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Revista Ensinador Cristao_87

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Prévia do material em texto

Estratégias pedagógicas usadas 
para alunos com transtorno de 
comportamento na ED
Descubra as Principais
Heresias Históricas e 
Saiba como Combatê-las
Neste livro, Roger Olson descreve as maldições que heresias como pelagianismo, 
semipelagianismo e teologia da prosperidade, trazem para a Igreja. Descrevendo 
seus principais conceitos, a forma como a Igreja lidou com elas, os atores envolvidos 
e o que pode ser feito para resolver o problema, Cristianismo Falsificado busca 
educar as conigrejas sobre Jesus, Deus e a salvação.
Código: 350904 
Formato: 14,5 x 22,5cm 
Páginas: 176
EIS QUE TUDO SE FEZ
Í9DDÍ) NOVí> N A S L IV R A R IA S C P A D0 8 0 0 021 7373
UM NOVO TEM PO COM NOVAS H ISTÓ RIAS
: .. __________
0
CM)
EXPEDIENTE
Presidente da CGADB 
José Wellington Costa Júnior 
Presidente do Conselho Administrativo 
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor-executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Editor-chefe 
S ilas Daniel
Editora 
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Gerente de Publicações 
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OUVIDORIA: ouvidoria@cpad.com.br
Ano 22 - n° 87 - out/nov/dez de 2021
N úm ero avulso: R$ 9,95 
A ssin atu ra bianual: R$ 79.00 
A ssin atu ra Digital: cpad.digital.com .br
Ensinador Cristão - revista evangélica trimes­
tral, lançada em novembro de 1999, editada 
pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus. 
Correspondência para publicação deve ser 
endereçada ao Departamento de Jornalismo. 
As remessas de valor (pagamento de assinatura 
publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A 
direção é responsável perante a Lei por toda 
matéria publicada. Perante a igreja, os artigos 
assinados são de responsabilidade de seus 
autores, não representando necessariamente 
a opinião da revista. Assegura-se a publicação, 
apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo 
princípio vale para anúncios.
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLÉIAS DE DEUS
Av. Brasil, 34401 - Bangu - 21852-002 
Rio de Janeiro - RJ - Fone 2 1 2406-7371 
Fax 21 2406-7370 ensinador@ cpad.com.br
Conteúdo 
para seu 
enriquecimento
Gildo Ji
A revista Ensinador Cristão traz nesta edição uma reportagem so ­
bre o Novo Currículo da Escola Dominical, que mostra a preocu­
pação e o zelo da CPAD em auxiliar as igrejas brasileiras na área 
do ensino cristão. O novo currículo estará sendo lançado neste 
último trimestre de 2021 , para enctrar em circulação a partir do 
primeiro trimestre do ano que vem. Ele traz muitas novidades, 
que você p od e conferir na reportagem com pleta, que pode ser 
lida nas páginas 22 e 23 desta edição.
Na seção "Em Evidência", trazemos uma matéria sobre a primei­
ra Olimpíada da Escola Dominical, organizada pela Assem bléia 
em Santa Maria (RS). A atividade gerou crescimento e desperta- 
mento espiritual nos participantes.
Com o objetivo de auxiliar os educadores cristãos em sua missão 
de edificar e evangelizar, e visando a enriquecer ainda mais seus 
conhecim entos, publicamso nesta edição diversos artigos abran­
gendo o ensino de d iferentes faixas etárias, com destaque para 
o artigo principal, onde a autora defende estratégias para lidar 
com alunos com transtorno de com portam ento. Em outro artigo, 
é feita uma exposição sobre vários pontos fundamentais da cul­
tura cristã com o aliada do ensino bíblico. "Usar uma camiseta 
com inscrições bíblicas, adotar canções gospel, consumir liv e s ' 
evangélicas ou usar um linguajar dito cristão não forma um ver­
dadeiro crente. A cultura cristã p od e ser um marco revelador da 
vida espiritual que existe ou um disfarce social para sua m orte", 
argumenta a articulista.
Destaque também para a entrevista com o comentarista da revis­
ta Lições Bíblicas do trimestre. Nela, o autor faz uma explanação 
detalhada do mundo do apóstolo Paulo. Ele evidencia a relevân­
cia dos ensinos de Paulo para a história do Cristianismo. Por fim, 
destacam os ainda a seção "ED em Fo co", que aborda com o a 
igreja em Caricica (ES) conseguiu que 98% dos seus membros 
presentes na Escola Dominical.
Estes assuntos e muito mais você encontra som ente na revista 
Ensinador Cristão. Confira! Boa leitura e até a próxima!
Deus os abençoe!
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A te n d im e n to a to d o s 
o s n o s s o s p erió d ico s 
M en sa g eiro da Paz 
M an u al do O breiro 
E n s in a d o r C r is tã o
WSmmSrfmmfw
29 Sala de Leitura
30 O Professor Responde
06 CAPA
Estratégias pedagógicas usadas 
para alunos com transtorno de 
comportamento na Escola Dominical
31 Boas Idéias
44 Artigo
46 Em Evidência
ARTIGO
As últimas coisas
ARTIGO
Queda e Redenção
36 Subsídio
Semanal
0 APÓSTOLO PAULO
L IÇ Õ ES DA VIDA E 
M IN ISTÉRIO DO A PÓ STO LO 
DO S G EN TIO S PARA A 
IG REJA DE CRISTO
14
18
25 Entrevista do comentarista
11 Conversa Franca
05 Espaço do Leitor
22 Reportagem
10 ED em Foco
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Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
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Suo opinião é 
importante poro nós! 
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Devido às limitações de espaço, as 
cartas serão selecionadas e transcri­
tas na íntegra ou em trechos consi­
derados mais significativos. Serão 
publicadas as correspondências 
assinadas e que contenham nome 
e endereço completos e legíveis. 
No caso de uso de fax ou e-mail, 
só serão publicadas as cartas que 
informarem também a cidade e o 
Estado onde o leitor reside.
Criativo
Todo professor de Escola Dominical 
é estimulado à leitura de subsídios, 
pesquisas e assinaturas com referencias 
ao aprendizado bíblico. Com certe­
za, essa busca irá auxiliá-lo na melhor 
exposição de sua aula. Foi com base 
nessa construção de conhecimento que 
obtive acesso, em minha trajetória como 
professora de Escola Dominical, ao exce­
lente conteúdo apresentado pela revista 
Ensinador Cristão. Durante anos, ela tem 
promovido aos educadores cristãos do 
Brasil oportunidades, reconhecimentos, 
estratégias de ensino, planos de traba­
lho e experiências exitosas nas regiões 
mais longínquas deste país, a exemplo 
da matéria do Projeto Nordeste para 
Cristo Kids, que hoje alcança todos os 
Estados do Nordeste. A grande maioria 
da liderança que atua nesse projeto é de 
professores infantis da Escola Dominical 
e ele tem como origem o Fórum de 
Missões do Nordeste.
São incontáveis as matérias con­
tidas na Revista Ensinador Cristão, as 
quais trouxeram para o nosso público, 
seleto de professores, diversas forma­
ções e a contextualização de evidências 
proclamadas através de testemunhos 
vivenciados por professores em suas 
salas de aula de Escola Dominical.
A cada domingo em que se realiza 
a melhor escola do mundo, a Escola 
Dominical, nossos professores atuam 
nas diversas faixas etárias de suas 
igrejas, e muito dos seus relatos é 
descrito nas páginas de nossa revista 
Ensinador Cristão. Quão maravilhoso 
é apresentar a ED de forma criativa, 
lúdica, transformadora e construtiva! A 
revista EnsinadorCristão também tem 
sido um instrumento na evange/ização 
de vidas por meio de seus notáveis 
artigos, resumos das lições bíblicas e 
ferramentas para dinamizar as aulas de 
um modo geral. Portanto, parabéns à 
CPAD e a toda a equipe envolvida na 
produção deste belo trabalho!
Gláucia Maria Leal Lima-Pedagoga/ 
Coord Departamento Infantil em 
AD Campina Grande (PB)
Por email
% Compromisso com 
Deus
Primeiramente, sou servo do Deus 
Altíssim o e salvo por Je su s Cristo, 
nosso Senhor e Salvador. Sou também 
diácono na igreja Assembléia de Deus
de Várzea Paulista, Ministério do Belém 
(SP), e faço parte do Departamento 
Infantil de minha igreja ministrando 
aulas para os juniores.
O meu primeiro contato com a 
revista Ensinador Cristão foi em 2005, 
inclusive era o primeiro trimestre da 
referida revista. Quando a li, fiquei 
maravilhado com a abordagem ali 
apresentada, pois seus artigos e os sub­
sídios das lições eram valiosos para o 
meu desenvolvimento como professor 
e também para crescimento espiritual. 
Desde então, a tenho adquirido para 
consultas e aprendizado.
O que me chamou a atenção naque­
le trimestre foram dois artigos escritos 
pelo pastor Antônio Gilberto, um sobre 
"O Fruto do Espírito" e o outro sobre 
"Teologia do Novo Testamento". Real­
mente, foram ótimos comentários que 
nos ajudaram a compreender melhor 
as Sagradas Escrituras e nos fizeram ter 
mais e mais vontade de continuar apren­
dendo com esses homens de Deus.
Penso eu que essa revista não é só 
para quem leciona ou está à frente de 
qualquer trabalho, mas, sim, para todo 
aquele que quer ter um compromisso 
com Deus, porque ela traz para o leitor 
mensagens ricas e poderosas.
Para dizer a verdade, não tenho 
reclamações a fazer, só mesmo elogiar 
essa equipe maravilhosa pela dedicação 
e por nos trazer uma revista tão especial.
Parabéns a toda equipe da Ensina­
dor Cristão! Que o Senhor abençoe a 
cada um para que essa revista nunca 
deixe de existir e que possamos sempre 
usufruir desse instrumento de Deus. 
Samuel Manoel Venâncio 
Várzea Paulista - São Paulo 
Por e-mail
ERRATA
Na edição de número 
86, página 25, 
seçao "Entrevista 
do Comentarista", 
publicamos que o 
pastor Ciaiton Ivan 
Pommerening era 
membro da Rede 
Latino-Amaricana de 
Estudos Pentecostais 
(RELEP). Na realidade 
há dois anos que o 
pastor Ciaiton não 
pertence mais a essa 
instituição.
mailto:ensinador@cpad.com.br
mailto:ensmador@cpad.com.br
Estratégias 
pedagógicas 
usadas para 
alunos com 
transtorno de 
comportamento
na Escola 
Dominical
H E I
Uma das habilidades fundamentais no processo de 
ensino aprendizagem é a concentração e a atenção 
da criança em sala de aula. Na igreja, precisam ente 
na Esco la D om in ica l, é eviden te a p reocupação 
de m uitos educadores cristãos no que se refere ao 
ensino aprendizagem das crianças. Estudos provam 
que as crianças com d ificuldade de aprendizagem 
d ispõem de um bom potencia l in te lectua l ainda 
que manifestem problem as em algum as aquisições 
cognitivas, que geram a distinção de seus m odos e 
ritmos de aprendizagem . Devido a essa distinção, 
há variados recursos e m étodos pedagóg icos que 
respondam às suas necessidades individuais.
