Buscar

IT Coleta de Sangue Venoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Laboratório Multidisciplinar 04 Unisociesc Código: IT 01 
Instrução de Trabalho Versão: 0.1 
Coleta de Sangue Venoso Página: 1 de 5 
 
1 - SITUAÇÃO DE REVISÃO: 
 
Versão Data Alteração 
0.1 05/03/2019 Rosiane Maira Kuester 
 
 
 
2 - OBJETIVO: Padronizar a conduta relacionada à técnica de coleta de sangue venoso para análise laboratorial, melhorando a segurança do paciente e do material biológico. 
 
3 - CAMPO DE APLICAÇÃO: Utilizado no laboratório multidisciplinar 04 da Unisociesc/Jaraguá do sul, com a finalidade de facilitar as aulas práticas clínicas, quando se trata de coleta de sangue venoso. 
 
4 - REFERÊNCIA: 
A coleta de sangue é um procedimento realizado rotineiramente em um laboratório de análises clínicas e é necessário atenção ao contato com o paciente é cuidado com a amostra coleta a fim 
de evitar erros. A coleta é realizada com agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubos com vácuo, adaptados agulhas estéreis, com ou sem anticoagulante. O garrote deve 
permanecer o menor tempo possível no braço do paciente e a amostra deve ser acondicionada no tubo de ensaio de maneira que não ocorra hemólise da amostra. (ZAGO et al., 2001) 
Um dos objetivos dos resultados dos exames laboratoriais é reduzir as dúvidas. Para que o laboratório clínico possa atender a este propósito, é indispensável que todas as fases do atendimento ao paciente 
sejam desenvolvidas corretamente, considerando a existência e a importância de diversas variáveis biológicas que influenciam, substancialmente, a qualidade final do trabalho (ANDRIOLO et al., 2010). 
O procedimento de uma amostra biológica obtida adequadamente, em um ensaio laboratorial é composto por tres fases: pré- analitica, analitica e pos analitica. cada etapa contempla a possibilidade de erros 
que afetam a qualidade e a confiabilidade do resultado (LIMA OLIVEIRA; 2009).. 
Os erros de diagnósticos são uma ameaça significativa para a segurança dos pacientes, pois podem causar o atraso e ainda a falta de diagnóstico, particularmente em pacientes com condições clínicas 
graves,como doenças cardíacas,endócrinas e câncer (GUIMARÃES AC et al; 2011). 
Como observado em multiplos estudos, a fase pre-analitica concentra a maior frequencia de erros associados a ensaios laboratoriais. Conforme o critério utilizado para determinar os erros associados á fase 
pré-analitica, estes podem representar mais de 90% do total de erros ocorridos em laboratórios clínicos que possuem um sistema de controle de qualidade estabelecido (LIMA OLIVEIRA; 2009). 
 A fase pré-analítica inclui a indicação do exame, a solicitação, transmissão de instruções de preparo do paciente, avaliação do atendimento às condições prévias, procedimentos de coleta, acondicionamento, 
preservação e transporte da amostra biológica até o momento em que o exame seja, de fato, realizado (ANDRIOLO et al., 2010). 
 
O médico solicitante deveria ser a primeira pessoa a instruir o paciente sobre os cuidados necessários de preparo antes de ir ao laboratório realizar o exame. O ideal é, o próprio paciente contatar o laboratório 
clínico, para receber informações adicionais e complementares. Deve-se registrar o horário da coleta, referir o uso de determinados medicamentos (contendo tempo de uso e dosagem); outros exames demandam 
cuidados técnicos, como o uso ou não do torniquete, os tubos, anticoagulantes e conservantes específicos (ANDRIOLO et al., 2010). 
O álcool apresenta um amplo espectro de ação envolvendo bactérias, fungos e vírus, com menor atividade sobre os vírus hidrofílicos não envelopados, 
particularmente os enterovírus. Durante o tempo usual de aplicação para antissepsia das mãos, ele não apresenta ação esporicida. Em concentrações apropriadas, os álcoois possuem rápida e maior redução nas 
contagens microbianas. Quanto maior o peso molecular do álcool, maior 
ação bactericida. Dados da literatura orientam que as soluções alcoólicas sejam preparadas com base no peso molecular e não no volume a ser aplicado, afirmando que o álcool a 70% é o que possui, dentre outras 
concentrações, a maior eficácia germicida in vitro.Com relação à antissepsia da pele no local da punção, usada para prevenir a contaminação direta do paciente e da amostra, o antisséptico escolhido deve ser eficaz, 
ter ação rápida, ser de baixa causticidade e hipoalergênica na pele e mucosa. (ANDRIOLO et al., 2010) 
São consideradas como condições pré-analíticas: 
Gênero: Levar em consideração os hormônios específicos, diferenças metabólicas e massa muscular, entre outros fatores; 
Idade: A concentração sérica diverge dependente da idade do paciente, essa dependência resulta da maturidade funcional dos órgãos e sistemas, conteúdo hídrico e massa corporal; 
 
