ministério do apóstolo Paulo visando às pers pectivas que potencializam diretamente a prática da igreja cristã (evangelização, discipulado, plantação de igrejas, descobertas de novas vocações, zelo pela doutrina, esperança no porvir etc), a CPAD traz como tema da revista Lições Bíblicas um estudo aprofundado da vida do apóstolo Paulo. O comentarista responsável por esse trabalho é o pastor Elienai Cabral. Ele ressalta que, para compreendê-lo melhor, veremos o mundo que o apóstolo atuava. Por isso, o texto base desta lição apresenta como o homem de Tarso foi vocacionado para levar o nome de Jesus diante dos gentios: Atos 9.15. Muitos concordam que, depois de Jesus Cristo, ele é o líder mais importante da Igreja. Pela inspiração do Espírito Santo, ele ensinou e sistematizou a fé cristã para os gentios. Por tudo, a vida de Paulo tem muito a dizer para a nossa prática de igreja cristã: Como se comportar nas perseguições? Como identificar a voca ção? Como plantar igrejas? Como evangelizar? Como discipular? Como zelar pela preciosa doutrina de Cristo? Pastor Elienai Cabral é pastor, teólogo e conferencista, consultor doutrinário e teológico da CPAD, membro da Casa de Letras Emilio Conde, comentarista de Lições Bíblicas e autor de várias obras publicadas pela CPAD. ooostolo Poulo ocerco do ministério que o senhor destacaria? Naturalmente, o personagem central e principal do cristianismo é o próprio Cristo. Ele é o epicentro da teologia cristã. Os apóstolos que estiveram com Jesus em sua vida terrestre receberam dele toda a doutrina que moldou o cristianis mo neotestamentário. Entretanto, Paulo foi quem mais contribuiu para que o cristianismo fosse construído sobre os pilares da "doutrina dos apóstolos" (At 2.42). A sua relevância histórica no cristianismo aparece na sua visão de expandir a igreja no mundo gentio, uma vez que o evangelho da graça é para toda a criatura na Terra. A igreja de Jeru salém entendia, no seu início, que o Evangelho deveria ser pregado pri meiro para os judeus. Os apóstolos de Jesus tinham essa visão restritiva. E, por isso, o Senhor Jesus escolheu e chamou um judeu apaixonado por sua religiosidade de "fariseu zeloso" (Gl 1.14) para que tivesse a revelação de Jesus, conforme suas próprias palavras (Gl 1.15,16). Paulo tornou-se, indiscutivelmente, o grande defensor do nome de Jesus e construtor da maior parte da teologia cristã, tendo-se feito o maior teólogo do cristianismo, além de ter-se feito o grande evangelista e plantador de igrejas de toda a história. Portanto, a sua relevância histórica é incontestável, especial mente no campo dos fundamentos da doutrina cristã. >aulo menciono em seus omiqos chegoram Ireferindo a que 0003100' A ocasião mencionada por Paulo em 2 Corínitos 1.8 referia-se a uma perseguição que ele e seus compa nheiros enfrentaram em Éfeso, na Ásia, conforme está registrado por Lucas em Atos 19, e que quase o levou à morte. O plural "nós" tinha um caráter particular, pois se referia a si mesmo, da mesma forma como utiliza esse "nós" na maioria dos con textos de suas epístolas. "Tribulação" pode também referir-se a alguma doença grave de que Paulo tenha sido acometido. Porém, quando ele fala da "tribulação que nos sobreveio na Ásia", não há mais detalhes do tipo de tribulação.O "desespero da vida" pode ser um modo de afirmar que houve pressão física e até psico lógica, por isso, ele diz que "até da vida desesperamos". ENSINADOR Cristão 25 Entrevista com o com entarista O martírio de Estevão, de alguma moneiro, contribuiu para a conversão dePoulo? Sem dúvida, o martírio de Este vão contribuiu para a conversão de Saulo de Tarso, não de imediato, mas após a experiência revolu cionária com Jesus no caminho de Damasco, quando ele pôde refletir sobre sua vida de perse guidor dos cristãos. Quando