M uitas crianças nessas co nd içõ es acabam se 
convencendo que não são capazes de aprender, 
apesar de seus esforços, e que tenderão ao fracasso 
escolar. A s im plicações disso na sua concepção e 
em todo o arsenal de expectativas de evolução do 
"eu " podem acarre tar in stab ilidades em ocionais 
que afetam não só processos psicológicos básicos 
da aprendizagem como o caráter global da criança.
A s a t itu d e s e m o tiva s d esco m - 
pensadas (carência de atenção e 
de reconhecim ento constante e 
im ed iato ; insegurança e insta­
b ilidade afetiva, ag ressiv idade, 
tensões, inquietação, retrocessos, 
esnobism os, negativism os, baixa 
tolerância à frustração, resistências 
às tarefas, hipersensibilidade, impulsividade, 
mudanças bruscas de humor etc) se somam 
às situações de conflitos sociais, decorren­
tes , na m aioria , da falta de h ab ilitaçõ es „
na construção de relações interpessoais ;
apropriadas. Essas características podem : ̂ | 
ser observadas nas salas de Escola Do­
m inical em crianças que, por exemplo, 
vivem em famílias desestruturadas, sem um 
ambiente afetivo, lúdico e relacionai em que
I
8 ENSINADOR
o convívio e a comunicação não ocorrem de modo 
favorável. Não adiantará resolver as dificuldades de 
aprendizagem se os problemas de relação não forem 
superados. Elas não podem continuar imersas em 
um ambiente de ameaças, estresse e humilhação. 
Antes de mais nada, a criança precisa ser respeitada 
na sua totalidade como pessoa. Então, como o pro­
fessor de ED pode proceder diante de tal situação?
O professor deve expressar o amor de Cristo 
conforme 1 Coríntios 13.4. Ele tem a missão, antes 
de tudo, de transformar a criança com dificuldade de 
aprendizagem em um membro ativo da sociedade, 
isto é, centrando na mudança de comportamento 
pelo enriquecimento das suas áreas fortes, e não 
pelo confronto desencorajador com suas áreas fracas 
(Fonseca, 1995, p. 318-319). É importante manter o 
diálogo e adquirir a confiança desses pequeninos e, 
dependendo da situação, indicar terapia em família, 
acompanhamento psicológico e um acompanha­
mento multidisciplinar, visto que a aprendizagem 
é um processo evolutivo e constante, que envolve 
um conjunto de modificações no comportamento 
do indivíduo, tanto em nível físico como biológico, 
e do ambiente no qual está inserido, onde todo 
esse processo emergirá sob a forma de novos 
comportamentos. Sendo a aprendizagem um 
processo constituído por diversos fatores, é 
im portante ressaltar que, além 
do aspecto fisiológico referen­
te ao aprender, como os pro­
cessos neurais ocorridos no 
sistema nervoso, as funções 
psicodinâmicas do indivíduo 
necessitam apresentar certo 
equilíbrio. Dessa forma, o 
normal e o patológico na 
ap rend izagem escolar, 
assim como no equilíbrio 
psicoafetivo, não podem 
ser considerados como dois 
estados distintos (Ajuriaguerra 
e Marcelli, 2001). Apesar d is­
so, é im portante estabelecer 
uma diferenciação entre o que é 
uma dificuldade e um Transtorno de 
Aprendizagem. A presença de uma dificuldade 
de aprendizagem não implica necessariamente 
um transtorno.
O Manual de Diagnóstico e Estatística de 
Transtornos Mentais define o transtorno da 
aprendizagem como um transtorno do neu- 
rodesenvolvimento com origem biológica que
é a base das anormalic 
no nível cognitivo as quais : 
associadas com as manifestações 
comportamentais.
No que tange ao ensinamento 
cristão, o educador, que necessita ter i 
conhecimento baseado na Bíblia f 
bem como observar os mandamentos e 
ensinamentos do Senhor Jesus, tendo 
sempre dedicação no ensino, deverá ter ; 
convicção de que, mesmo que surja em 
sua sala alunos com essas características 
já citadas, a Palavra de Deus tem poder 
de salvar, curar, libertar. Nas Escrituras 
Sagradas, está escrito: "Vinde a mim, 
todos os que estais cansados e oprimidos, 
e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu 
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e 
humilde de coração, e encontrareis descanso 
para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, 
e o meu fardo é leve" (Mateus 11.28-30). Essa 
é uma promessa de Deus para o homem. Ele 
promete que haverá alívio para a vida de qual­
quer indivíduo, inclusive a criança. Deus é amor 
e precisamos exercer e sermos Suas testemunhas.
A Bíblia não orienta ensinarmos a criança 
caminho em que ela vai andar ou quer 
"no caminho em que ela deve andar" (Pv 22.6 - 
ARA). Portanto, o professor deve orar e conhecer 
as Escrituras Sagradas, ter intimidade com o Mestre 
dos Mestres, e pedir orientação de como proceder 
na sua aula. Salmos 51.13 diz: "Então ensinarei os 
teus caminhos aos transgressores, para que os peca­
dores se voltem para ti". Essa referência indica que 
o ensino da Palavra de Deus conduz à conversão 
dos pecadores.Para que a criança tenha o caráter 
de Cristo e para que haja mudança de atitudes na 
igreja é necessário que ela conheça Jesus. Portanto, 
aprender a Palavra é o que irá acarretar tais mudanças 
de comportamento, tanto na igreja como em outros 
meios sociais onde ela vive.
Por conseguinte, é tempo de explorarmos o ili­
mitado potencial latente no vasto campo da Escola 
Dominical para as crianças! O alvo da ED pode ser 
plenamente atingido, pois a obra pertence a Deus, 
pela qual Ele vela com insondável amor. O alvo da 
ED é magnífico e grandioso em todos os pontos 
de vista, pois cuida das vidas em formação, seja no 
sentido social ou espiritual. Ela coopera de forma 
eficaz com o lar na formação moral de crianças e 
adolescentes, instilando neles os hábitos, idéias e 
princípios cristãos segundo as Santas Escrituras.
REFER EN CIA S BIBLIOGRÁFICAS
A BÍBLIA. Jesus ama as crianças. Tradução de João Fer­
reira Almeida. Rio de Janeiro: King Cross Publicações, 
2008. 1110 p. Velho Testamento e Novo Testamento. 
Fonseca, V. (1995). Introdução às dificuldades de apre­
ndizagem. Porto Alegre: Artes Médicas.
GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical. Rio 
de Janeiro: CPAD, 1998
CIASCA, S. M. (org.) Distúrbios de aprendizagem: 
proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa 
do Psicólogo, 2003, 220p.
MÕOJEN, S. M. P. Caracterizando os Transtornos de 
Aprendizagem. In: BASSOLS, A. M. S. e col. Saúde 
mental na escola: uma abordagem multidisciplinar. 
Porto Alegre: Editora Mediação, 2003.
AMERICAN PSYCHIATRICASSOCIATION. Manual di­
agnóstico e estatístico transtornos mentais. 5a edição. 
Porto Alegre: Artmed, 2014.
. ■. .-«FKmmmmma —
IRosilene SiLva Sousa
|é coordenadora f
[adjunta do| 
[Departam ento | 
■ Infantil da AssembLeiai
|de D eusem Campina^ 
IGrande (PB), p edagoga 
[especialista em 
IPsicopedagogia e 
[Neuropsicodagogia, e
Idiretora da ÁPAÈ de
oina Grande (PB)
ENSINADOR Cristô
-
online. Os relatórios são comparados 
a cada aula ou trimestre, por meios 
de vários dados importantes que a 
planilha fornece.
A igreja criou ainda grupos de 
WhatsApp para cada sala, sendo 
acompanhados pelos professores. 
"Na segunda-feira, o professor 
coloca uma lista de presença no 
grupo da classe, onde os alunos 
vão antecipadamente confirmando 
suas presenças para a próxima aula", 
explica pastor Jairo.
O líder conta ainda que para 
motivar os alunos foi criada a "Pre- 
miação Aluno nota 10", para aqueles 
que completarem 90% das ativida­
des. Eles recebem uma medalha de 
honra ao mérito e um troféu para a 
classe que mais alcançou resultados.
Para o vice-presidente da AD, 
pastor Jeferson Belisário, a ED ficou 
mais significativa. "A necessidade 
do professor de se preparar para a 
gravação trouxe uma qualidade ex­
cepcional no conteúdo e na didática. 
As aulas são interativas e com ativi­
dades online. A família interia pode 
assistir às aulas. Os pais acompanham 
as aulas das crianças, auxiliando no 
aprendizado deles. Famílias onde há 
descrentes e desviados, ou de outras 
igrejas, passaram a acompanhar a 
ED", atesta pastor Belisário, que de­
clara que o percentual de presença na 
ED chegou a 98%, um crescimento de 
40%, comparado ao período da ED 
presencial pré-pandemia. "Cerca de
Aulas online atraem 
mais alunos para 
Escola Dominical
Mais de 98% dos membros da AD 
Ministério Marcas do Evangelho são 
matriculados na Escola Dominical
A família Sagrine se rendeu a Cristo através das 
aulas que assistiam com os filhos. Martins, 8 anos, 
e Helena, 6 anos, foram canal de bênção usados 
por Deus para levar os pais a se renderem a Cristo
93% dos alunos estudam a Lição, 97% 
compartilham o vídeo da aula e 84% 
ofertam. Temos um grande número 
de visitantes que se manifestam no 
chat e centenas de outros que assis­
tem, mesmo sem se manifestar. Deus 
nos deu um crescimento da igreja, 
em meio à pandemia devido à ED. 
Recebemos muitos novos irmãos e 
tivemos conversões de almas", afirma 
pastor Belisário.
Um caso recente foi de uma 
família tradicionalmente católica, 
que nunca havia visitado uma igreja 
evangélica antes. Os filhos - Martins, 
8 anos, e Helena, 6 anos - começa­
ram a participar das aulas online, 
acom panhados pelo pai Ueber 
Sagrine. Os pais gostaram das aulas 
e foram tocados pelo Espírito San­
to, aceitando a Cristo. Hoje estão 
participando dos cultos e sendo 
discipulados para o batismo.
Os superintendes da ED, pastor 
Gideão Carvalho, e o Ev. EliasTeodo- 
ro Santos Filho acompanham cada 
relatório junto com os professores 
e visitam os alunos que faltam no 
domingo anterior. Elias destaca que 
a extensão da ED online é global. 
