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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL (LABORATÓRIO 2 DE FÍSICA) CAMPO A PARTIR DO POTENCIAL 2019 (LABORATÓRIO 2 DE FÍSICA) CAMPO A PARTIR DO POTENCIAL Relatório apresentado para a disciplina de La- boratório 2 de Física, pelo curso de Engenha- ria Civil, da Universidade Federal de Alagoas - Campus do Sertão, ministrada pela professora Me. Angelica Silva. 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.1 Cargas Elétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.2 Campo elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.3 Lei de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.4 Potencial elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3 EXPERIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3.2 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 APÊNDICES 16 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 3 1 INTRODUÇÃO A eletricidade se faz de extrema importância desde que foi descoberta, e hoje em dia ela faz parte das nossas atividades diárias e dos avanços tecnológicos da humanidade. À nossa volta percebemos diversos equipamentos que necessitam dessa eletricidade para funcionar, e isso só se faz possível devido à presença de cargas elétricas nesses equipamentos. Faz-se necessário, então, conhecer as propriedades e características que envolvem essas cargas, o que na maioria das vezes não é possível serem observadas á olho nu, mas é podemos percebê-las e estuda-las através de procedimentos experimentais. No presente relatório, iremos abordar como ocorre na prática o comportamento do campo eletrostático, a partir de experimentos em laboratório envolvendo linhas equipotenciais em meios condutores líquidos. 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Cargas Elétricas A carga elétrica é uma propriedade associada à própria existência das partículas, conforme mostra na figura 1. Todos os corpos contém muitas cargas elétricas. A quantidade de cargas existentes, raramente podem ser observadas, por terem quantidades iguais de cargas: positivas e negativas. Quando existe essa igualdade, significa que o objeto é neutro, ou seja, tem uma carga total de zero. Quando há diferença entre as positivas e negativas, a carga total é diferente de zero, e diz-se que o objeto está eletricamente carregado. Existem condutores e isolantes. Nos condutores, as cargas elétricas se movem com facilidade. Nos isolantes, as cargas não se movem. Tem também os semicondutores, que pos- suem propriedades elétricas intermediárias entre as dos condutores e isolantes. E por fim, os supercondutores, são condutores perfeitos, onde as cargas se movem sem encontrar nenhuma resistência. Há uma força eletrostática, que é calculada a partir da Lei de Coulomb e permite calcular a força exercida por partículas carregadas. A força eletrostática pode ser atrativa ou repulsiva, a diferença vem do fato de existir apenas um tipo de massa, mas existirem dois tipos de cargas elétricas, e é dada na equação 1: −→ F = K q1q2 r2 rˆ (1) Onde, r é a distância entre as partículas e k uma constante, dada pela equação 2: k = 1 4piε0 = 8,99∗10−9N.m2/C2 (2) A corrente elétrica é a taxa de variação com o tempo, da carga que passa por um ponto ou região do espaço, usando a relação dada pela equação 3: i= dq dt (3) Figura 1 – Partículas de uma carga elétrica. Fonte – Brasil Escola 5 2.2 Campo elétrico O campo elétrico é um campo vetorial, que consiste em uma distribuição de vetores, em torno de um objeto eletricamente carregado, como mostra na figura 2, calculado a partir da equação 4: −→ E = F q0 (4) Sendo q0 a carga de prova, −→ E o campo elétrico e F a força eletrostática. Existem também as linhas de campo elétrico, que facilitam na visualização do campo elétrico, e se afastam das cargas positivas (onde começam) e se aproximam das cargas negativas (onde terminam), conforme a figura 03. O campo elétrico produzido por uma carga pontual é dado pela equação 5: −→ E = 1 4piε0 q r2 rˆ (5) Quando é produzido por um dipolo elétrico, dada pela equação 6: −→ E = 1 2piε0 p z3 (6) O campo elétrico produzido por uma linha de carga é calculado a partir da expressão, dada pela equação 7: −→ E = qz 4piε0(z2 +R2)3/2 (7) Figura 2 – Distribuição de vetores em torno de um objeto eletricamente carregado. Fonte – Mundo Educação 6 Figura 3 – Linhas de campo elétrico se afastando das cargas positivas e se aproximando das cargas negativas. Fonte – Mundo Educação 2.3 Lei de Gauss Essa lei relaciona o fluxo total φ de um campo elétrico através de uma superfície fechada à carga total qenv envolvida pela superfície. A lei de Gauss junto da definição do fluxo é dada pela equação 8: ε0 = ∮ −→ E dA= qenv (8) A aplicação da Lei de Gauss em uma simetria cilíndrica é, de acordo com a equação 9: −→ E = γ 2piε0r (9) E em uma simetria planar, tem dois modos, um com placa não condutora, expressada pela equação 10: −→ E = σ 2ε0 (10) E com duas placas condutoras, dada pela equação 11: −→ E = σ ε0 (11) Onde σ é o fluxo e γ é a superfície gaussiana. 2.4 Potencial elétrico Uma energia potencial elétrica é associada ao sistema quando uma força eletrostática age entre duas ou mais partículas. O potencial elétrico é a energia potencial por unidade de carga no espaço. Dada pela equação 12: V = u q (12) 7 Sendo u a energia potencial e V o potencial elétrico. Como também pode ser dado adicionando W∞ no lugar de u, na equação 12, sendo: V =−W∞ q (13) Sendo W o trabalho. Existem as superfícies equipotenciais, como consta na figura 04, que é formada por pontos vizinhos com o mesmo potencial elétrico, podendo ser uma superfície real ou imaginária. O trabalho realizado pelo campo elétrico sobre uma partícula carregada quando esta passa de uma extremidade para outra, é zero, por começarem e terminarem na mesma superfície. O cálculo do potencial a partir do campo é dada pela equação 14: V =− ∫ f i −→ E ds (14) Figura 4 – Superfícies equipotenciais. Fonte – Só física 8 3 EXPERIMENTO 3.1 Objetivos O presente relatório tem como objetivo observar o comportamento do campo eletrostático a partir da determinação experimental de linhas equipotenciais em meios condutores líquidos, assim descrevendo e identificando as linhas de campo elétricas, através de linhas equipotenciais em meio condutor. 3.2 Materiais Utilizados Para o seguinte experimento foram utilizados os seguintes materiais: • 01 Cuba eletrolítica com papel milimetrado; • 01 Multímetro de bancada; • 02 Ponteiras (fixa e móvel); • 02 Cabos para ligações (banana-jacaré); • 02 Cabos para ligações (banana-banana); • 02 Eletrodos cilíndricos; • 02 Placas retangulares; • 01 Anel; • 01 Fonte de tensão (0 – 20V DC); • Água da torneira. 3.3 Procedimento Experimental Para a realizaçao do experimento, primeiramente foi montado os materiais a serem utilizados conforme a figura 5, onde A e B representam as pontas fixa e móvel respectivamente, imersas em água contida na cuba. Também na cuba, C e D, representam os eletrodos queestarão ligados à fonte. O Multímetro se encontra ligado entre as pontas. Foi usado uma folha de papel milimetrado por baixo da cuba para poder identificar os pontos característicos do espaço que serão mapeados. 9 Figura 5 – Montagem para investigação das linhas de campo entre eletrodos circulares. Fonte – Experimento 2 – Campo a partir do potencial, (DA SILVA, Angelica) Posteriormente, para que se pudesse mapear uma linha equipotencial, foram obtidos oitos pontos de mesmo potencial, como mostrado na figura 6, e a partir disso foram efetuados, no total, o mapeamento de seis linhas equipotenciais diferentes, sendo que três tendendo para um eletrodo e as outras três para o outro, distribuídas de forma a facilitar a visualização das linhas do campo. Figura 6 – Obtenção de pontos equipotenciais Fonte – Elaborado pelos autores. 10 Em seguida, foi colocado um anel na cuba entre os eletrodos e obervado o comportamento do potencial na região de fora, próxima e em seu interior. E para finalizar, o experimento foi repetido, com a utilização de placas metalicas paralelas entre si e perpendiculares ao eixo x, ligados aos mesmos terminais como mostra a figura 7, logo abaixo. Figura 7 – Obtenção de pontos equipotenciais entre placas paralelas Fonte – Elaborado pelos autores. 