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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E TERRITÓRIO (ILATIT) ENGENHARIA DE ENERGIAS FENÔMENOS DE TRANSPORTE II: Estudo e Dimensionamento de um Trocador de Calor de Casco e Tubo Para um Caso em Engenharia Química Autor: Camila Bonatto de Melo Contato: camila.melo@aluno.unila.edu.br ______________________________________________________________________________ Assinatura Foz do Iguaçu 1 de Novembro, 2017. Camila Bonatto de Melo FENÔMENOS DE TRANSPORTE II: Estudo e Dimensionamento de um Trocador de Calor de Casco e Tubo Para um Caso em Engenharia Química Trabalho apresentado na disciplina de Fenômenos de Transporte II do Curso de Engenharia de Energia, como requisito parcial para a aprovação do semestre. Prof.: Dr. Alexandre Alves Foz do Iguaçu 1 de Novembro, 2017. RESUMO Os trocadores de calor são equipamentos amplamente utilizados em diversos processos industriais. Suas diferentes aplicações geram imensas quantidades de desenho e tipos de trocadores. No seguinte trabalho se apresenta uma introdução teórica sobre os trocadores de calor, aonde se contextualiza os tipos disponíveis de trocadores e seus princípios funcionais. Com um enfoque mais aprofundado sobre os trocadores de calor do tipo casco e tubo, pois este tipo de trocador é o mais usado e conhecido, principalmente devido a sua versatilidade, foi desenvolvido um dimensionamento de um trocador deste tipo para uma aplicação na indústria alimentícia. Para este dimensionamento foram usadas as normas do TEMA. Palavras-chaves: trocador de calor, dimensionamento, casco e tubo. ABSTRACT Heat exchangers are widely used equipment in various industrial processes. Their different applications generate immense amounts of design and types of exchangers. In the following work is presented a theoretical introduction on the heat exchangers, where contextualizes the available types of exchanger and its functional principles. With a more in- depth focus on hull and tube type heat exchangers, since this type of exchanger is the most widely used and known, mainly due to its versatility, a design of such an exchanger was developed for an application in the food industry For this reasoning, the TEMA norms were used. Keywords: heat exchanger, sizing, hull and tube. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Trocador de calor do tipo tubular. ............................................................. .......5 Figura 2 - Trocador de calor de tubo duplo. ......................................................... ...........6 Figura 3 - Corte transversal do trocador de calor do tipo casco e tubo..............................8 Figura 4 - Trocador de calor do tipo placa.. ..................................................................... 9 Figura 5 - Trocador de calor de placa espiral. ............................................................... 10 Figura 6 - Trocador de calor tipo placa de bobina. .......................................................... 11 Figura 7 – Pré-aquecedor de ar Ljungstrom ................................................................... 13 Figura 8 - Geometria das aletas onduladas para trocador de calor de placa aletada. .... 14 Figura 9 - Disposição do fluxo em paralelo em um trocador de calor............................ 15 Figura 10 - Disposição de fluxo cruzado em um trocador de calor ................................ 15 Figura 11 - Disposição do fluxo contracorrente de um trocador de calor ...................... 16 Figura 12 - Desenho esquemático de algumas configurações de superfícies aletadas. .. 21 Figura 13- Esquema básico de um trocador tipo casco e tubo. ...................................... 23 Figura 14 - Tubos de trocador de calor de tipo casco ..................................................... 24 Figura 15 - Processo de fixação de tubos ....................................................................... 25 Figura 16 - Configurações de cabeçotes. ....................................................................... 28 Figura 17 - Segmento de chicana transversal. ................................................................ 29 Figura 18 - Esquema chicana tipo disco ......................................................................... 29 Figura 19 - Chicanas de orifícios .................................................................................... 30 Figura 20 - Modelos de defletor oval. ........................................................................... 31 Figura 21 - Modelo de defletor ondulado ....................................................................... 31 Figura 22 - Componentes do trocador casco e tubo segundo TEMA ............................. 36 Figura 23 - Disposição dos tubos no trocador ................................................................ 38 LISTAS DE TABELAS Tabela 1- Dados iniciais para o dimensionamento do trocador de calor. ....................... 32 Tabela 2 - Definição dos estados termodinâmicos para Água - fluido quente. .............. 32 Tabela 3 - Definição dos estados termodinâmicos para Água - fluido frio. .................. 32 Tabela 4 - Propriedades termodinâmicas dos fluidos de trabalho. ................................. 33 LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS Te Temperatura de entrada Ts Temperatura de saída P0 Pressão inicial 𝛥�P Diferença de pressão 𝑄�𝑐� Taxa de transferência de calor no casco 𝑚�𝑓�̇ Vazão mássica da água fria 𝑃� projeto Pressão do projeto 𝑃� operação Pressão de operação 𝑇� projeto Temperatura do projeto 𝛥�𝑇�𝑎� Variação da temperatura de entrada ∆𝑇𝑏 Variação da temperatura de saída MLDT Média logarítmica de diferença de temperatura P Coeficiente de efetividade R Relação de capacidades térmicas F Fator de correção 𝑇𝑡𝑢𝑏𝑜 Temperatura no tubo 𝑇𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 Temperatura no casco D tubo, min Diâmetro do tubo mínimo D casco, min Diâmetro do casco mínimo 𝜌𝑐 Massa especifica da água quente 𝜌𝑓 Massa especifica da água fria 𝑉𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜,𝑚𝑎𝑥 Volume do casco máximo ∅𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 Diâmetro interno dos tubos ∅𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 Diâmetro externo dos tubos U Coeficiente global de transferência de calor Atc Área do trocador de calor N Numero de tubos L Comprimento dos tubos e Espessura dos tubos ∅𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 Diâmetro do casco Nchicanas Numero de chicanas hchicanas Altura das chicanas SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1 2 OBEJTIVO ............................................................................................................................. 2 2.1 OBJETIVO PRINCIPAL .................................................................................................. 2 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 2 3 DEFINIÇÃO DO TROCADOR DE CALOR ...................................................................... 3 4 CLASSIFICAÇÃO DOS TROCADORESDE CALOR .................................................... 4 4.1 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR .. 4 4.2 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O TIPO DE CONSTRUÇÃO .......................... 