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Politicas publicas finalizado

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
DINORA MARIA DE JESUS
JULIANA MOREIRA DA SILVA
KARINE DE ARAUJO DAMASIO
LETICIA HELENA DE OLIVEIRA RELVAS
MATEUS SILVA VIEIRA
NAHLE ARAUJO ARABI
ROSIMEIRE FREITAS DA SILVA RIBEIRO
POLITICAS PUBLICAS
SÃO PAULO
	2016	
DINORA MARIA DE JESUS
JULIANA MOREIRA DA SILVA
KARINE DE ARAUJO DAMASIO
LETICIA HELENA DE OLIVEIRA RELVAS
MATEUS SILVA VIEIRA
NAHLE ARAUJO ARABI
ROSIMEIRE FREITAS DA SILVA RIBEIRO
POLITICAS PUBLICAS
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos da Faculdades Metropolitanas Unidas como requisito parcial para obtenção de nota de projeto integrado do terceiro semestre.
Orientador: Prof. Ms. Ivan Augusto de M. P. Ferreira
 
SÃO PAULO
2016
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
Folha de correção de Projeto Integrado
Curso: Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos Turma: 070203C17 Sala: 701
Professor Orientador: Ivan Augusto de M. P. Ferreira Disciplina: Projeto Integrado III
Título do projeto de pesquisa: Politicas Publicas 
	
Nome dos alunos
	
RA
	
Nota
	
DINORA MARIA DE JESUS
	
7223521
	
	
JULIANA MOREIRA DA SILVA 
	
7005573
	
	
KARINE DE ARAUJO DAMASIO
	
7112948
	
	
LETICIA HELENA DE OLIVEIRA RELVAS
	
7312194
	
	
MATEUS SILVA VIEIRA
	
7094177
	
	
NAHLE ARAUJO ARABI
	
7237533
	
	
ROSIMEIRE FREITAS DA SILVA RIBEIRO
	
7223549
	
Observações do professor orientador:
	
	
	