o ainda Saulo de Tarso consentiu com e provocou esse martírio, estava com o sentimento de estar defendendo a fé judaica contra o Cristo dos apóstolos. Ele sentia-se livre para fazer maldades absurdas contra os cristãos, e a mensagem contundente e corajosa de Este vão moveu com os seus brios e ele, para satisfazer sua vaidade e arrogância, bem como para agra dar as autoridades religiosas dos judeus em Jerusalém, partiu para a perseguição sem tréguas contra os cristãos, mandando prender, açoitar e até consentir no assassi nato de alguns (At 26.9,10; 22.4). Ele mesmo não jogou nenhuma pedra em Estevão, mas provocou o tumulto e o linchamento de Es tevão. Quando resolveu perseguir os cristãos de Damasco, e muitos que haviam saído de Jerusalém, fugindo da perseguição, rumou para Damasco com o mesmo in tuito. Não se sabe, se a pé ou em cavalos ou mesmo camelos, mas o que a história conta é que, quando se aproximava de Damasco, em meio ao caminho, foi surpreendido pela intervenção do próprio Cristo com um resplendor que vinha do céu que o derrubou por terra e o deixou cego por três dias. Poulo escreveu duosjp lll cortos o Timoteo. De que formo o reloçõo entre M l postor pode nos inspirar no formação de lideres e obreiros nos dias atuais? Timóteo não era um filho bio lógico de Paulo, mas era um filho m inisterial. Paulo dedicou não somente a ele, mas também a Tito e outros mais, o seu legado ministe rial. Em Éfeso, ele criou praticamen te uma escola de obreiros visando a prepará-los para se tornarem não meros pregadores, mas servos capazes de ensinar a doutrina de Cristo com ousadia e fidelidade a tudo quanto foi ensinado por Paulo. A preocupação principal de Paulo era o enfrentamento de éé O papel preponderante do pastor é ser guardião e protetor do rebanho do Senhor tt obreiros heréticos, influenciados pelo gnosticismo, querendo in- culcar na mente da igreja outra doutrina, e não a que Paulo havia ensinado (1Tm 1.3-10). Em Atos 20, Paulo e seus com panheiros tiveram que enfrentar o tumulto levantado por Demétrio e outros mais em Éfeso, e Paulo entendeu que deveria deixar Éfeso e ir para a Macedônia, não por medo, mas para evitar sofrimento àquela igreja. Paulo tomou o caminho da Asia, e o acompanhou alguns dos seus colaboradores. A preocupação do apóstolo não era somente lidar com os falsos mestres e seus ensinos que deturpavam a fé cristã. Ele passou para os obreiros que foram encontrá-lo em Mileto o testemu nho pessoal de que procurou viver uma vida coerente com aquilo que ele ensinava nas igrejas. A vida pessoal e pública do obreiro é de fundamental importância perante a igreja. Ele não tinha de que se envergonhar. Nem por isso, de monstrava arrogância, mas desejava deixar como testemunho o seu desprendimento para servir o Se nhor e dar a sua vida por Ele, assim como Ele a deu por todos. Paulo admoestou os seus obreiros sobre o cuidado pessoal que deveriam ter (At 20.18,28). No versículo 28 de Atos 20, na primeira parte, Paulo diz aos seus obreiros: "Olhai, pois, por vós mesmos". Sua liderança era exemplar diante de todos, mas ele aconselhou os seus obreiros que olhassem também por eles mesmos. O obreiro na liderança de uma igreja não pode passar a ideia de super-homem, como se fosse intangível ou intocável, como se não pudesse ser atingido nunca por forças externas, ou não se cansasse nunca e não precisasse cuidar do seu corpo, da sua saúde. Antes de quererm os cuidar do rebanho de Deus, devemos cuidar de nós mesmos para estarmos em condições saudáveis de cuidar do povo de Deus. O obreiro precisa também ter total desprendimento para realizar a obra de Deus ( At 20.24). Esse desprendimento im plica total abnegação das coisas m ateriais e plena confiança no cuidado de Deus para suprir to das as necessidades, Paulo tinha