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Português para AFT 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales - Aula 11
PORTUGUÊS PARA AFT
Olá, pessoal!
Neste encontro, comentaremos duas provas, a saber:
- Auditor-Fiscal da Receita Federal (2012); e
- Analista-Tributário da Receita Federal (2012)
Serão mais duas oportunidades para fixar o conteúdo estudado 
durante as 
aulas teóricas, além de ambientar-se à realidade das provas.
Agora, vamos ao que interessa!
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Teoria e questões comentadas 
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AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - (2 0 1 2 )
Enxergando suas obras da década de 1890 à luz de seus conceitos-chave - 
como o de "idealismo prático" e o de "República" -, conclui-se que Nabuco 
permaneceu monarquista por julgar que o advento do regime republicano,
naquele momento, ................................ o advento de uma sociedade
autenticamente republicana, liberal e democrática entre nós. Por outro lado, 
considerações de ordem estritamente prática levavam-no a ver, na Monarquia 
preexistente, um instrumento que permitiria promover mais efetivamente o 
civismo, o liberalismo e a democracia, capaz de preparar a sociedade 
brasileira para uma República que fosse além do mero rótulo, ou seja, sem 
desnível entre forma e conteúdo; entre o país legal e o país real.
(Christian Edward Cyril Lynch, “O Império é que era a República: a monarquia republicana de 
Joaquim Nabuco”. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n.85, 2012, com adaptação)
1- Assinale a opção que completa a lacuna sem provocar incoerência de ideias 
ou ruptura na direção argumentativa do texto.
a) poderia acelerar as transformações sociopolíticas necessárias para
b) viria a prejudicar e não a favorecer
c) encontraria valores sedimentados de civismo e liberalismo para
d) legitimaria a implantação de regimes totalitários, forçando
e) em vez de retardar o processo democrático, viria a acelerar
Texto para as questões 2 e 3.
Suponha que a Receita Federal o convoque para explicar como pode ter 
comprado uma casa de R$ 100 mil, em dinheiro, se ganhou apenas R$ 50 mil 
no ano todo. Você chega lá e diz: minha obrigação é fazer a declaração. Se 
bate ou não bate, se tem regularidade ou não, é outro problema. Mas faltam 50 
mil para fechar as contas - argumenta o fiscal. E você: E daí? Não tem nada 
demais. Isso é mero problema aritmético. O que importa é que cumpri meu 
dever de cidadão ao apresentar a declaração. Não vai colar, não é mesmo? 
Mas na Justiça Eleitoral cola. Se o cidadão, em sua campanha eleitoral, 
arrecadou R$ 50 mil e gastou R$ 103) mil, mas declarou tudo na prestação de 
contas - está limpo. Mesmo que as contas tenham sido rejeitadas pela 
Justiça, ele pode se candidatar na eleição seguinte. Essa foi a decisão tomada 
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no fim de junho.
(Carlos Alberto Sardenberg, “Roubou, mas declarou? Está limpo”. O Estado de São Paulo, 
02/07/2012. (com adaptações) http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/07/roubou-mas-declarou- 
estalimpo-carlos.html)
2- No início do texto, o autor exorta o leitor a participar de uma situação 
hipotética, na qual o leitor desempenha o papel de um contribuinte de imposto 
sendo arguido por funcionário da Receita Federal. Assinale a proposição que 
interpreta de modo errôneo o emprego de tal recurso, em continuação à frase:
Tal recurso
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a) obrigou o autor a empregar os verbos do primeiro parágrafo no modo 
subjuntivo, para manter a coesão temporal com “Suponha” (l.1).
b) permitiu o confronto com situação semelhante possível de ocorrer em outro 
campo da atuação humana.
c) constitui recurso de introdução textual que evita a entrada brusca no 
assunto principal do texto.
d) possui potencial retórico de levar o leitor a concordar com a argumentação 
do autor.
e) contribuiu para o autor expor com mais didatismo sua discordância em 
relação a uma decisão da justiça eleitoral.
3- Assinale a substituição proposta para os diálogos abaixo que desrespeita a 
correta morfossintaxe do padrão formal escrito da língua portuguesa.
a) Você chega lá e diz (l.3)
Você se apresenta ao funcionário da Receita Federal e afirma.
b) Se bate ou não bate, se tem regularidade ou não, é outro problema. (l.4 e 5) 
Se dá certo ou não, sendo regulares ou não, é outra questão.
c) E você: E daí? Não tem nada demais. (l.6)
E você retruca: - Que importância tem isso? Não há nenhum problema nisso.
d) Não vai colar, não é mesmo? Mas na Justiça Eleitoral cola. (l.8)
O argumento não será aceito, certamente. Contudo, na Justiça Eleitoral ele o 
será.
e) mas declarou tudo na prestação de contas - está limpo. (l.10)
mas declarou o que arrecadou e o que gastou na prestação de contas - está 
quite com a Justiça Eleitoral.
4- Assinale o segmento que dá sequência ao texto, respeitando a coerência 
entre as ideias e a correção gramatical.
Quando a maré sobe, ergue todos os barcos, diz o velho adágio. Nos anos de 
crescimento acelerado e excesso de capitais financeiros na economia 
mundial, mesmo as embarcações de casco avariado tiraram proveito da maré 
favorável. O Brasil, como grande exportador de matérias=primas e um dos 
principais destinos dos dólares investidos internacionalmente, foi um dos 
países mais beneficiados. Os efeitos foram ainda mais sentidos
(Ana Luiza Daltro e Érico Oyama, “As razões do pibinho”. Veja, 13/06/2012, p. 76/77)
a) por causa das reformas econômicas levadas a efeito na década passada.
b) devido a ótima fase de comercialização de nossas matérias-primas.
c) a despeito dos acertos internos na condução de reformas econômicas.
d) enquanto se aguarda o aumento na taxa de investimento.
e) graças à onerosa carga tributária sobre o setor produtivo.
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Texto para as questões 5 e 6.
Uma coisa que me incomoda na discussão política brasileira, 
especialmente a mais popular: até parece, quando se fala de mazelas e 
malfeitos, que nada temos a ver com os políticos que nós mesmos elegemos. 
Parece que eles desembarcaram de Marte.
Ora, o fato é que daqui a poucos meses completaremos 30 anos de 
eleições seguidas e livres. Em 1982, os brasileiros puderam eleger 
governadores de oposição, isto é: puderam votar. O país tinha sido privado do 
voto livre desde 1965, quando ocorreram, embora tuteladas, as últimas 
eleições para governador de Estado. Na década de 70, as principais 
prefeituras, centenas na verdade, se tornaram cargos de nomeação da 
ditadura. Quase nada restou para o voto.
Mas, agora, são já três décadas de escolha livre, cada vez mais limpa, 
dos governantes. Ninguém decide impostos ou penas de prisão se não tiver 
sido eleito por nós. A democracia de 1985, aliás, foi além da instituída em 
1946, porque permitiu o voto do analfabeto, liberou os partidos comunistas e, 
com o voto eletrônico e a propaganda na TV, fez despencar a fraude e a 
influência do coronelismo. Então, por que teimamos em renegar nossa 
responsabilidade na escolha de maus políticos?
(Renato Janine Ribeiro, “Os políticos vem de Marte?” Valor Econômico, 02/07/2012)
5- Assinale a opção que completa corretamente as incógnitas da frase:
O que incomoda o autor é X; ele gostaria que Y.
a) X: as pessoas discutirem política de modo superficial
Y: elas percebessem que as eleições livres no Brasil acontecem há três 
décadasb) X: a falta de liberdade no momento do voto
Y: os eleitores cobrassem mais responsabilidade dos políticos que ajudaram 
a eleger
c) X: os governantes não cumprirem as promessas de campanha 
Y: os políticos cumprissem o que prometeram na campanha
d) X: a falta de consciência dos eleitores de que são responsáveis por ter 
elegido este ou aquele governante
Y: as pessoas assumissem sua responsabilidade pela escolha de maus 
políticos
e) X: os eleitores tratarem os políticos como se estes tivessem vindo de Marte 
Y: os eleitores fossem mais cobrados pelos políticos eleitos
6- Assinale a proposição incorreta a respeito das estruturas linguísticas e dos 
sentidos do texto.
a) Uma forma de conferir mais ênfase ao segmento “que nós mesmos 
elegemos” (l.3 e 4) é reescrevê-lo assim: que fomos nós mesmos quem 
elegemos.