	
Assinatura do professor orientador e data: _________________ ___/___/___ 
RESUMO
O presente trabalho de Projeto Integrado III trata-se de um trabalho de cunho acadêmico para aprovação na respectiva disciplina do Curso de Tecnologia em Gestão e Negócios das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU. O objetivo deste trabalho está na elaboração de um Relatório Teórico Científico. A temática da pesquisa é Políticas Públicas. No desenvolvimento deste trabalho serão abordados o conceito de políticas públicas, seu impacto no cotidiano dos cidadãos, a criação, desenvolvimento e implantação no Brasil.
Palavras-chave: Políticas públicas, Brasil, Cidadãos.
INTRODUÇÃO
As políticas públicas fazem parte do cotidiano de nossas vidas, nos afetam diretamente. Elas distribuem o dinheiro público em medidas que atendam às necessidades básica da população, com foco naqueles que mais precisam sendo os que possuem uma baixa renda, e são organizadas pelo Estado.
Existem 04 tipos de políticas públicas as distributivas, redistributivas, regulatórias e constitutivas. Esses tipos de políticas públicas são as formas de como as políticas públicas vão se organizar e o que vão seguir como normas e leis. 
Para uma política pública entrar em vigor, ou para modificar uma política já existente a mesma passa por 05 fases a formulação de agenda, formulação de políticas, processo de tomada de decisão, implementação e avaliação. Após estas fases a política é implantada ou modificada.
Será abordado algumas políticas públicas de maneira mais aprofundada, a da área da saúde, educação, transporte e segurança. Elas estão ligadas diretamente com o nosso dia a dia e são necessidades básicas a todos os cidadãos.
Atualmente a população brasileira não tem muita confiança no Estado e em suas medidas, por isso é de extrema importância, conhecermos sobre as políticas públicas para entender como o Estado está agindo e aí então poder cobrar melhores medidas ou acompanhar a execução de medidas e ver as que ficam somente no papel por exemplo.
1. DEFINIÇÃO DE POLITICAS PÚBLICAS
Celina Souza (2006 p. 45) em seu artigo “Políticas Públicas uma revisão da literatura “ diz que as políticas públicas estão ligadas fortemente ao Estado, este que determina como os recursos são usados para o benefício de seus cidadãos, onde faz uma síntese dos principais teóricos que trabalham o tema das políticas públicas relacionadas às instituições que dão a última ordem, de como o dinheiro sob forma de impostos deve ser acumulado e de como este deve ser investido, e no final fazer prestação de conta pública do dinheiro gasto em favor da sociedade. 
Souza resgata as contribuições dos principais autores que se dedicaram ao estudo desses temas. Para a autora (2006, p. 24):
 “...não existe uma única, nem melhor, definição sobre o que seja política pública. Mead (1995) a define como um campo dentro do estudo da política que analisa o governo à luz de grandes questões públicas e Lynn (1980), como um conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos específicos. Peters (1986) segue o mesmo veio: política pública é a soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos. Dye (1984) sintetiza a definição de política pública como “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”. A definição mais conhecida continua sendo a de Laswell, ou seja, decisões e análises sobre política pública implicam responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por quê e que diferença faz”
As políticas públicas são diretrizes traçadas por um governo, visando o desenvolvimento de um determinado setor da sociedade. 
Bucci (2006, p. 14) define política pública como “um programa ou quadro de ação governamental, porque consiste num conjunto de medidas articuladas (coordenadas), cujo escopo é dar impulso, isto é, movimentar a máquina do governo. ” A autora explica que as políticas públicas emanam do Estado e podem ser colocadas não só na forma de lei, mas de documentos legais diversos:
“As políticas públicas têm distintos suportes legais. Podem ser expressas em disposições constitucionais, ou em leis, ou ainda em normas infra legais, como decretos e portarias e até mesmo em instrumentos jurídicos de outra natureza, como contratos de concessão de serviço público, por exemplo. ” (BUCCI, 2006, p. 11).
Decretos, resoluções e portarias, embora não se caracterizando como uma lei tem as mesmas prerrogativas desta para implantação e implementação das políticas e programas. Os envolvidos é que farão com que a política pública se desenvolva e aconteça efetivamente na sociedade. Pode-se considerar que as políticas públicas têm ‘vida’, pois se constituem num processo dinâmico, com negociações, pressões, mobilizações, alianças ou coalizões de interesses. 
2. TIPOS DE POLITICAS PÚBLICAS
Theodore Lowi é um teórico americano, que desenvolveu muitos estudos sobre as ciências políticas e consequentemente as políticas públicas, ele as dividiu em 04 tipos que são os mais utilizados. Para ele as políticas públicas podem ser Distributivas, Regulatórias, Redistributivas e Constitutivas.
As Políticas distributivas são explicadas por Gilberto Hochman (2007, pág. 73):
“... políticas distributivas são decisões tomadas pelo governo que desconsideram a questão dos recursos limitados, gerando impactos mais individuais do que universais, ao privilegiar certos grupos sociais ou regiões em detrimento do todo”
Essas políticas são bens e serviços que o governo dispõe para pequenos grupos da sociedade, por exemplo, a implantação de uma escola em uma região, esta irá beneficiar ao grupo especifico daquela região, mas não a todos do país. Outros exemplos são as construções de pontes, hospitais e revitalização de ruas, estradas.
As políticas regulatórias também são explicadas por Gilberto Hochman (2007, pág. 73) “... são mais visíveis ao público, envolvendo burocracia, políticos e grupos de interesse”. Elas regulamentam condições e comportamentos, a serem adotados, como a legislação de transito, por exemplo, que regulamenta normas que devemos seguir nas ruas, dirigindo os nossos carros, envolvendo o grupo específico dos motoristas e é mais visível ao público pois envolve um grupo maior da sociedade. Outros exemplos são a Legislação trabalhista e o Código Florestal.
As políticas redistributivas,ainda são entendidas por Gilberto Hochman (2007 pág. 73) da seguinte forma:
“... políticas redistributivas atingem o maior numero de pessoas e impõe perdas concretas e em curto prazo para certos grupos sociais universais, como o sistema tributário e o sistema previdenciário e são as mais difíceis de encaminhamento... “
As políticas redistributivas são bens e serviços disponibilizados pelo governo à certos grupos, vindo de outros. Por exemplo, o sistema tributário arrecada alguns impostos das empresas e da população, os que são recolhidos pelas empresas não serão especificamente revertidos para elas, mas, sim, revertidos para outro grupo, o da população. Essa política como o próprio nome diz redistribui os recursos para o grupo que mais necessita deles.
