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DESAFIO FINALIZADO ILHAS DE CALOR

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
UNIDADE OSASCO
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Climatologia
Competências Profissionais
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Planejamento e Gestão de Cidades
Produção e Organização do Espaço Brasileiro
Tutor: 	
Jeanne de Couto Jales Ferreira – RA 6180584531
Marcelo Correia de Oliveira Jr.– RA 3022887503
Silmara Cristina Varca de Araújo – RA 6173701377
Osasco, Agosto,2018
Desafio Profissional 
 
 Objetivo: Realizar um levantamento sobre ilhas de calor relacionando o porte das cidades e a dinâmica de seu entorno com evento em questão 
 
 
 “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”
 
 
 Paulo Freire
 
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo analisar a cidade de São José do Piraitinga, hoje “Salesópolis”. Com menos de 20 mil habitantes, Salesópolis é um pacato município da Zona Leste do Estado de São Paulo. Por suas belezas naturais e pontos turísticos históricos, é considerada uma Estância Turística, e encanta os visitantes com sua simplicidade e simpatia.
Uma cidade de pequeno porte, onde o clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. O Verão é pouco quente e o Inverno ameno. Não existem meses secos, embora chova mais no verão. A média de temperatura anual gira em torno dos 18 °C, sendo o mês mais frio julho (Média de 13 °C) e o mais quente fevereiro (Média de 22 °C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1.300 mm.
As Ilhas de Calor são um fenômeno climático e urbano, ou seja, acontecem na atmosfera das cidades, e consistem no aumento muito intenso das temperaturas nos espaços mais urbanizados. Em alguns casos, alguns pontos das cidades chegam a registrar um aumento de 7ºC ou mais em relação às áreas mais afastadas.
Ao andar pelas ruas cercadas por prédios, carros, asfalto e com poucas árvores, sentimos rapidamente na pele uma sensação de desconforto provocada pelo calor, não é mesmo? Pois é exatamente isso que acontece com as ilhas de calor. Vamos enumerar a seguir os vários fatores que contribuem para esse fenômeno:
1) Ausência de árvores: A vegetação contribui para aumentar a umidade do ar e diminuir as temperaturas dos ambientes, de forma que quando o ser humano as remove para a construção de casas, ruas e prédios, o ambiente fica mais quente.
2) Maior absorção do calor: Nas cidades, as construções de prédios, calçadas, casas e, principalmente, o asfalto absorvem mais calor do que a terra “limpa”, o que contribui para a elevação da temperatura.
3) Menor infiltração dos solos: Com as construções urbanas, praticamente todo o solo é recoberto por concreto e asfalto, dificultando o acúmulo e infiltração da água, diminuindo assim o nível de evaporação que teria a função de controlar um pouco mais a temperatura.
4) Construção de prédios: Uma grande quantidade de prédios em um espaço pequeno faz com que o ar corra com mais dificuldade, formando verdadeiros “paredões” ao longo das ruas, impedindo que aquele vento mais fresco circule normalmente.
5) Poluição: A grande quantidade de poluentes emitidos pelos carros, fábricas, casas e outros é responsável pela retenção da radiação solar, intensificando o efeito estufa e contribuindo ainda mais para o aumento do calor na cidade.
Quando o fenômeno das Ilhas de Calor associa-se com outros problemas urbanos, como a Inversão Térmica, a vida em alguns espaços geográficos torna-se muito difícil, pois as condições de temperatura ficam insustentáveis. Por esse motivo, os governos e os habitantes das cidades precisam agir em conjunto, diminuindo a poluição e o desmatamento nas cidades, além de melhor planejar as ações sociais para deixar o ambiente mais agradável para todos.
Vamos falar também sobre sua estação meteorológica e aspectos geográficos da Estância Turística de Salesópolis, averiguando o tipo de clima e as influências que este ambiente sofre.
