Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS * * NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS MIELÓIDES LINFÓIDES LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA NEOPLASIAS MIELO- PROLIFERATIVAS CRÔNICAS LEUCEMIA LINFÓIDE LINFOMAS MIELOMA MÚLTIPLO AGUDA CRÔNICA HODGKIN NÃO HODGKIN MIELODISPLASIA * * NEOPLASIAS LINFÓIDES INTRODUÇÃO NEOPLASIAS LINFOPROLIFERATIVAS São neoplasias clonais originadas em células comprometidas com a linhagem linfóide, em diferentes estágios de maturação. Grande variedade morfológica, imunológica e clínica entre as diferentes apresentações. * * ONTOGENIA DAS CÉLULAS B ONTOGENIA DAS CÉLULAS T Timócito precoce LLA/LLb Linfoblasto T LLA Linfócito T CD4+ Leucemia pró-linfocítica Linfoma T cutâneo Leucemia T do adulto outros LNH Linfócito T CD8+ outros LNH FORMAS CLÍNICAS Leucemia Medula óssea > 25% de linfócitos neoplásicos. Linfócitos neoplásicos em sangue periférico. Linfoma Tumoração constituída por linfócitos neoplásicos. (massa, organomegalia, linfonodomegalia) CLASSIFICAÇÃO Inicialmente baseada no morfologia dos linfonodos 1ª metade do século XIX até segunda metade do século XX (cerca de 150 anos) Imunofenótipo Características genéticas do tumor FREQUÊNCIA FATORES DE RISCO Sexo masculino, idade avançada, história familiar Distúrbios da imunidade Imunossupressão Doenças autoimune Infecções Exposição ambiental Radiação Solventes, pesticidas Oncovírus EBV – Burkitt, Hodgkin HTLV 1 – leucemia T do adulto HIV – linfomas não Hodgkin Inflamação Crônica H. pylori Campylobacter jejuni Chlamydia Psittaci HBV e HCV APRESENTAÇÃO CLÍNICA Adenopatia indolor na maioria dos casos Regiões cervical e supraclavicular são mais acometidas Sintomas sistêmicos conferem pior prognóstico Doença extranodal presente em até 40% dos casos Trato gastrointestinal, Pele Anel de Waldeyer (orofaringe), Seios da face Fígado, baço, medula óssea Sistema Nervoso Central (parênquima, meninges) Outros: ósseo, serosas, genitourinário, mama etc ABORDAGEM INICIAL Anamnese e exame físico minuciosos Estadiamento clínico Perfomance status Emergências oncológicas Neutropenia febril Compressão medular Síndrome Veia Cava Superior Lise tumoral * * Massa volumosa acarretando em compressão venosa. Pode haver obstrução de vias aéreas (traquéia, brônquios fonte). Linfomas de alto grau, tumores sólidos (pulmão). Iniciar citorredução urgentemente. INVESTIGAÇÃO Laboratório hemograma com hematoscopia funções orgânicas e eletrólitos LDH, β2microglobulina (massa tumoral) coagulograma sorologias HIV, HTLV, HBV, HCV Imagem TC de tórax, abdome e pelve Cintilografia com Galium, PET Casos especiais endoscopia, colonoscopia, punção lombar, TC de crânio CONFIRMAÇÃO Leucemias imunofenotipagem (medula ou sangue) Linfomas biópsia com imunohistoquímica LINFOMAS - ESTADIAMENTO ANN ARBOR A – sem sintomas B B – com sintomas B X – massa volumosa (bulky) E – doença extranodal S – envolvimento esplênico febre sudorese noturna emagrecimento LINFOMA (DOENÇA) DE HODGKIN Clássico Esclerose nodular Rico em linfócitos Celularidade mista Depleção linfocítica Não Clássico Predomínio linfocitário Célula de Reed-Sternberg (linhagem B) Incidência anual 2,7/100mil indivíduos, predomínio em adultos jovens dor em linfonodos após ingestão de álcool febre intermitente (Pel-Ebstein), prurido cutâneo curso pouco agressivo, altamente curável com QT ± RxT Fatores de risco: história familiar infecção pelo EBV, principalmente se síndrome de mononucleose Importante Na suspeita de mononucleose infecciosa, postergar biópsia de linfonodo para evitar confusão diagnóstica com doença de Hodgkin. LINFOMA DE HODGKIN LINFOMAS NÃO-HODGKIN Linfomas B Precursores LLA / LLb Maduros LLC / Linf. Linfocítico Pequenas Células Leucemia Prolinfocítica B Linfoma Da Zona Marginal Esplênico Tricoleucemia Linfoma Esplênico, outros Linfoma Linfoplasmacítico Doenças da cadeia pesada Neoplasias dos plasmócitos Linfoma Marginal nodal Linfoma Marginal extranodal – MALT Linfoma Folicular Linfoma do Manto Linfoma Difuso de Grandes Células B Linfoma de Grandes Células B Mediastinal Linfoma Intravascular Linfoma ALK+ Linfoma Plasmablástico Linfoma Burkitt Linfoma Primário de Efusão Linfomas T Precursores LLA / LLb Maduros Leucemia