O quarto e último tipo de política pública é o das políticas constitutivas, segundo Gilberto Hochman (2007 pág. 73): “políticas constitutivas lidam com os procedimentos”. Então elas regulamentam e constituem normas que os outros tipos de políticas devem seguir. Por exemplo, as Leis da Constituição, que todas as políticas devem seguir, nenhum ato público deve ferir as normas da constituição.
3. POLITICAS PUBLICAS NO BRASIL
A legislação brasileira garante direitos sociais para todo cidadão. Para que esses direitos sejam efetivamente assegurados são necessárias políticas públicas consistentes. Há uma grande dificuldade, entretanto, de implementação dessas políticas no país. Isso se deve em grande parte pela falta de interlocução entre os entes federados.
Atualmente o Brasil passa por uma crise de credibilidade das organizações formais (governos, justiça, órgãos legislativos), e muito disso deve-se à falta de confiança das pessoas, no trabalho realizado pelas instituições públicas. “A saída está na recuperação de valores fundamentais, tais como a cidadania, a liberdade e a justiça social” (CAMPOS, 1990, p. 38), que só poderão ser conquistados através de um maior investimento nas relações democráticas entre a população e o Estado.
“A experiência brasileira também mostra que as relações Intergovernamentais evoluíram para um sistema lubrificado por recompensas e sanções, o que reduziu o grau de conflito entre os níveis de governo, mas, ao mesmo tempo, restringiu a autonomia de gasto e de decisão concedida aos governos locais pela Constituição de 1988” (Souza, 2004, p.37). 
O Brasil possui 5565 municípios distribuídos em 26 estados mais o distrito federal. Como citado por Celina Souza, a constituição de 1988 proveu uma forte descentralização de políticas públicas nem todos com recursos necessários para implementar políticas e/ou com estrutura administrativa adequada para gerir os programas.
3.1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO
O direito a educação é previsto na Constituição Federal de 1988, foi conquistado através de lutas sociais que asseguraram ser direito de todos e dever do Estado incentivar e prover o acesso à educação em todos os níveis, desde o ensino básico até o ensino superior, incluindo o ensino técnico e permitindo assim, a qualificação de cada cidadão para o acesso ao mercado de trabalho. Mas embora a política de educação tenha sido consolidada juridicamente desde a proclamação da Constituição Federal de 1988 é fato que esta caminha a passos lentos. 
“ Pois bem, a forma como os “educadores” da sociedade, família e Estado vem trabalhando com a educação brasileira depende muito do meio no qual estão inseridos na política, econômica e Ideologicamente, como aquilo que mascara a realidade, aquilo que está por detrás dos discursos e que por sua vez engloba os outros dois, pois, quando mencionamos a educação em uma sociedade é impossível não considerar os jogos de interesse (políticos, econômicos etc)” (Heywood, 2010, p.18).
Uma das questões relevantes dentro das políticas educacionais a serem discutidas deve ser, portanto, se a garantia do direto à educação somente é possível através da efetivação de políticas públicas educacionais, via ações do Estado e se este Estado pode criar mecanismos para assegurar o acesso ao nível superior, por exemplo, materializando-se por programas educacionais tais como o Fies e o Prouni, cujo intuito é permitir o ingresso de pessoas com baixa renda ao ensino superior privado, tendo como agentes financeiros do programa bancos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Qualquer que seja o modelo de organização das políticas educaionais, o fato é que precisamos trabalhar na concretização de informações relevantes, que de fato favoreça a população, e que faça com que elas se conscientizem da importância do conhecimento na vida de seus filhos e futuras gerações. Essas mudanças não ocorrem de uma hora para a outra, a cultura do medo, da resignação está impregnada na alma da maioria da população brasileira. E quebrar essas barreiras torna-se um empecilho no momento em que se buscam mudanças na educação. Por outro lado, é bom que estes entraves apareçam, pois, é graças a eles que temos a oportunidade de buscar melhorias para que tenhamos uma educação concreta, que não se limite apenas no papel, mas que seja aplicada na prática por todos.
No decorrer da história muitos foram os parâmetros legais criados para fundamentar teoricamente a educação brasileira. Tomemos como exemplo a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, e o PNE (Plano Nacional de Educação).
A Lei de Diretrizes e Bases no seu art. 2º preconiza o seguinte: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Conforme o mencionado, o papel da educação não compete somente à escola, embora muitas vezes a maioria da população veja dessa forma. A Constituição nos mostra:
“No art. 4º desta lei: O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.”
Existem pressupostos legais para se trabalhar a educação no Brasil, entretanto, muito ainda precisa ser feito para que de fato tenhamos uma educação de qualidade. É importante uma visão mais ampla para entender a educação e trabalhá-la, pois, não basta compreender o mundo e ficar apenas no plano das ideias, nas especulações metafísicas, o que nos vale é transformá-lo, revolucioná-lo. É na realidade social, na luta, na práxis social que iremos de fato consolidar a nossa cidadania.
3.2 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
A implementação das políticas públicas de saúde no Brasil se deu no século XVI, com a vinda da família Real para o Brasil. Essa implementação sofreu obstáculos como a carência de profissionais e o medo da população em relação ao tratamento oferecido por esses profissionais, preferindo serem tratados por curandeiros
Em 1892 foram criados os primeiroslaboratórios Bacteriológicos que tinham o intuito de gerar melhores condições sanitárias para as cidades urbanas. Com o surgimento de epidemia de várias doenças, o então Presidente da República Rodrigues Alves nomeia como Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública o Sr. Oswaldo Cruz, que implantou medidas de desinfecção sanitária e de vacinação obrigatória anti-varíola que desagradou à população, gerando um movimento que ficou conhecido como a Revolta da Vacina. No ano de 1920, foram criados órgãos especializados no combate a doenças como tuberculose, lepra e DST.
Nas primeiras décadas do século XX, surgem as Caixas beneficentes, que eram uma espécie de poupança coletiva onde os trabalhadores depositavam uma quantia mensal e funcionavam como um seguro para a família. No ano de 1934 para garantir a força produtiva (que era primordial na época, pois havia um crescente aumento do processo de industrialização e dos centros urbanos) foi preciso que a saúde da população fosse mais bem cuidada. Neste período, a implementação de programas e serviços auxiliares de assistência médica foi realizado através de práticas clientelistas, típicas do regime populista que caracterizou a Era Vargas.