11 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir da introdução de dois terminais, um positivo (vermelho) de 9.5 W e outro negativo (preto) de -9.6 W, no eixo x do papel milimetrado, a uma distância de respectivamente -4 cm e 4 cm do eixo y; e da colocação da ponteira no eixo x = 0, plotamos um gráfico, como mostrado na figura 8, com as coordenadas utilizadas e seus valores de tensão, conforme a tabela 1. Com base no gráfico é possível determinar uma superfície equipotencial. Tabela 1 – Coordenadas utilizadas e suas repectivas tensões Fonte – Elaborado pelos autores. Figura 8 – Representação de uma superfície equipotencial de 6V, 4V e 2V. Fonte – Elaborado pelos autores. Como o campo elétrico é perpendicular às superfícies equipotenciais, e o seu valor médio é conforme a equação (15): |Eab|= Vab∆d , (15) 12 plotamos o gráfico, conforme a figura 9, a partir dos valores e distancias das tensões. Figura 9 – Linhas de campo vetorial e seu sentido Fonte – Elaborado pelos autores. Para a segunda parte do experimento, em que é inserido um anel no cento do eixo xy observamos que a tensão se mantem constante e nulo, como mostrado na equação 16: E = F/K, (16) e não há nenhuma força agindo dentro do anel o campo elétrico é zero. Por último, foram inseridas placas metálicas paralelas juntas dos eletrodos, no eixo x, a uma distância -5,6 cm e 5,6 cm do eixo y, na mesma configuração dos terminais, mostrado a seguir na tabela 2. Medimos as tensões e plotamos um gráfico, figura 10, a partir de suas coordenadas. Tabela 2 – Coordenadas utilizadas e suas repectivas tensões Fonte – Elaborado pelos autores. 13 Figura 10 – Representação de superfícies equipotenciais. Fonte – Elaborado pelos autores. Podemos analisar, de acordo com a figura 11, que essas superfícies são verticais e parale- las uma das outras, gerando um campo elétrico uniforme, uma vez que o campo é perpendicular a essas superfícies, como mostra o seguinte gráfico: Figura 11 – Linhas de campo elétrico e seu sentido Fonte – Elaborado pelos autores. 14 5 CONCLUSÃO No ensaio realizado em laboratório, foi possível entender, na prática, os conceitos estudados em sala, além de ter sido possível perceber a existência de um campo elétrico e de como se distribui a linha de atuação desse campo e seu potencial. Foi possível notar ainda os padrões envolvendo os mesmos que acabam formando curvas envolta dos eletrodos, devido á presença de cargas com a mesma diferença de potencial. A partir das coordenadas utilizadas e dos valores de tensão observados é possível plotar gráficos a fim de esboçar o procedimento realizado, facilitando o entendimento sobre o comportamento dessas cargas sob diferentes tensões. 15 REFERÊNCIAS HALLIDAY, D. FUNDAMENTOS DE FÍSICA. Rio de Janeiro: LTC Editora S.A., 2012. v. 3. HELERBROCK, R. Mundo Educação "Potencial Elétrico". Rio de Janeiro: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/campo-eletrico.htm>, 2015. SÓ-FISICA. Potencial Elétrico. Rio de Janeiro: <https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/potencial.php>, 2014. TEIXEIRA, M. M. "O que é carga elétrica?", Brasil Escola. [S.l.]: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-carga-eletrica.htm>, 2013. Apêndices 17 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO 1) Se convencionarmos o eletrodo negativo como o de potencial nulo e colocarmos aí a ponteira fixa, o que observamos nas variações de potencial com o deslocamento da ponteira móvel? R: Não haverá mudança de potencial com esse deslocamento da ponteira móvel, pois sendo apenas uma convenção a leitura não será afetada. 2) Existe alguma contradição em estarmos efetuando eletrostática em uma região onde estarão ocorrendo correntes iônicas (na água)? R: Não, pois os íons fazem parte da mesma solução e estão em equilíbrio, formando uma corrente muito pequena. 3) O anel colocado no item 5 do procedimento experimental constitui-se numa per- feita blindagem eletrostática? Justifique sua resposta. R: Não é uma blindagem eletrostática perfeita pois, as cargas elétricas do anel se encon- tram na parte superior externa assim, há uma carga quase nula. 4) Por que dizemos na prática que os dois polos de uma bateria ou de uma pilha expostos ou “ligados” apenas ao ar atmosférico se encontram isolados (isto é, estas fontes não estão sendo usadas)? R: Os componentes que fazem parte do ar eles atuam como isolantes, sendo gases inativos e não se relacionam com os dois polos da bateria ou pilha. Folha de rosto Sumário Introdução Fundamentação Teórica Cargas Elétricas Campo elétrico Lei de Gauss Potencial elétrico Experimento Objetivos Materiais Utilizados Procedimento Experimental Resultados e Discussões Conclusão Referências Apêndices Questionário
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