 Passo 1
 ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SALESÓPOLIS
São José do Paraitinga, hoje “Salesópolis”, está ligada à história do Município de Mogi das Cruzes (processo de expansão do povoamento através da doação de terras e a ocupação com o cultivo de roças de lavoura, criação, lavras e construção de ranchos). O Sr. Antonio Martins de Macedo se estabeleceu com sua família e deu início ao povoado. Em 25 de outubro de l83l o povoado recebeu o nome de Capela Curada de São José do Paraitinga e continuou em franco crescimento. A Lei Provincial nº 9, de 24 de março de l857 da Assembléia Legislativa Provincial eleva à categoria de Vila. Nesse mesmo ano foi instalada a Câmara Municipal. Na sessão da Câmara Municipal da Vila de São José do Paraitinga do dia 08 de junho de l900, os vereadores solicitaram alteração da denominação para “Salesópolis” para o Governo Estadual (homenagem ao Presidente da República Dr. Manuel Ferraz de Campos Sales ).A chegada de imigrantes japoneses, em 1945, trouxe grande impulso ao Município.Em 1947, foi instalada em Mogi das Cruzes uma indústria siderúrgica que trouxe desenvolvimento à região mas promoveu a devastação das matas para produção de carvão vegetal. Seguiu-se seguiu, na década de 50, o reflorestamento através do plantio do eucalipto, também para a obtenção de carvão.
A Companhia Suzano de Papel e Celulose (em 1949) e da Indústria de Celulose de Papel Simão (em 1955) foram instaladas na região para utilização de madeira para celulose. Na atualidade, a Reserva Florestal da Serra do Mar ocupa um terço da superfície total, e o reflorestamento de eucalipto ocupa outro terço. A superfície restante é ocupada pelas águas das barragens Ponte Nova, pelo Rio do Campo e Rio Paraitinga (que são reservas hídricas da Grande São Paulo), pela nascente do Rio Tietê, pelas terras cultivadas na várzea e pela cidade. Observa-se que existe escassez relativa de terras para a atividade agrícola, que se encontra pressionada pelos usos alternativos da terra. A superfície restante é ocupada pelas águas das barragens Ponte Nova, pelo Rio do Campo e Rio Paraitinga (que são reservas hídricas da Grande São Paulo), pela nascente do Rio Tietê, pelas terras cultivadas na várzea e pela cidade.
Observa-se que existe escassez relativa de terras para a atividade agrícola, que se encontra pressionada pelos usos alternativos da terra. A Lei Estadual 898 de 18/12/78 disciplina o uso do solo dos mananciais, cursos e reservatórios de água e demais recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana da Grande São Paulo. No Município de Salesópolis, 98% do território está inserido nessa lei, o que impede a instalação de indústrias poluentes. Atualmente devido a crise econômica mundial a economia local que tinha suporte na extração da madeira para celulose sofreu grande impacto econômico. A Transformação da cidade em Estância Turística foi um passo importante para superar o impacto econômico e foram necessários 25 anos, entre a criação de um Plano Diretor baseado em informações obtidas no IBGE (1976) até sua promulgação em 19/02/2001 pelo Governo do Estado de São Paulo.
Com relação aos aspectos geográficos da Estância Turística de Salesópolis , podemos dizer que ela se localiza na sub-região leste da Região Metropolitana da Grande São Paulo, dados do IBGE informam uma superfície de 426 km2 sendo 8 km2 de área urbana e 418 km2 de área rural, população de 16 903(2017). O banco de dados do INMET informa que a temperatura máxima entre 24o a 27o, precipitaçãopluviométrica anual está entre 2.100 a 2.400 mm, umidade relativa do ar está entre 90% a 100%, temperatura média de 18oC
Seus limites são Santa Branca a norte, Paraibuna a nordeste, Caraguatatuba a leste, São Sebastião a sudeste, Bertioga a sul, Biritiba-Mirim a oeste e Guararema a noroeste.