Em maio de 1953 foi criado o Ministério da Saúde - MS, que contou com verbas irrisórias, confirmando com isso o descaso para com a saúde da população. No ano de 1956 foi criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais - DNERU, com o intuito de promover a educação sanitária da população rural.
Em 1966, foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social - INPS que originou um sistema previdenciário para todos os brasileiros que estivessem inseridos no mercado de trabalho.
O Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS foi criado em 1974 com o objetivo controlar os pagamentos ilegais frutos da corrupção e de serviços médicos fantasmas e garantir a saúde da população segurada. Sendo criada na mesma época a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social - DATAPREV e o INPS foi transformado no Instituto Nacional da Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS, onde a saúde e a previdência passaram a ser tratadas juntas.
No final da década de 1970, surgiu o Movimento pela Reforma Sanitarista, que buscou encontrar respostas para o dilema da política de saúde nacional. O Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde - PREV-SAÚDE, o Conselho Nacional de Administração da Saúde Previdenciária - CONASP e as Ações Integradas de Saúde - AIS foram criados na década de 1980 e buscavam evitar as fraudes e lutar contra o monopólio das empresas particulares de saúde.
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde - SUDS, baseado no princípio de integração de todos os serviços de saúde, foi o responsável pela municipalização da saúde e da fiscalização da aplicação das verbas destinadas à saúde. A Constituição Federal de 1988 é um marco importante para os setores sociais definindo a saúde como de relevância pública, e todos os diversos segmentos da área da saúde conquistam o direito e o dever de juntos participarem da definição e avaliação da política de saúde no Brasil nos diferentes níveis (Federal, Estadual e Municipal). Assim o SUDS foi extinto, surgindo o Sistema Único de Saúde - SUS, encarregado de organizar no plano regional, as ações do Ministério da Saúde, dos serviços Estaduais e Municipais de saúde, sendo o SUS uma conquista da sociedade brasileira.
O SUS incorpora os princípios defendidos pela Reforma Sanitária, e seu tripé de sustentação se constitui nos princípios de Descentralização, da Integralidade, da Assistência e da Participação da comunidade. O SUS é um sistema público, ou seja, destinado a toda a população e financiado com recursos arrecadados através dos impostos pagos pela população.
É importante ressaltar que o SUS, mesmo originando expressivas mudanças em nível de organização e da gestão de serviços, em boa parte dos Municípios brasileiros, enfrenta grandes dificuldades. 
No Brasil, mesmo não oferecendo, na maior parte das vezes, um atendimento com a qualidade necessária para os brasileiros, o SUS ainda é um dos sistemas mais avançados, mas sua fragilidade coloca sua autenticidade política e social em risco. Para o SUS ter seu funcionamento de qualidade, depende diretamente de recursos das políticas econômicas e a insuficiência de hospitais públicos resulta no sucateamento da saúde.
No ano de 1923, é aprovada pelo Congresso Nacional a Lei Elói Chaves e através dela as Caixas de Aposentadoria e Pensões - CAPS, sendo esse o primeiro sistema previdenciário brasileiro.
A constituição de 1934 passou a garantir assistência médica, licença maternidade remunerada e jornada de trabalho de oito horas para os trabalhadores. Nos anos seguintes foram incorporados outros benefícios como o salário mínimo e no ano de 1943 foi instituída a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, que agregou para os trabalhadores benefícios como a indenização aos acidentados, o tratamento médico aos doentes, o pagamento de horas extras, férias remuneradas, etc. Esses benefícios eram exclusivos aos trabalhadores portadores de carteira assinada.
No ano de 1960 foi criada a Lei Orgânica da Previdência Social - LOPS, que unificou os serviços de saúde para todos os profissionais que fizessem parte do regime da CLT, independente de qual categoria esses trabalhadores fossem filiados. Segundo Polignano (p.12) neste regime foram "excluídos os trabalhadores rurais, os empregados domésticos e naturalmente os servidores públicos e de autarquias e que tivessem regimes próprios de previdência".
Desta forma a Constituição Federal de 1988, formulou um novo conceito de saúde, afirmando no artigo 196 que:
“A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visam à redução de risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para a sua promoção e recuperação (BRASIL, 2006). ”
Estabelecido e legitimado com a Constituição de 1988, podemos definir o Sus como “uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde estabelecida pela Constituição de 1988. O SUS não é o sucessor do INAMPS e nem tampouco do SUDS. O SUS é o novo sistema de saúde que está em construção É um “Sistema Único” porque adota os mesmos princípios organizativos e diretrizes em todo o território nacional para um fim comum: promoção, proteção e recuperação da saúde.             
Uma nova concepção de políticas públicas de saúde tem sido pensada a partir do princípio de descentralização, fazendo com que as políticas de saúde possam ser administradas democraticamente, com a participação da sociedade civil organizada, afetando as relações do poder público e a distribuição de responsabilidades entre o Estado e a sociedade. 
3.3 POLITICAS PUBLICAS DE TRANSPORTE	
Eduardo A. Vasconcelos (2001, pág.26) explica “Quem controla o transporte nas cidades é o Estado”. O transporte auxilia as pessoas a se locomoverem de um lado para o outro, seja para o trabalho, escola ou passeio. Segundo Eduardo A. Vasconcellos (2001, pág. 40):
“As decisões referentes a oferta, operação e uso são influenciadas por fatores sociais, políticos, econômico e culturais, que variam acentuadamente no tempo e no espaço. Assim todas as ações relativas a oferta, operação e uso da estrutura e dos meios de circulação pertencem à esfera de questões políticas públicas essenciais”
Podemos perceber que o Estado cria as políticas públicas para o transporte, pois é essencial a vida das pessoas e envolve questões sociais, econômicas e culturais.
Há diferentes tipos de transporte conforme explicadas por Eduardo A. Vasconcellos (2001, pág.40):
“...o processo de reprodução requer mobilidade física para realizar as atividades. Ele também implica a disponibilidade de meios de transporte, seja os meios não-motorizados e pessoais (a pé, bicicleta), seja os meios motorizados públicos ou privados. Finalmente, implica a ligação física e temporal adequadaentre os meios de transporte e os destinos desejados”.