Elaboração 
Nome: Liliane Dombrovski 
Aprovação 
e 
Liberação 
Nome: Rosiane Maira Kuester 
Cargo: Farmacêutica Cargo: Farmacêutica Responsável Técnica 
Data: 05/03/2019 Data: 05/03/2019 
Assinatura: Assinatura: 
 
 
 
 
Laboratório Multidisciplinar 04 Unisociesc Código: IT 01 
Instrução de Trabalho Versão: 0.1 
Coleta de Sangue Venoso Página: 2 de 5 
 
Posição: Mudança na postura corporal pode causar alterações na concentração de alguns componentes séricos; 
Dieta: Pode interferir na concentração de alguns componentes. Alterações bruscas na dieta, como ocorrem nos primeiros dias de uma internação hospitalar, exigem certo tempo para que alguns parâmetros retornem 
aos níveis basais; 
Jejum: Geralmente é sugerido um período de jejum para a coleta de sangue, e esses estados pós-prandiais apresentam turbidez no soro, o que pode interferir nos exames laboratoriais. devem ser evitadas coletas de 
sangue após períodos prolongados de jejum (acima de 16 horas), sendo o período ideal de 8 horas de jejum, exceto em situações especiais; 
Atividade física: Quando pratica-se exercício físico antes de coletar sangue, podem haver variações nas necessidades energéticas do metabolismo e na eventual modificação fisiológica que a própria atividade física 
proporciona. Prefere-se a coleta de amostras com o paciente em condições basais, pois o esforço físico pode causar aumento da atividade sérica de algumas enzimas (creatina quinase, a aldolase e a aspartato 
aminotransferase), pelo aumento da liberação celular; 
Uso de drogas: É um item amplo, incluindo tanto a administração de drogas com finalidades terapêuticas como as ilícitas, ambos podem causar alterações nos resultados de exames, seja pelo efeito 
fisiológico ou interferência analítica. O consumo de álcool também causa variações significativas e quase imediatas na concentração plasmática de glicose, de ácido láctico e de triglicérides. 
(ANDRIOLO et al., 2010). 
 
Fase Analitica 
 
Após o material coletado e devidamente preparado os laboratórios iniciam o processo de análise do material. Os profissionais da saúde devem ficar atentos e conhecer em profundidade os sistemas analíticos que 
empregam, os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) do equipamento e do método, além do método de controle adotado, como o controle estatístico dos processos. Apesar de a análise se basear muitas vezes em 
um sistema automatizado e que possui alta tecnologia, há necessidade da atuação do profissional, de fundamental importância para a garantia da qualidade dos resultados. Fazem parte do seu trabalho nessa fase: 
 
1. verificação de instrumentos e reagentes; 
2. verificação do estado de controle dos sistemas; 
3. monitorização dos processos de análises; 
4. manutenção de soroteca. 
 
 
Fase Pós Analitica 
 
Segundo a RDC 302/2005 da Anvisa: 4.20 FASE PÓS-ANALÍTICA: FASE QUE SE INICIA APÓS A OBTENÇÃO DE RESULTADOS VÁLIDOS DAS ANÁLISES E FINDA COM A EMISSÃO DO LAUDO, 
PARA A INTERPRETAÇÃO PELO SOLICITANTE. Porém, muitos consideram essa fase numa extensão até o processo de utilização da informação para tomada de decisãomédica. 
 
A fase pós-analítica se materializa no laudo do exame. Sua qualidade como mídia e conteúdo para a informação que representam devem merecer grande cuidado. O laudo deve tangibilizar o que nós conhecemos 
como qualidade, para aqueles clientes finais: Pacientes, Médicos, Compradores de serviços. 
 
As etapas dessa fase: 
 
1. Preparo do laudo dos exames; 
2. Impressão, ou transmissão do laudo; 
3. Recebimento do laudo; 
4. Tomada de decisão; 
 
5 - TERMINOLOGIA, DEFINIÇÃO E SÍMBOLO: fazer em ordem alfabética, procurar mais termos 
 
1. ANTICOAGULANTE:são substâncias que impedem a formação de coágulos no sangue (trombos), inibindo a síntese dos fatores de coagulação; 
2. ASSEPSIA: Conjunto de procedimentos que visam impossibilitar a introdução de germes patogênicos em determinado organismo, ambiente e/ou objeto; 
3. CONSERVANTES ESPECÍFICOS: Os conservantes são substâncias químicas adicionadas à amostra para manter suas características físicas 
4. PUNÇÃO VENOSA: consiste na introdução de uma agulha numa veia para injetar medicamentos ou para extrair sangue. 
5. SANGUE: O sangue é um tecido vivo, produzido na medula óssea dos ossos chatos, que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos; 
6. TORNIQUETE: é empregado para aumentar a pressão intravascular, o que facilita a palpação da veia e o preenchimento dos tubos de coleta ou da seringa. 
7. VARIAÇÃO CRONOBIOLÓGICA: envolve as alterações cíclicas na concentração de determinados parâmetros em função do tempo; 
 