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b) A conjunção “ora” funciona, no texto, como partícula de transição do 
pensamento entre o primeiro e o segundo parágrafos, podendo ser substituída 
por Pois bem.
c) Nas duas vezes em que ocorrem no texto (l.2 e l.7), os dois-pontos admitem 
substituição por vírgula, sem prejuízo da pontuação correta e sem alteração 
do sentido original.
d) As vírgulas duplas de “centenas na verdade” (l.10) são substituíveis por 
duplo parêntese, sem prejuízo da pontuação correta e sem alteração do 
sentido original.
e) O sentido do verbo “renegar”, tal como empregado na penúltima linha do 
texto, equivale ao de renunciar, rejeitar, prescindir de.
7- Assinale o parágrafo cujo título não corresponde à ideia central nele 
contida.
a) A sonegação ocorre mais no comércio de etanol do que no de gasolina 
e diesel
O não pagamento de impostos tem afetado mais o comércio do etanol 
do que de gasolina e diesel, que têm a totalidade dos impostos recolhidos no 
produtor de forma antecipada, o que evita a sonegação. No 
caso do etanol, o pagamento dos impostos é feito pelos produtores e pelas 
distribuidoras. Naturalmente, muitas distribuidoras trabalham de forma ética. 
Mas outras recorrem a meios ilícitos para obter vantagens competitivas não 
pagando tributos.
b) Sonegadores empregam criatividade para gerar novas formas de pagar 
os impostos
São criativas as formas de fugir ao pagamento de impostos de 
quaisquer produtos. Há poucos meses, reportagem de TV revelou uma fraude 
denominada bomba baixa, pela qual a quantidade de litros colocada no tanque 
dos veículos era menor do que o que estava marcado. Por controle remoto, a 
vazão era alterada - e o controle era desativado quando havia fiscalização.
c) Consumidor percebeu a burla, mas não a relacionou a possível 
adulteração do combustível
A reportagem causou impacto, pois o consumidor viu como pode ser 
lesado por comerciantes inescrupulosos. Mas pouca gente percebeu que a 
burla ao consumidor tem outro lado: o da falta de qualidade do produto. A 
reportagem mostrou que é fácil comprar combustível sem nota e que, com 
essas remessas clandestinas, donos de postos adulteram o combustível. Ou 
seja, o preço baixo pode indicar ao consumidor que ele corre o risco de ter 
outros prejuízos.
d) Como funciona a modalidade mais severa de sonegação: a “barriga de 
aluguel”
A forma mais grave é a modalidade conhecida como "barriga de 
aluguel". A distribuidora vende o etanol hidratado para o posto de combustível 
com nota fiscal, mas não paga os impostos. Quando a fiscalização tenta 
localizar a distribuidora, essa empresa já não existe, pois era usada apenas 
como fachada e operada por empresas "laranjas", que não têm ativos para 
pagar os tributos.
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e) Emprego de tecnologia e atitude consciente do consumidor em relação 
a possíveis fraudes contribuem para combater o comércio ilegal de 
combustíveis
A tecnologia ajuda a coibir fraudes, e as autoridades estão recorrendo 
ao que é possível para flagrar novos e sofisticados golpes. Mas o que faz a 
diferença é a atitude do consumidor. Se ele desconfiar de ofertas muito 
tentadoras e recusar-se a consumir produtos baratos demais, vai desestimular 
os sonegadores. Se denunciar às autoridades para que a fiscalização 
investigue se há algo errado, mais eficiente ainda. Agindo em conjunto, 
autoridades e cidadãos podem ajudar no combate ao comércio ilegal de 
combustíveis.
(Roberto Abdenur, O caminho do etanol. O Globo, 21/06/2012, com Adaptações 
http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/06/o-caminho-do-etanol-robertoabdenur.html)
Texto para a questão 8.
O governo tem incluído, nos diversos pacotes de estímulo ao consumo, o 
abatimento de impostos, de fato um dos mais pesados componentes do 
chamado custo Brasil. É o reconhecimento implícito de que a carga tributária, 
em tendência de alta desde o início do Plano Real, em 1994, funciona hoje 
como importante obstáculo à retomada de fôlego da economia - praticamente 
estagnada no primeiro trimestre. Em todo setor que se analise há sempre o 
mesmo problema de excesso de impostos.
(Hora de ampla desoneração tributária. Editorial, O Globo, 05/06/2012.
http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/06/hora-de-ampla-desoneracao-
tributaria.html)
8- Assinale o resumo que retoma com fidelidade todas as principais ideias do 
texto.
a) O governo tem incluído a desoneração tributária nos pacotes de estímulo 
ao consumo, deixando implícito que a alta dos tributos remonta ao início do 
Plano Real.
b) Por reconhecer que a carga tributária brasileira é uma das mais pesadas do 
mundo, o governo está buscando reduzir os impostos daqueles setores que 
apresentam problema de excesso.
c) Diante do excesso de impostos em todos os setores da economia, o 
governo reconhece que a carga tributária brasileira constitui verdadeiro 
entrave à retomada do crescimento, em tendência de alta desde 1994.
d) Ao analisar o montante de impostos no Brasil, o governo reconhece haver 
excesso em todos os setores, inclusive nos diversos pacotes de estímulo ao 
consumo, do que decorre a estagnação da economia que se prolonga desde o 
início do ano.
e) O abatimento de impostos tem estado presente nos vários pacotes de 
estímulo ao consumo, o que demonstra o reconhecimento do governo sobre 
ser a alta carga tributária um entrave para a recuperação do crescimento 
econômico.
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Texto para as questões 9 e 10.
O último esteio importante da legislação sindical do Estado Novo foi o 
imposto sindical, criado em 1940. A despeito das vantagens concedidas aos 
sindicatos oficiais, muitos deles tinham dificuldade em sobreviver, por falta de 
recursos. O imposto sindical veio dar-lhes o dinheiro sem exigir esforço 
algum de sua parte. A solução foi muito simples: de todos os trabalhadores, 
sindicalizados ou não, era descontado anualmente, na folha de pagamento, o 
salário de um dia de trabalho. Os empregadores também contribuíam. Do total 
arrecadado, 60% ficavam com o sindicato da categoria profissional, 15% iam 
para as federações, 5% para as confederações.
(José Murilo de Carvalho, Cidadania no Brasil - o longo caminho. RJ, Civilização Brasileira, 2004, 
p. 121,com adaptações)
9- Assinale a asserção incorreta acerca dos sentidos e da morfossintaxe do 
texto.
a) O primeiro período admite, preservada a correção gramatical, a reescritura: 
Criado em 1940, o imposto sindical foi o último esteio importanteda legislação 
sindical do Estado Novo.
b) “A despeito das vantagens” (l.2) admite substituição por Nada obstante as 
vantagens, sem prejuízo da semântica e da correção gramatical.
c) Constituem uma sequência coesiva de “sindicatos oficiais” (l.3) os termos: 
deles (l.3), -lhes (l.4) e sua (l.5)
d) Trocando-se “contribuíam” (l.8) por houveram contribuído, mantém-se o 
mesmo tempo verbal, sem prejuízo da coerência textual.
e) Se quiséssemos informar sobre a porcentagem restante do total arrecadado 
(l.8), estaria correta a concordância verbal da frase “Os 20% restantes 
ficavam...”.
10- Assinale a paráfrase (escrever a mesma coisa de forma diferente) correta e 
adequada do período “A solução foi... um dia de trabalho” (l.5 a 7).
a) Descontava-se um dia de trabalho do salário, na folha de pagamento anual, 
dos sindicalizados ou não, de todos os trabalhadores, como solução fácil para 
a falta de recursos do imposto sindigal.
b) Para solucionar a escassez de recursos dos sindicatos, a solução se 
encaminhou no sentido de serem descontados, de todos os trabalhadores, 
sindicalizados ou não, da folha anual de pagamento, o salário de um dia de 
trabalho.
c) Para conseguirem sobreviver, os sindicatos adotaram uma solução simples 
de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não - o desconto anual, na folha 
de pagamento, do salário de um dia de trabalho.
d) Não foi complicada achar a solução. De todos os trabalhadores, 
sindicalizados ou não, descontava-se um dia de trabalho, anualmente, 
juntamente com a folha de pagamento.
e) Foi simples a solução adotada - seria descontado anualmente, na folha de 
pagamento de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, o valor 
equivalente a um dia de trabalho.