As pessoas escolhem qual tipo de transporte utilizar dependendo de para onde vão. Por exemplo, para ir ao trabalho pode-se usar bicicleta mas varia de cada indivíduo, pois podem ter pessoas que não gostem de chegar ao trabalho suadas, podem não ter um local para tomar banho, preferindo então se locomover de bicicleta apenas aos fins de semana e para atividades de lazer. 
A questão dos transportes tem pontos que diferenciam no acesso de ricos e pobres como no custo mostrado por Alexandre Gomide (2003, pág. 10):
“A inexistência ou a precariedade na oferta dos serviços e as altas tarifas do transporte público, por exemplo, restringem as oportunidades de trabalho dos mais pobres (na procura de emprego ou no deslocamento ao local de trabalho), condicionam as escolhas do local de moradia, e dificultam o acesso aos serviços de saúde, educação e lazer. ”
Fica então evidente que as pessoas de classe mais alta, conseguem utilizar o transporte não apenas para as necessidades essências elas usam bastante para o lazer, pois as necessidades básicas como saúde e educação eles já possuem boas condições de chegar, enquanto que as classes mais baixas, possuem até menos oportunidades de encontrar trabalho, pelas tarifas elevadas, as empresas acabam não contratando e estes tem ainda mais dificuldade em suprir suas necessidades básicas pois além de não terem facilidade em encontrar um emprego, eles pagam altas tarifas para se locomover desde para procurar emprego, ir ao médico, a escola e etc.
Além desta, as pessoas com renda mais baixa não moram em regiões de fácil acesso, pois está são as com custos mais baixos. Por exemplo as áreas próximas ao metro para moradia são de custos mais elevados como explica Alexandre Gomide (2003, pág. 13):
“O metrô é o único meio de transporte coletivo cuja utilização cresce de forma proporcional com a renda. Explicações para esse fenômeno estariam no fato de o metrô atender as áreas centrais e que as áreas próximas às estações, por serem valorizadas, são ocupadas pelas classes de renda mais alta. Para os modos ônibus, lotação e trem, há uma relação não-linear entre utilização e renda, possivelmente na forma de uma parábola – pois a partir de determinado nível de renda há uma substituição entre modos de transporte dominante, do coletivo para o particular (automóvel). ”
Para suprir a necessidade das classes mais baixas foi criado em lei a concessão do Vale Transporte das empresas para os empregados. Afim de suprir a necessidade dos trabalhadores de baixa renda em se locomoverem ao trabalho. Há empresas que gostariam de extinguir este benefício, só que isto irá contribuir para que essas pessoas com baixas rendas, sejam ainda mais excluídas socialmente como explica Alexandre Gomide (2003, pág. 20):
“O VT é um importante benefício social que necessita de ampliação e reformulação, visando atingir os extratos inferiores de renda do setor informal do mercado de trabalho – e não de extinção, como desejam algumas associações empresariais. Na atual situação de queda de renda da população, a extinção do benefício só faria agravar os níveis de exclusão social no país. O contexto econômico e social mudou muito nos últimos anos, e o VT, desde a sua criação, não teve o seu mecanismo de funcionamento modificado. ”
No Brasil alguns serviços públicos de transportes são passados para empresas contratadas pelo governo do setor privado, como a maioria das linhas de ônibus, e a linha 04 amarela do metrô de São Paulo. Segundo Alexandre Gomide (2003, pág.23):
“A partir do momento em que a prestação dos serviços públicos essenciais é transferida para o setor privado, surge a necessidade de regular essas atividades para proteger os interesses dos usuários e da sociedade.10 A regulação condiciona o nível da oferta, a qualidade e as tarifas dos serviços públicos. Uma política de transporte urbano voltada para a inclusão social deve buscar o aumento da qualidade e da eficiência do transporte coletivo, objetivando a adequada provisão dos serviços.11 Nesse sentido, faz-se necessária a modernização do atual modelo de regulação e gestão do transporte público nas cidades brasileiras. ”
O Governo ao passar a responsabilidade dos serviços as empresas privadas, deve manter uma fiscalização e controlar estes serviços. Empresas privadas estão visando os lucros, enquanto que o governo deve visar a necessidade, inclusão social, e o conforto das pessoas. O Transporte Público deve ser eficiente e acessível a todos que precisam. E é papel do governo garantir isso a população, visto que é de sua responsabilidade.
Para o governo garantir que o transporte seja melhorado para quem realmente precisa deve-se investir naquele de uso coletivo e não nos particulares mais usados pelas pessoas com renda mais altas que conseguem adquiri-lo. Visto que o coletivo é utilizado por pessoas que realmente possuem a renda mais alta. Isso é exemplificado por Alexandre Gomide (2003, pág. 27):
“Uma política de combate à pobreza urbana e de inclusão social deve priorizar o transporte coletivo e o não-motorizado (a pé e por bicicletas) em detrimento do individual. Os usuários do automóvel têm renda bem maior do que a dos que utilizam o transporte público coletivo ou dos que são obrigados a fazer suas viagens a pé. As tradicionais políticas de transporte urbano baseadas na ampliação do sistema viário (como a construção de vias e viadutos, por exemplo) acabam sendo apropriadas pelos automóveis e, por isso, não estão voltadas para a mobilidade dos mais pobres. ”
Além deste aspecto, o maior uso de transportes particulares motorizados acarretam outro problema, também explicado por Alexandre Gomide (2003, pág. 28):
“O uso intensivo do automóvel é responsável pela geração de várias externalidades negativas, como os acidentes de trânsito, a poluição do ar e os congestionamentos de tráfego. Essas externalidades contribuem para a formação de economias de aglomeração, com impactos negativos sobre a qualidade de vida e a competitividade das metrópoles. Isto repercute nas decisões de localização das empresas e tem consequências nos níveis de emprego e renda. ”
Quanto mais é usado pelos cidadãos de uma cidade o transporte particular motorizado, mais impactos negativos tem-se sobre a sociedade do que o transporte público. Assim podemos perceber que é fundamental para os cidadãos a utilização do transporte coletivo e para os governos investirem em políticas públicas de transporte para sim incentivar a população a utiliza-lo.
Se o transporte público fornecer comodidade, agilidade, eficiência, mesmo as pessoas de renda mais alta passaram a usar ele.
3.4 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA
Existem vários significados para a palavra segurança, no dicionário on-line da Michaelis temos a seguinte definição:
“Segurança, ato ou efeito de segurar, asseguração, estado do que se acha seguro, garantia, proteção, certeza, confiança, firmeza, sem perigo”
As políticas públicas para a área de segurança vêm para que os cidadãos se sintam seguros, sem perigo e confiantes em viver na sociedade.
Em nossa constituição é garantido o nosso direito de segurança:
 