5 4.2.1 Trocadores tubulares .................................................................................................... 5 4.2.2 Trocadores de calor do Tipo Placas ............................................................................. 9 4.2.3 Trocadores de superfície estendida............................................................................. 14 4.3 COMPACTAÇÃO DE SUPERFÍCIE ............................................................................ 14 4.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A DISPOSIÇÃO DAS CORRENTES .......... 15 4.5 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MECANISMO DE TRANSFERÊNCIA DE CALO 17 5 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE TROCADORES DE CALOR ............................... 19 5.1 CRITÉRIOS BASICOS DE SELEÇÃO GERAL DE TROCADOR DE CALOR .......... 19 5.1.1 Materiais de construção .............................................................................................. 20 5.1.2 Temperatura de operação ........................................................................................... 20 5.1.3 Pressão de trabalho .................................................................................................... 20 5.1.4 Caudal ......................................................................................................................... 21 5.1.5 Disposição do fluido.................................................................................................... 21 5.1.6 Eficiência térmica ....................................................................................................... 21 5.1.7 Perda de carga ............................................................................................................ 22 5.1.8 Tipo de fases dos fluidos ............................................................................................. 23 5.1.9 Mantimento, inspeção e limpeza ................................................................................. 23 5.1.10 Fatores econômicos ................................................................................................. 23 5.1.11 Técnicas de fabricação ............................................................................................ 23 5.2 CRITERIOS BÁSICOS DE SELEÇÃO DE TROCADORES DE CALOR ................... 24 5.2.1 Componentes de um trocador de calor de casco e tubo ............................................. 24 6 DIMENSIONAMENTO DO TROCADO .......................................................................... 34 6.1 DADOS INICIAIS .......................................................................................................... 34 6.2 DEFINIÇÃO DOS ESTADOS TERMODINÂMICOS .................................................. 35 6.3 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS DE TRABALHO .................................................... 36 6.4 LOCALIZAÇÃO DOS FLUIDOS DE TRABALHO ..................................................... 36 6.5 BALANÇO DE CALOR E MASSA ............................................................................... 36 6.6 CONSIDERAÇÕES PARA PRESSÃO E TEMPERATURA DO PROJETO ............... 37 6.7 CÁLCULO DA TEMPERATURA MÉDIA ................................................................... 37 6.8 MÉDIA LOGARÍTMICA DE DIFERENÇA DE TEMPERATURA ............................. 37 6.9 DETERMINAÇÃO DO FATOR DE CORREÇÃO F .................................................... 38 6.10 DETERMINAÇÃO DO TIPO DE TROCADOR DE CALOR ....................................... 38 6.10.1 Tipo de cabeçote frontal .......................................................................................... 38 6.10.2 Tipo de casco ........................................................................................................... 38 6.10.3 Tipo de cabeçote posterior ...................................................................................... 39 6.10.4 Conclusão da determinação do tipo de trocador .................................................... 39 6.11 DIMENSIONAMENTOS DOS BOCAIS ...................................................................... 40 6.11.1 Diâmetro mínimo dos tubos ..................................................................................... 40 6.11.2 Diâmetro mínimo do casco ...................................................................................... 40 6.11.3 Dimensionamentos dos tubos .................................................................................. 40 6.11.4 Diâmetro e espessura .............................................................................................. 40 6.11.5 Comprimento ........................................................................................................... 40 6.11.6 Disposição dos tubos ............................................................................................... 40 6.12 ESTIMATIVAS DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR DA ÁREA DE TRANSFERÊNCIA .......................................................................................... 41 6.12.1 Estimativa inicial do coeficiente global de trocador de calor ................................ 41 6.12.2 Calculo da área estimada ........................................................................................ 41 6.12.3 Determinação do número de tubos .......................................................................... 41 6.13 DIMENSIONAMENTO DO CASCO ............................................................................ 42 6.14 DIMENSIONAMENTO DAS CHICANAS ................................................................... 42 6.14.1 Espaçamento ............................................................................................................ 42 6.14.2 Número de chicanas ................................................................................................ 43 6.14.3 Altura das chicanas ................................................................................................. 43 7 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 44 8 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 45 1 1 INTRODUÇÃO Nas situações cotidianas sempre é necessário transferir calor de um fluido quente para um fluido frio por diferentes motivos. Um exemplo, para a economia de energia que reduz os custos operacionais. Também pode ser para levar um fluido a uma temperatura de otimização, para um processamento posterior ou para alcançar condições de segurança necessárias no caso de transporte e/ou armazenamento. Para fazer essa transferência de calor existe uma ampla variedade de equipamentos denominados trocadores de calor. Existem várias formas de classificar os trocadores de calor, dependendo da posição do fluxo, da construção e geometria do equipamento, em relação ao fluido utilizado, etc. Estas classificações e algumas outras serão tratadas de maneira concreta nos itens posteriores. São encontrados vários tipos de trocadores de calor no mercado e para definir qual tipo de trocador se utilizará em relação ao tipo de aplicação é necessário saber que critérios vai se levar em conta na hora de definir os parâmetros do projeto, uma vez definido os parâmetros que serão utilizados, será necessário realizar os