"Temos alunos de outros países 
e municípios que participam das 
aulas", atesta. Para o pastor Jairo 
o aumento do engajamento e mo­
tivação foram fatores determinantes 
para uma maior retenção de conhe­
cimento e trabalho em equipe. "A 
evolução rápida, nos forçou a buscar 
uma superação que tirou a ED da 
inércia ", avalia. ■
Considerando as rápidas mu­
danças mundiais com a pandemia 
causada pelo novo coronavírus, 
proibindo durante um tempo os 
cultos presenciais, as igrejas tive­
ram que enfrentar novos desafios 
e encontrar alternativas para que 
os fiéis não ficassem sem participar 
das atividades essenciais ao seu 
crescim ento espiritual, como os 
cultos e a Escola Dominical.
Segundo o pastor Jairo Carvalho, 
líder da AD Ministério Marcas do 
Evangelho em Cariacica (ES), com a 
graça de Deus, eles planejaram uma 
estrutura para os cultos e especial­
mente para a ED. "Criamos um canal 
no YoTube e iniciamos a gravação e 
edição antecipadamente das aulas 
de todas as classes da ED, desde o 
maternal até os adultos", diz pastor.
JD m E S B O E a iS E S fâ B I
m m
A igreja desenvolveu uma di­
nâmica de Excel para controle, 
chamadas, relatórios e gráficos, 
com cada professor, secretaria e 
superintendente podendo acessar
As aulas online perm iti­
ram que a família parti­
cipasse junta
Vários alunos assistem às 
aulas mais de uma vez, 
principalmente as crianças
:
10 ENSINADOR Cristõo
A importando de 
oposcentor os crianças
“A conversão dos crianças é algo marcante e 
sempre inesquecível, mas as estratégias para 
apascentá-las têm sido desafiadoras"
Marcos Anderson Tedesco nasceu em um lar evangélico 
Desde os primeiros dias de vida, ele teve o privilégio de 
congregar com seus pais na Assem bléia de Deus em 
Blumenau (SC). As grandes referências na sua infância 
foram os pastores Antônio Lemos, Nirton do Santos e 
o seu avô, Alfredo da Silva, um ganhador de almas.
Ele tem a Escola Dominical como base fundamental 
para sua trajetória cristã, ministerial e familiar.
Professor da Escola Dominical desde 21 anos,
Marcos frisa a importância do ensino para ele e 
a alegria de cada manhã de domingo. "Em meu 
coração arde o amor por esta Escola", enfatiza.
Graduado em História, Pedagogia e Teologia, 
especialista em Antigo Testam ento, mestre em 
Educação e evangelista na Assembléia de Deus em 
Joinville (SC), ele é também professor na Faculdade 
Teológica Refidim, coordenador pedagógico do Colégio 
Evangélico da Assembléia de Deus em Joinville (CEEDUC), 
coordenador geral do Departamento Infantil na AD em 
Joinville e comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD.
e do importância do
ministério e no suo vido pessoo I
Em meu coração arde o amor por essa tão preciosa escola onde, ao 
longo de minha vida, busquei os fundamentos da minha fé. Sempre fui 
aluno da Escola Dominical e lembro-me das palavras e dos exemplos 
deixados por professores que moldaram com excelência meus passos, 
como a irmã Maria Vítor, o irmão Antônio Pereira e o irmão Antonio 
Lopes. Ainda aos 21 anos, tive o privilégio de iniciar minha caminhada 
como professor da ED na Classe Juvenil e, até hoje, meu coração vibra 
de alegria quando chegam as manhãs de domingo.
a:a>.acedam Jesus em congressos e
A conversão das crianças é algo marcante e sempre inesquecível, mas 
as estratégias para apascentarmos essas crianças têm sido desafiadoras. 
Essescaminhos precisam ser articulados a partir de fundamentos bíblicos 
e também influenciados pelos estudos da educação. O entendimento da 
forma como uma criança aprende deve ser aliado a uma visão bíblica acerca
“O meu coração 
arde de amor pela 
Escola Dominical"
ENSINADOR Cristão 11
Franca
da importância do "Ide" e do "fazer 
discípulos" (Mt 28.19-20). Por fim, é 
a consciência acerca do "chamado" 
e a dependência do Espirito Santo 
que possibilitará aos que apascentam 
as crianças a sabedoria e as forças 
necessárias para tão nobre missão.
em alquns períodos
os iqreios estiveram
fões de evonqelizaçõo
realizadas poro alcançar
os crianças em tempos de
istanciamento socia
Nossas crianças são conhecidas 
como "Geração Alpha" ejá nascem 
hiperconectadas e aptas a uma total
A formação 
docente é 
essencial
poro um 
departamento 
infantil eficaz
interatividade com o mundo virtual. 
Esse fato trouxe uma facilidade para 
as crianças e grandes desafios aos 
pais e equipes kids. Nós não nasce­
mos nesse mundo virtual e precisa­
mos nos adaptar a ele diariamente, 
já para as crianças a história é bem 
diferente. Surgiram cultos infantis, 
EBDs e Discipulados remotos onde 
as crianças interagiram através de 
videoconferências usando diversos 
aplicativos, lives em redes sociais 
e também experiências inusitadas 
como "cultos infantis drive-in" e até 
visitas aos pequeninos nos pátios 
de suas casas usando corretamente 
os EPIs recomendados durante a 
pandemia.
do para a liderança que jg 
ainda não considero_ojÉB| 
departamento infantil p H 
como um setor importante
A Bíblia Sagrada é muito incisiva 
quanto à nossa responsabilidade 
frente aos pequeninos. Jesus disse 
que deveriamos deixar as crianças 
irem até Ele, não as impedindo de 
forma alguma (Mt 19.14). Já o sábio 
afirmou que o ensino correto das 
crianças garantiría um futuro reto 
no bom caminho (Pv 22.6). Também 
o salmista afirmou que os filhos são 
como flechas nas mãos do arqueiro 
(SI 127.40), tendo em seus pais 
as referências para a vida inteira. 
Essas três passagens bíblicas nos 
mostram o quão importante sãos as 
nossas posturas frente às crianças. 
Elas devem ser levadas até Jesus, 
ensinadas no bom caminho e, desde 
a mais tenra idade, preparadas para 
uma vida intensa e desafiadora.
ue militam na área do I
B a a B B a
Há algumas questões essenciais, 
entre elas: ter em mente o foco 
do departamento infantil em uma
igreja, que é sempre o pastoreio e 
não o entretenimento, pois somos 
igreja e não "colônia de férias"; 
se permitir depender do Espírito 
Santo em todos os momentos do 
seu trabalho; amar as crianças com 
todo o seu coração e desejar estar 
com elas, levando-as ao maravilhoso 
relacionamento com Deus; buscar 
constantemente o aperfeiçoamento 
docente nas mais diversas formas, 
como leituras, palestras, cursos, 
entre outros; e estar sempre em 
sintonia com o pastor da sua igreja, 
pois fazemos parte de um todo, 
buscando ardentemente a presença 
de Deus.
S S B B n B E B E E I
^ r o í^ s s o r a s d o m in is t é i^ 
infantil?®. r.l
A formação docente é essencial 
para um departam ento infantil 
eficaz. Sempre há algo que não 
sabemos, uma técnica que pode ser 
aperfeiçoada, uma estratégia nova, 
enfim. Quem ama ensinar também 
ama aprender. Esse aperfeiçoa­
mento deve ser uma preocupação 
constante de todos que atuam junto 
às nossas crianças e uma prioridade 
para que alcancemos a excelência 
no belíssimo trabalho que nos foi 
confiado por Cristo.
Quol q melhor forma de ® 
rabalhar com os crianças
Para o êxito no trabalho com 
crianças na ED é preciso, entre 
outros fatores, valorizar o currículo, 
a integração entre os temas e a 
atenção aos objetivos propostos; 
respeitar as características etárias de 
aprendizagem e desenvolvimento 
de cada criança; cultivar o afeto na 
sala de aula; e buscar sempre uma 
aplicação prática de cada conceito 
estudado em harmonia com a per­
cepção de que a criança aprende 
fazendo, vivendo e se relacionando.
12 ENSINADOR Cristão
M f l i a i f i i r a i a B B B a r a r a
Sem dúvida, a maior dificuldade 
no apascentar as crianças é conseguir 
pessoas dispostas a ajudar. Muitos 
sãos os que se dizem apoiadores 
do trabalho com as crianças nas 
igrejas, mas poucos são os que se 
disponibilizam a envolverem-se 
nessa missão tão nobre. Precisamos 
de cristãos que amem as crianças e 
se comprometam na preciosa tarefa 
de apascentá-las. Quero deixar o 
convite aos que querem fazer mais 
para Jesus: ore e peça direção divina, 
procure o líder do departamento 
infantil em sua igreja e permita-se 
viver essa linda causa!
.orno gerar umo geroçõo
le investimento'
Todos nós a lm e jam o s d e ­
senvolver nosso trabalho com as 
crianças em uma igreja com salas 
personalizadas, recursos financeiros 
abundantes, bons equipamentos 
e amplo apoio de todos. Mas, na 
maioria dos lugares, essa é uma 
realidade ainda distante. Porém, 
nenhuma dessas coisas é essencial 
ao sucesso do departamento infan­
til. O que determina o surgimento 
de uma geração de adoradores é o 
material: corações conduzidos pelo 
Espírito Santo, pessoas conscientes 
de seu chamado e comprometidas 
em dar o seu melhor pelas crianças. 
São esses os fatores que fazem a 
diferença!
os encontros de
B E S S E S E S E I
haver um espaço poro ■ 
se conscientizar d o M s-;; 
importòncio do trabalho
m ™mm
Sim, com certeza. Os nossos 
pastores têm uma grande sensi­
b ilidade e um coração ardente 
por almas. Justam ente por isso,
tornam-se preciosos os momentos 
onde as reflexões acerca do trabalho 
com crianças são levadas a eles. Ao 
conhecerem melhor as demandas e 
as possibilidades de tão importante 
trabalho , o apoio concreto aos 
departamentos infantis será ainda 
mais visível e efetivo.
iero que os crianças com 
leficiência estão sendo 1
m m
Vivemos um momento onde 
há uma visibilidade crescente com 
relação às pessoas com deficiên­
cia (PcD). Hoje, não basta abrir as 
portas aos PcDs; é fundamental 
que sejam possibilitadas a eles as 
plenas condições de participarem 
de forma integral das práticas desen­
volvidas. Não podemos achar que 
uma criança com deficiência deva 
apenas assistir ao culto infantil ou à 
ED, mas, sim, enquanto educadores 
cristãos, devemos criar as condições 
para que essa criança exerça a sua 
fé de forma integral e autônoma. 