Relevo característico é a Serra do Mar, Morros e Colinas com altitudes que variam de 740 a 1100m, planícies nas regiões baixa dos rios, vegetação é de Mata Atlântica ocupa regiões da Serra do Mar sendo reserva florestal, reflorestamento ocupa aproximadante 130 km2 de eucalipto. Com relação à hidrografia, tem-se a Bacio do Rio Tietê (mais importante rio do Estado de São Paulo), a Bacia do Rio Claro e do Rio Paraitinga. Barragens são encontradas no rio Tietê (Ponte Nova) onde está instalado o Radar Metereológico-equipamento que integra o Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (Saisp), que é operado pela Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), em que a cada cinco minutos gera boletins sobre as chuvas e suas conseqüências na cidade de São Paulo , rio do Campo (Ribeirão do Campo) e rio Paraitinga (Paraitinga).
Atividade Econômica de Salesópolis já foi baseada na silvicultura (eucalipto) que teve início no município em fins de 1960/ início de 1970, promovida pela indústria Suzano de papel e celulose. A introdução do eucalipto, na época foi um bom negócio, hoje se mostra menos interessante ao município, por mudanças na política das industrias. Há também o comércio de horti-fruti-flori-granjeiro, agricultura orgânica em expansão, comércio e atualmente o turismo e ecoturismo com atividades de Esporte Aventura a partir de 2001,quando o município foi elevada à categoria de Estância turística. Salesópolis possui política pública de proteção do meio ambiente, dos recursos naturais e de Sanemaneto, diretrizes gerais de zoneamento e ocupação que asseguram a proteção dos recursos naturais da região.
 Passo 2
Estação Meteorológica é uma ferramenta importantíssima para monitorar e descrever o
Clima de um lugar e observar as tendências climáticas desse local a curto e longo prazo e comparar com outras regiões e seus dados são utilizados para analisar mudanças climáticas ( o clima de uma região dever ter pelo menos 10 anos de dados para poder ser caracterizado). É uma ferramenta fundamental para monitorar, por exemplo, as condições meteorológicas na lavoura e ajudar agricultores a tomarem decisões.
Para uma coleta de dados de precisão é necessário seguir algumas normas com relação à localização, tipo e instalação dos equipamentos e padronização dos horários de observação e dos procedimentos operacionais, como calibração e aferição dos instrumentos de medição. Existem dois tipos de estação meteorológica: as convencionais e automáticas. Uma Estação Meteorológica Automática (EMA) coleta as informações de minuto a minuto (temperatura, umidade, pressão atmosférica, precipitação, direção e velocidade dos ventos, radiação solar) representativas da área que está localizada. A cada hora essas informações são transmitidas para a sede da INMET (Instituto Nacional Meteorológico), em Brasília onde são armazenados em um banco de dados e podem ser acessados pela internet.
As Estações Meteorológicas Convencionais exigem presença diária de um técnico para coletar os dados medidos e também fazer observação visual de nebulosidade, visibilidade e fenômenos diversos como raios e granizos.
Os aparelhos podem ser de leitura direta (instrumentos com nomenclatura terminada em “metro” e registradores (instrumentos com nomenclatura terminada em “grafo”. Lista de aparelhos: Barômetro, Anemômetro, Termômetro, Higiômetro, Psicrômetro, Pluviômetro, Evaporímetro, Heliógrafo e Actenógrafo.
Barômetro – mede a pressão atmosférica;
Anemômetro – mede a velocidade do vento
Termômetro – mede a temperatura do ar. Pode ser:
.Termômetro de máxima – indica a maior temperatura do período
. Termômetro de mínima – indica a menor temperatura do período
. Geotermômetro – (termômetro de solo) mede a temperatura do solo. Utilizado na agrometeorologia. Higrômetro/Higrógrafo – Aparelho onde se usa fios de cabelos tratados adequadamente para medir a umidade do ar.