cálculos pertinentes que proporcionara uma ideia dos parâmetros que se obterá utilizando os critérios selecionados. O trocador de calormais usado, ou seja, empregado em processos industriais é do tipo casco e tubo, na qual este trabalho se dá ênfase, fazendo um estudo minimalista de todas suas classificações. Resumidamente, este trocador, consiste de um casco cilíndrico quem contem tubos em seu interior. Existe dois tipos de fluido de trabalho, um que escoa pelo casco e outro pelos tubos. A troca térmica acontece através das paredes dos tubos. Neste presente trabalho foi previamente dimensionado um trocador de calor do tipo casco e tubo para o uso na indústria alimentícia, no caso, para o resfriamento de maionese em seu processo de produção. Durante o processo de produção da maionese sua temperatura é elevada de 100 a 170 °C para a eliminação de microrganismos, a diminuição desta temperatura ocorre por meio de trocadores de calor, com está diminuição de temperatura ocorre o aumento da viscosidade do fluido, com isso a maionese adquire sua forma de fase típica do estado de repouso em condições atmosféricas padrão. 2 2 OBEJTIVO 2.1 OBJETIVO PRINCIPAL Realizar o dimensionamento de um trocador do tipo casco e tubo para a aplicação no processo de resfriamento de maionese em uma indústria (Nestle). 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Especificação dos principais tipos de trocadores de calor disponíveis na indústria; Diferenciação dos trocadores de calor; Revisão bibliográfica dos componentes do trocador de calor; Apresentação dos fenômenos envolvidos no processo de transferência de calor; Métodos de eleição do trocador de calor. 3 3 DEFINIÇÃO DO TROCADOR DE CALOR Um trocador de calor é um equipamento no qual realiza transferência de energia na forma de calor entre dois fluidos ou mais, na qual pode ter ou não mudança de fase. Os fluidos estão separados por uma barreira sólida, o que evita contato entre eles, além disso, se encontram em diferentes temperaturas, o que possibilita a existência de um gradiente de temperatura. No processo de transferência de calor, o fluido que está em maior temperatura transfere energia térmica para o fluido em menor temperatura, com o objetivo de esquentar ou esfriar os fluidos envolvidos no processo; geralmente envolve os efeitos de convecção de cada fluido, que seria quando ambos se encontram em movimento, e os efeitos da condução através da barreira sólida que os separa. 4 4 CLASSIFICAÇÃO DOS TROCADORES DE CALOR Devido a vastas aplicações e utilidades dos trocadores de calor, existe uma classificação de acordo com o objetivo que se deseja obter no uso do mesmo. Segundo, Fraas e Ozisik (1965) e Thulukkanam (2013), existem diversos tamanhos, disposição do fluxo e configurações de trocadores de calor, por isto são usados critérios de classificação a seguir: I) Processo de transferência de calor; II) Tipo de construção; III) Compactação de superfície; IV) Disposição das correntes; V) Mecanismo de transferência de calor. Após a análise sobre cada classificação e possível saber as características básicas de cada tipo de trocador de calor, diferença entre eles, assim como as condições de trabalho que eles podem ser usados. Por isso, se considera o primeiro, a saber, para a seleção correta do equipamento para o uso na aplicação que se deseja e assim satisfazer as necessidades específicas do processo. 4.1 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Os trocadores podem ser classificados como de contato direto ou contato indireto. Nos de contato direto, os fluidos estão em contato direto entre si, ou seja, não são separados por nenhum tipo de barreira ou parede. Uma característica desse tipo de trocador é que os fluidos de contato serão insolúveis e não podem reagir com os outros. Portanto, não podem ser utilizados em um sistema quem que ambos os fluidos estejam na fase gasosa (LEVENSPIEL, 2004, p.238). Nos trocadores de calor por contato indireto, como os radiadores de automóveis (Figura 1), o fluido quente e frio estão separados por uma parede impermeável e recebem o nome de trocadores de superfície. Trocadores de calor tubular, placas e superfície estendida são exemplos 5 de indiretos. Para o caso indireto, quando o fluxo de calor intermitente, ou seja, quando o calor se armazena primeiro na superfície do equipamento e logo se transmite o fluido frio, se denomina trocadores do tipo regenerador. A intermitência do fluxo de calor é possível devido tanto as correntes quentes como as frias vão se alterando. 4.2 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O TIPO DE CONSTRUÇÃO Segundo Thulukkanam (2013), a classificação de trocador de calor segundo o tipo de construção está dada por quatro grandes divisões: I) Trocadores tubulares; II) Trocadores de placas; III) Trocadores regenerativos; IV) Trocadores de superfície estendida. 4.2.1 Trocadores tubulares Basicamente são construídos de tubos circulares (Figura 1). A característica comum nestes tipos de trocadores é que o fluxo dos fluidos se dá através de superfícies tubulares, mas podem deferir quanto a quantidade de tubos, fluidos envolvidos no processo, tipo de superfície, etc. 6 Figura 1 – Trocador de calor do tipo tubular. Fonte: Thulukknam (2013) Os modelos de trocadores de calor tubulares mais encontrados na literatura são os seguintes: Tubular – tubo duplo: os trocadores de tubo duplo, constam de dois tubos concêntricos, geralmente dispostos em forma de U. A disposição do fluxo geralmente são contracorrente e de correntes paralelas. Segundo o tipo de aplicação, estes tipos de trocadores de calor podem ser conectados em série e em paralelo, além de que tem a vantagem de flexibilidade, já que quando necessário podem ser adicionados mais trocadores. Outra vantagem é que seu desenho é relativamente simples e suas peças são de baixo custo, devido a sua padronização. (THULUKKANAM, 2013, p.2) Dada a sua estrutura, seu uso habitual para realizar pequenas tarefas (menores de 300 m2), para processos que requerem alta pressão e altas temperaturas. 7 Figura 2 - Trocador de calor de tubo duplo. (a) esquema geral. (b): (i) tubo duplo com tubo interno; (ii) tubo duplo com tubo interior com aletas; (iii) tubo duplo com tubos internos e (iv) tubo duplo com tubos internos aletados. Fonte: Thulukknam (2013) Tubular – tipo casco e tubo: dos diversos tipos de trocadores de calor, este é o mais utilizado nas refinarias e plantas químicas. Mas de 90% dos trocadores de calor usados na indústria são do tipo casco e tubo. Isso se deve em geral por: a) Proporcionar fluxo de calores elevados em relação a seu peso e volume; b) Relativamente fácil de construir em uma grande variedade de tamanhos; c) É fácil de limpar e reparar; d) Versátil e pode ser desenhado para cumprir praticamente qualquer aplicação. Também chamados de trocador multitubulares, os trocadores de casca e tubo estão constituídos por múltiplos tubos de pequenos diâmetros, através dos quais escoa um dos fluidos, os que por sua vez estão envolvidos por uma carcaça cilíndrica disposta em forma paralela aos tubos, por meio da qual circula outro fluido. A transferência de calor ocorre por meio de convecção forçada através dos fluidos e por condução através das paredes dos tubos. 