“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - Polícia federal;
II - Polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - Polícias civis;
V - Polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 1º - A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:
I - Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressãouniforme, segundo se dispuser em lei;
II - Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
IV - Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ 2º - A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
3º - A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
§ 4º - Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto os militares.
§ 5º - Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
§ 6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º - A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39.
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
I - Compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (
II - Compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)”
Apesar de possuirmos em nossa Constituição um artigo nos garantindo o direito de segurança, este aspecto enfrenta diversos problemas. Luiz Sapori (2007, pág. 10) nos mostra um dos problemas enfrentados pelo nosso país nestas políticas: 
“... a segurança pública, solta e corporativista, com uma vinculação difícil aos governos estaduais de estrutura arcaica, que insistiam em coloca-la dentro de secretarias de justiça. Essas estruturas arcaicas e incompetentes não estavam preparadas para enfrentar a entrada de drogas e o crescimento do crime organizado. ”
Evidencia-se então que no Brasil as políticas de segurança pública se utilizam de formas antigas e que não funcionam mais para os tempos atuais em que estamos vivendo.
Outro problema que Luiz Sapori (2007, pág. 11) nos mostra também e que é de suma importância, “Uma das ironias da segurança pública é que planos bem-sucedidos requerem continuidade, mas a área depende da política que no Brasil, tem alta rotatividade de pessoas e planos”
As políticas para esta área não são rápidas para se reverter em resultados, tem que haver planos contínuos a um longo prazo, o que não ocorre em nosso país. A cada ano eleitoral de mudam nossos políticos e os planos para esta área, ficando assim a criminalidade e a violência crescendo.
Além de políticas bem estruturadas e continuas para a diminuição da violência Luiz Sapori nos mostra outro ponto (2007, pág. 14):
“...as políticas públicas capazes de afetar o curso da criminalidade urbana seriam aquelas atinentes a provisão dos serviços de educação, saúde, habitação, emprego entre outros”
No momento em que a população tem suas principais necessidades sanadas, como saúde, educação, habitação, diminuísse a violência e criminalidade, uma vez que estes não precisam seguir para este seguimento uma vez que suas necessidades estão saciadas. No ano 2000 se coloca em prática isso e se pensa em algo. Segundo Lopes (2009, pág. 29):
“O Plano Nacional de Segurança Pública de 2000 é considerado a primeira política nacional e democrática de segurança focada no estímulo à inovação tecnológica; alude ao aperfeiçoamento do sistema de segurança pública através da integração de políticas de segurança, sociais e ações comunitárias, com a qual se pretende a definição de uma nova segurança pública e, sobretudo, uma novidade em democracia”
Este programa foi implantado no governo do Fernando Henrique Cardoso e alterado no mandato do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, que criou o Pronasci explicado por Adelidio Vilobaldo (2009, pág. 65):
“Em sua estrutura, o Pronasci apresenta-se como uma política de segurança pública, baseada em princípios democráticos, interdisciplinares e humanitários, tendo em vista a participação da sociedade na construção de uma cultura de paz, a médio e a longo prazo. Adota um conjunto de medidas que objetivam a imediata diminuição da violência e da criminalidade, por meio da implementação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em áreas urbanas consideradas de elevados índices de criminalidade e violência. ”
Com ideias diferentes das que foram feitas em políticas de segurança pública, está acredita que se direcionando nas áreas que mais ocorrem a criminalidade e violência se consegue diminuir as das outras áreas, indo propriamente nos maiores polos, para diminuir os menores. 
Nosso país apesar de ainda estar com altos índices de violência e criminalidade estão se tendo vários projetos para a área de segurança. O autor Adelidio Vilobaldo (2009, pág. 65) nos explica: 
“Nesta última década, a questão da segurança pública tem envolvido uma participação maior de estudiosos, como é o caso da criação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), no ano de 2006, composto por vários especialistas com o objetivo de difundir conhecimentos na área da segurança pública. Além disso, o processo de implementação das ações do Pronasci e a ampliação das discussões decorrentes da 1ª Conseg resultaram na reestruturação do Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp). São indicadores da ampliação dos espaços de discussão para possibilitar avanços significativos na constituição da política de segurança pública no Brasil contemporâneo, apesar dos limites estruturais. ”
Desta forma esperamos que estes estudos e medidas novos na área de segurança, deem um bom resultado para o nosso país e que não fiquem apenas no papel e que consigamos perceber no nosso dia-a-dia. 
4. FASES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
 