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11- Assinale o trecho inteiramente correto quanto ao emprego do padrão 
formal escrito da língua portuguesa.
a) Quando falamos em prova, no direito, tem-se a idéia de que existe algo a ser 
defendido ou algo que venha a ser contestado. Dentro dessa linha 
cognoscível, entende-se que vai existir sempre um agente acusador e um 
agente acusado.
b) Pois bem, a prova é o meio de resolução desse conflito existente, da qual é 
dela que o juiz irá extrair aqueles meios exequíveis à resolução pendente.
c) O juiz não tem o ônus de buscar a verdade - ele somente apresenta as 
partes a verdade mais justa diante do caso em questão. A parte é quem tem o 
ônus de buscar a verdade, daí as provas serem de suma importância para a 
resolução do litígio.
d) Devido à atribuição de pontos a cada tipo de prova, o sistema tarifal de 
provas passou a facilitar as decisões dos juízes, que somente 
seencarregavam da somatória dos pontos que cada parte obtera mediante 
suas provas apresentadas e decidia o caso a favor de quem somou mais 
pontos.
e) Para adquirir força probatória no processo judicial, os meios “moralmente 
legítimos” de obtenção de provas devem está em congruência com os 
aspectos lícitos do nosso ordenamento legal.
12- Não dá para fazer reforma mantendo a mesma estrutura tributária, sem 
corrigir um sistema de que (a) se transformou num monstro justamente por 
que (b) rombos momentaneos (c) superaram a racionalidade fiscal desde os 
tempos da ditadura militar. Para falar mais claro, nos últimos 40 anos um 
imposto era criado sempre que o Orçamento federal abria um novo rombo, 
gerado por suscessivos (d) governos que gastavam mais do que podiam. 
Assim nasceram (e) o PIS-Cofins federal, as nove taxas embutidas nas contas 
de luz, a taxa de incêndio municipal e por aí vai.
(Suely Caldas, “Falsos remédios”. Folha de S. Paulo,
1/5/2012http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html)
Assinale a letra correspondente à expressão inteiramente correta.
a) de que
b) por que
c) momentaneos
d) suscessivos
e) nasceram
Texto para a questão 13.
No momento, o ministro das Comunicações trabalha em medidas para 
reduzir custos na telefonia e nas telecomunicações. Ele usa o conhecido - e 
correto - argumento de que o corte de impostos, ao reduzir o custo final para 
o usuário, aumenta o consumo; logo, o faturamento das empresas. E, 
portanto, repõe, num segundo momento, a receita tributária inicialmente 
perdida.
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A visão do ministro para o corte de tributos nas comunicações pode ser 
estendida a toda a economia, envergada sob o peso de uma fatura de 
impostos na faixa dos 36% do PIB, a mais elevada entre as economias 
emergentes, no mesmo nível de países europeus, em que os serviços públicos 
têm uma qualidade muito superior à dos oferecidos pelo Estado brasileiro.
(Hora de ampla desoneração tributária. Editorial, O Globo, 5/6/2012, com
adaptação.http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/06/hora-de-ampla-desoneracao-
tributaria.html)
13- Assinale a proposição correta a respeito de elementos linguísticos do 
texto e de sentidos nele depreensíveis.
a) Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir os 
travessões (l.3) por vírgulas.
b) Há relação de “causa e consequência” na sequência destas três idéias do 
texto: “o corte de impostos reduz o custo final para o consumidor”, “o 
consumo aumenta”, “aumenta o faturamento das empresas”.
c) Substituindo-se “envergada” (l.8) por soterrada ou subterrada, palavras já 
aglutinadas com o prefixo so- e sub-, torna-se dispensável o emprego da 
preposição “sob” na frase.
d) Por estarem subentendidas, é correto explicitar as palavras que estão no 
corpo da frase das linhas 9 e 10, que vai ficar assim: ... as economias 
emergentes, que estão no mesmo nível de países europeus...
e) Confere-se maior concisão à frase “superior à dos oferecidos pelo Estado 
brasileiro”, sem prejuízo da correção gramatical, se ela for reescrita assim: 
superior aos oferecidos pelo Estado brasileiro.
14- Assinale o segmento com completa correção na estrutura morfossintática.
a) Nabuco nada tinha a se opor à eletividade da chefia do Estado em países 
cujas sociedades houveram alcançado um grau de estruturação que lhes 
facultasse resistir à corrupção, à tirania e à oligarquia.
b) A indústria não passa por um bom momento. Tem sentido a alta dos custos 
gerada pela elevação dos salários, que poderia ser menor acaso a 
produtividade média do trabalhador na indústria estivera se elevando.
c) Durante certo tempo, ao invés de [agirem como magistrados, os presidentes 
da América Latina empregavam a máquina pública em benefício das 
coligações a que pertenciam, recorrendo à fraudes e à violência para nelas se 
perpetuarem.
d) Por certo, associações de variados perfis e movimentos sociais atuam 
visando múltiplos objetivos e sob diferentes contextos, recursos e condições. 
Desempenham atividades de representação da população de onde estão 
inseridas.
e) Com o crescimento perdendo força há trimestres seguidos, é difícil 
encontrar perspectivas muito otimistas. Na média, as consultorias 
econômicas do país estimam que o PIB avançará apenas 2,7% neste ano, mas 
há quem preveja um ano ainda mais fraco.
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15- Assinale a opção correta sobre as relações morfossintáticas e semânticas 
do texto.
A legislação trabalhista brasileira está perto de dar um passo rumo à 
modernização em pelo menos uma das frentes de contratação de mão de obra. 
Trata-se da terceirização. O sistema avançouem todo o mundo nos últimos 
anos, mas, no Brasil, tem alimentando polêmica entre trabalhadores, 
empresários e magistrados, além de ajudar a entulhar os escaninhos da 
Justiça do Trabalho. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara 
dos Deputados vai votar o relatório ao Projeto de lei n° 4.330/04, que 
regulamenta essa modalidade de contratação. Já não era sem tempo. 
Rejeitada por lideranças sindicais, que temem sofrer enfraquecimento de sua 
base com ampliação das empresas de terceirização, a matéria vem tramitando 
com grande dificuldade no Congresso. O resultado é que a realidade acabou 
atropelando a legislação
ou a falta dela. A sofisticação dos processos de produção, a necessidade de 
manter o foco no coração do negócio e de buscar ganhos de escala forçou as 
empresas a reduzir a verticalização.
(Avanço nas relações de trabalho, Editorial, Correio Braziliense, 13/8/2012)
a) O emprego do sinal indicativo de crase em “rumo à modernização” (l.1 e 2) 
justifica-se porque a palavra “passo” exige complemento antecedido pela 
preposição “a” e “modernização” admite artigo definido.
b) Confere-se mais formalidade ao texto ao se substituir a palavra “entulhar" 
(l.5) por atolar.
c) O emprego de vírgula antes de “que regulamenta” (l.8) justifica-se para 
isolar oração subsequente de natureza restritiva.
d) Depreende-se das informações do texto que o termo “verticalização” (l.15) 
refere-se ao processo de contratação direta de funcionários pelas empresas.
e) Ao substituir “Já não era sem tempo.” (l.8 e 9) por Já era tempo prejudica- 
se o sentido original do texto.
16- Indique a opção que corresponde a erro gramatical na transcrição do 
texto.
A(1) seca nos Estados Unidos prenuncia mais uma fase de preços altos para 
os alimentos, com perspectivas de bons ganhos para os exportadores e de 
graves dificuldades para as(2) economias pobres e dependentes da 
importação de comida. Um dia depois de anunciada no Brasil a maior safra de 
grãos e oleaginosas de todos os tempos, o governo americano confirmou 
grandes perdas nas lavouras de soja e milho. A(3) longa estiagem, 
excepcionalmente severa, afeta mais de 60% do país e a maior parte das 
regiões agrícolas. O mercado reagiu imediatamente às(4) novas estimativas, 
divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, com 
indicações de redução dos estoques na temporada 2012-2013. O Brasil será 
um dos países em condições de aproveitar às(5) oportunidades abertas pela 
quebra da safra americana.
(O Brasil e a seca nos EUA, Editorial, O Estado de S. Paulo, 12/8/2012)
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a) A (1)
b) as (2)
c) A (3)
d) às (4)
e) às (5)
17- Assinale a opção que apresenta todas as três propostas de preenchimento 
das lacunas do texto inteiramente corretas, do ponto de vista semântico e 
morfossintático.
A reconstrução de um fato ocorrido no passado sempre vem influenciada
pela subjetividade das pessoas .............. A.............. ou ainda daquele que
.......... B................há de receber e valorar a evidência concreta. Mais que isso,
o julgador......... C.............tentar reconstruir fatos do passado jamais poderá
excluir, terminantemente, a possibilidade ............. D................ de forma
............ E................