8 Os principais componentes de um modelo padrão de trocador de calor casco e tubo são: Conjunto de tubos: conduzem a corrente do fluido que trocara calor com o fluido quepassa pelas chicanas; Casco: estrutura que envolve todos os componentes do processo; Cabeçote: proporciona a entrada e saída do fluido do lado dos tubos; Chicanas: apoia os tubos, direcionam a corrente do fluido na direção dos tubos e aumentam a turbulência do fluido no casco. Como a grande variedade de equipamentos deste tipo de trocador, a escolha de cada uma delas depende da finalidade do processo de transferência de calor, na qual por sua vez depende dos fatores como: geometria, separação e quantidade de chicanas, quantidade de fluxo, exigência da perda de carga e sustentação dos tubos e a vibração produzida no processo. Na figura 3 é mostrado o corte transversal do trocador de calor do tipo casco e tubo com suas principais partes. Figura 3 - Corte transversal do trocador de calor do tipo casco e tubo. Fonte: Cengel e Ghajar (2012) 9 4.2.2 Trocadores de calor do Tipo Placas Estes tipos de trocador de calor são construídos de forma de placas finas, as quais têm diferentes formatos segundo a aplicação do processo. São utilizados para processos que não requerem altas pressões ou grandes gradientes de temperatura, pois devido a sua geometria, só são capazes de suportar temperaturas e pressões moderadas. Uma de suas vantagens principais é que seu desenho favorece a alta turbulência a velocidades do fluido relativamente baixo. Os desenhos usualmente encontrados na literatura são os seguintes: I) Placa aletada conjunta; II) Placa espiral; III) Placa de bobina; Figura 4 - Trocador de calor do tipo placa. (a) Esquema detalhado da construção. (b) Vista superior das placas montadas. Fonte: Thulukknam (2013) 10 4.2.2.1 Placa Aletada Conjunta Resumindo, o trocador de calor do tipo placa aletada estão formando uma série de placas de metal ondulado que estão em contato mutuo. Cada placa tem aberturas próprias, proporcionando as quatro portas para a entrada e a saída dos fluidos, que por sua vez, direcionam a passagem do fluxo pelas placas. 4.2.2.2 Placa Espiral Os trocadores de calor do tipo placa espiral são formados enrolando duas placas largas e finas, deixando um canal que se mantêm de maneira uniforme e em dorme de espiral por meio de parafusos espaçadores soldados as tiras das placas antes de rodar, como mostrado na figura 5. Figura 5 - Trocador de calor de placa espiral. (a) Desenho de entrada e saída do fluido. (b) Esquema de enrolamento de placas finas. Fonte: Thulukknam (2013) 11 As aplicações mais usuais desde tipo de trocadores são: Manuseio dos líquidos e tratamento mineral; Fluidos extremamente viscos; Fervura, condensação, aquecimento e resfriamento; 4.2.2.3 Placa de Bobina Este tipo de trocadores apresenta diversas aplicações industriais, tais como produtos químicos, fibras, alimentos, pinturas, produtos farmacêuticos, indústria nuclear, tratamento de resíduos e outros. As principais partes do trocador são: Superfície de alívio: sua superfície interior é utilizada como câmara transportadora de fluidos. Seu desenho contra de duas lâminas de diferente espessura, geralmente feitas de aço inoxidável e ligas de carbono. Superfície estampada dupla: par de lâminas do mesmo material e espessura, mediante a qual os fluidos trocar calor por condução, igual à superfície de alívio são frequentemente feitas de aço inoxidável e ligas de carbono. Figura 6 - Trocador de calor tipo placa de bobina. Fonte: Thulukkanam, 2013. 12 Segundo Thulukkanam (2013), estes tipos de trocadores são amplamente utilizados em processos de calefação e refrigeração, proporcionando uma ótima eficiência no processo de transferência de calor. O uso de trocadores de calor do tipo placa bobinado proporciona as seguintes vantagens: Pode-se utilizar qualquer tipo de fluido, incluído vapores a elevadas temperaturas; Temperatura, pressão e fluxo podem ser controlados com precisão; Facilidade de limpeza e eliminação de impurezas; Elevada eficiência, economia e flexibilidade. 4.2.2.4 Trocadores regenerativos Os trocadores de calor regenerativos podem ser estáticos ou dinâmicos. O tipo estático não tem partes moveis e consiste em uma massa porosa através da qual passam alternadamente fluidos quentes e frios. Uma válvula alternadora regula o escoamento periódico dos dois fluidos. Durante o escoamento do fluido quente, o calor é transferido do fluido quente para o miolo do trocador regenerativo. Em seguida, o escoamento do fluido quente é interrompido, e inicia o escoamento do fluido frio. Durante a passagem do fluido frio, transfere calor do miolo para o fluido frio. Os regeneradores de tipo estático podem ser pouco compactos, para o uso em alta temperatura, como nos pré-aquecedores de ar, na fabricação de coque e nos tanques de fusão de vidro. Podem, porém, ser regeneradores compactos para uso em refrigeração, no motor Stirling, por exemplo. Nos regeneradores do tipo dinâmico, o miolo tem a forma de um tambor que gira em torno de um eixo de modo que uma parte qualquer passa periodicamente através da corrente quente e, em seguida, através da corrente fria. O calor armazenado no miolo durante o canto com o gás quente é transferido para o gás frio durante o contato com a corrente fria. O exemplo típico de regenerador rotativo é o pré-aquecedor regenerativo de ar Ljungstrom (figura 8). Os regeneradores rotativos podem operar em temperaturas até 870 ºC; miolos de cerâmicas são utilizados em temperaturas mais altas. Os regeneradores rotativos só são convenientes para a 13 troca de calor de gás para gás, pois somente com gases a capacidade calorífica do miolo, que transfere o calor, é muito maior do que a capacidade calorífica do gás escoante. Não é conveniente para a transferência de calor de líquido para líquido, pois a capacidade calorífica do miolo de transferência de calor é muito menos do que a capacidade calorífica do líquido. Uma vez que o miolo da transferência de calor gira, a temperatura dos gases e a da parede depende do espaço de tempo; como resultado, a análise de transferência de calor dos regeneradores é complexa, pois o fluxo periódico introduz diversas variáveis novas. Nos trocadores de calor conversacionais, estacionários, é suficiente definir as temperaturas de entrada e de saída, as vazões, os coeficientes de transferência de calor dos dois fluidos e as áreas superficiais dos dois lados do trocador. No trocador de calor rotativo, entretanto, é necessário também relacionar a capacidade calorífica do rotor com a capacidade calorífica das correntes dos fluidos, com as vazões dos fluidos e com a velocidade de rotação. Figura 7 - Pré – aquecedor de ar Ljungstrom Fonte: Ozisik,1990 14 4.2.3 Trocadores de superfície estendida Nos trocadores de calor são usados gases ou também alguns líquidos, se o coeficiente de transferência de calor é bastante baixo, se requerer uma superfície de transferência de calor bastante grande para aumentar a taxa de transferência de calor. Este requisito é atendido por aletas aderidas a superfície primaria. A adição de aletas pode aumentar a superfície de 5 a 12 vezes a área da superfície primaria em geral, dependendo do desenho. Os exemplos mais comuns de trocadores de calor de superfície estendida são: trocadores de tubo aletado e trocadores de placas aletadas. Trocadores de calor de placas aletadas: Este tipo de trocadores tem aletasonduladas, geralmente de seções transversais triangulares ou retangulares, ou espaçadores intercalados entre placas paralelas. As aletas estão associadas as placas porte fortes soldagem, união por adesivos, ajustes mecânicos. As aletas podem ser utilizadas por ambos os lados nos trocadores de calor de gás a gás. Nas aplicações de gás a líquido, as aletas de utilizam geralmente só no lado do gás. Se colocado no lado liquido se utiliza principalmente para força estrutural e efeitos de mistura de fluxo. As aletas são utilizadas também na contenção da pressão e rigidez. Figura 8 - Geometria das aletas onduladas para trocador de calor de placa aletada. (a)Aleta retangular (b) Aleta triangulas (c) Aleta de contrapeso (d) Aleta ondulada (e) Aleta de persiana (f) Aleta perfurada (g) Aleta de pinos. Fonte: Thulukkanam, 2013. 