Psicrômetro – também mede a umidade do ar. É necessário dois termômetros idênticos, mas com funções distintas, a diferença de temperatura deles resulta no valor da umidade do ar.
Pluviômetro – instrumento utilizado para armazenar água da chuva para sua medição.
Evaporímetro e Tanque de Evaporação – instrumento utilizado para mediar a evaporação do ar. Actinógrafo–instrumento que mede a radiação solar
Atualmente, o Brasil conta com diversas redes de estações meteorológicas sena a mais importante a coordenada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)m o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Sistema Metereológico do Paraná (SIMEPAR), Centro Integrado de Metereologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina (CLIMERH) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e também empresas privadas. A concentração de pontos de observação meteorológica está nas áreas mais desenvolvidas, mas o quadro está sendo alterado devido aos impactos no meio ambiente.
As ilhas de calor (ou ICU, ilha de calor urbana) é um fenômeno climático característico de centros urbanos. Ela acontece quando as temperaturas nessas regiões chegam a ficar maiores à noite do que durante o dia em comparação com as áreas rurais próximas ou mesmo com a periferia das áreas urbanas. As ilhas de calor podem afetar as comunidades aumentando a demanda de energia no verão, os custos com energia elétrica, a poluição do ar e as emissões de gases de efeito estufa, doenças e mortalidade relacionadas com o calor e a qualidade da água. As causas das Ilhas de Calor são, entre outras, Impermeabilização da superfície do solo (ex: concreto e asfalto), diminuição da área verde, alta densidade de construções, diminuição da velocidade média do vento, devido ao aumento da rugosidade urbana, o efeito “cânion urbano“, emissões de calor associadas à queima de combustíveis fósseis (ex: veículos) e uso de ar condicionado, poluição atmosférica (diminui a umidade relativa do ar, dando a sensação de mais calor).
As conseqüências das Ilhas de Calor são o aumento do aquecimento global, aumento da temperatura, aumento da precipitação convectiva sobre a área urbana, aumento da presença de gases tóxicos, aumento de problemas respiratórios que afetam a saúde da população, aumento do uso de energia elétrica no verão. As cidades precisam ser geridas dentro de um planejamento urbano que, ao se criarem novas áreas, sejam elas feitas de forma que priorizem o verde, a utilização de materiais que favoreçam a permeabilidade do solo, telhados verdes ou com alto índice de refletância, ventilação natural que evitem o uso de aparelhos de ar condicionado, jardins verticais. Para as áreas centrais com pouco ou nenhum espaço para plantio, deverá ser priorizado um trabalho urbanístico e paisagístico para melhorar a sensação de bem estar. Um projeto para redução de automóveis na região central favorecendo transporte público também ajudará nessa tarefa. Existem muitos recursos que podem ser utilizados, que precisam ser postos em prática pelos gestores e com a participação popular.
 Passo 3
Ilhas de Calor
Objetivos
O aluno deverá compreender descrever, localizar, pesquisar, sintetizar, questionar. Também será capaz de associar a construção/estruturação do espaço urbano com mudanças no deslocamento do ar (prédios formando corredores ou obstruindo de passagem de ar):
Mapear as diferenças de temperatura em diferentes partes de uma cidade;
Desenvolver a capacidade de pesquisa coletiva e responsabilidade individual;
Coletar dados e ser capaz de organizá-los para serem analisados;
Aprender a implantar dados sobre um mapa e analisar a distribuição espacialdos fenômenos representados;
Propor teorias e soluções passíveis para problemas locais;
Compreender que o homem, ao se relacionar com o ambiente, modificando-o, pode criar situações de desconforto ou problemas ambientais que podem prejudicar o próprio homem;
Perceber que o planejamento urbano deve se preocupar com a qualidade de vida coletiva e com a conservação do meio ambiente;
Pesquisar sobre os problemas associados à formação das ilhas de calor e propostas de redução deste impacto.
Estratégia

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