o coração livre da avareza e da ganância. Enfim, Paulo investiu nos fundamentos doutrinários na vida dos seus obreiros, para que fossem capazes de enfrentar os lobos cruéis que atacavam o rebanho de Deus. O papel preponderante do pastor é ser guardião e protetor do rebanho do Senhor. ■ 26 ENSINADOR Cristão Qual a melhor maneira de trabalhar com a criança na ED? Costumo dizer que, para trabalhar com crianças, você tem que ser o melhor professor, um excelente aluno, um grande teólogo, um bom psicólogo, um autodidata e junte a isso tudo ainda o Fruto do Espírito, pois vai precisar. Em resumo, você precisa caminhar com Deus para aprender com Ele. O capítulo 13 de 1° Coríntios nos mostra os atri butos do amor: ele é bondoso, nunca desiste, não é egoísta, fica alegre quando alguém faz o que é certo, não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, não é vaidoso, é eterno, é paciente, não fica irritado, não é grosseiro, não é ciumento, não é orgulhoso, não guarda mágoas, suporta tudo com fé, esperança e paciência. Por que será que muitos desses conceitos fazem parte das características de um professor de criança? Porque a melhor maneira de trabalhar com crianças é, em primeiro lugar, amando-as. Amor pelas almas é essencial em nosso trabalho. Quer sejamos adultos ou crianças, todos precisamos do amor do Pai transmitido através da vida de um professor. Sempre aconselho os meus professores a lerem o livro "As Cinco Linguagens do Amor das Crianças", de Gary Chapman, que nos dá uma noção de como enxergar a necessidade de cada aluno. Ser um educador de Escola Dominical é desen volver, com a ajuda de Deus, uma capacidade que vai além do conteúdo que ministra. É preciso ter uma visão panorâmica que abranja toda a extensão do mundo em que seu aluno está inserido e ao mesmo tempo um olhar único para cada situação, porque disso dependerá o seu sucesso , o cravar o seu objetivo. Nós temos um Mestre que está acima de todos os mestres e, se olharmos com atenção para Ele, veremos que tudo que precisamos saber na área do ensino está presente nos evangelhos. Veja como Jesus ensinou os Seus discípulos durante três anos, sempre partindo do conhecido para o desconhecido: "o Reino de Deus é sem elhante..." (comparação); "Olhai os lírios do campo" (observação); parábolas inserindo elementos do cotidiano dos discípulos; perguntas e respostas que os levavam a pensar; serm ões e aplicações. E ele ainda aproveitou os milagres para ensinar sobre fé, gratidão, honestida de, amor e humildade. Jesus nos deu a vara, agora temos que aprender a pescar. Não é fácil dizer qual a melhor maneira de trabalhar com as crianças, pois depende de cada situação vivida pelo educador e pelo educando, mas todo processo de aprendizado começa por uma relação afetiva. Eu ensino porque eu amo ensinar. Escolhi essa área de ensino porque sinto empatia por aquela faixa etária. Tenho 26 anos trabalhando no ministério infantil. Durante esse tempo, trabalhei como coordenadora do campo de Várzea Paulista por longos 22 anos lideran do uma média de 300 professores, mas nunca deixei de dar aulas para as crianças. Nosso lema sempre foi "Acolhimento tanto para os professores quanto para as crianças". As portas do Departamento Infantil sempre O o estiveram abertas para ambos. Quando em dia de festa alguma criança se perdia na igreja, os pais sabiam onde encontrar, porque elas sempre procuravam o lugar onde se sentiam acolhidas. Conhecer a família do seu aluno também é im- Vera Lucia da Silva é membro da Assembléiade Deus em Várzea Paulista (SP), bacharel em Teologia e Pedagogia, professora de cursos de aperfeiçoamento e de Doutrina de Cristo e de Deus, coordenadora do Departamento Infantil do Ministério Cosecha (Peru)e do CAPEC (Curso de Aperfeiçoamento para Professores Evangelistas