Ainda temos muito caminho pela 
frente na área da inclusão, porém já 
estamos em uma boa direção. Uma 
formação docente que contemple a 
abordagem inclusiva é essencial. ■
é é
A maior 
dificuldade 
para
apacentar 
crianças é 
conseguir 
pessoas 
dispostas 
para ajudar
t f
ENSINADOR Cristão 13
t
As ultimas coisas
“Está próximo o fim de todas os coisas; 
portanto, sede sóbrios e vigiai em oração"
1 Pedro 4.7
■rm
A Bíblia informa que os "últimos dias" já come­
çaram (Hb 1.2) ou, noutras palavras, que estamos 
vivendo na "última hora" (1 Jo 2.18). Pedro, depois 
de dizer que o Dia do Senhor se aproxima, faz a 
descrição de como será o fim do mundo: "Os céus 
passarão com grande estrondo, e os elementos, 
ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela 
há, se queim arão" (2Pe 3.10). Em vários livros da 
Escritura, são encontradas profecias deste jaez. En­
tretanto, no livro de Apocalipse se descortina, com 
maior riqueza de detalhes, o futuro do Universo e 
a consequente glória de Cristo no fim da História - 
objetivo precípuo da escatologia cristã, razão pela 
qual o livro de Apocalipse será utilizado 
como fio condutor para apresentar, neste 
singelo artigo, o enredo derradeiro da 
história da humanidade.
A interpretação do Apocalipse é um enor­
me desafio, haja vista que os enigmas proféticos 
são apresentados por meio de linguagem simbólica. 
Nesses casos, entretanto, a exegese não deve ser 
realizada com base na imaginação descontrolada
14 ENSINADOR Cristão
do intérprete, mas dentro do próprio texto , bem 
como levando em consideração outras passagens 
escriturísticas. Com isso, a escatologia cumprirá 
genuinamente uma nobre missãode desviar nosso 
olhar das coisas efêmeras desta vida, elevando-o 
ao Céu e estendendo-o à eternidade.
O futuro da humanidade está encoberto, mas 
somente até Deus mostrar uma porta aberta no Céu. 
Após isso, João sai da terra (em espírito), porque 
agora ele vai ver o futuro, como um filme, em que 
são mostradas cenas que retratam "as coisas que 
devem acontecer". Deus, aqui, não está falando 
da construção de fatos a partir do que os homens 
decidirão, numa espécie de "Teísmo Aberto", mas 
de episódios que incondicionalmente acontecerão. 
Está escrito:
"Depois destas coisas, olhei, e eis que estava 
uma porta aberta no céu; e (...) disse: Sobe aqui, e 
mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem 
acontecer. E logo fui arrebatado em espírito, e eis 
que um trono estava posto no céu, e um assentado 
sobre o trono. (...) E ao redor do trono havia vinte
ENSINADOR Cristão 15
Reynaldo Odilo 
Martins Soares 
\ é pastor na 
Assembléia de 
Deus em Natal (RN 
)e comentarista da 
Revista de Jovens 
da CPAD.
e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos 
vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; 
e tinham sobre a cabeça coroas de ouro. E do trono 
saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; (...) E havia 
diante do trono um como mar de vidro, semelhante 
ao cristal" (Ap 4.1-6).
A igreja, nesta cena, não é vista como na descri­
ção inicial do livro, com imperfeições e problemas 
doutrinários, morais, sociais - as Sete Igrejas da Ásia 
mas como a Igreja no Céu, triunfante, glorificada, 
galardoada, reinando ao lado dAquele que está 
assentado sobre o trono, representada por 24 anci­
ãos com coroas, as quais serão lançadas diante do 
Senhor (Ap 4.10) para demonstrar que os galardões 
celestiais recebidos têm como propósito honrar a 
Deus. "Porque dele, por ele e para ele são todas as 
coisas" (Rm 11.36).
A maior parte do livro de Apocalipse se detém 
em falar sobre um tempo de juízo chamado Grande 
Tribulação, em face de as restrições impostas pela 
Justiça de Deus serem rompidas ao Cordeiro abrir 
os selos, momento a partir do qual hecatombes e 
cataclismos atingirão violentamente os que "habi­
tam na Terra" (grupo de pessoas frequentemente 
referido-Ap 3.10; 6.10; 8.13; 11.10; 12.12; 13.8,12,14; 
14.6; 17.2,8), mas nada disso está fora do controle 
de Deus, pois Ele está assentado sobre o trono, 
a sala de comando do Universo! Nesse período, 
apesar da ira do Cordeiro, ainda haverá salvação, 
haja vista que, em dois instantes, Deus faz surgir 
um arco celeste (Ap 4.3; 10.1) a fim de mostrar sua 
misericórdia, abrindo a oportunidade de perdão 
para os arrependidos; porém, a informação de que 
os homens "não se arrependeram" aparece quatro 
vezes (Ap 9.20,21; 16.9,11).
Nesse período da história, a malignidade atuará 
com intensidade na Terra, porque Satanás, expulso 
de sua habitação, sabe que agora pouco tempo lhe 
resta (Ap 12.12). O Mal, que em Gênesis surgiu de 
maneira sutil, retratado como uma ardilosa serpente, 
agora aparece com toda sua ferocidade na figura 
de um grande dragão, que formará a trindade sa­
tânica com o Anticristo (Ap 13.1-8) e com o Falso 
Profeta (Ap 13.11-18) - homens que concentrarão 
toda a perversidade de Herodes, Nero, Calígula, 
Domiciano, Gêngis Khan, Mao Tsé-Tung, Stalin e 
Hitler etc. Serão o suprassumo de toda a maldade, 
a encarnação do mal, de forma que, quando os 
homens adorarem o Anticristo, automaticamente 
estarão adorando o próprio Satanás (Ap 13.4). 
Esse projeto diabólico contará ainda com o auxílio
da Grande Babilônia, a qual, em suma, representa 
um sistema diabólico que atua na Terra e se move 
contra Deus. Ela é representada, na revelação, por 
uma mulher prostituta, em contraste com a Esposa 
do Cordeiro, que está vestida com roupas brancas.
No livro de Apocalipse, Deus glorifica o Filho 
soberanamente, como se vê nos momentos iniciais 
e finais, nas Bodas do Cordeiro que celebrará, nas 
guerras que vencerá e nos julgamentos que presidirá, 
destruindo a morte, o inferno, Satanás e todos os 
demônios. Por fim, João descreve uma cena terrível, 
digna de filme de terror: os que "habitam na Terra" 
(não arrependidos) e mais bilhões de indivíduos, 
serão lançados no lago de fogo e permanecerão 
ali, em sofrimento, pelos séculos dos séculos (Ap 
20.10,15). "Depois, virá o fim, quando tiver entregado 
o Reino a Deus ao Pai, e quando houver aniquilado 
todo império e toda potestade e força" (1Co 15.24).
No final de tudo, os fiéis terão grande felicidade, 
demostrada na extraordinária visão da Nova Jerusa­
lém, lugar onde não haverá mais morte, sofrimento, 
lágrimas. Todavia, pelo visto, a descrição joanina ape­
nas traduz um contorno daquilo que é real, sombras 
de um futuro tão excelso que a finitude da mente 
humana não possui condições de compreender, 
aquilatar. Apesar do estudo aprofundado, continu­
amos, como disse Paulo, conhecendo somente em 
parte (1Co 13.9).
No último capítulo do livro, registra-se um diálogo 
que envolve o Esposo (Jesus), a Esposa (Igreja) e o 
Espírito Santo. Nessa conversa, exibe-se o interesse 
intenso da consumação do Casamento. O Esposo 
prom eteu : "C ertam en te cedo venho" por três 
vezes (Ap 22.7,12,20), ao que o Espírito e a Esposa 
responderam "Venha" (Ap 22.17 NVI), traduzindo o 
sentimento que o Senhor queria deixar impregnado 
em todos: "Vigiai, pois, porque não sabeis a que 
hora há de vir o vosso Senhor" (Mt 24.42).
Os participantes dessa grande festa nupcial, 
embora distintos em essência - Criador e criaturas 
- tornar-se-ão figuradam ente "uma só carne", o 
que Paulo considera um grande mistério (Ef 5.32), 
de modo que doravante existirá uma fusão mística 
eterna de seres criados, em um nível profundo e 
incompreensível, com o Criador de todas as coisas. 
Com vistas a este estado futuro de glória indizível, 
João aconselha: "E qualquer que nele tem esta 
esperança purifica-se a si mesmo, como também 
Ele é puro" (1 Jo 3.3). ■
i nomas 
Zimmerman
Líder da Assembléia de 
Deus nos EUA de 1959 a 
1985, ele investiu fortemente 
em evangelismo/missões e 
educação durante sua gestão
Thomas Zimmerman nasceu em 1912, de pais meto­
distas devotos. Sua família se tomou pentecostal após 
uma cura milagrosa. Quando ele tinha 5 anos, sua mãe 
foi diagnosticada com tuberculose terminal e com não 
‘mais do que seis semanas de vida. O diagnóstico levou 
a família a buscar ajuda na igreja pentecostal Missão de 
Fé Apostólica em Indianápolis/Aua cidade natal, igreja 
liderada pelo pastor John Price, que foi com alguns 
membros da sua congregação à casa de Thomas orar 
pela cura de sua mãe. Na manhã seguinte, ela se sentiu 
bem e saiu da cama, e, dias depois, o médico declarou 
que ela estava completamente curada. A família, então, 
começou a frequentar as reuniões da tarde de domingo 
na igreja pentecostal depois do culto matinal na igreja 
metodista. Após um tempo assim, seu pastor na igreja 
metodista sugeriu que deixassem a igreja.
Thomas foi fortemente influenciado pelo pastor 
John Price. Ele foi líder de jovens da igreja e, enquan­
to ainda estava no ensino médio, foi convidado a se 
tornar pastor associado de Price. Quando a esposa 
do pastor Price estava morrendo, ela pediu ao jovem 
Zimmerman que prometesse duaS coisas: continuar a 
ajudar seu marido e se casar com sua filha mais velha, 
Elizabeth. Thomas e Elizabeth já estavam interessados 
um no outro e o pastor Price realizou a cerimônia de 
casamento dos dois em 1933.
Após a morte de seu filho de 9 meses em 1935, 
Thomas e Elizabeth sentiram que deveríam dedicar 
o tem po deles integralmente ao ministério. Thomas 
trabalhava na Bemis Brothers Bag Company, onde 
ganhava um bom salário, mas abandonou tudo para 
servir integralmente no ministério. Ele foi ordenado ao 
ministério pelas Assembléias de Deus nos EUA em 7 
de maio de 1936, vindo a pastorear uma pequeníssima
congregação em Harrodsburg, Indiana, que em dois 
anos cresceu para mais de 250 membros, chamando 
a atenção da liderança da denomihação.
Em 1944, enquanto pastoreavaem Granite City, 
Illinois, Zimmerman fundou a National Religious Broad- 
casters. No mesmo ano, a AD Central em Springfield, 
Missouri, convidou Zimmerman para ser seu pastor. 