 
6 - DESCRIÇÃO: 
 
 
 
 
Laboratório Multidisciplinar 04 Unisociesc Código: IT 01 
Instrução de Trabalho Versão: 0.1 
Coleta de Sangue Venoso Página: 3 de 5 
 
1. Conferir a solicitação do exame; 
2. Higienizar as mãos; 
3. Reunir o material necessário; 
4. Separar os tubos pertinentes aos analitos que serão examinados e identificá-los com o nome completo do paciente; 
5. Identificar-se ao paciente e explicar o procedimento a ser realizado; 
6. Certificar o nome completo do paciente; 
7. Posicionar o paciente de maneira confortável e adequada à realização do procedimento; 
8. Pedir para que o paciente erga as mangas; 
9. Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo, a partir da altura do ombro; 
10. Observar as veias calibrosas; 
11. Garrotear levemente o membro (tempo máximo 3 minutos, tempo ideal 1 minuto); 
12. Pedir ao paciente para abaixar o braço e fazer movimentos de abrir e fechar a mão; 
13. Massagear suavemente o braço do paciente (direção ascendente); 
14. Palpar com o dedo indicador as veias do paciente (esse procedimento faz com que saibamos a espessura e a localização da veia); 
15. Escolher o local da punção; 
16. Fazer antissepsia do local a ser puncionado com algodão embebido em solução de álcool 70% em espiral, com movimentos circulares; 
17. Inserir a agulha com o bisel voltado para cima, até observar o refluxo do sangue; 
18. Aspirar a quantidade suficiente para a realização dos exames; 
19. Retirar a agulha suavemente com a mão dominante e com a outra mão, pressionar o algodão no local da punção; 
20. Pedir ao paciente segurar o algodão no local da punção; 
21. Envasar o sangue no tubo adequado; 
22. Pedir se o paciente está se sentindo bem; 
23. Recolher o material utilizado e desprezá-lo em local adequado; 
24. Realizar um curativo no local da punção;; 
25. Retirar as luvas utilizadas no procedimento; 
26. Higienizar as mãos; 
27. Realizar as devidas anotações no prontuário do paciente; 
28. Realizar orientações pós coleta; 
29. Levar as amostras para o laboratório. 
 
 
7 - CONTROLE DE REGISTROS: 
 
 
Identificação 
do registro 
Responsável pela coleta Responsável pelo acesso Local do arquivamento Forma de armazenamento Tempo de guarda 
FR 00X 
Título do formulário 
Responsável pelo Setor Responsável pelo Setor, 
Responsável pela Garantia da 
Qualidade 
Sala de Arquivo morto Papel 5 anos 
 
 
8- REFERÊNCIA 
 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 302, 13/10/2005. Disponivel em 
<​http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_302_2005_COMP.pdf/7038e853-afae-4729-948b-ef6eb3931b19​>. Acesso em 10 mar 2019. 
 
ANDRIOLO, A. et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri, 
SP : Editora Manole Ltda., 2010. 
 
GUIMARÃES A. C., WOLFART M., BRISOLARA M. L. L., DANI C. - O Laboratório Clínico e os Erros Pré-Analíticos - Rev HCPA 2011. 
 
 
 
 
Laboratório Multidisciplinar 04 Unisociesc Código: IT 01 
Instrução de Trabalho Versão: 0.1 
Coleta de Sangue Venoso Página: 4 de 5 
 
LIMA-OLIVEIRA G.S., PICHETH G., SUMITA N.M., SCARTEZINI M. - Controle da qualidade na coleta do espécime diagnóstico sanguíneo: iluminando uma fase escura de erros pré-analíticos - J Bras Patol 
Med Lab. Vol. 45, p. 441-447. Dezembro 2009. 
 
 
 
ZAGO, M.A; FALCÃO, R.P; PASQUINI, R. Hematologia – Fundamentos e Prática. São Paulo, 2001. 
 
 
 
9 - ANEXOS: 
 
 
 
 
Figura 1. Higienização das mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 e 3. Veias do dorso da mão. 
 
 
 
Figura 4. Realização da punção venosa. Figura 5.Passo a 
Passo da punção venosa. 
 
 
 
Laboratório Multidisciplinar 04 Unisociesc Código: IT 01 
Instrução de Trabalho Versão: 0.1 
Coleta de Sangue Venoso Página: 5 de 5 
 
 
Figura 6. Descarte de perfurocortantes.

Continue navegando