de Crianças) e coordenadora do Departamento Infantil da AD em Várzea Paulista (SP). portante porque ele não vive em uma bolha e muitas vezes o seu ensino irá repercutir dentro do seu núcleo familiar. Eu não estou dizendo para sermos bisbilhoteiros ou fofoqueiros, mas, sim, que o fato de sabermos as necessidades de cada um irá ajudar-nos a traçar um projeto de evangelismo mais focado. Lembre-se que Jesus, além de falar da Palavra de Deus, também deu pães e peixes para alimentar o corpo físico. Portanto, se souber que há uma necessidade específica, ore, mas também ajude de alguma forma. Uma vez feita a sua escolha, faça uma reflexão e veja se está preparado(a) para ministrar aos seus alunos. Certa vez, eu tinha na minha sala de aula um aluno com dislexia; um superdotado, que com dez anos já tinha lido vários livros da Bíblia; dois que requeriam atenção especial, pois tinham sido molestados; e mais vinte que formavam a classe. Enquanto eu aumentava o nível da aula para acompanhar o que era superdotado, o que tinham dislexia dormia; e quando fazia o contrário, vice-versa. Orei a Deus pedindo sabedoria para traba lhar com todos, então Deus nos deu uma estratégia: formamos um grupo de aconselhamento para trabalhar com aqueles que estavam com problemas psicológicos e espirituais, coloquei outro professor (que também era pastor) para ministrar as aulas, sentei ao lado do aluno que tinha dislexia e enquanto segurava sua mão para ajudá-lo a responder as perguntas da lição, orava a Deus para que aquela criança aprendesse a ler e escrever. Alguns meses depois, contrariando todos os prognósticos médicos, ele lia a Bíblia como se fosse um adulto! Deus quer realizar milagres dentro da sua sala de aula, basta você crer. Quer ser uma referência como professor? Nunca despreze um desses pequeninos. Eu já ouvi profes sor dizer "Hoje eu não dei aula porque só tinha uma criança". Deus tinha reservado um dia especial para aquele professor marcar a vida do seu aluno. Talvez houvesse algo para contar que só podería ser no particular. Deus queria falar de uma forma diferente com aquela criança, mas o plano foi abortado porque o professor achou que não precisava dar aula porque "só tinha uma criança". Se isso acontecer na sua sala, aproveite a oportunidade para marcar o seu aluno com a Palavra do Senhor e com as suas experiências, compartilhando-as com ele. Já imaginou se Jesus, quando procurado por Ni- codemos (João 3), mandasse ele embora porque era somente uma pessoa e não uma multidão? Teríamos perdido um dos capítulos mais lindos da Bíblia, capí- 28 ENSINADOR Cristão tulo este do qual usamos o versículo 16 para falar do amor de Deus para as crianças. Jesus, em seus ensinos, nos mostrou o valor que tem uma criança (Mt 18.1-14; 19.13-15) e como devemos tratá-la. Não é uma inco erência usarmos o argumento que só havia um para desprezarmos um pequenino que levantou cedo, se esforçou para estar na sala de aula, criou expectativas com relação ao que iria aprender e não foi acolhido com o devido cuidado? Não vamos discorrer sobre daquilo que você já sabe, que para trabalhar com criança o professor tem que ter certeza de salvação, ser responsável, amar a Palavra de Deus, ser obediente a Deus e ao ministério de sua igreja, ser estudioso, fazer cursos seculares e bíblicos etc. Além de tudo isso, o professor precisa aprender a ler e interpretar a Bíblia. Por exemplo: você ensina para o seu aluno que os "reis" magos foram visitar o menino Jesus na estrebaria? Recordo-me de ter visto várias vezes essa cena em peça de Natal. Já leu com atenção o capítulo 2 de Mateus e viu que não foi isso que aconteceu? Muitas vezes nós ensinamos de ouvir falar, mas não prestamos atenção no texto. Esse é um perigo, pois vamos levar uma geração a aprender errado e continuar