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Tributos Aula

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UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
ESPÉCIES DE TRIBUTOS 
• Quanto à espécie tributária temos as seguintes teorias: 
 
 TEORIA TRIPARTIDA: “Tributo é gênero de que são espécies os 
impostos, as taxas e as contribuições de melhoria.” (Art. 5º do 
CTN) 
 
 TEORIA PENTAPARTIDA: - Adotada pela CF/88: 
• IMPOSTO 
• TAXAS 
• CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
• EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
• CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS 
 
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IMPOSTOS 
 Impostos - Art 16, CTN: - Conceito 
 
• Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
• Ou seja, a situação geradora do tributo independe de 
qualquer contraprestação do Estado em favor do 
contribuinte. Ex: ICMS, IPI. 
 
 
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IMPOSTOS 
- Impostos são exações desvinculadas de qualquer atuação estatal, decretadas 
exclusivamente em função do jus imperii do Estado; Portanto, O imposto é um tributo 
unilateral, basta a realização pelo particular do fato gerador; 
- Seu fato gerador é sempre uma situação independentemente de qualquer 
atividade estatal específica relativa ao contribuinte; A doutrina classifica como 
tributo sem causa, ou não contraprestacional; 
- Finalidade, custeio das despesas públicas gerais, englobando os serviços 
públicos universais e indivisíveis do Estado. 
- Em regra são instituídos por Lei Ordinária, com exceção do Imposto sobre 
Grandes Fortunas (IGF) e o Imposto Residual, os quais são instituídos por Lei 
Complementar. 
 
 
 
 
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IMPOSTOS 
• > Princípio da Não Afetação: - art. 167, CF/88, IV: 
É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, salvo exceções constitucionalmente previstas, a saber: 
• 1. Repartição de receita tributárias; 
• 2. Destinação de recursos para a saúde; o desenvolvimento do 
ensino e para a atividade de administração tributária; 
• -3. Prestação de garantias para: 
• a) operações de crédito por antecipação de receita; 
• b) a União 
• c) pagamento de débitos para com a União. 
 
 
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IMPOSTOS REAIS E PESSOAIS 
Impostos pessoais levam em conta a qualidade individual 
do contribuinte, sua capacidade contributiva para a 
dosagem do aspecto quantitativo do tributo. (ex. Imposto 
de Renda, em que a legislação, para fins de “deduções 
pessoais”, utiliza critérios como o número de 
dependentes, despesas com educação, médicas, etc. ) 
 
 impostos reais, são aqueles decretados sob a 
consideração única da matéria tributável, com total 
abstração das condições individuais de cada contribuinte. 
Incidem sobre o patrimônio em geral, sem levar em conta 
os aspectos pessoais do contribuinte. ( ex. IPI, ICMS, IPTU, 
IPVA, etc) 
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IMPOSTO DIRETO E INDIRETO 
Imposto direto seria aquele em que não há 
repercussão econômica do encargo tributário, isto é, 
aquela pessoa que praticou o fato tipificado na lei 
suporta o respectivo ônus fiscal. O contribuinte 
suporta, portanto, a carga tributária do fato gerador. 
São exemplos de imposto direto: IR, IPTU, IPVA, ITBI, 
ITCMD 
Imposto indireto seria aquele em que o ônus 
financeiro do tributo é transferido ao consumidor 
final, por meio do fenômeno da repercussão 
econômica. ( exemplos: ICMS e IPI) 
 