(Com base em Saulo Felinto Cavalcante, “A importância das provas no mundo 
do direito”, http://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/3018189)
a) que assistiram ao mesmo 
que assistiram a ele
a que lhe assistiram
b) talqualmente o juiz 
(como o juiz),
- da mesma forma que o juiz -
c) (ou o historiador ou, enfim, quem quer que deve)
(ou o historiador, ou, enfim, quem quer que deva)
- ou o historiador ou enfim - quem quer que deva
d) de que as coisas tenham-se passado 
de as coisas terem se passado
de as coisas se terem passado
e) diversa àquela a que suas conclusões o levaram. 
discordante com aquela a qual suas conclusões o conduziram. 
distinta da que suas conclusões lhe fizeram chegar.
18- Assinale o trecho de relatório contábil que se apresenta inteiramente 
correto quanto ao emprego do padrão formal escrito da língua portuguesa.
a) A crédito desta conta vem sendo contabilizada mensalmente a importância 
de R$10.628,75. Indagamos ao setor contábil sobre os referidos valores, que 
ao longo do ano soma-se mais de cem mil reais. No entanto, não nos foi 
fornecida nenhuma explicação.
b) Alertamos que, a falta de controles internos e da conciliação contábil da 
conta podem propiciar fraudes e desvios de valores, pois funcionários que 
têm conhecimento do fato podem utilizá-lo para fins de desfalques.
c) Alertamos que empréstimos feitos a funcionários não firmados mediante 
contrato, e sem cláusula de cobrança de encargos financeiros, poderão ser 
considerados pelo fisco como adiantamentos salariais e tributados na fonte, 
na ocasião da liberação dos recursos.
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d) Recomendamos ampliar as atenções sobre os adiantamentos pendentes de 
longa data, haja visto, que, desta forma, eles se caracterizam como 
empréstimo, sendo necessário, daqui por diante, a elaboração de contratos 
com previsão de cobrança de encargos financeiros.
e) Entre as adições ao ativo fixo da companhia, persiste situação comentada 
em nosso relatório anterior onde se constatou valores que se caracterizam 
como despesa operacional invez de custo de aquisição ou 
desenvolvimento de bens permanentes.
(http://pt.scribd.com/doc/55427164/Modelo-Relatorio-Auditoria-Contabil, com adaptações)
19- Assinale o segmento de texto que foi transcrito com total correção 
gramatical.
a) Na administração do Estado, em seus vários níveis, está presente o destino 
que se dão aos impostos, que nada mais é do que bens privados transferidos 
obrigatoriamente para a esfera estatal.
b) Logo, é normal que se coloque questões atinentes à moralidade na gestão 
desses recursos, que devem - ou deveriam - estar destinados à melhoria das 
condições de vida dos cidadãos.
c) Espetáculos de imoralidade de parte dos políticos e de seus partidos são 
percebidos como desvios de recursos privados, que tiveram destinação 
eticamente indevida.
d) Não surpreende de que, em pesquisas de opinião sobre prefeitos, a 
honestidade, o ter palavra, o cumprir promessas tenha surgido como 
qualidades requeridas do homem público.
e) Ter princípios são considerados essenciais. Política sem valores equivale a 
um cheque em branco dado a governantes e parlamentares no uso dos 
recursos públicos.
(Dennis L. Rosenfield, “Ausência de princípios”, O Estado de São Paulo, 16/07/2012 ,com 
adaptações. http://avaranda.blogspot.com.br/2012/07/ausencia-de-principios-denis-lerrer.html)
20- Marque o trecho com pontuação correta.
a) Com efeito pareceu, a Nabuco, que carecendo o Brasil, como os demais 
países do continente, de um deseft ho institucional capaz de lhe conferir a 
consistência que ele, ainda, não podia extrair de sua invertebrada sociedade 
havia sido a Monarquia, que permitira a construção do Estado de direito no 
Brasil.
b) Com efeito pareceu a Nabuco que carecendo o Brasil (como os demais 
países do continente), de um desenho institucional capaz de lhe conferir a 
consistência, que ele ainda não podia extrair de sua invertebrada sociedade, 
havia sido a Monarquia que permitira a construção do Estado de direito no 
Brasil.
c) Com efeito, pareceu a Nabuco que, carecendo o Brasil, como os demais 
países do continente, de um desenho institucional capaz de lhe conferir a 
consistência que eleainda não podia extrair de sua invertebrada sociedade, 
havia sido a Monarquia que permitira a construção do Estado de direito no 
Brasil.
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d) Com efeito, pareceu a Nabuco, que carecendo o Brasil, como os demais 
países do continente, de um desenho institucional, capaz de lhe conferir a 
consistência, que ele ainda não podia extrair de sua invertebrada sociedade, 
havia sido a Monarquia, que permitira a construção do Estado de direito no 
Brasil.
e) Com efeito: pareceu a Nabuco que, carecendo o Brasil - como os demais 
países do continente - de um desenho institucional, capaz de lhe conferir a 
consistência, que ele ainda não podia extrair de sua invertebrada sociedade 
havia sido a Monarquia, que permitira a construção do Estado de direito no 
Brasil.
(Christian Edward Cyril Lynch, “O Império é que era a República: a monarquia republicana de 
Joaquim Nabuco”. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n° 85, 2012)
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COMENTÁRIOS AS QUESTÕES
1. Comentário: Questão sobre interpretação de textos. A única assertiva que não 
provoca incoerência ou ruptura da argumentação textual é a letra (B). Em 
conformidade com o texto, Nabuco tinha como “conceito-chave” o “ idealismo 
prático”, considerando que o regime republicano seria pernicioso à formação de 
uma sociedade republicana naquela instante. No decorrer as superfície textual, 
Nabuco tinha interesse em era preparar a sociedade para ser uma autêntica 
República, por isso é coerente afirmar que, naquele momento, o regime republicano 
viria a prejudicar e não a favorecer o advento de uma sociedade autenticamente 
republicana.
Gabarito: B.
2. Comentário: A questão versa sobre três temáticas muito recorrentes na ESAF: 
interpretação textual, coerência e emprego de tempos e modos verbais. Já na 
assertiva (A) encontramos a resposta. Ao afirmar que tal recurso “obrigou o autor a 
empregar os verbos (...) no modo subjuntivo”, o examinador incorreu em erro, pois 
nem todas as formas verbais estão conjugadas nesse modo. Por exemplo, o verbo 
“explicar” está empregado no infinitivo; o verbo “ganhar” está conjugado no pretérito 
perfeito do indicativo. Portanto, esta é a resposta da questão, já que as demais 
assertivas estão corretas.
Gabarito: A.
3. Comentário: A questão versa sobre reescritura de frases em conformidade com 
o padrão culto escrito do idioma. Reparem que, na assertiva (B), o adjetivo 
“regulares” deve concordar com o sujeito oculto “declaração”. Por essa razão, o 
mencionado vocábulo deveria permanecer no singular: “Se dá certo ou não, sendo 
(a declaração) regular ou não, é outra questão’’. Como as demais opções não 
transgridem o padrão culto escrito do idioma, esta é a resposta da questão.
Gabarito: B.
4. Comentário: Questão clássica da ESAF, versando sobre continuação textual, 
coerência e correção gramatical. Inicialmente, reparem que o fragmento destacado 
no enunciado é caracterizado como texto da área econômico-financeira. Ademais, 
notem que o segmento “Os efeitos foram ainda mais sentidos (...)” denota uma 
consequência ocorrida em virtude de uma razão, uma causa que deve ser expressa 
na lacuna seguinte. Dessa forma, já eliminados, de imediato, as opções (C) e (D), 
pois a conjunção “enquanto” exprime matiz semântico de tempo, ao passo que a 
locução “a despeito de” expressa ideia de concessão, respectivamente. Por sua vez, 
a opção (B) também deve ser descartada, haja vista a omissão inadequada do 
acento grave indicativo de crase em “devido à ótima fase de comercialização”. Por 
fim, a opção (E) deve ser igualmente dispensada, uma vez que a locução “graças a” 
exprime uma valoração positiva de juízo, em oposição ao aspecto negativo das
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ideias contidas no texto. Assim, restam-nos somente a assertiva (A): o conector "por 
causa de” é imparcial, não expressa juízo de valor e mantém a relação de causa 
com o segmento anterior. Logo, esta é a resposta da questão: "(...). Os efeitos foram 
ainda mais sentidos por causa das reformas econômicas levadas a efeito na década 
passada”.
Gabarito: A.