repetindo nossos erros. É preciso que haja clareza na exposição do texto, principalmente uma clareza espiritual. A criança precisa não só ouvir falar de Deus, mas entender o atuar de Deus naquela passagem, aplicando no seu cotidiano as lições aprendidas. A Palavra de Deus que ensinamos para nossas crianças é para ser vivida, e não somente decorada. Seja dinâmico na ministração da sua aula. Leve cheiros diferentes (perfumes, condimentos), utensílios domésticos (vassoura, talheres, panelas, cabides), tipos de texturas diferentes, materiais recicláveis, figuras, fantoches, marionetes, cartazes. Surpreenda seus alunos com aquilo que você faz de melhor. É muito importante que a criança esteja envolvida em atividades que lhe estimulem a criatividade e o potencial de aprendizado, para que assimilem valores como adoração, empatia, educação, reverência etc. Estimule seu aluno a descobrir o propósito de Deus em cada passagem. Por que Jesus falou dessa maneira? Quem eram seus ouvintes? O que foi ensi nado? Como aquele ensino pode nortear a sua vida hoje? Qual a atitude do personagem abordado? Foi positiva ou negativa? Coloque-os dentro da cena. Pergunte: "Como você reagiría se estivesse na frente de um gigante ou no meio de uma multidão e alguém lhe pedisse seu lanche?" . Lembre-se: usando sua criatividade, essa técnica pode ser aplicada a qualquer faixa etária. Faça a sua parte estudando a Bíblia, preparando seu lindo material e dependa de Deus em tudo. ■ Adotescen Adolescente, Ponoromo do olguém te entende Pensamento Renata Martins Cristão Michael D. Palmer, Editor O Apóstolo Paulo Elienai Cabral Neste trimestre, estudaremos so bre a vida do apóstolo Paulo, um dos mais importantes nomes da história do cristianismo, cuja vida e ministério são tremendamente inspiradores. Ele é autor de 13 epístolas da Bíblia (há quem dia 14, mas é muito pouco provável que Paulo tenha escrito a Epístola aos Hebreus), através das quais ele, pela inspiração do Espírito Santo, ensinou e sistematizou a fé cristã para os gentios. Em tudo, a vida de Paulo tem muito a dizer para a nossa prática de igreja cristã: Como se comportar nas perseguições? Como identificar a vocação? Como plantar igrejas? Como evangelizar? Como discipular? Como zelar pela preciosa doutrina de Cristo? O autor desta obra é o pastor Elienai Cabral, consultor teológico da CPAD e que também comenta a revista deste trimestre. Obra indispensável para os professores de ED. Provavelmente a maior parte dos adolescentes se sente incompreen dida, e Renata Martins sabe disso. Através de suas próprias experiên cias, a autora "conversa" com os leitores de uma forma descontraída, abordando assuntos conflitantes para os adolescentes, tais como o primeiro amor, os estudos, a família e seus conflitos, o perdão, os ami gos, os sonhos e, principalmente, como Deus pode mudar e comple tar vidas. Mas não pense que este livro é apenas para adolescentes! Jovens, pais, mães, professores de Escola Dominical e líderes de adolescentes também devem ler. Assim, entenderão um pouco mais sobre a mente do adolescente, so bre como se sente um adolescente hoje, aprendendo a lidar com muito mais facilidade em nossos dias essa fase passageira, porém marcante. O que uma mente influenciada pelo Evangelho pode produzir para a sociedade? Diversos autores analisam neste livro, editado por Michael D. Palmer, o pensamento cristão através dos séculos e a sua contribuição para a formação do pensamento ocidental. A ciência, a natureza humana, o trabalho, o lazer, a ética, a cultura, a política, enfim, cada ramo do conhecimento humano não está imune à ação do Evangelho e todos eles são anali sados nesta obra, que foi uma das primeiras no Brasil a tratar sobre o tema cosmovisão cristã. Este livro examina seis elementos
Compartilhar