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IMPOSTO PROPORCIONAL E PROGRESSIVO 
Imposto proporcional é aquele que tem alíquota 
única, incidente sobre o valor tributável, em que o 
montante do tributo varia de acordo com a base 
tributável. Ex. Alíquota de 5% do ISS; ou 10% do IPI. 
Imposto progressivo é o imposto que, tendo duas ou 
mais alíquotas, o montante do imposto varie 
desproporcionalmente em função do valor tributável, 
ou seja, o tributo vai aumentando 
desproporcionalmente. Ex.: tabela progressiva do 
IRPF; IPTU e o ITR. 
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IMPOSTO REGRESSIVO E FIXO 
Imposto regressivo é aquele em que a alíquota 
diminui na medida em que as bases de cálculo são 
mais elevadas. Inviabiliza a igualdade e a justiça em 
que quem tem renda mais elevada deve sofrer maior 
tributação. 
 Imposto fixo é o imposto cujo valor é estabelecido 
desde logo, sem levar em consideração a alíquota ou 
base de cálculo. Ex: R$ 30,00 de IPI por unidade 
produzida; ou R$ 50,00 de ICMS por cada cabeça de 
gado. 
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IMPOSTO MONOFÁSICO E PLURIFÁSICO 
Imposto monofásico também conhecido como de 
incidência única. É o imposto em que, na ocorrência de 
sucessivas operações no ciclo econômico (insumo – 
produção – circulação), a legislação prevê uma única 
incidência. Consiste em mecanismo semelhante à 
substituição tributária, pois atribui a um determinado 
contribuinte a responsabilidade pelo tributo devido em 
toda cadeia de um produto ou serviço. 
 
 Imposto plurifásico é o imposto que incide sobre várias 
etapas, fases ou operações sequenciais, até chegar ao 
consumidor final. EX.: IPI; ICMS. 
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IMPOSTO DIRETO E INDIRETO 
Imposto cumulativo (ou em cascata) é o imposto 
que incide em cada operação tributável, em que não 
é prevista compensação, dedução ou abatimento em 
relação à operação anterior. Ex.: ITBI 
 
 Imposto não cumulativo é o imposto a que a norma 
prevê compensação, abatimento ou dedução do valor 
do tributo pago ou devido na operação anterior, de 
conformidade com o disposto no sistema 
constitucional tributário. Ex.: IPI, ICMS. 
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Taxas – Art 145, II (CF) 
Taxas – Art 145, II (CF) 
Diferentemente do Imposto, a TAXA é um tributo 
vinculado à ação estatal diretamente referida ao sujeito 
passivo. 
O Fato Gerador não é um fato do contribuinte, mas do 
Estado, que pratica determinada atividade e, por isso, 
cobra a taxa da pessoa a quem aproveita. 
 
É instituída por Lei ordinária. 
 
 
 
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Taxas – Art 145, II (CF) 
Taxas – Art 77 do CTN 
É espécie de tributo cujo fato gerador é o exercício regular 
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de 
serviço público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
• Exs: Taxa de licença de instalação e funcionamento 
(Prefeitura); Taxa de Bombeiro; Taxa de 
Licenciamento Anual de Veículo; Taxa de 
Licenciamento para Funcionamento e Alvará 
Municipal 
 
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Taxas – Art 145, II (CF) 
 
 
 
 
 
 
FATOS GERADORES DA TAXA 
EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 
ESPECÍFICO 
DIVISÍVEL 
PRESTADO 
À DISPOSIÇÃO 
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Taxas – Art 145, II (CF) 
Taxas – Art 145, II (CF) 
FATOS GERADORES DA TAXA: - Decorre de uma atuação estatal 
- Taxa de Polícia (taxa de Fiscalização) = Polícia Administrativa e NÃO se 
confunde com a polícia judiciária nem com a polícia de manutenção 
da ordem pública. 
- O bem estar geral justifica a restrição ou o condicionamento do 
exercício de direitos individuais. 
- O art. 78 do CTN conceitua o poder de polícia como a atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, 
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de 
fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à 
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do 
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade públicaou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
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Taxas – Art 145, II (CF) 
Taxas – Art 145, II (CF) 
- Taxa de Polícia: O exercício do poder de polícia há de ser 
regular, ou seja, de acordo com a lei, com obediência com o 
princípio do devido processo legal e sem abuso ou desvio de 
poder. 
- Assim, a Taxa de Polícia verifica o cumprimento das exigências 
legais pertinentes e concede a licença, a autorização, o alvará, 
etc. 
- Ex: A taxa de licença de localização e funcionamento, só pode 
ser cobrada se o Município dispor de órgão da administração 
que fiscalize a existência de condições de higiene, segurança, 
etc. 
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Taxas – Art 145, II (CF) 
Taxa de Serviço Público: 
- Específico: - Destacável em unidade autônoma de 
intervenção, de utilidade ou de necessidade 
públicas; ( ou seja, o contribuinte sabe por qual 
serviço está pagando) 
- Divisível: - suscetível de utilização individual pelo 
contribuinte; 
- Prestado: - Utilização efetiva do serviço. 
- Posto à Disposição: - Definidos em lei como de 
utilização compulsória. 
 