Prolinfocítica T Leucemia de Linfócitos Granulares Doenças crônicas de células NK Leucemia aguda de células NK Leucemia T do Adulto Linfoma T/NK extranodal Linfoma T associado a enteropatia Linfoma T hepatoesplênico Linfoma T tipo paniculite Micose fungóide Síndrome de Sézary Primário Cutâneo CD30+ Primário Cutâneo periférico Angioimunoblástico Anaplásico ALK+ Anaplásico ALK- GRAU DE MALIGNIDADE Muito alto Sobrevida de poucas semanas, sem tratamento Leucemia/Linfoma Linfoblástico, Linfoma Burkitt Alto Sobrevida de meses, sem tratamento Linfoma difuso de grandes células B, Linfoma do manto Baixo (indolente) Sobrevida de anos, sem tratamento Linfoma Folicular, Leucemia Linfóide Crônica, Tricoleucemia Linfoma Não Hodgkin Difuso de Grandes Células B Subtipo mais comum de LNH Comportamento agressivo – alto grau de malignidade Potencialmente curável Tratamento 1ª linha: QT (CHOP) + imunoterapia com Ac Anti CD20 (Rituximabe) recaída: QT e TMO autológo LNHDGCB LNH indolente mais comum. Sobrevida mediana 8 – 10 anos. Curável com RxT somente se em estágio inicial (Ann Arbor I-II). Ann Arbor III-IV é incurável tratar se sintomas ou citopenias. LNH FOLICULAR Mucosa Associated Lymphoid Tissue Acomete tecidos extranodais. Inflamação crônica é fator de risco. H. pylori gástrico Graves, Hashimoto tireóide Sjogren glândula salivar Comportamento indolente, curável. Tratamento MALT gástrico: erradicar H. pylori e reavaliar necessidade de outros tratamentos cirurgia, radioterapia, quimioterapia, Ac anti CD20 LNH MALT Linfoma Burkitt / Leucemia Linfóide Aguda L3 Endêmico – África, infecção pelo EBV Esporádico – Ocidente Infecção pelo HIV BURKITT Menos de 5% dos adultos com LNH Cerca de 50% das crianças com LNH Fração de crescimento próximo a 100%. Cura 70% – 90% com QT em alta dose Comum apresentar-se com grande massa abdominal. Na forma endêmica é frequente massa em mandíbula. Lise tumoral espontânea é frequente. EMERGÊNCIA ONCOLÓGICA morte celular maciça: hipercalcemia hipercalemia hiperuricemia insuficiência renal SIRS BURKITT LNH EM HIV+ Doença definidora de SIDA, em pacientes HIV+ Mais comuns: LNHDGCB – 60% Burkitt – 25% Formas atípicas, como primário de efusão ou primário de SNC, ocorrem com maior frequência se a contagem de células CD4 for muito baixa HAART (terapia antirretroviral altamente ativa) melhora na sobrevida, possibilidade de cura do linfoma Está mais relacionado ao tempo de exposição ao HIV do que à contagem de células CD4. HIV é um oncovírus. LEUCEMIA LINFÓIDE CRÔNICA Na maioria dos casos, o diagnóstico é um “achado”. Idade média no diagnóstico: 70 anos Acúmulo de linfócitos maduros na MO, sangue, linfonodos, baço e fígado. São comuns: infecções, sintomas B, anemia hemolítica auto-imune. Evolução Doença inicial indolente: observar < 70 anos com piora dos sintomas / citopenias: QT intensiva + rituximab > 70 anos ou pacientes com comorbidades: QT com toxicidade menor Sobrevida de 10-15 anos nos pacientes com estadios iniciais da doença LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA Neoplasia mais comum na infância Sinais e sintomas relacionados à falência da medula óssea (anemia, neutropenia e trombocitopenia) e à infiltração orgânica pelas células blásticas linfóides Evolução Prognóstico bom em crianças e desfavorável em adultos Tratamento com poliquimioterapia (+ radioterapia) Transplante de CTH em casos selecionados ou recidivas MIELOMA MÚLTIPLO Neoplasia de plasmócitos, caracterizada por infiltração da medula óssea, destruição óssea e formação de paraproteina. Idade média no diagnóstico 65 anos Dor óssea (coluna, costelas, região prox. ossos longos) Fraturas patológicas Paraproteina monoclonal (urina ou soro) Proliferação clonal de plasmócitos (medula óssea e/ou biópsia tecidual) Lesão orgânica por plasmócitos (ossos, rim, hipercalcemia, anemia) Predisposição a infecções MIELOMA MÚLTIPLO Anemia Paraproteina (sangue ou urina) IgG (60%), IgA (20%), cadeia leve (15%). Raramente IgD, IgM ou biclonal Pico monoclonal de globulina gama ou beta Infiltração da MO por plasmócitos Lesões ósseas líticas no esqueleto axial Diagnóstico diferencial com LLC, Linfoma e outras gamopatias Tratamento: imunomoduladores, corticóides, quimioterapia, TCTH autólogo
Compartilhar