Isso o colocou entre a liderança denominacional. Em 
1945, Zimmerman se tornou chefe do departamento de 
rádio das ADs nos EUA. Após pastorear em Cleveland, 
Ohio, ele serviu ao lado do pastor Ralph Riggs, então 
líder do Concilio Geral das ADs nos EUA. Em 1959, 
Thomas Zimmerman foi eleito superintendente-geral 
das ADs em seu país. Ele serviu nessa função por 26 
anos, o mandato mais longo de qualquer um naquele 
cargo até hoje. Ele era considerado um "estadista 
pentecostal", trazendo ao Movimento Pentecostal em 
geral, e às Assembléias de Deus em particular, mais 
visibilidade e influência no mundo religioso.
Durante seu mandato, além da ênfase no evan- 
gelismo estava a ênfase no ensino. As ADs nos EUA 
criaram novos departam entos, um com plexo de 
aposentadoria em grande escala para ministros e 
missionários foi criado, terras federais foram recebi­
das para construção de faculdades e as ADs abriram 
um seminário para a continuação da educação aca­
dêmica de seus ministros. Ele também reconheceu 
a importância dos relatos orais e escritos do lugar 
do pentecostalism o na história norte-americana e 
mundial e foi fundamental no estabelecimento dos 
arquivos históricos das AD s (o Flower Pentecostal 
Heritage Center, o maior repositório de materiais de 
arquivo pentecostal do mundo). Zimmerman faleceu 
em 1991, aos 79 anos.
- « :
1
Exem
plo de M
estre
UuedQ e
Redenção
Nossos alunos precisam vislum brar 
o panoram a da Redenção
18 ENSINADOR Cristão
Olá, caro(a) professor(a)! É com muita alegria 
que chegamos a mais um trimestre abençoado. Pela 
graça de Deus, teremos mais uma oportunidade de 
levar nossos alunos a refletir na Palavra do Mestre e 
"mergulhar" numa temática tão rica e maravilhosa.
A nova lição nos permitirá compreender o proces­
so da Queda do ser humano e suas consequências 
até a promessa de Redenção, bem como a Redenção 
propriamente dita; compreender a Encarnação do 
Redentor e mergulhar na Graça enviada pelo Pai; e, 
por fim, estudarmos o arrependimento e a Redenção 
da raça humana.
Será um trim estre em polgante . Espero que 
você esteja super motivado para que seus alunos 
alcancem uma aprendizagem significativa a cada 
aula ministrada.
Sobre a Q ueda do ser humano, descrita em 
Gênesis capítulo 3, podemos dizer que temos pelo 
menos duas visões: uma visão é a de quem acha 
que é um mito, uma lenda ou até algo parcialmente 
crível em alguns aspectos; a outra visão, que é a 
nossa, é daqueles que acreditam no relato bíblico 
e creditam a Deus o poder de criar os Céus a Terra 
e tudo que nela há.
Mas, o que Queda significa? Auxiliados por algum 
dicionário, vamos encontrar: "Ato ou efeito de cair, 
desmoronar". E no sentido figurado, temos: "Trans­
gressão que leva ao caminho errado; erro, falha".
Quando nos referirmos à Queda do homem, esta­
mos falando da Queda de Adão ao pecado, da Queda 
de sua posição diante de Deus. Não encontraremos 
o termo "Queda" em Gênesis, mas encontramos a 
história da tentação e rebeldia de Adão e Eva, que é 
o que o termo "Queda" expressa. A Queda de Adão 
revela sua capacidade de entendimento do que estava 
acontecendo. Revela também sua natureza moral, seu
poder de escolha e, por fim, suas responsabilidades em 
dominar sobre a Terra.
Até chegarmos à Redenção, é necessário compre­
endermos alguns elementos da Queda: a tentação 
de Adão e Eva, o Tentador, as penalidades e as 
consequências do pecado.
De modo geral, podemos dizer que pecado é a 
transgressão dos preceitos divinos, o que é chamado 
também de iniquidade ( Jo 3,4); ou simplesmente 
qualquer coisa que vá contra o caráter de Deus, 
contra Sua santidade. Mas, de forma ainda mais 
simples, poderiamos dizer que é "errar o alvo".
Uma vez que Adão errou o alvo e que o ser 
humano foi afetado por seu erro, ele não teria por 
sua própria força condições de ser resgatado; pre­
cisaríamos de alguém para nos redimir, pois como 
disse o apóstolo Paulo, "todos pecaram e destituídos 
estão da glória de Deus" (Rm 3.23). O pecado de 
Adão propiciou esse afastamento, mas, por outro 
lado, Jesus Cristo possibilitou a reconciliação com 
Deus. Foi o "Verbo Encarnado" o responsável por 
nossa Redenção.
Para compreendermos melhor essa reconciliação 
com Deus ou a Redenção de nossos pecados, é 
preciso refletir sobre a Encarnação, seu significado 
e propósito.
É preciso, professor(a), que, durante o trimestre, 
seus alunos compreendam o que Jesus disse à mulher 
Samaritana: "Mas aquele que beber da água que 
eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu 
lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para 
a vida eterna" (Jo 4.14).
Oro a Deus para que seus alunos compreendam 
a Queda, sobretudo se sintam redimidos pelo Cris­
to vivo. Aleluia! Que Deus te use poderosamente 
neste trimestre.
Vivendo em sociedade
Não temos o sociedade dos sonhos, mas podemos 
Lutar por umo sociedade melhor!
Querido(a) professor(a), é uma satisfação enorme 
chegar a mais um trimestre. Pela graça de Deus, po­
deremos dar mais uma contribuição na docência cristã 
e, desta vez, refletindo sobre o viver em sociedade.
O que é sociedade? Quais os tipos de sociedade? 
Que padrões as sociedades passam? E a Igreja é uma 
sociedade? Que regras a diferenciam das demais 
sociedades? E a família, qual o seu papel? Qual a sua 
importância? Tais questionamentos e muitos outros 
poderão e deverão ser abordados neste trimestre.
Como é rica essa lição! As questões morais sobre 
o trabalho, política, redes sociais, a escola e o dever 
de ser sal e luz em um mundo corrompido estarão 
presentes, e cabe a você trazer a cada adolescente a 
reflexão sobre viver em sociedade para glória de Deus.
Ser adolescente é viver uma fase caracterizada por 
mudanças e conflitos, cheia de experimentações. Ele 
fica perdido nessa transição do mundo infantil de 
brincadeiras, jogos, lazer, poucas responsabilidades 
e uma crescente atração pelo mundo adulto. As 
mudanças psicoemocionais ocorrem paralelamente 
às mudanças físicas.
O viver de um adolescente não é tão fácil assim 
como muitos pensam. Apenas para fins de conhe­
cimento, você sabe qual médico é especialista em 
adolescentes? Da criança, do homem, da mulher 
e do idoso são bem fáceis de lembrar, mas para o 
adolescente, não. É o hebiatra, que não é fácil de 
encontrar. Arrisco dizer que é raro. Assim como é 
você, professor(a) de adolescentes. Conhecer e lidar 
com adolescentes, conforme afirma o pastor e psicó­
logo Jamiel Lopes, tem sido um dos maiores desafios 
para a igreja atual, por isso eu lhe parabenizo portão 
grande e nobre tarefa que é ensinar adolescentes com 
a temática "Vivendo em sociedade".
Nesta lição, é possível que seja exigido de você, 
para uma aula mais aprofundada, alguma formação 
ou conhecimento que você não tenha. Lidar com 
problemas na família, com bullying ou cyberbullying 
e outras questões presentes na lição, pode requerer 
conhecimentos sobre terapia familiar, ajuda de um 
psicopedagogo ou até de psicólogos; pode exigir 
ter conhecimentos pedagógicos e saberes informáti­
cos, dentre outros. Mas não se sinta pressionado(a)! 
Estude a lição com antecedência e, ao verificar a 
necessidade de conhecimentos que vão além dos 
seus, peça ajuda. Agende com um pastor de famílias 
ou um sociólogo, pedagogo, psicopedagogo ou até 
um psicólogo de sua igreja. Será uma lição ímpar 
aprender sobre o viver em sociedade com várias 
pessoas de nossa própria sociedade.
Cada aula será uma etapa na escalada de uma 
montanha, quando, ao chegar no topo, todo trabalho 
será compensado, pois contemplarás a beleza da 
visão proporcionada: seus adolescentes subiram 
com você e, melhor, se aproximaram mais de Deus.
Como Cury diz: "Bons professores são mestres 
temporários; professores fascinantes são mestres 
inesquecíveis".
Seremos professores marcantes e inesquecíveis 
paraeles; que quando olharem para cada um de nós 
eles percebam que somos a luz e o sal que queremos 
que eles sejam. Chegaremos na última lição vivendo 
para glória de Deus e desejando que esta sociedade 
não consiga macular o dom que recebemos de Jesus 
em esmerarmo-nos no ensinar a Palavra de Deus. Oro 
para que seus alunos compreendam as lições sobre 
sociedade e vivam na sociedade como estrangeiros 
e peregrinos, pois nossa cidadania é celestial!
Que Deus te abençoe! ■
Gastone ALves dos 
Santos é presbítero 
da Igreja AssembLeia 
de Deus em Abreu e 
Lima e 
2o superintendente 
geraL da Escola 
Dominical. Ele é 
gestor de Escola 
de Referência em 
Ensino Médio 
em Pernambuco 
e graduado em 
Matemática, 
Computação, 
Teologia e Filosofia, 
e especialista 
em Matemática, 
Educação, Políticas 
Educativas, EAD, 
Psicopedagogia e EJA 
- Gestão. Mestrando 
Ciências da 
Educação.
Mensageiro da Paz2fi
A P R O V A D O l
42% da população mundial 
não ouviu ainda 0 evangelho
Por outro Mo. a BMu em «da Kn*>a br«w «.1 HOlkMe
ADs atendem a um 
milhão de pessoas
Por apenas:Por apenas:Por apenas:
p e r i ó d i c o s CPAD
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Novos conteúdos 
e oroieto gráfico:! 
CPAD lonco um 
novo currículo dei 
Escola Dominical
Com objetivo de oferecer o melhor material do Escola Dominical para as igrejas, e como 
principal editora do currículo do Escola Dominical no país, o Casa Publicadora das 
Assembléias de Deus (CPAD) lança um novo currículo de Escola Dominical em novembro
No mês de novmebro, a Casa Publicadora das 
Assembléias de Deus (CPAD) estará lançando seu novo 
currículo de Escola Dominical, com novos temas e novos 
comentaristas na faixa infanto-juvenil, e com um design e 
recursos nas revistas sintonizados com o que há de mais 
atual na área de educação, sem fugir dos padrões bíblicos.