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Taxas: 
O serviço prestado vincula-se com o desempenho de função eminentemente estatal 
(Regime jurídico de direito público). É espécie de tributo. São indelegáveis. Cobrança 
é compulsória. Sujeita-se aos princípios tributários. Cobrada em função da utilização 
do serviço público efetivo ou em potencial. 
Tarifas: 
Receita decorrente da prestação de serviços públicos desenvolvidos por 
particulares sob regime de concessão ou permissão(Regime jurídico de direito 
privado). Não é tributo. Decorre de contrato administrativo. Não obedece ao 
princípios tributários, mas aos administrativos. Cobrada em função da 
utilização do serviço público efetivo. 
 
Taxas versus Tarifas 
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Taxas – Art 145, II (CF) 
Taxas – Exemplos 
 
• Taxa de Coleta de Lixo 
• Taxa de Combate a Incêndios 
• Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – 
TCFA 
• Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos 
Químicos 
 
 
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Contribuições de Melhoria 
Contribuições de Melhoria – Art 145, III (CF) 
É um tributo vinculado, em cujo fato gerador se 
inclui a valorização de imóvel do contribuinte, 
decorrente de obra pública. 
 
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: 
(...) 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.” 
(Vide artigos 81 e seguintes, CTN) 
 
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Contribuições de Melhoria 
Contribuições de Melhoria – Art 145, III (CF) 
A existência do tributo tem fundamento no princípio 
da vedação ao enriquecimento sem causa. 
Objetiva ressarcir o Estado dos valores (ou parte 
deles)gastos com a realização da obra. 
Limite total: - A despesa realizada, ou seja, o 
Estado não pode cobrar mais do que gastou com a 
obra. 
Limite individual: é o acréscimo de valor que da 
obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
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Contribuições de Melhoria 
Caso prático 
 
O Estado do Ceará realizou uma obra pública 
orçada em R$ 1.000.000,00, beneficiando quatro 
imóveis da região. Qual o valor que cada 
proprietário dos respectivos imóveis deverá arcar, a 
título de Contribuição de Melhoria, sabendo-se 
que: 
 
 
 
 
 
IMÓVEL Valor do Imóvel Valorização após a obra 
A 250.000,00 300.000,00 
B 450.000,00 500.000,00 
C 500.000,00 650.000,00 
D 750.000,00 Não houve 
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Contribuições de Melhoria 
Caso prático 
 
RESOLUÇÃO: 
Limite total = Despesa Realizada = 1.000.000,00 
Limite individual = Acréscimo Individual do valor 
 
 
 
 
IMÓVEL Valor do Imóvel Valorização após a obra ACRÉSCIMO 
A 250.000,00 400.000,00 150.000,00 
B 450.000,00 550.000,00 100.000,00 
C 500.000,00 550.000,00 50.000,00 
D 750.000,00 Não houve 0,0 
TOTAL 300.000,00 
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Caso prático 
 
RESOLUÇÃO: 
Limite total = Despesa Realizada = 1.000.000,00 
Limite individual = Acréscimo Individual do valor 
 
 
 
 
 
 
* Em face do limite individual, a contribuição deverá ser de 50.000,00 
 
 
IMÓVEL ACRÉSCIMO %_PARTICIPAÇÃO VLR_CONTRIB 
A 150.000,00 0,5 150.000,00 
B 100.000,00 0,33 99.000,00 
C 50.000,00 0,17 51.000,00* 
D 0,0 0,0 0,0 
TOTAL 300.000,00 1 300.000,00

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