4.3 COMPACTAÇÃO DE SUPERFÍCIE Os equipamentos podem ser classificados como compactos e não compactos de acordo com a relação entre superfície de transferência de calor e volume ocupado, ou seja, de acordo com a densidade da área superficial. 15 Um trocador de calor pode ser classificado como compacto, quando sua compactação é superior a 700 m2/m3 . Exemplos de compactação de alguns trocadores de calor: Radiador de automóvel – grau de compactação de 1100 m2/m3; Cerâmica vítrea e certos motores a turbina a gás – grau de compactação de 6600 m2/m3; Tubulares – grau de compactação 70 – 500 m2/m3. O objetivo de aumentar a compactação do trocador está em que um elevado valor de compactação reduz o volume do trocador, assim é utilizado quando existe restrições sobre o tamanho e o peso do trocador. Tipicamente para aumentar a eficiência em trocadores compactos são utilizadas aletas, pois com o aumento da área superficial, aumenta a taxa de transferência de calor. As vantagens mais ressaltantes do trocador de calor compacto são o bom aproveitamento dos materiais, espaço ocupado (volume) e custo, mas tem como desvantagem que os fluidos devem ser limpos, poucos corrosivos e um deles, geralmente, em estado gasoso. A motivação para o uso de superfície compacta é o rendimento específico do trocador. 4.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A DISPOSIÇÃO DAS CORRENTES A escolha da disposição do fluxo em particular depende da eficiência do trocador requerida, os esforços térmicos permitidos, mínima e máxima velocidade permitida, níveis da temperatura dos fluidos, perda de carga, entre outros critérios do desenho. Algumas as disposições das correntes são: Fluxo em paralelo – Neste tipo de trocador as correntes dos fluidos quentes e frios entram na mesma extremidade, fluem na mesma direção e saem no outro extremo. Termodinamicamente é umas das disposições mais pobres, entretanto, se aplica nos seguintes casos: quando os materiais são muito sensíveis a temperatura, pois produz uma temperatura mais uniforme; quando se deseja manter a efetividade do trocador sobre o amplo intervalo de fluxo e em processos de ebulição. 16 Figura 9 - Disposição do fluxo em paralelo em um trocador de calor. Fonte: Thulukkanam, 2013. Fluxo cruzado – Neste tipo de trocador, a disposição do fluxo do fluido quente e frio são realizadas de forma perpendicular entre si. Figura 10 - Disposição de fluxo cruzado em um trocador de calor Fonte: Thulukkanam, 2013. 17 Eles podem ser dispostos de várias formas, todas elas buscam elevar a taxa de transferência de calor ao máximo e a redução do seu tamanho. O objetivo desta variedade de disposição dos tubos é permitir condições para que prevaleça os efeitos de separação da camada limite e geração de vórtices, para influenciar positivamente o coeficiente de transferência de calor por convecção. Fluxo contracorrente – Neste tipo os fluidos quente e frio fluem paralelamente, mas em direções opostas um do outro. As variações de temperatura são idealizadas como unidimensionais. Esta disposição de fluxo é termodinamicamente superior a qualquer outra. Figura 11 - Disposição do fluxo contracorrente de um trocador de calor Fonte: Thulukkanam, 2013. Multifluxos – Este tipo é usado de forma comum nos trocadores de calor, pois intensifica a eficiência global sobre as eficiências individuais. Além disso, é possível uma grande variedade de configurações para o multifluxos. 4.5 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MECANISMO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Os mecanismos básicos de transferência de calor utilizados para a transferência de calor de um fluido ao outro: convecção em uma os fase (forçada ou natural), convecção nas duas fases (forçada ou natural) e combinação de convecção e radiação. Em base dos mecanismos de troca de fase, os trocadores de calor se classificam como condensadores e evaporadores. 18 Condensadores – Podem ser para esfriar líquidos (agua) ou gases (ar). Os calores das correntes do condensador podem ser utilizados para esquentar outro fluido. Normalmente, o fluido de condensação se coloca fora dos tubos para um condensador de vapor refrigerado por agua ou dentro dos tubos de refrigeração com gás, ou seja, condensadores esfriados por ar de refrigeradores e condicionadores de ar. Evaporadores – A função deste é evaporar o fluido que está dentro do refrigerante e expulsar o calor para o ambiente, cabe destacar que idealmente é um processo isobárico. As vantagens de trabalhar com evaporadores são as seguintes: requerem pouca altura, maior facilidade de instalação e bom funcionamento para líquidos viscosos. 19 5 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE TROCADORES DE CALOR 5.1 CRITÉRIOS BASICOS DE SELEÇÃO GERAL DE TROCADOR DE CALOR Os critérios para seleção se baseiam na análise dos principais parâmetros de operação, como temperatura e pressão de operação, tipo de fluidos e as características de cada tipo de trocador mencionadas no capítulo anterior. O fluido envolvido na transferência de calor pode ser caracterizado pela temperatura, pressão, lado por onde flui, propriedades físicas e corrosão. Segundo,Thulukkanam (2013), os principais pontos para considerar são: Materiais de construção; Temperatura e pressão de operação; Caudal; Disposição do fluido; Eficiência térmica; Perda de carga; Fases do fluido; Mantimento, inspeção e limpeza; Fatores econômicos; Técnicas de fabricação. Para a escolha adequada dos parâmetros anteriormente mencionados é necessário conhecer as especificações do projeto, com o objetivo de alcançar a maior eficiência geral do processo de transferência de calor através da escolha adequada dos parâmetros. De forma geral, os requisitos que se buscam em qualquer trocador de calor utilizado em qualquer projeto ou 20 aplicação são a queda de pressão mais baixa possível, alta confiabilidade do equipamento, funcionamento seguro, produtos e matérias compatíveis entre si, fácil instalação, mantimento e operação, simplicidade na fabricação e baixo custo. 