Segundo o diretor-executivo da CPAD, o irmão Ro­
naldo Rodrigues de Souza, "o novo currículo está dentro 
do planejado pela CPAD, que a cada sete anos lança 
uma nova edição totalmente inédita, tanto em relação 
ao conteúdo, quanto às partes visual, de diagramação 
e identidade. Entre as edições da Casa Publicadora, 
a produção das revistas para a Escola Dominical é a 
nossa mais importante missão, pois cuida do ensino da 
Palavra de Deus para toda a Igreja, desde as crianças 
até aos mais idosos, desde o novo convertido até aos 
mais estudiosos da Bíblia Sagrada. A Escola Dominical 
é a reunião mais importante da Igreja no que tange ao 
fortalecimento espiritual, despertamento de vocações e 
o serviço na obra de Deus. O novo currículo chega em 
um momento oportuno, uma vez que os dados sobre a 
pandemia pronunciam uma tendência de arrefecimento,
e com isso a normalização dos nossos cultos presenciais 
e também das aulas na Escola Dominical. Sempre que 
lançamos uma nova edição do currículo da CPAD temos 
um duplicado interesse dos membros em frequentarem 
a Escola Dominical, além dos alunos assíduos, e isso é 
muito bom, pois os crentes que durante a pandemia se 
descuidaram de sua vida espiritual, podem agora, ao 
frequentarem a Escola Dominical, lerem e estudarem a 
Palavra de Deus, se fortalecendo em sua caminhada cristã".
Sobre as novidades do novo currículo, o diretor da 
CPAD afirma que "o novo currículo de Escola Dominical 
é novo em tudo: novo no conteúdo, nas temáticas, tanto 
para os adultos quanto para os jovens, adolescentes e 
pré-adolescentes; e novo nas histórias para as crianças, 
nas ilustrações, tanto nas revistas quanto nos visuais de 
auxílio para os professores. Deus tem dado às Assembléias 
de Deus no Brasil homens e mulheres preparados para 
o ministério de ensino, e nós, da CPAD, damos graças 
ao Senhor por esta dádiva dos céus que, através das 
Lições Bíblicas, cooperam com as demais atividades 
ministeriais da Igreja, para manter uma Igreja doutrina- 
riamente sólida e ativa na obra do Senhor nosso Deus".
22 Ensinodor Cristão
Para o chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD, 
o presbítero Marcelo Oliveira, há três pontos a ser con­
siderados nesse novo currículo. O primeiro é em relação 
ao elemento unificador doutrinário. "O Currículo da ED 
une a nossa igreja doutrinariamente, então ele sempre 
é elaborado com a expectativa de contribuir ainda mais 
para o aprofundamento dessa unidade doutrinária em 
nossa igreja no Brasil", argumenta Marcelo. O segunda 
ponto é concernente à característica formadora do 
currículo. "Nossa expectativa é de os irmãos desde o 
berçário aos adultos sejam edificados e fortalecidos na 
fé em Cristo", enfatiza. E, finalmente, o terceiro ponto 
gira em torno dos professores e superintendentes da ED. 
"Nossa ideia é propor novidade de tempos em tempos. 
Por isso a nossa expectativa é de que eles acolham o 
novo currículo de maneira maravilhosa e, por meio dele, 
dinamizem a ED nas escolas locais. Principalmente nessa 
saída da pandemia. Nossa oração é que o Espírito Santo 
use este novo currículo para formar a nossa igreja com 
os valores e princípios da Bíblia que são atemporais e 
eternos", sintetiza Marcelo.
O gerente de publicações da CPAD, pastor A le­
xandre Claudino Coelho, é enfático. "Não é apenas 
uma renovação, mas uma atualização na questão 
relacionada a comentaristas, às temáticas das lições 
e também aos temas. Esse novo currículo é integrado 
naturalmente com a Palavra de Deus, sempre valori­
zando a importância do estudo e mantendo o padrão 
didático que a CPAD vem desenvolvendo ao longo do 
tempo", declara pastor Alexandre.
Novo Currículo agita educadores e 
olunos
Quem também esteve bastante envolvida nesse 
novo processo foi a editora das revistas de Lições 
Bíblicas de jovens, a professora Telma Bueno. "Minha 
expectativa é de que o novo currículo traga aos pro­
fessores um renovo, um bálsamo. Estamos vivendo 
tempos difíceis e muitas igrejas tiveram que encerrar 
as atividades presenciais durante um tempo. Muitos 
alunos e professores ficaram desestimulados, desani­
mados. Espero que, nesse retorno, ele traga um novo 
fôlego", afirma a professora.
Alunos assíduos da ED, como o evangelista Welling- 
ton da Silva Vieira, da Assembléia de Deus em Montese, 
Fortaleza (CE), demonstra o quão importante são as 
revistas de ED da CPAD. "Leciono na ED há mais de 
20 anos. Tenho contemplado nessa trajetória que 
as pessoas que aceitam Jesus e se tornam alunos 
frequentes na ED, além de suas vidas transformadas, 
têm uma frutificação tanto espiritual quanto como 
seres humanos", declara.
A jornalista Eugenia Santos, 
da AD em Porto Velho (RO), ao 
saber das novidades que estão 
por vir, se alegrou e demostrou 
bastante ansiedade. "M inha 
expectativa é a melhor possível. 
A CPAD sempre primou pelo 
bom currículo de suas revistas e 
o preparo de seus comentaristas 
é o ponto forte a cada trimestre. 
Creio que essa mudança visa a 
um aperfeiçoamento ainda maior 
de seu material e que as igrejas 
que adotam as revistas em suas 
EDs terão benefícios compatíveis 
à confiança vivenciada por elas ao 
longo dos anos na formação de 
seus alunos", declarou a aluna.
Comentaristas 
reconhecem o 
dedicação e esforço 
do Coso com o ensino 
O pastor João Paulo Men­
des, um dos com entaristas 
das revistas Lições Bíblicas de 
Juven is , está otim ista com o 
lançamento. Ele ressalta que 
conhece há décadas a atenção 
e a dedicação que a editora tem 
em seu conteúdo e também na 
qualidade dos comentaristas. 
"Há também uma expectativa 
quanto ao avanço e ao uso maior 
da tecnologia. Independente das 
idades, todos necessariamente 
estão inseridos num mundo 
virtual e parece que é um cami­
nho sem volta. Infelizmente, a 
pandemia veio nos mostrar que 
a nossa adaptação ao mundo 
tecnológico é um componen­
te presentena vida de quase 
todas as pessoas. Certamente 
teremos algo especial para este 
conteúdo. Este novo modo de 
viver precisa receber a atenção 
do professor e do aluno da ED. 
A nossa expectativa é de que 
teremos um excelente e novo 
material em mãos para alcançar 
mais pessoas ainda", testifica.
O diretor Irmão Ronaldo 
acredita que o novo currículo 
chegou num momento da 
Igreja Brasileira.
Pastor Douglas Baptista 
disse que a CPAD prima pela 
excelência do ensino bíblico
Ensinodor Cristão 23
Pastor Douglas Baptista 
disse que a CPAD prima pela 
excelência do ensino bíblico.
O comentarista João Mendes 
reconhece a dedicação da 
CPAD em relação ao conteúdo.
O pastor Douglas Rober­
to de Almeida Baptista, líder 
da A ssem b lé ia de Deus de 
Missão do Distrito Federal e 
do Conselho de Educação e 
Cultura da CGADB, e também 
comentarista das Lições Bíblicas 
da CPAD, declarou: "A CPAD 
tem primado sempre pela ex­
celência do ensino bíblico e 
teológico em suas publicações. 
A editora está comprometida 
com a ortodoxia pentecostal 
e tem se esmerado na escolha 
de escritores com qualidade 
acadêmica e compromisso ir­
restrito com a Palavra de Deus", 
pondera.
"Nossa sociedade encontra- 
-se mergulhada na m oderni­
dade líquida, onde os valores 
cristãos são relativizados e des- 
construídos. Portanto, considero 
importante renovar o currículo 
da ED e fazer abordagens de 
temas contemporâneos à luz 
das Escrituras Sagradas para 
o enfrentamento dessas ideo­
logias nocivas à fé cristã". Ele 
lembrou ainda da seriedade 
e comprometimento da Casa 
com o conteúdo do currículo. 
"Novos temas não significam 
renunciar ao estudo das doutri­
nas essenciais do cristianismo; 
ao contrário, trata-se de reafir­
mação dos princípios bíblicos 
como referenciais permanentes 
da prática pedagógica da ED 
", argumentou pastor Douglas.
Daniele Soares é uma das 
mais novas a entrar para a equi­
pe de comentaristas. Ela falou 
sobre a im portância da ED. 
"A ED, ou 'a escolinha', está 
presente na minha vida desde a 
infância. Acordar aos domingos 
era uma alegria porque sabia 
que aprendería uma história 
nova e memorizaria um novo 
versículo. Esse amor permanece
até hoje. Cresci como aluna e tornei-me professora. 
Na ED, não só aprendi sobre Deus como também 
desenvolví meu relacionamento com Deus. Entendo 
que, durante a infância e a adolescência, o primeiro 
contato na ED com a narrativa bíblica e seus perso­
nagens é importante porque essas histórias ficam 
registradas na memória e no imaginário da pessoa. 
O espaço da sala de aula permite a combinação de 
teoria e da prática cristã, é um oportunidade para 
vivenciarmos a comunhão dada pelo Espírito Santo. 
Ser convidada para ser comentarista da revista de 
adolescentes acrescenta um capítulo especial da 
ED na minha vida e sou agradecida a Deus pela 
oportunidade", se alegra.
Daniele destaca que a mudança de currículo da 
Escola Dominical é importante para manter a atuali­
dade dos temas. "Isso demonstra a preocupação da 
Casa em garantir que o ensino bíblico acompanhe 
as mudanças sociais sem perder a atemporalidade 
da mensagem bíblica".
Na visão do comentarista veterano, pastor Eli- 
naldo Renovato, um novo currículo mostra a série 
de temas e assuntos que serão abordados na ED. 
"É importante que um assunto possa somar com o 
do próximo trimestre e assim por diante, que haja 
uma coerência na grade curricular. O currículo é o 
planejamento de ensino, que é colocado no plano de 
aulas", ressalta o líder da AD em Parnamirim (RN).B
A CPAD começou a editar a revista Lições 
Bíblicas para adultos desde 1943. O conteúdo 
da revista vinha de forma de suplementos junto 
com o jornal Boa Semente. Em 1970 houve uma 
segmentação da revista para o público infantil e, 
também, a confecção a revista Estudando a Bíblia 
para as crianças da primeira infância.
Em 1981 foi feito uma grande reformulação 
do programa curricular da editora e esse trabalho 
incluiu a atualização do conteúdo programático. 
Em 1991 ocorreu a introdução de um suplemento 
de recursos didáticos nas revistas para os professo­
res. Mas a grande revelação do currículo veio em 
1994. Esta iniciativa aconteceu com um objetivo 
de a editora se tornar a principal na elaboração do 
currículo de Escola Dominical do país. Assim, houve 
uma completa reformulação gráfica, programática 
e didática-pedagógica do currículo e uma substi­
tuição de um currículo que já durava 18 anos. Já 
em 2006, ouve um acréscimo de duas faixas etárias 
(berçário e pré-adolescente). Essa reformulação foi 
feita sob a orientação do pastor Antônio Gilberto.