Fases da Políticas públicas também é conhecida como ciclo das Políticas Públicas. Essas fases se baseiam em facilitar e compreender os processos de definição da lista dos principais problemas existentes na sociedade. 
A primeira fase é o processo de definição da lista de principais problemas da sociedade é chamado de Formação da Agenda. A primeira fase envolve a emergência, aonde irá acontecer a filtragem de todos os problemas para apontar as principais prioridades. Segundo a cartilha do SEBRAE (2008 pág. 10):
 “É impossível para os atores públicos concentrarem suas atenções e atenderem a todos os problemas existentes em uma sociedade, dado que estes são abundantes e os recursos necessários para solucioná-los, escassos. ”
Porém, ainda de acordo com a cartilha do SEBRAE, mesmo que um problema filtrado e que se insira na Agenda Governamental, isso não significará que ela será considerada prioritária. Isso só ocorre quando diversos fatores se juntam, tais como vontade política, mobilização popular e a percepção de queos custos de não resolver o problema serão maiores que os custos de resolvê-los.
 
A segunda fase é chamada de Formulação de Políticas. O processo é utilizado para definir os planos de ação para sanar os problemas. Esse momento deve ser definido qual o objetivo da política, quais serão os programas desenvolvidos e as metas alcançadas, o que significa a rejeição de várias propostas de ação. Segundo a cartilha do SEBRAE (2008 pág. 12): 
“Certamente essa escolha, além de se preocupar com o posicionamento dos grupos sociais, necessita ser feita ouvindo o corpo técnico da administração pública, inclusive no que se refere aos recursos – materiais, econômicos, técnicos, pessoais, dentre outros disponíveis. “
Nesse processo os atores envolvidos (área ou setor) serão convocados para uma reunião solicitando propostas, assim o responsável pela elaboração da Política Pública terá em suas mãos uma série de opiniões que servirão como fonte de ideias, as quais poderão apontar o caminho desejado por cada segmento social, auxiliando na escolha e contribuindo com a legitimidade da mesma.
A terceira fase é chamada de Processo de Tomada de decisão. Momento e de Execução das Ações, da escolha e alternativa de ação para os problemas que foram definidos na Agenda. Esse momento é salientado prazo temporal de ação da Política os recursos. Segundo a cartilha do SEBRAE (2008, pág. 13):
“...é o momento onde se define, por exemplo, os recursos e o prazo Temporal de ação da política. As escolhas feitas nesse momento são expressas em leis, decretos, normas, resoluções, dentre outros atos da administração pública” 
 