5.1.1 Materiais de construção Determinar os materiais de construção de um trocador de calor não é uma tarefa simples, implica conhecer de maneira especifica o projeto, sendo os âmbitos mais relevantes : o tipo de trocador, fluidos envolvidos no processo, temperatura de entrada e saída; com o intuito de realizar os cálculos de maneira mais precisa possível envolvendo a eficiência de transferência de calor por condução. Além disso, uma vez que os processos de transferência de calor envolvem corrosão do material, será necessáriousar um material que seja confiável e possa ser usado continuamente sob os efeitos da temperatura e pressão. Além disso, uma vez que os processos de transferência de calor envolvem corrosão do material, será necessário usar um material que seja confiável e possa ser usado continuamente sob os efeitos da temperatura e pressão. 5.1.2 Temperatura de operação Este parâmetro é importante, já que indica se o material na temperatura do projeto, será capaz de suportar a pressão do trabalho e as cargas impostas ao material. Para aplicações criogênicas, a baixa temperatura e a dureza do material é um requisito fundamental, por outro lado, para aplicações que requerem altas temperaturas, o material tem que ter resistência a fluência, de forma que o processo pode ser realizado de maneira continua. (THULUKKANAM,2013) 5.1.3 Pressão de trabalho A pressão de operação do trocador é outro fator de grande importância na hora de definir o projeto; pois é necessário determinar a espessura dos componentes de retenção de pressão. Geralmente, quanto maior a pressão, maior será a espessura requerida pelas membranas de retenção de pressão. 21 A baixa pressão, a taxa do fluxo volumétrico em fase de vapor é alta e as caídas de pressões permitidas podem requerer um projeto que maximize a área disponível para o fluxo. Um exemplo típico desde caso é o fluxo cruzado e o fluxo dividido com múltiplos bocais. Por outro lado, as altas pressões, a taxa de fluxo volumétrico em fase de vapor são mais baixos e a queda de pressão aceitável são maiores; este fator leva o projeto de unidades mais compactadas. Em geral, a taxa de transferência de calor mais alta se obtém colocando gás de baixa pressão no exterior das superfícies tubulares. 5.1.4 Caudal O caudal determina a área do fluxo, quanto maior a taxa de fluxo, maior será a área de fluxo transversal. Para limitar a velocidade do fluxo através dos dutos, se requer uma área superior, além disso, está limitada pela caída de pressão, erosão e no caso do trocador casca e tubo, é limitado pela vibração induzida pelo lado do fluxo da carcaça. Cabe destacar que trabalhar com uma estimativa da velocidade mínima quase sempre é necessário para melhor a transferência de calor, eliminando as áreas de estagnação e recirculação dos fluidos, também minimiza a quantidade de sujeira depositada no equipamento. 5.1.5 Disposição do fluido Como foi dito em itens anteriores, a disposição do fluxo do fluido dependerá de diversos fatores, os quais devem ser previamente definidos para posteriormente eleger a disposição do fluido. Alguns dos fatores de maior importância são: tipos de construção, tipo de trocador, tipo de fluido e condições de operação. 5.1.6 Eficiência térmica É buscado um elevado rendimento térmico para alcançar uma alta eficácia térmica. Um exemplo de medida de aumento de eficiência é o uso de superfícies aletadas para aplicações criogênicas e regenerativas para o uso de turbinas a gás. Algumas configurações de superfícies com aletas são mostradas na figura 12. 22 Figura 12 - Desenho esquemático de algumas configurações de superfícies aletadas. Fonte: Cengel (2012) 5.1.7 Perda de carga A perda de carga é um dos paramentos mais importantes no desenho de trocador de calor, uma vez que impõe limitações do processo pela pressão de fluxo do fluido em termos da estrutura do trocador. O projeto do trocador deve ser realizado de maneira que diminua o máximo a caída de pressão improdutiva, evitando assim perdas significativas nas entradas e saídas das curvas, bicos e coletores. 23 5.1.8 Tipo de fases dos fluidos As fases dos fluidos, assim como o tipo de fluido dentro do trocador é uma consideração de suma importância dentro dos critérios de seleção de trocadores. Entre as configurações de fases que podemos utilizar em um trocador, são: liquido-liquido, liquido-gás e gás-gás; a mais simples de trabalhas é na configuração de fluidos em fase liquida, pois, geralmente altos valores de densidades favorecem a propriedade de transporte, permitindo assim obter bons resultados de transferência de calor a pressões relativamente baixas. 5.1.9 Mantimento, inspeção e limpeza De todas as partes que formam o trocador são os três fatores que são aplicados no pré- processo e pós-processo de utilização de trocadores, isso se deve pois a não realização de algumas destas três tarefas pode prejudicar alguma parte do equipamento, assim como uma diminuição drástica da eficiência do processo. 5.1.10 Fatores econômicos É importante tem em conta que fatores importantes formam este item: o custo de fabricação do trocador e os gastos de funcionamento ( incluindo os custos de mantimento). De maneira geral, uma menos área de superfície de transferência de calor e menos complexidade do projeto, implica um menos custo de fabricação. No custo de operação se inclui todos os dispositivos de bombeamento empregados no processo, tais como, ventiladores, sopradores e bombas de bombeamento. Por outro lado, os custos de manutenção incluem os custos de troca de peças do trocador, custos de limpezas do dispositivos mecânicos. É por isso que o projeto do trocador de calor requer um equilíbrio adequado dos fatores anteriormente descritos. 5.1.11 Técnicas de fabricação 24 As técnicas implementadas na fabricação dos trocadores de calor é um dos fatores determinantes para a seleção da matriz de superfície de transferência de calor, alem disso sua escolha influencia diretamente no tempo de vida útil do equipamento, facilidade ou dificuldade de mantimento, resistência a corrosão, etc. Por exemplo, os trocadores do tipo casca e tubo em sua maioria são fabricados por soldagem, trocados de placa aletadas e radiadores são feitos de alumínio, por ser uma soldagem mais forte. 5.2 CRITERIOS BÁSICOS DE SELEÇÃO DE TROCADORES DE CALOR Os trocadores de calor do tipo casco e tubo são um dos mais utilizados na indústria, isto se deve em parte, aos seguintes fatores: Fácil troca de componentes por manutenção ou falha; Alta resistência mecânica a tensões aplicadas; Presenta alta relação de transferência de calor em função do volume do trocador. Esta última caraterística é uma das mais importantes, já que representa uma considerável vantagem para processos produtivos de troca térmica onde o espaço é um fator fundamental. Assim, este tipo de trocadores tem alto coeficiente de troca térmica para um volume consideravelmente menor do equipamento. Para uma seleção correta de um trocador de calor, é necessário determinar as caraterísticas de seus componentes. 5.2.1 Componentes de um trocador de calor de casco e tubo A geométrica básica de um trocador de calor de casco e tubo é presentada na figura 13, a seguir: 25 Figura 13 - Esquema básico de um trocador tipo casco e tubo. Fonte: Universidade Federal do Rio Grande Os componentes do trocador casco e tubo são os seguintes: A. Tubos; B. Espelhos; C. Casco; D. Cabeçote; E. Tampas; F. Divisiores; G. Chicanas. 