24 Ensinodor Cristão
A vido do apóstolo Paulo
Para aprender com o ministério do apóstolo Paulo visando às pers­
pectivas que potencializam diretamente a prática da igreja cristã 
(evangelização, discipulado, plantação de igrejas, descobertas 
de novas vocações, zelo pela doutrina, esperança no porvir 
etc), a CPAD traz como tema da revista Lições Bíblicas 
um estudo aprofundado da vida do apóstolo Paulo. O 
comentarista responsável por esse trabalho é o pastor 
Elienai Cabral. Ele ressalta que, para compreendê-lo 
melhor, veremos o mundo que o apóstolo atuava.
Por isso, o texto base desta lição apresenta como 
o homem de Tarso foi vocacionado para levar o 
nome de Jesus diante dos gentios: Atos 9.15.
Muitos concordam que, depois de Jesus Cristo, ele é 
o líder mais importante da Igreja. Pela inspiração do 
Espírito Santo, ele ensinou e sistematizou a fé cristã 
para os gentios. Por tudo, a vida de Paulo tem muito 
a dizer para a nossa prática de igreja cristã: Como se 
comportar nas perseguições? Como identificar a voca­
ção? Como plantar igrejas? Como evangelizar? Como 
discipular? Como zelar pela preciosa doutrina de Cristo?
Pastor Elienai Cabral é pastor, teólogo e conferencista, 
consultor doutrinário e teológico da CPAD, membro da Casa 
de Letras Emilio Conde, comentarista de Lições Bíblicas e autor 
de várias obras publicadas pela CPAD.
ooostolo Poulo ocerco do
ministério que o senhor
destacaria?
Naturalmente, o personagem 
central e principal do cristianismo 
é o próprio Cristo. Ele é o epicentro 
da teologia cristã. Os apóstolos que 
estiveram com Jesus em sua vida 
terrestre receberam dele toda a 
doutrina que moldou o cristianis­
mo neotestamentário. Entretanto, 
Paulo foi quem mais contribuiu para 
que o cristianismo fosse construído 
sobre os pilares da "doutrina dos 
apóstolos" (At 2.42). A sua relevância 
histórica no cristianismo aparece 
na sua visão de expandir a igreja 
no mundo gentio, uma vez que o 
evangelho da graça é para toda a 
criatura na Terra. A igreja de Jeru­
salém entendia, no seu início, que o 
Evangelho deveria ser pregado pri­
meiro para os judeus. Os apóstolos 
de Jesus tinham essa visão restritiva. 
E, por isso, o Senhor Jesus escolheu 
e chamou um judeu apaixonado 
por sua religiosidade de "fariseu 
zeloso" (Gl 1.14) para que tivesse 
a revelação de Jesus, conforme 
suas próprias palavras (Gl 1.15,16). 
Paulo tornou-se, indiscutivelmente, 
o grande defensor do nome de 
Jesus e construtor da maior parte 
da teologia cristã, tendo-se feito o 
maior teólogo do cristianismo, além 
de ter-se feito o grande evangelista 
e plantador de igrejas de toda a 
história. Portanto, a sua relevância 
histórica é incontestável, especial­
mente no campo dos fundamentos 
da doutrina cristã.
>aulo menciono em
seus omiqos chegoram
Ireferindo a que 0003100'
A ocasião mencionada por Paulo 
em 2 Corínitos 1.8 referia-se a uma 
perseguição que ele e seus compa­
nheiros enfrentaram em Éfeso, na 
Ásia, conforme está registrado por 
Lucas em Atos 19, e que quase o 
levou à morte. O plural "nós" tinha 
um caráter particular, pois se referia 
a si mesmo, da mesma forma como 
utiliza esse "nós" na maioria dos con­
textos de suas epístolas. "Tribulação" 
pode também referir-se a alguma 
doença grave de que Paulo tenha 
sido acometido. Porém, quando ele 
fala da "tribulação que nos sobreveio 
na Ásia", não há mais detalhes do 
tipo de tribulação.O "desespero da 
vida" pode ser um modo de afirmar 
que houve pressão física e até psico­
lógica, por isso, ele diz que "até da 
vida desesperamos".
ENSINADOR Cristão 25
Entrevista com
 o com
entarista
O martírio de Estevão, de 
alguma moneiro, contribuiu 
para a conversão dePoulo?
Sem dúvida, o martírio de Este­
vão contribuiu para a conversão de 
Saulo de Tarso, não de imediato, 
mas após a experiência revolu­
cionária com Jesus no caminho 
de Damasco, quando ele pôde 
refletir sobre sua vida de perse­
guidor dos cristãos. Quando o 
ainda Saulo de Tarso consentiu 
com e provocou esse martírio, 
estava com o sentimento de estar 
defendendo a fé judaica contra o 
Cristo dos apóstolos. Ele sentia-se 
livre para fazer maldades absurdas 
contra os cristãos, e a mensagem 
contundente e corajosa de Este­
vão moveu com os seus brios e 
ele, para satisfazer sua vaidade e 
arrogância, bem como para agra­
dar as autoridades religiosas dos 
judeus em Jerusalém, partiu para 
a perseguição sem tréguas contra 
os cristãos, mandando prender, 
açoitar e até consentir no assassi­
nato de alguns (At 26.9,10; 22.4). 
Ele mesmo não jogou nenhuma 
pedra em Estevão, mas provocou 
o tumulto e o linchamento de Es­
tevão. Quando resolveu perseguir 
os cristãos de Damasco, e muitos 
que haviam saído de Jerusalém, 
fugindo da perseguição, rumou 
para Damasco com o mesmo in­
tuito. Não se sabe, se a pé ou em 
cavalos ou mesmo camelos, mas o 
que a história conta é que, quando 
se aproximava de Damasco, em 
meio ao caminho, foi surpreendido 
pela intervenção do próprio Cristo 
com um resplendor que vinha do 
céu que o derrubou por terra e o 
deixou cego por três dias.
Poulo escreveu duosjp lll 
cortos o Timoteo. De que 
formo o reloçõo entre M l
postor pode nos inspirar 
no formação de lideres e 
obreiros nos dias atuais?
Timóteo não era um filho bio­
lógico de Paulo, mas era um filho 
m inisterial. Paulo dedicou não 
somente a ele, mas também a Tito 
e outros mais, o seu legado ministe­
rial. Em Éfeso, ele criou praticamen­
te uma escola de obreiros visando 
a prepará-los para se tornarem não 
meros pregadores, mas servos 
capazes de ensinar a doutrina de 
Cristo com ousadia e fidelidade 
a tudo quanto foi ensinado por 
Paulo. A preocupação principal 
de Paulo era o enfrentamento de
éé
O papel 
preponderante 
do pastor é 
ser guardião 
e protetor do 
rebanho do 
Senhor
tt
obreiros heréticos, influenciados 
pelo gnosticismo, querendo in- 
culcar na mente da igreja outra 
doutrina, e não a que Paulo havia 
ensinado (1Tm 1.3-10). Em Atos 
20, Paulo e seus com panheiros 
tiveram que enfrentar o tumulto 
levantado por Demétrio e outros 
mais em Éfeso, e Paulo entendeu 
que deveria deixar Éfeso e ir para 
a Macedônia, não por medo, mas 
para evitar sofrimento àquela igreja. 
Paulo tomou o caminho da Asia, 
e o acompanhou alguns dos seus 
colaboradores. A preocupação do 
apóstolo não era somente lidar com 
os falsos mestres e seus ensinos
que deturpavam a fé cristã. Ele 
passou para os obreiros que foram 
encontrá-lo em Mileto o testemu­
nho pessoal de que procurou viver 
uma vida coerente com aquilo que 
ele ensinava nas igrejas. A vida 
pessoal e pública do obreiro é de 
fundamental importância perante 
a igreja. Ele não tinha de que se 
envergonhar. Nem por isso, de­
monstrava arrogância, mas desejava 
deixar como testemunho o seu 
desprendimento para servir o Se­
nhor e dar a sua vida por Ele, assim 
como Ele a deu por todos. Paulo 
admoestou os seus obreiros sobre 
o cuidado pessoal que deveriam 
ter (At 20.18,28). No versículo 28 de 
Atos 20, na primeira parte, Paulo 
diz aos seus obreiros: "Olhai, pois, 
por vós mesmos". Sua liderança 
era exemplar diante de todos, mas 
ele aconselhou os seus obreiros 
que olhassem também por eles 
mesmos. O obreiro na liderança 
de uma igreja não pode passar 
a ideia de super-homem, como 
se fosse intangível ou intocável, 
como se não pudesse ser atingido 
nunca por forças externas, ou não 
se cansasse nunca e não precisasse 
cuidar do seu corpo, da sua saúde. 
Antes de quererm os cuidar do 
rebanho de Deus, devemos cuidar 
de nós mesmos para estarmos em 
condições saudáveis de cuidar do 
povo de Deus. O obreiro precisa 
também ter total desprendimento 
para realizar a obra de Deus ( At 
20.24). Esse desprendimento im­
plica total abnegação das coisas 
m ateriais e plena confiança no 
cuidado de Deus para suprir to­
das as necessidades, Paulo tinha 
o coração livre da avareza e da 
ganância. Enfim, Paulo investiu nos 
fundamentos doutrinários na vida 
dos seus obreiros, para que fossem 
capazes de enfrentar os lobos cruéis 
que atacavam o rebanho de Deus.
O papel preponderante do pastor é 
ser guardião e protetor do rebanho 
do Senhor. ■
26 ENSINADOR Cristão
Qual a melhor maneira 
de trabalhar com a 
criança na ED?
Costumo dizer que, para trabalhar com crianças, 
você tem que ser o melhor professor, um excelente 
aluno, um grande teólogo, um bom psicólogo, um 
autodidata e junte a isso tudo ainda o Fruto do 
Espírito, pois vai precisar. Em resumo, você precisa 
caminhar com Deus para aprender com Ele.
O capítulo 13 de 1° Coríntios nos mostra os atri­
butos do amor: ele é bondoso, nunca desiste, não é 
egoísta, fica alegre quando alguém faz o que é certo, 
não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, 
não é vaidoso, é eterno, é paciente, não fica irritado, 
não é grosseiro, não é ciumento, não é orgulhoso, não 
guarda mágoas, suporta tudo com fé, esperança e 
paciência. Por que será que muitos desses conceitos 
fazem parte das características de um professor de 
criança? Porque a melhor maneira de trabalhar com 
crianças é, em primeiro lugar, amando-as.
Amor pelas almas é essencial em nosso trabalho. 
Quer sejamos adultos ou crianças, todos precisamos 
do amor do Pai transmitido através da vida de um 
professor. Sempre aconselho os meus professores 
a lerem o livro "As Cinco Linguagens do Amor das 
Crianças", de Gary Chapman, que nos dá uma noção 
de como enxergar a necessidade de cada aluno.