 
A quarta fase é chamado de implementação. É aonde os planejamentos e as escolhas transformam em ação. Quem responde por essas ações e o corpo administrativo aonde farão o controle e o monitoramento das medidas definidas. No decorrer dessa fase a Política pode sofrer alterações drásticas, isso vai depender da postura do corpo administrativo. Alguns pontos podem comprometer a eficácia da política, como cita a cartilha do SEBRAE (2008, pág. 16):
“Durante a fase de implementação, é possível se perceber alguns fatores que podem comprometer a eficácia das políticas. Podemos citar como exemplo as disputas de poder entre as organizações, bem como fatores internos e os fatores externos que afetam o desempenho das instituições, tais como suas estruturas e a preparação formal e treinamento do quadro administrativo encarregado da execução de políticas. “
A quinta fase é chamada de Avaliação. Nessa fase o ponto predominante é a avaliação da política, aonde serão analisados todos os pontos para verificar se está de acordo com suas intenções originais ou se existem resultados não intencionais. Cita a cartilha do SEBRAE (2008, pág. 18):
“O fato de ser apresentada como última etapa não significa que ela seja uma ferramenta para ser utilizada apenas quando o tempo de atuação da Política Pública acaba. Muito pelo contrário, a avaliação pode ser feita em todos os momentos do ciclo de Políticas Públicas, contribuindo para o sucesso da ação governamental e a maximização dos resultados obtidos com os recursos destinado. “
Mudanças nas políticas públicas não ocorrem de um dia para o outro, mas elas são o resultado de atividades em cada fase do ciclo de vida de uma política. Cada fase pode levar semanas ou até mesmo anos, dependendo da profundidade do problema, das pessoas envolvidas e da complexidade da própria política. No entanto, toda a criação política baseia-se em desenvolvimentos e atividades anteriores.
5. O PAPEL DO GOVERNO NAS POLÍTICAS PUBLICAS
Ao Governo cabe a definição e implementação de políticas públicas, e ao Estado a autonomia relativa, impondo somente um espaço próprio para atuar, embora permeável a influência interna e externa, tendo esta autonomia ela se torna capaz de criar condições para a implementação de objetivos de políticas públicas, dependendo de alguns fatores e de momentos na história. Segundo Edson Teófilo (2000, pág. 162): “O papel do Governo está condicionado ao nível de desenvolvimento econômico e institucional ”.
O Governo está presente para realizar a distribuição da renda e da riqueza sendo essas consideradas social e política, também na realização das medidas corretivas necessárias. Quando se trata de um País industrial avançado e com o mercado desenvolvido, a tendência são governos muito maiores, medidos pela participação dos gastos públicos em relação ao PIB. Os menos desenvolvidos, ou seja, pobre ou em desenvolvimento, tem uma grande dificuldade para promover uma política dirigida a redução da desigualdade. Todo e qualquer Governo deve estar preocupado com essa desigualdade social e procurar uma estabilidade macroeconômica, sendo essa uma alavanca para o crescimento. Segundo Edson Teófilo (2000, pág. 163):
“O crescimento não é apenas um bom gerador de empregos, mas também um forte provedor dos recursos públicos que são necessários para financiar os programas sociais que podem vir a reduzir a pobreza e a desigualdade. Aninat mostra que a estabilidade e o crescimento geram um volume crescente de recursos para o governo chileno, permitindo a implementação de seus objetivos sociais”.
Muitos argumentam que o papel do Governo é medir os níveis de gastos e de impostos, podendo agir de maneira fraca ou forte, mas sabemos que o que dá ao governo a condição para a realização das suas funções essenciais e centrais, são as grandes tributações. Segundo Edson Teófilo (2000, pág. 163):
“ A experiência do Brasil demonstra que uma redução da taxa de inflação é um importante gerador de crescimento da renda dos indivíduos situados na porção inferior extrema da distribuição de renda. As pessoas pobres têm muito menos capacidade do que os ricos, de se protegerem contra os efeitos da inflação. Se a estabilidade produz ao mesmo tempo crescimento e preços estáveis, os seus efeitos positivos sobre o grupo mais pobre podem ser potencialmente importantes. Permanece duvidoso, todavia, o fato de ser isto também reduzirá a desigualdade global, isto é, se isto produzirá coeficientes de Gini mais baixos. ” 
Podemos dizer que quanto mais eficiente for o Governo mais se obterá no desempenho de suas funções, e menor será o nível de gastos públicos, como por exemplo a reforma agrária, podendo vir a ter efeitos significativos sobre a distribuição de renda e de riquezas.
CONCLUSÃO
Ao término do presente trabalho de Projeto Integrado III, podemos afirmar que o mesmo foi determinante para a complementação do aprendizado teórico obtido durante os semestres do curso de tecnologia em gestão de recursos humanos, sendo que este contribuiu, de forma significativa, em nossa formação prática e acadêmica.
As mudanças externas influenciam em diversos aspectos dentro das organizações, podemos citar como exemplo as políticas de transporte, se estamos trabalhando em uma empresa selecionando candidatos, e na região houverem poucas opções de transporte público serão menos candidatos possíveis para preenchimento da vaga.
Outro exemplo são as políticas referente a segurança, regiões com maiores índices de violência podem dificultar a seleção e a permanência de colaboradores dentro das organizações. Desta forma percebemos que de diversas maneiras as políticas públicas interferem nas empresas. 
O objetivo de uma política pública é o de redistribuir a renda dando suporte aos cidadãos com menor renda, interferindo então nas necessidades básicas de vida de toda a sociedade que utilizam diretamente ou indiretamente os serviços públicos.
Se as políticas públicas conseguirem atender as necessidades básicas de todos com eficácia, todos adquirem uma melhor qualidade de vida.
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REFERENCIAS ELETRÔNICAS
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