5.2.1.1 Tubos Componente básico e fundamental deste tipo de trocadores, geralmente tem preço elevado, pois apresentam diversas geométricas oriundas do processo no qual serão utilizados. Como este componente está em contato direto com o fluido a ser refrigerado/esquentado, são altamente propensos à corrosão. As dimensões padrões utilizadas para diâmetro externo são:1/4”, 3/8”, 1/2”, 3/4”, 1”, 1.1/4”, 1.1/2”. Como pode ser visualizado na figura 13 a seguir, estes tubos podem ser de superfícies lisas ou aletadas. 26 Figura 14 - Tubos de trocador de calor de tipo casco Fonte: http://argenfrio.com.ar/tubos_aletados.html 5.2.1.2 Espelhos Os espelhos servem como suporte para o conjunto de tubos, que são fixados aos espelhos por processo de soldamento. Basicamente é uma placa de metal perfurado, onde são depositados os tubos, tal e como mostra a figura 15. 27 Figura 15 - Processo de fixação de tubos Fonte: Universidade Federal do Rio Grande 5.2.1.3 Casco Existem 7 tipos de casco estandardizadas por TEMA y ASME VII [Thulukkanam (2013)]: E - Casco de um passe; F - Casco de dois passes com chicana longitudinal; G - Casco de duplo fluxo dividido; H - Casco de fluxo dividido; J - Casco de divisão de fluxo; K - Casco tipo caldeira; X - Casco de fluxo cruzado; 28 Cada tipo de arranjo de casco apresenta caraterísticas peculiares, é por isso que o uso de cada casco dependera do processo. Casco tipo E: Baixo custo e simplicidade de construção; É compatível com chicanas transversais; Comumente utiliza fluidos monofásicos. Carco tipo F: Apresenta alta taxa de troca térmica; Alta queda de pressão; Tem diversos problemas associada ao uso de chicanas longitudinal. Casco tipo G: Utilizada para fluidos com cambio de fase para fluxo contracorrente; Entrada central com saída do bocal longitudinal; Quando o fluido ingressa, este se divide em duas correntes. Casco tipo H: É a mais utilizada para fluidos com troca de fase para fluxo contracorrente; Apresenta duas entradas, dois bocais de saída e dois defletores; Menor queda de pressão quando comparado com E, F e G. Casco tipo J: Quando o fluido entra, as correntes são divididas e escoam em direções longitudinais; A velocidade de fluxo é a metade da carcaça do tipo E; Queda de pressão é 1/8 de E. 29 Casco tipo K: É um doo cascos que apresentam o maior tamanho; O diâmetro varia entre o 50% ao 70% da largura; Os feixes de tubos têm movimento livre, Para usos que necessitam evaporar parcialmente o fluido. Casco tipo X: Utiliza chicanas transversais; Ao ingressar, o fluido é dividido em multiplex correntes parciais que escoam pelo feixe de tubos; O fluxo pode ser paralelo, cruzado ou de contra fluxo. 5.2.1.4 Cabeçote Os cabeçotes são as estruturas que distribuem o fluido que circula pelo trocador. Apresentam múltiplas configurações e a sua escolha dependera da especificação do projeto. Na figura 16 abaixo são exibidas as diversas configurações do cabeçote: 30 Figura 16 - Configurações de cabeçotes. Fonte: Universidade Federal do Rio Grande Como se mostra na figura anterior, os cabeçotes podem ser de dois, quatro, seis, ou outo passos. 5.2.1.5 Tampas Estruturas de fechamento ou abertura do trocador, se encontra nos extremos, especificamente por onde ingressam os fluidos que realizaram a troca térmica. Podem ser fechadas permanentemente por meio de processo de solda, porém não podem ser retiradas e não é possível fazer processo de manutenção. Por outra parte, as tampas que não são fechadas por soldagem, podem ser trocadas em processos de manutenção. 5.2.1.6 Divisores 31 Componente que divide o fluido no ingresso e na saída do casco. Porém, após o começo do ciclo de troca térmica, o mesmo fluido experimentara uma troca térmica pela parede da divisão produto do processo em si. 5.2.1.7 Chicanas Existe uma grande variedade de chicanas dependendo da aplicação do projeto, algum deles são listados a seguir [Thulukkanam, 2013]: a) Chicanas transversais: A transferência de calor que acontece nos trocadores que apresentam estas chicanas é altamente dependente da quantidade de cortes que tenha este segmento. São subdivididos em chicanas transversais do tipo vara e de placa. Na figura abaixo se mostra um esquema de um segmento transversal de uma chicana transversal. Figura 17- Segmento de chicana transversal. Fonte: Thulukkanam, 2013 b) Chicana de disco: Sua composição básica é feita a partir de um disco pequeno e um disco central, como mostra a figura 18: 32 Figura 18 - Esquema chicana tipo disco Fonte: Thulukkanam, 2013 A geometria deste componente faz com que a queda de pressão seja menor, quando comparada com a chicana segmentária. Entre suas aplicações, destaca se o uso para troca de calor de componentes nucleares. c) Chicana de orifício: Estas chicanas atuam como uma cobertura do fluido, já que as cavidades destes componentes são de grande tamanho. Devido à dificuldade de limpeza, não são muito utilizados. Na figura 19 se mostra a disposição das chicanas de orifício. Figura 19 - Chicanas de orifícios Fonte: Thulukkanam, 2013 33 d) Chicanas longitudinais: Nestas chicanas, o casco é dividido em duas ou mais seções, a modo de gerar multipasse de fluido no casco. Uma caraterística importante é o fato de que a chicana deve estar soldada no casco, caso contrário, este componente terá movimentação interna que afetara o intercambio térmico. e) Chicana oval: A caraterística principal destes componentes é que tem grande suporte à vibração induzida pelo escoamento do fluido nos tubos. Outra caraterística de importância é a baixa queda de pressão. No seu desenho construtivo, estes estão dispostos em forma de segmentos paralelos ao feixe de tubos, como pode ser visualizado na figura 20. Figura 20 - Modelos de defletor oval. Fonte: Thulukkanam, 2013 34 f) Chicanas onduladas: Em estas chicanas, o fluxo do fluido é de forma axial, isto melhora significativamente a troca térmica. Como é mostrada na figura 21, sua estrutura se assemelha a uma barra ondulada. Figura 21 - Modelo de defletor ondulado Fonte: Thulukkanam, 2013 6 DIMENSIONAMENTO DO TROCADOR Nesta parte será dimensionado um trocador de calor do tipo casco e tubo para o uso na indústria alimentícia, no caso, para o resfriamento de maionese em seu processo de produção, por convecção. Durante o processo de produção da maionese sua temperatura é elevada de 100 a 170°C para a eliminação de microrganismos, a diminuição desta temperatura ocorre por meio de convecção com a água, que será resfriada no trocador de calor. 6.1 DADOS INICIAIS Para o desenvolvimento do projeto são considerados os seguintes dados iniciais, o fluido em estudo será a água: 35 Tabela 1- Dados iniciais para o dimensionamento do trocador de calor. Água – Fluido quente Água – Fluido frio - Vazão: 0,082 kg/s - Vazão: x - Te,Temperatura de entrada: 170°C - Te,Temperatura de entrada: 10°C - Ts, temperatura de saída: >80°C - Ts, temperatura de saída: 60°C -P0: 700KPa -P0: 350 KPa -𝛥P: <150KPa -𝛥P: <90 KPa 6.2 DEFINIÇÃO DOS ESTADOS TERMODINÂMICOS Os seguintes dados são obtidos pela função da temperatura dos fluidos, segue: Tabela 2 - Definição dos estados termodinâmicos para Água - fluido quente. Água – Fluido quente Tabela 3 - Definição dos estados termodinâmicos para Água - fluido frio. Água – Fluido frioInicial Final Temperatura: 170°C Temperatura: 80°C Pressão de Saturação: 791,7KPa Pressão de Saturação: 47,39 Estado: Liquido comprimido Estado: Liquido comprimido Inicial Final Temperatura: 10°C Temperatura: 60°C Pressão de Saturação: 1,2276KPa Pressão de Saturação: 19,94 Estado: Liquido comprimido Estado: Liquido comprimido 36 Observações: Não ocorre mudança de fase em ambos os processos. 