Ser um educador de Escola Dominical é desen­
volver, com a ajuda de Deus, uma capacidade que 
vai além do conteúdo que ministra. É preciso ter uma 
visão panorâmica que abranja toda a extensão do 
mundo em que seu aluno está inserido e ao mesmo 
tempo um olhar único para cada situação, porque 
disso dependerá o seu sucesso , o cravar o seu
objetivo. Nós temos um Mestre que está acima de 
todos os mestres e, se olharmos com atenção para 
Ele, veremos que tudo que precisamos saber na área 
do ensino está presente nos evangelhos. Veja como 
Jesus ensinou os Seus discípulos durante três anos, 
sempre partindo do conhecido para o desconhecido: 
"o Reino de Deus é sem elhante..." (comparação); 
"Olhai os lírios do campo" (observação); parábolas 
inserindo elementos do cotidiano dos discípulos; 
perguntas e respostas que os levavam a pensar; 
serm ões e aplicações. E ele ainda aproveitou os 
milagres para ensinar sobre fé, gratidão, honestida­
de, amor e humildade. Jesus nos deu a vara, agora 
temos que aprender a pescar.
Não é fácil dizer qual a melhor maneira de trabalhar 
com as crianças, pois depende de cada situação vivida 
pelo educador e pelo educando, mas todo processo 
de aprendizado começa por uma relação afetiva. Eu 
ensino porque eu amo ensinar. Escolhi essa área de 
ensino porque sinto empatia por aquela faixa etária.
Tenho 26 anos trabalhando no ministério infantil. 
Durante esse tempo, trabalhei como coordenadora do 
campo de Várzea Paulista por longos 22 anos lideran­
do uma média de 300 professores, mas nunca deixei 
de dar aulas para as crianças. Nosso lema sempre foi 
"Acolhimento tanto para os professores quanto para as 
crianças". As portas do Departamento Infantil sempre
O
 o
estiveram abertas para ambos. Quando em dia de festa 
alguma criança se perdia na igreja, os pais sabiam onde 
encontrar, porque elas sempre procuravam o lugar 
onde se sentiam acolhidas.
Conhecer a família do seu aluno também é im-
Vera Lucia da 
Silva é membro da 
Assembléiade Deus 
em Várzea Paulista 
(SP), bacharel 
em Teologia 
e Pedagogia, 
professora 
de cursos de 
aperfeiçoamento 
e de Doutrina de 
Cristo e de Deus, 
coordenadora do 
Departamento 
Infantil do 
Ministério Cosecha 
(Peru)e do 
CAPEC (Curso de 
Aperfeiçoamento 
para Professores 
Evangelistas 
de Crianças) e 
coordenadora do 
Departamento 
Infantil da AD em 
Várzea Paulista (SP).
portante porque ele não vive em uma bolha e muitas 
vezes o seu ensino irá repercutir dentro do seu núcleo 
familiar. Eu não estou dizendo para sermos bisbilhoteiros 
ou fofoqueiros, mas, sim, que o fato de sabermos as 
necessidades de cada um irá ajudar-nos a traçar um 
projeto de evangelismo mais focado. Lembre-se que 
Jesus, além de falar da Palavra de Deus, também deu 
pães e peixes para alimentar o corpo físico. Portanto, 
se souber que há uma necessidade específica, ore, 
mas também ajude de alguma forma.
Uma vez feita a sua escolha, faça uma reflexão e 
veja se está preparado(a) para ministrar aos seus alunos. 
Certa vez, eu tinha na minha sala de aula um aluno com 
dislexia; um superdotado, que com dez anos já tinha 
lido vários livros da Bíblia; dois que requeriam atenção 
especial, pois tinham sido molestados; e mais vinte que 
formavam a classe. Enquanto eu aumentava o nível da 
aula para acompanhar o que era superdotado, o que 
tinham dislexia dormia; e quando fazia o contrário, 
vice-versa. Orei a Deus pedindo sabedoria para traba­
lhar com todos, então Deus nos deu uma estratégia: 
formamos um grupo de aconselhamento para trabalhar 
com aqueles que estavam com problemas psicológicos 
e espirituais, coloquei outro professor (que também 
era pastor) para ministrar as aulas, sentei ao lado do 
aluno que tinha dislexia e enquanto segurava sua mão 
para ajudá-lo a responder as perguntas da lição, orava 
a Deus para que aquela criança aprendesse a ler e 
escrever. Alguns meses depois, contrariando todos os 
prognósticos médicos, ele lia a Bíblia como se fosse um 
adulto! Deus quer realizar milagres dentro da sua sala 
de aula, basta você crer.
Quer ser uma referência como professor? Nunca 
despreze um desses pequeninos. Eu já ouvi profes­
sor dizer "Hoje eu não dei aula porque só tinha uma 
criança". Deus tinha reservado um dia especial para 
aquele professor marcar a vida do seu aluno. Talvez 
houvesse algo para contar que só podería ser no 
particular. Deus queria falar de uma forma diferente 
com aquela criança, mas o plano foi abortado porque 
o professor achou que não precisava dar aula porque 
"só tinha uma criança". Se isso acontecer na sua sala, 
aproveite a oportunidade para marcar o seu aluno 
com a Palavra do Senhor e com as suas experiências, 
compartilhando-as com ele.
Já imaginou se Jesus, quando procurado por Ni- 
codemos (João 3), mandasse ele embora porque era 
somente uma pessoa e não uma multidão? Teríamos 
perdido um dos capítulos mais lindos da Bíblia, capí-
28 ENSINADOR Cristão
tulo este do qual usamos o versículo 16 para falar do 
amor de Deus para as crianças. Jesus, em seus ensinos, 
nos mostrou o valor que tem uma criança (Mt 18.1-14; 
19.13-15) e como devemos tratá-la. Não é uma inco­
erência usarmos o argumento que só havia um para 
desprezarmos um pequenino que levantou cedo, se 
esforçou para estar na sala de aula, criou expectativas 
com relação ao que iria aprender e não foi acolhido 
com o devido cuidado?
Não vamos discorrer sobre daquilo que você já 
sabe, que para trabalhar com criança o professor tem 
que ter certeza de salvação, ser responsável, amar a 
Palavra de Deus, ser obediente a Deus e ao ministério 
de sua igreja, ser estudioso, fazer cursos seculares e 
bíblicos etc. Além de tudo isso, o professor precisa 
aprender a ler e interpretar a Bíblia. Por exemplo: você 
ensina para o seu aluno que os "reis" magos foram 
visitar o menino Jesus na estrebaria? Recordo-me de 
ter visto várias vezes essa cena em peça de Natal. Já 
leu com atenção o capítulo 2 de Mateus e viu que não 
foi isso que aconteceu? Muitas vezes nós ensinamos 
de ouvir falar, mas não prestamos atenção no texto. 
Esse é um perigo, pois vamos levar uma geração a 
aprender errado e continuar repetindo nossos erros. 
É preciso que haja clareza na exposição do texto, 
principalmente uma clareza espiritual. A criança precisa 
não só ouvir falar de Deus, mas entender o atuar de 
Deus naquela passagem, aplicando no seu cotidiano 
as lições aprendidas.
A Palavra de Deus que ensinamos para nossas 
crianças é para ser vivida, e não somente decorada.
Seja dinâmico na ministração da sua aula. Leve 
cheiros diferentes (perfumes, condimentos), utensílios 
domésticos (vassoura, talheres, panelas, cabides), tipos 
de texturas diferentes, materiais recicláveis, figuras, 
fantoches, marionetes, cartazes. Surpreenda seus alunos 
com aquilo que você faz de melhor. É muito importante 
que a criança esteja envolvida em atividades que lhe 
estimulem a criatividade e o potencial de aprendizado, 
para que assimilem valores como adoração, empatia, 
educação, reverência etc.
Estimule seu aluno a descobrir o propósito de 
Deus em cada passagem. Por que Jesus falou dessa 
maneira? Quem eram seus ouvintes? O que foi ensi­
nado? Como aquele ensino pode nortear a sua vida 
hoje? Qual a atitude do personagem abordado? Foi 
positiva ou negativa?
Coloque-os dentro da cena. Pergunte: "Como 
você reagiría se estivesse na frente de um gigante ou 
no meio de uma multidão e alguém lhe pedisse seu 
lanche?" . Lembre-se: usando sua criatividade, essa 
técnica pode ser aplicada a qualquer faixa etária.
Faça a sua parte estudando a Bíblia, preparando 
seu lindo material e dependa de Deus em tudo. ■
Adotescen
Adolescente, Ponoromo do
olguém te entende Pensamento
Renata Martins Cristão
Michael D. Palmer, Editor
O Apóstolo Paulo
Elienai Cabral
Neste trimestre, estudaremos so­
bre a vida do apóstolo Paulo, um 
dos mais importantes nomes da 
história do cristianismo, cuja vida 
e ministério são tremendamente 
inspiradores. Ele é autor de 13 
epístolas da Bíblia (há quem dia 
14, mas é muito pouco provável 
que Paulo tenha escrito a Epístola 
aos Hebreus), através das quais ele, 
pela inspiração do Espírito Santo, 
ensinou e sistematizou a fé cristã 
para os gentios. Em tudo, a vida 
de Paulo tem muito a dizer para a 
nossa prática de igreja cristã: Como 
se comportar nas perseguições? 
Como identificar a vocação? Como 
plantar igrejas? Como evangelizar? 
Como discipular? Como zelar pela 
preciosa doutrina de Cristo? O autor 
desta obra é o pastor Elienai Cabral, 
consultor teológico da CPAD e que 
também comenta a revista deste 
trimestre. Obra indispensável para 
os professores de ED.
Provavelmente a maior parte dos 
adolescentes se sente incompreen­
dida, e Renata Martins sabe disso. 
Através de suas próprias experiên­
cias, a autora "conversa" com os 
leitores de uma forma descontraída, 
abordando assuntos conflitantes 
para os adolescentes, tais como o 
primeiro amor, os estudos, a família 
e seus conflitos, o perdão, os ami­
gos, os sonhos e, principalmente, 
como Deus pode mudar e comple­
tar vidas. Mas não pense que este 
livro é apenas para adolescentes! 
Jovens, pais, mães, professores 
de Escola Dominical e líderes de 
adolescentes também devem ler. 
Assim, entenderão um pouco mais 
sobre a mente do adolescente, so­
bre como se sente um adolescente 
hoje, aprendendo a lidar com muito 
mais facilidade em nossos dias essa 
fase passageira, porém marcante.
O que uma mente influenciada 
pelo Evangelho pode produzir 
para a sociedade? Diversos autores 
analisam neste livro, editado por 
Michael D. Palmer, o pensamento 
cristão através dos séculos e a sua 
contribuição para a formação do 
pensamento ocidental. A ciência, 
a natureza humana, o trabalho, o 
lazer, a ética, a cultura, a política, 
enfim, cada ramo do conhecimento 
humano não está imune à ação do 
Evangelho e todos eles são anali­
sados nesta obra, que foi uma das 
primeiras no Brasil a tratar sobre o 
tema cosmovisão cristã. Este livro 
examina seis elementos

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