5. Comentário: Questão sobre interpretação textual. No primeiro parágrafo, o autor 
evidencia que o incômodo emerge das responsabilidades do comportamento do 
eleitorado por terem elegido maus políticos, conforme ratifica o segmento textual a 
seguir: "(...) até parece, quando se fala de mazelas e malfeitos, que nada temos a 
ver com os políticos que nós mesmos elegemos”. Essa mesma ideia é expressa no 
último período textual: "Então, por que teimamos em renegar nossa 
responsabilidade na escolha de maus políticos?”. Desse modo, a única 
interpretação válida encontra-se na assertiva (D):
X: O que incomoda o autor é "a falta de consciência dos eleitores que são 
responsáveis por ter elegido este ou aquele governante”.
Y: ele gostaria que "as pessoas assumissem sua responsabilidade pela escolha de 
maus políticos”.
Gabarito: D.
6. Comentário: A questão versa sobre vários pontos do conteúdo programático do 
edital. Vamos analisar as assertivas.
(A) No contexto, a forma pronominal "nós” é posta ainda mais em evidência por 
meio da expressão "fomos... quem”, valendo comentar que o pronome 
demonstrativo "mesmos” também realçou tal pronome anteriormente.
b) O vocábulo "Ora”, constante do trecho "Ora, o fato é que daqui a poucos meses 
(...)”, é classificado como palavra denotativa de situação. No contexto em que foi 
empregado, há o intuito de servir como partícula de transição do pensamento entre 
o primeiro e o segundo parágrafos, podendo, assim, ser substituída por Pois bem, 
em conformidade com a afirmação da banca.
c) Esta é a resposta da questão. Primeiramente, vejamos as transcrições abaixo:
(1) “Uma coisa que me incomoda na discussão política brasileira, especialmente 
a mais popular: até parece, quando se fala de mazelas e malfeitos, que nada temos 
a ver com os políticos que nós mesmos elegemos. Parece que eles desembarcaram 
de Marte.”
(2) “Ora, o fato é que daqui a poucos meses completaremos 30 anos de eleições 
seguidas e livres. Em 1982, os brasileiros puderam eleger governadores de 
oposição, isto é: puderam votar.”
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No primeiro fragmento textual, o sinal de dois-pontos introduz o aposto 
explicativo “até parece (...) que nada temos a ver com políticos que nós mesmos 
elegemos”. Caso esse sinal de pontuação fosse substituído por uma vírgula, 
acarretaria prejuízo à relação entre o aposto e sua explicação anterior.
Já no segundo excerto, porém, a substituição é possível, semântica e 
gramaticalmente, pois a expressão “isto é” tem natureza explicativa, à feição do que 
ocorre com “ou seja”, entre outras.
(D) De fato, as vírgula podem ser substituída por duplo parêntese, sem que isso 
acarrete alteração de sentido e prejuízo à correção gramatical do período. Em 
outras palavras, estão corretas ambas as construções a seguir:
Na década de 70, as principais prefeituras, centenas na verdade, se tornaram 
cargos de nomeação da ditadura.
Na década de 70, as principais prefeituras - centenasna verdade - se tornaram 
cargos de nomeação da ditadura.
e) Com efeito, a forma verbal “renegar”, constante do excerto “Então, por que 
teimamos em renegar nossa responsabilidade na escolha (...)”, foi empregada nas 
acepções citadas pelo examinador. Equivalem-se entre si, portanto.
Gabarito: C.
7. Comentário: O título, importante componente textual, deve apresentar uma 
relação com as ideias contidas na superfície do texto, além de constituir uma 
síntese do assunto que será abordado. Dessa forma, não há adequada correlação 
na assertiva (B). Reparem que o título “Sonegadores empregam criatividade para 
gerar novas formas de pagar os impostos’. Entretanto, logo no início do primeiro 
parágrafo, há contrariedade (incoerência) com a ideia contida em “São criativas as 
formas de fugir ao pagamento de impostos.” Portanto, esta é a resposta da 
questão.
Gabarito: B.
8. Comentário: A questão versa sobre interpretação textual e coerência. Vamos 
analisar as opções.
(A) A assertiva é marcada por uma incoerência entre o trecho “a ajta dos tributos 
remonta ao início do Plano Real” e as ideias do texto no segmento “(...) a carga 
tributária, em tendência de alta (...)”.
(B) Nesta opção, ocorre um erro de extrapolação, porque não há, na superfície 
textual, ideia que faça alusão ao excerto “Por reconhecer que a carga tributária 
brasileira é uma das mais pesadas do mundo”.
(C) De acordo com as ideias do texto, o reconhecimento do erro não ocorre de 
forma explícita, e sim de modo implícito: “É o reconhecimento implícito de que a
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carga tributária (...)”. Por essa razão, o trecho "o governo reconhece” caracteriza 
uma extrapolação textual.
(D) Novamente, há a caracterização de uma extrapolação textual, pois o 
"reconhecimento” se dá de forma implícita.
(E) Esta é a resposta da questão. De acordo com o texto, "o governo tem incluído, 
nos diversos pacotes de estímulo ao consumo, o abatimento de impostos”. Com 
base nesse fragmento textual, infere-se que há o reconhecimento, ainda que de 
maneira implícita, de que a alta carga tributária caracteriza um empecilho para a 
"retomada de fôlego da economia”. Essa ideia é ratificada pelo excerto "(...) a carga 
tributária, em tendência de alta desde o início do Plano Real, em 1994, funciona 
hoje como importante obstáculo à retomada de fôlego da economia”.
Gabarito: E.
9. Comentário: Há incorreção apenas na assertiva (D). Inicialmente, é importante 
mencionar que, em língua portuguesa, os tempos compostos são formados pela 
estrutura a seguir:
TER + PARTICÍPIO
ou
HAVER + PARTICÍPIO
Todavia, a estrutura "houveram contribuído” não constitui um tempo 
composto plausível, de acordo com a norma culta escrita: a flexão do verbo "haver” 
no pretérito perfeito - "houveram” - acarreta prejuízo à correção gramatical. 
Ademais, não há tempo composto que possa substituir a forma simples 
"contribuíam”, empregada no pretérito imperfeito do indicativo.
Em língua portuguesa, os tempos compostos são os seguintes:
> MODO INDICATIVO
a) Pretérito perfeito ^ (presente do indicativo + particípio) - traduz um fato cujo 
início se deu no passado, mas que se repete até o momento presente.
Exemplos: Cidadezinha que não tem cabido no mapa. (= Cidadezinha que não coube 
no mapa.)
O papel da polícia tem sido o de impor o medo.
b) Pretérito mais-que-perfeito ^ (pretérito imperfeito do indicativo + particípio) - 
traduz um evento passado anterior a outro, também passado.
Exemplos: Apesar do vultoso investimento feito pelo governo, eu nunca tinha visto 
uma seca tão severa no Nordeste.
"A essa altura eu já tinha pegado a segunda de uma figueira ...”
Quando cheguei, ele já tinha saído.
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O pretérito mais-que-perfeito composto é o único que apresenta o mesmo 
valor semântico de sua forma simples. Portanto, ambas as estruturas se equivalem.
Exemplos: Apesar do vultoso investimento feito pelo governo, eu nunca vira uma seca 
tão severa no Nordeste.
"A essa altura eu já pegara a segunda de uma figueira ...”
Quando cheguei, ele já saíra.
c) Futuro do presente ^ (futuro do presente do indicativo + particípio) - traduz um fato 
futuro em relação ao momento do texto, porém anterior a outro evento.
Exemplo: Quando você chegar, eu já terei concluído o relatório.
d) Futuro do pretérito ^ (futuro do pretérito do indicativo + particípio) - traduz um fato 
que poderia ter ocorrido posteriormente a determinado fato passado.
Exemplo: Se dependesse de mim, teria vetado o repasse das verbas.
> MODO SUBJUNTIVO
a) Pretérito perfeito ^ (presente do subjuntivo + particípio) - traduz um fato totalmente 
terminado num momento passado.
Exemplo: Basta que ele tenha existido.
Nunca ouvi dizer que uma dessas trocas tenham obtido resultados aproveitáveis.
b) Pretérito mais-que-perfeito ^ (imperfeito do subjuntivo + particípio) - traduz um 
evento passado anterior a outro, também passado.
Exemplos: Esperávamos que ela já tivesse chegado.
Desejaria que ela já tivesse chegado.
c) Futuro ^ (futuro do subjuntivo + particípio) - traduz um fato posterior ao momento 
atual, mas já terminado antes de outro fato futuro.
Exemplo: Comemoraremos quando tiveres passado.
> FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS
a) Infinitivo (infinitivo + particípio).
Exemplo: Ter feito os exercícios foi o diferencial.
b) Gerúndio (gerúndio + particípio).
Exemplo: Tendo estudado as disciplinas, passei no concurso.
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Logo, a letra (D) é a resposta da questão. 
Gabarito: D.
10. Comentário: A questão versa sobre reescritura textual, com observância à 
correção gramatical.
Por paráfrase compreende-se a forma de reprodução de um texto sem 
alteração de sentido original. Trocando em miúdos, parafrasear é transmitir a 
mesma mensagem com outras palavras.
Por exemplo, se eu disser que "A mente de Deus, bem como a internet, 
pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.”, seriam possíveis as 
seguintes reescrituras:
Qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet, no mundo
todo,
No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a 
internet.
A mente de Deus pode ser acessada, no mundo todo, por qualquer um, 
da mesma forma que a internet.
Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no 
mundo todo, por qualquer um.
As frases acima mantêm o sentido original do enunciado. Portanto, são 
paráfrases.
Entretanto, uma construção que não representa uma paráfrase do enunciado 
original é “A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, 
a internet”. Vejam que, no período, o agente da ação verbal passa a ser “A mente 
de Deus”. Entretanto, na ideia original, “a mente de Deus” é paciente, ou seja, sofre 
a ação de “ser acessada”.
Voltando à questão da prova ...
Vamos transcrever o período do enunciado: “A solução foi muito simples: de 
todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, era descontado anualmente, na folha 
de pagamento, o salário de um dia de trabalho”.
Analisando o fragmento acima, percebemos que a reescritura da assertiva
(E) manteve o sentido original ao inverter a ordem dos termos, além de utilizar 
palavras sinônimas. Percebam a equivalência entre vocábulos e expressões:
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"A solução foi muito simples (a): de todos os trabalhadores (b), sindicalizados ou 
não (c), era descontado anualmente (d), na folha de pagamento (e), o salário de um 
dia de trabalho (f).”
Foi simples a solução adotada (a) - seria descontado anualmente (b), na folha de 
pagamento (c) de todos os trabalhadores (d), sindicalizados ou não (e), o valor 
equivalente a um dia de trabalho (f).
Gabarito: E.
11. Comentário: O trecho inteiramente correto encontra-se na assertiva (A). No 
trecho "Quando falamos em prova, no direito, tem-se a idéia (...)”, o vocábulo em 
destaque foi acentuado graficamente, ou seja, a ESAF desconsiderou a utilização 
das novas regras ortográficas. Vale frisar que, segundo a nova ortografia, os 
ditongos abertos "eu” e "oi” das palavras paroxítonas não são mais acentuados.
E quais os erros das demais opções? Vejamos:
(B) Houve uma redundância - emprego de trecho desnecessário à estrutura textual 
- no fragmento "é dela que”. Seria suficiente escrever "(...) da qual o juiz irá extrair 
(...)”. Além disso, já que na opção (A) a banca desconsiderou a nova ortografia, o 
vocábulo "exeqüíveis” deveria ter sido grafado com trema.
(C) Houve erro de regência, pois o verbo "apresentar” é transitivo direto e indireto 
(Uma pessoa apresenta-se algo a alguém).
(D) Nesta assertiva, houve erro de correlação verbal. Os verbos "obter” e "somar” 
devem ser conjugados no pretérito mais-que-perfeito para que haja uma relação 
harmônica: "Devido à atribuição de pontos a cada tipo de prova, o sistema tarifal de 
provas passou a facilitar as decisões dos juízes, que somente se encarregavam da 
somatória dos pontos que cada parte obtivera (conjugação verbal) mediante suas 
provas apresentadas e decidia o caso a favor de quem somara (correlação verbal) 
mais pontos.
e) Por fim, houve erro na flexão do verbo "estar”, constante da locução verbal 
"devem estar”.
Gabarito: A.
12. Comentário: Vamos analisar as assertivas,
(A) No contexto, não há elemento que exija a presença da preposição "de”. Logo, 
esse conectivo deve ser retirado do período.
(B) Percebe-se, no contexto, que há equivalência com a forma "pois”, isto é, temos 
um conector de caráter explicativo, devendo ser substituído pela forma "porque” 
(junto e sem acento) para correção gramatical do período.
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(C) O vocábulo "momentâneos” deve ser acentuado graficamente por terminar em 
ditongo.
(D) A grafia correta é "sucessivos”, palavra derivada de "suceder”, "sucessão”.
(E) Esta é a resposta da questão. O verbo "nascer” concorda com o sujeito 
posposto "O PIS-Confis federal, as nove taxas” e "a taxa de incêndio municipal”.
Gabarito: E.
13. Comentário: A proposição correta encontra-se na assertiva (B). De acordo com 
as ideias do texto, há uma relação de causa e consequência no trecho "o corte de 
impostos reduz o custo final para o consumidor”. Essa mesma relação é encontrada 
no aumento do consumo e no do faturamento das empresas. Vejam: "O corte de 
impostos reduz o custo final para o consumidor, em virtude disso o consumo 
aumenta, consequentemente aumenta o faturamento das empresas”.
Vejamos as demais opções:
(A) Como se trata de um caso de intercalação, o duplo travessão pode ser 
substituído por vírgulas, sem acarretar incorreção gramatical.
(C) A mera substituição da forma "envergada” por "soterrada” ou "subterrada” não 
descarta o emprego da preposição "sob”, já que ambos os verbos exigem esse 
elemento.
(D) A afirmação está errada na palavra "subentendido”, pois as frases das linhas 9 e 
10 são claras, explícitas.
(E) De acordo com o contexto, percebe-se que a palavra "qualidade’ está 
subentendida. Portanto, o uso de "aos” para retomar "qualidade” não estabeleceria 
correta coesão ou concordância.
Gabarito: B.
14. Comentário: A assertiva (E) está em conformidade com o padrão culto escrito 
da língua. Por exemplo, o vocábulo "perspectivas” foi corretamente grafado.
Vejamos os desvios das demais opções:
(A) A estrutura verbal composta "houveram alcançado” não encontra embasamento 
na norma culta. Para manter a correção, o adequado é substituí-la por "haviam 
alcançado”.
(B) O trecho "acaso a produtividade média do trabalhador na indústria estivera se 
elevando” apresenta matiz semântico de condição. Logo, deveria ter sido 
empregada a conjunção "caso”. Vale lembrar que o emprego desse conector exige 
que o verbo seja conjugado no modo subjuntivo, a fim de manter a correção dfo 
período: "(...) caso a produtividade média do trabalhador na indústria se estivesse 
elevando”.
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(C) A expressão "ao invés de” deve ser empregada apenas quando houver ideias 
opostas, de sentido contrário. Entretanto, isso não ocorre no contexto, devendo a 
mencionada locução ser substituída por "em vez de”. Ademais, o vocábulo "fraudes” 
foi empregado no plural, não devendo ocorrer o fenômeno da crase e m "a fraudes”, 
pois o "a” é tão somente preposição. Para manter o paralelismo gramatical, por 
conseguinte, esse fenômeno também não deve ocorrer em "a violência”.
(D) No contexto, a preposição "de” não é exigida por qualquer elemento em "de 
onde estão inseridas”.
Gabarito: E.
15. Comentário: A resposta da questão encontra-se na assertiva (D). A afirmação 
do examinador está perfeita, pois é lícito depreender que ocorre redução na 
verticalização, ou seja, nas contratações diretas de funcionário feitas pelas 
empresas.
Vejamos as demais opções:
(A) No contexto, o vocábulo "rumo” exige o emprego da preposição "a”. Por sua vez, 
o termo regido "modernização” admite a anteposição do artigo definido "a”, 
acarretando o fenômeno da crase.
(B) Ambas as palavras - entulhar e atolar - são mais utilizadas na língua coloquial, 
isto é, falada. Portanto, não conferem mais formalidade ao trecho.
(C) As orações adjetivas restritivas não são antecedidas de vírgula, mas sim as 
explicativas.
(E) Os excertos estão gramaticalmente corretos, além de apresentarem o mesmo 
sentido.
Gabarito: D.
16. Comentário: Há erro gramatical na assertiva (E). O verbo "aproveitar” é 
transitivo direto, ou seja, não rege o emprego da preposição "a”. Portanto, o "as” é 
tão somente artigo definido, não ocorrendo a fusão com a preposição "a” e, 
consequentemente, o fenômeno da crase. Nas letras (A), (B) e (C), há somente 
artigo. Por fim, na assertiva (D), o verbo "reagir” é transitivo direto e indireto, 
regendo a preposição "a” no início da estrutura do objeto indireto. Desse modo, a 
crase está correta em "reagiu (...) às novas estimativas”.