6.3 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS DE TRABALHO As propriedades termodinâmicas dos fluidos se estabelecem em função das temperaturas medias de entrada e saída de cada fluido, mostrada na tabela a seguir: Tabela 4 - Propriedades termodinâmicas dos fluidos de trabalho. Propriedades Água – Fluido quente Água – Fluido frio Temperatura media 125°C 35°C Massa especifica 948,05 Kg/m 3 994,08 Kg/m 3 Calor especifico 4316 W/Kg.K 4120 W/Kg.K Condutividade térmica 0,78 W/m.K 0,71 W/m.K Viscosidade dinâmica 0,000289 kg.s/m 0,000897 kg.s/m Fator de Incrustação 0,00035 m 2 . °C/W 0,00021 m 2 . °C/W 6.4 LOCALIZAÇÃO DOS FLUIDOS DE TRABALHO Cada fluido mencionado anteriormente circulará em uma parte do trocador, a escolha deste depende da análise das características que eles apresentam. Água – Fluido quente: circulará nos tubos, como este fluido apresenta uma pressão maior que a agua fria, no caso de ocorrer algum tipo de estrago na estrutura ficará mais fácil substitui-los, do que substituir o casco do trocador. Água – Fluido frio: circulará no casco, pois sua viscosidade é maior então é possível obter um de calor maior e maior turbulência. 6.5 BALANÇO DE CALOR E MASSA ( ) 37 ( , ) ( ) ( ) , � , � , � ( ) ( ) , � Que corresponde a vazão da água fria. 6.6 CONSIDERAÇÕES PARA PRESSÃO E TEMPERATURA DO PROJETO Seguindo as recomendações da norma, segue o seguinte: � � � A) Tubos (Fluido quente) � � � B) Casco (Fluido Frio) � � � 6.7 CÁLCULO DA TEMPERATURA MÉDIA ∆ � � ∆ � � 6.8 MÉDIA LOGARÍTMICA DE DIFERENÇA DE TEMPERATURA 38 ∆ ∆ ( ∆ ∆ ) , 6.9 DETERMINAÇÃO DO FATOR DE CORREÇÃO F � � � � ( ) ( ) , Onde, P representa o coeficiente de efetividade. 𝑅 𝑇𝑐𝑎𝑠�,𝑒𝑛𝑡 𝑇𝑐𝑎𝑠,𝑠𝑎𝑖 𝑇𝑐𝑎𝑠,𝑒𝑛𝑡 𝑇𝑡𝑢𝑏,𝑒𝑛𝑡 ( ) ( ) , Onde, R represente a relação de capacidades térmicas. Associando P e R, se obtém o fator de correção F: Portanto, F ≃ 0,89 A correção ficará da seguinte maneira: ∆ � ( , , ) , 6.10 DETERMINAÇÃO DO TIPO DE TROCADOR DE CALOR 6.10.1 Tipo de cabeçote frontal Como o fator de correção F ≃ 0,89 é recomendado o uso do cabeçote estacionário, neste caso o tipo A. 6.10.2 Tipo de casco 39 Para F ≃ 0,89 se recomendo o tipo de casco Tipo E. 6.10.3 Tipo de cabeçote posterior Para determinar a escolha deste, primeiro é necessário calcula o parâmetro 𝑇 ,: , � � ( � ) � ( ) Obtêm-se 𝑇 , < 10°C não é necessário ter um cabeçote flutuante. Então, escolhemos um cabeçote posterior do Tipo L. 6.10.4 Conclusão da determinação do tipo de trocador Após esta análise, a escolha da estrutura da construção do trocador de calor será do tipo AEL. Figura 22 - Componentes do trocador casco e tubo segundo TEMA Fonte: TEMA 40 6.11 DIMENSIONAMENTOS DOS BOCAIS 6.11.1 Diâmetro mínimo dos tubos 𝑡𝑢𝑏𝑜, 𝑖𝑛 �√( 𝑚𝑐 𝜌𝑐 𝑉𝑡𝑢𝑏𝑜 𝑎𝑥 ) , 𝑚 6.11.2 Diâmetro mínimo do casco 𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜, 𝑖𝑛 �√( 𝑚 𝜌𝑐 𝑉𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 𝑎𝑥 ) , 𝑚 6.11.3 Dimensionamentos dos tubos O diâmetro e espessura são baseados no manual da ESSEL, que se baseia na normativa TEMA. 6.11.4 Diâmetro e espessura O fator de incrustação (<0,0005m°C/W), que passará pelos tubos é pequeno, assim é recomendado escolher tubos de ∅𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 ,, e ∅𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 . 6.11.5 Comprimento O tamanho de tubo mais econômico, ou seja, o mais usado é de 6 metros. De acordo com o TEMA, são padronizados comprimentos de tubos de 2,5 – 3 – 3,6 – 4,8 e 6 m, embora tubos maiores possam ser utilizados. Para este processo, foi escolhido um trocador com comprimento de 2,5 metros. 6.11.6 Disposição dos tubos Segundo definições do TEMA com relação à direção de fluxo do lado do casco do trocador, a disposição triangular é o que da para o trocador o menor custo por unidade de área, pois tem um menos diâmetro do casco para uma mesma área de troca térmica. Porém, em termos 41 de manutenção de limpeza este tipo deve ser usado somente quando os fatores de incrustação do lado do casco forem menos que 0,0004. Assim será adotado a disposição triangular 30°. Figura 23 - Disposição dos tubos no trocador. Fonte: ESSEL 6.12 ESTIMATIVAS DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR DA ÁREA DE TRANSFERÊNCIA 6.12.1 Estimativa inicial do coeficiente global de trocador de calor O coeficiente global de transferência de calor do tipo água-água, pode ser estimado 850<U<1800. Assim se estima, portanto em: ( 𝑚 ) 6.12.2 Calculo da área estimada 𝑡𝑐 𝑄𝑐 ∆𝑇 , �𝑚 6.12.3 Determinação do número de tubos ∅𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 =0,01905 m 42 ∅𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 =0,0254 m � 𝑡𝑐 �∅𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 �( ) Onde, N= número de tubos; 𝑡𝑐= Área de troca de calor; ∅𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 = diâmetro externo; L= comprimento dos tubos; e= espessura dos tubos; 6.13 DIMENSIONAMENTO DO CASCO Com as dimensões do diâmetro dos tubos e a quantidade, o diâmetro do casco será: ∅𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 0, 572m 6.14 DIMENSIONAMENTO DAS CHICANAS Para o cálculo das chicanas usa-se as recomendações padronizadas da TEMA. 6.14.1 Espaçamento O espaçamento que deve ter entre as chicanas é uma analise de cois critérios onde será usado o maior deles: 1) do diâmetro do casco (∅𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜) = 0,1144m 43 2) Duas polegadas 0,0508m Portanto, se elege o espaçamento 0,1144m entre as chicanas. 6.14.2 Número de chicanas O número de chicana será obtido com o comprimento do tubo e seu espaçamento, assim: 𝑐 𝑖𝑐𝑎𝑛𝑎𝑠 � , �𝑚 , 𝑚 , � 6.14.3 Altura das chicanas Para estabelecer a altura do corte das chicanas deve se levar em consideração o seguinte: 20% < h < 30% do diâmetro do casco. Logo, considerando 25%, a altura ocupada pela chicana será de 75%. 𝑐 𝑖𝑐𝑎𝑛𝑎𝑠 � ( , �∅𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜) , �𝑚 44 7 CONCLUSÃO Partindo de uma analise teórica que foi feita neste presente trabalho, trocadores de calor são dispositivos térmicos que promovem a transferência de energia térmica entre fluidos, sem que estes entrem em contatos. A finalidade deste trabalho foi fazer uma revisão bibliográfica destes equipamentos e os fenômenos nos quais estão submetidos, com um aprofundamento do estudo dos trocadores de calor do tipo casco e tubo, devido a sua ampla aplicação na indústria.Em seguida, foi realizado um dimensionamento sucinto de um trocador de calor do tipo casco e tubo, a partir de um estudo de caso na indústria alimentícia, usando as recomendações da norma TEMA. Realizando os cálculos e com os dados encontrados foi denominado um trocador de calor do tipo casco e tubo com a configuração AEL. 45 8 BIBLIOGRAFIA ÇENGEL, Yunus A. Termodinâmica, sexta edição, México D.F: Mcgraw Hill, 2009. ÇENGEL, Yunus A. Transferência de Calor, quarta edição, México: Mcgraw Hill, 2012. THULUKKANAM, K. Heat Exchange Desing Handbook. Columbus: CRC Press, 2013. LEVENSPIEL, O. Fluxo de fluido: Troca de calor. Barcelona: Reverte, 2004. OZISIK, M. Heat Transfer a Basic Approach. Nova York: McGraw-Hill Book Company,1985
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