Gabarito: E.
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17. Comentário: Vamos analisar as opções.
(A) Segundo a norma culta, devemos usar o vocábulo "mesmo” quando esta for 
equivalente ao sentido de "a mesma coisa”. Apenas Evanildo Bechara prescreve 
que a expressão "o mesmo” pode ser usada para retomar substantivo. Porém, há 
outro desvio no trecho, pois estaria incorreta a construção "lhe assistiram”, porque a 
forma pronominal "lhe” não pode ser empregada como complemento do verbo 
"assistir”, já que este foi utilizado na acepção de ver.
(B) O adjunto adverbial"talqualmente o juiz” está deslocado de sua posição 
originária, qual seja, o final da sentença. Sendo assim, deveria ser isolado por 
vírgulas.
(C) Para manter a adequada correlação verbal com o verbo "querer”, a forma verbal 
"deve” precisa ser conjugado no subjuntivo. Logo, o correto seria "quem quer que 
deva”. Assim, o trecho também mantém a ideia de hipótese, expressa pelo modo 
subjuntivo. Por fim, a expressão "ou o historiador” desempenha a função de sujeito, 
devendo O erro em "- ou o historiador ou enfim - quem quer que deva”, assenta na 
ausência das vírgulas para separar "enfim”, bem como nos travessões duplos, que 
deveriam separar o aposto explicativo "ou o historiador”.
(D) No trecho, temos a palavra "que”, a qual exige a colocação proclítica (antes do 
verbo principal no particípio, já que há uma locução verbal): "de que as coisas se 
tenham passado” e "de as coisas se terem passado”. A questão deveria ter sido 
anulada, mas a ESAF desconsiderou diversos recursos à época.
(E) O erro desta assertiva assenta no trecho "distinta da que suas conclusões lhe 
fizeram chegar”. O adequado seria "distinta daquela a que suas conclusões o 
fizeram chegar”.
Gabarito: D.
18. Comentário: O trecho correto encontra-se na assertiva (C). Não houve qualquer 
transgressão gramatical no período em comento.
Vejamos as demais opções:
(A) Inicialmente, houve erro de regência no emprego do verbo "indagar”. Segundo 
os eminentes gramáticos, o correto é "Indaga-se alguém de/sobre algo ou Indaga-se 
de alguém sobre algo. Portanto, a reescritura correta é Indagamos o setor contábil 
sobre” ou "Indagamos do setor contábil sobre”. Por sua vez, a expressão adverbial 
"ao longo do ano” está deslocada, devendo estar entre vírgulas. Por fim, o verbo 
"somar”, encontra-se em uma estrutura de voz passiva sintética, acompanhado do 
pronome apassivador "se”, devendo ser flexionado no plural para concordar com o 
sujeito "mais de cem mil reais”.
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(B) No trecho, o emprego da vírgula após a conjunção integrante não encontra 
fundamentação gramatical. Ademais, o excerto apresentou erro de concordância 
entre o sujeito "a falta” e o verbo “poder”, devendo este último figurar no singular.
(D) Primeiramente, a expressão adequada é “haja vista”. Depois, essa mesma 
locução não deve ser separada por vírgulas. Por fim, o adjetivo “necessário” deve 
ser flexionado no feminino para concordar com o substantivo “elaboração”.
(E) O pronome relativo “onde” deve ser empregado apenas quando houver 
referência a lugar físico. Entretanto, isso não ocorre no contexto, devendo a forma 
pronominal relativa ser substituída pela expressão “em que” ou “no qual”. Por seu 
turno, temos uma estrutura de voz passiva sintética em “se constatou valores”, 
devendo o verbo “constatar” ser flexionado no plural para concordar com o sujeito 
paciente “valores”. Por fim, o vocábulo “invez” está incorreto, devendo ser 
substituído pela expressão “em vez de”, que significa “no lugar de”.
Gabarito: C.
19. Comentário: Vejamos as opções.
(A) No trecho “se dão aos impostos”, temos uma estrutura de voz passiva sintética, 
em que o verbo “dar” está acompanhado da partícula apassivadora “se”, devendo 
permanecer no singular para concordar com o vocábulo “destino”, antecedente do 
pronome relativo “que”: "(...) destino que se dá aos impostos
B) No trecho “que se coloque questões atinentes à moralidade (...)”, temos uma 
estrutura de voz passiva sintética, em que o verbo “colocar” está acompanhado da 
partícula apassivadora “se”, devendo ser flexionado no plural para concordar com o 
vocábulo “questões”, que exerce a função de sujeito paciente: “Logo, é normal que 
se coloquem questões atinentes à moralidade na gestão desses recursos (...)”.
(D) No contexto, o verbo “surpreender” não rege o emprego da preposição “de”, 
devendo este elemento ser suprimido do período.
(E) No contexto, o sujeito é oracional, o que, segundo as lições gramaticais, leva o 
verbo a permanecer no singular: "Ter princípios é considerado essencial”.
Gabarito: C.
10. Comentário: A resposta da questão encontra-se na assertiva (C). a expressão 
“Com efeito”, que desempenha a função de adjunto adverbial deslocado, a vírgula é 
facultativa, pois esta locução apresenta curta extensão. Então, é lícito empregar ou 
não o referido sinal de pontuação. Por sua vez, o trecho explicativo “como os 
demais países do continente” foi corretamente isolado por vírgulas.
As demais opções apresentam desvios de pontuação, Vejamos alguns deles:
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(A) Após a expressão "Com efeito”, que desempenha a função de adjunto adverbial 
deslocado, a vírgula é facultativa, pois esta locução apresenta curta extensão. 
Posteriormente, deve ser inserida uma vírgula antes da oração reduzida de gerúndio 
"carecendo o Brasil”.
(B) Inicialmente, deve ser inserida uma vírgula antes da oração reduzida de 
gerúndio "carecendo o Brasil”. Por sua vez, o duplo parêntese descarta o emprego 
da vírgula após "continente”, a fim de não separar o termo regente "carecer” de seu 
complemento "de um desenho instrucional (...)”.
(D) A vírgula antes da conjunção integrante "que” está incorreta, pois está 
separando a oração principal da oração subordinada.
(E) O emprego do sinal de dois-pontos não serve para separar o adjunto adverbial 
deslocado "Com efeito”. Por sua vez, o adjunto "capaz” não pode ser separado do 
nome "desenho”. Por fim, a vírgula antes do pronome relativo "que” foi mal 
empregada, por se tratar de uma oração subordinada adjetiva restrititva.
Gabarito: C.
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ANALISTA-TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL (2 0 1 2 )
Com base na leitura do texto abaixo, responda às questões 26, 27 e 28.
No período de 1727 a 1760, auge da produção aurífera, a Coroa 
havia cunhado, em média, 01(um) conto e 1555 mil réis em moedas de 
ouro por ano, uma fortuna. Daí por diante, porém, a quantidade de 
dinheiro que circulava na economia sofreu um impacto tremendo. No 
decênio 1761-1770, a cunhagem anual de moedas de ouro caiu 18%. A 
queda continuaria no período 1771 a 1790. Ou seja, na penúltima década 
do século XVIII, a injeção de moedas de ouro que a economia portuguesa 
recebia anualmente era um quinto do que fora três décadas antes. O 
dinheiro estava desaparecendo.
Num primeiro momento, a reação de funcionários graduados da 
Coroa foi atribuir a queda nas remessas de ouro para Lisboa a um 
suposto aumento da sonegação no Brasil.
(...)
Fiando-se que a causa central do problema era a sonegação, a 
Coroa acochou (ainda mais) a colônia. Logo no primeiro ano em que os 
mineradores não conseguiram cumprir integralmente a cota do quinto, 
Lisboa aplicou um instrumento de cobrança fiscal que se tornaria 
sinônimo de tirania: a derrama. O objetivo da derrama era obrigar os 
colonos a completarem a parcela do quinto não recolhido. Os meios 
utilizados iam da pressão à violência física. (...) Havia formas de coleta 
ainda mais abusivas. Sem nenhum aviso prévio, guardas armados 
costumavam invadir residências para efetuar o confisco, operações que 
acabavam em violência e prisões.
A inquietude, é claro, tomou conta das sociedades que viviam em 
áreas de mineração, mas a Coroa não se importava com isso. A única 
meta era irrigaras finanças reais. (...)
A intenção era recolher 634 quilos de ouro referentes ao pagamento 
a menor, ocorrido no período 1769-1771. Mesmo com toda a violência, o 
resultado da derrama foi pífio: 147 quilos, o que não chegava a um 
quarto do volume pretendido.
(Adaptado de: Figueiredo Lucas, Boa Ventura! A corrida do ouro no Brasil (1697-1810). 
São Paulo: Record, 2011. Capítulo 15, p.284 e capítulo16, p. 292)
26- Infere-se das ideias do texto lido que:
a) Todas as regiões brasileiras sofreram pressões do fisco 
português.
b) Portugal devia à Inglaterra e a colônia precisava produzir essa 
riqueza.
c) A derrama foi um instrumento de pouca valia para as finanças 
portuguesas. x
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d) Os métodos de arrecadação dos impostos na colônia serviram 
de modelo para outras nações.
e) O pagamento do quinto foi elevado a partir de 1769.
Comentário: Questão sobre interpretação de texto. Vamos analisar as 
opções.
A) Errada. Ao afirmar que "todas as regiões brasileiras" sofreram 
pressões do fisco português, houve erro de extrapolação textual.
B) Errada. Novamente, temos um erro de extrapolação (generalização) 
textual, pois as ideias do texto não nos permitem inferir que Portugal 
devia à Inglaterra.
C) Esta é a resposta da questão. De acordo com as ideias do texto, "a 
derrama foi um instrumento de pouca valia para as finanças portuguesas, 
haja vista o mau resultado. Esse posicionamento é encontrado no último 
parágrafo da superfície textual: "Mesmo com toda a violência, o resultado 
da derrama foi pífio: 147 quilos, o que não chegava a um quarto do 
volume pretendido".
D) Errada. Mais uma vez, temos uma extrapolação das ideias textuais, 
pois não houve menção aos métodos de arrecadação dos impostos na 
colônia.
E) Errada. O examinador está insistente! Nova extrapolação textual ao 
afirmar que o pagamento do quinto foi elevado a partir de 1769.
Gabarito: C.
27- Marque a opção que fornece a correta justificativa para as 
relações de coesão referencial no texto.
a) "era um quinto do que fora três décadas antes" (l.8) refere-se 
à economia portuguesa.
b) "Fiando-se que a causa central do problema era a sonegação" 
(l.14) refere-se às áreas de mineração.
c) "auge da produção aurífera" (l.1) refere-se à quantidade de 
dinheiro que circulava na economia.
d) "a reação de funcionários graduados" (l.10) refere-se à 
aplicação de um instrumento de cobrança.
e) "mas a Coroa não se importava com isso" (l.25) refere-se à 
inquietude.
Comentário: Questão clássica da ESAF, fazendo alusão aos pronomes e 
suas referências na superfície textual. Analisando as assertivas, 
identificamos que:
A) Errada. A expressão "era um quinto do que fora três décadas antes" 
refere-se à "injeção de moedas de ouro".
B) Errada. Por sua vez, o excerto "Fiando-se que a causa central do 
problema era a sonegação" refere-se à Coroa Portuguesa.
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C) Errada. Há alusão ao "período de 1727 a 1760 por meio da expressão 
"auge da produção aurífera".
D) Errada. No contexto, expressão "a reação de funcionários graduados" 
nos remete ao seguinte excerto do segundo parágrafo: atribuir a queda 
nas remessas de ouro para Lisboa a um suposto aumento da sonegação 
no Brasil".
E) Esta é a resposta da questão. No contexto, a forma pronominal 
"isso" refere-se à "inquietude".
Gabarito: E.
28- Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas 
linguísticas do texto.
a) Preservam-se a correção e a coerência, se substituirmos a 
expressão: "a Coroa havia cunhado" (l.1 e 2) por "a Coroa 
cunhara".
b) Preservam-se a correção e a coerência, se substituirmos a 
expressão: "O objetivo da derrama era obrigar os colonos a 
completarem" (l.18 e 19) por: "O objetivo da derrama era obrigar 
os colonos a completar".
c) Preservam-se a correção e a coerência, se substituirmos a 
expressão: "era um quinto do que fora três décadas antes" (l.8) 
por: "era um quinto do que tinha sido três décadas antes".
d) Preservam-se a correção e a coerência, se substituirmos a 
expressão: "147 quilos, o que não chegava a um quarto do volume 
pretendido" por: "147 quilos, os quais não chegavam em um 
quarto do volume pretendido". (linhas 29 e 30)
e) Preservam-se a correção e a coerência se substituirmos a 
expressão: "a reação de funcionários graduados da Coroa foi 
atribuir" (l.10 e 11) por: "a reação de funcionários graduados da 
Coroa foi a de atribuir".
Comentário: Vamos analisar as assertivas.
A) Correta. A forma verbal "cunhara" está conjugada no pretérito mais- 
que-perfeito simples do modo indicativo. Ao substituir o tempo composto 
"havia cunhado", mantém-se tanto a correção quanto a coerência, pois 
essa estrutura equivale ao pretérito mais-que-perfeito composto do 
indicativo. Portanto, não há alteração quanto ao tempo verbal 
propriamente dito.
B) Correta. De acordo com as lições dos gramáticos, a flexão do infinitivo 
é facultativa no caso em que o verbo rege o emprego de preposição: 
"obrigar A alguma coisa". Portanto, está correta também a reescrita 
"obrigar os colonos a completar(em)". Somente não seria recomendável a 
flexão caso a preposição fosse exigida por um adjetivo ou por um 
substantivo.
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C) Correta. A forma verbal "fora" está conjugada no pretérito mais-que- 
perfeito simples do modo indicativo. Ao substituir o tempo composto 
"tinha sido", mantém-se tanto a correção quanto a coerência, pois essa 
estrutura equivale ao pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. 
Portanto, não há alteração quanto ao tempo verbal propriamente dito.
D) Esta é a resposta da questão. Há erro na regência do verbo 
"chegar". Por indicar ideia de movimento, a forma verbal "chegavam" 
rege o emprego da preposição "a", mas não de "em": "147 quilos, os 
quais não chegam a um quarto do volume pretendido".
E) Correta. Na reescritura "a reação de funcionários graduados da Coroa 
foi a de atribuir", o elemento destacado é tão somente um artigo por 
estar implícito o substantivo "reação". Vejam: "a reação de funcionários 
graduados da Coroa foi a (reação) de atribuir".
Gabarito: D.
Considere o texto abaixo para responder às questões 29 e 30.
O governo dá sinais de que parece superar a longa fase de negação 
do problema e está mais perto de formatar uma agenda para enfrentar a 
deterioração das contas do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
Não estão em pauta medidas juridicamente controversas nem de 
impacto sobre o orçamento no curto prazo, mas decisões a serem 
tomadas logo para atenuar, no futuro, a expansão da despesa com a 
Previdência. Hoje, ela já é da ordem de 10% do PIB (incluindo o setor 
público), comparável à de países mais ricos e com maior número de 
idosos.
No caso dos atuais segurados, o fundamental para equilibrar as 
contas é desencorajar as aposentadorias precoces admitidas pela 
legislação. A alternativa à mão é a fórmula batizada de 85/95, em que os 
números se referem à soma da idade com o tempo de contribuição a ser 
exigida, respectivamente, de mulheres e homens. A regra, fácil de 
entender, substituiria o fator previdenciário.
Além disso, caberia impor aos futuros participantes do mercado de 
trabalho, por exemplo, uma idade mínima para a aposentadoria, como 
nos regimes previdenciários da maioriados países. Trabalha-se com 60 
anos para mulheres e 65 para homens, números que serão objeto de 
negociação no Congresso. Atualmente, há quem se aposente antes dos 
50, com base no tempo de contribuição (30 e 35 anos, respectivamente, 
para obter o benefício integral). O outro item da agenda, disciplinar as 
pensões por morte, reúne melhores condições para engendrar uma ação 
mais imediata, talvez, dadas a dimensão e a obviedade das anomalias por 
corrigir. Viúvos e órfãos custaram R$ 100 bilhões ao erário no ano 
passado (cerca de 20% do gasto previdenciário total), dos quais R$ 60 
bilhões na carteira do INSS e o restante no regime dos servidores 
públicos.
Trata-se de um desembolso dos mais liberais no mundo, resultado 
de uma legislação extravagante. Não leva em conta, por exemplo, o
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período de contribuição pelo segurado, a idade do beneficiário ou sua 
capacidade de sustentar-se.
(Editorial, Folha de S. Paulo, 2/8/2012)
29- Com base nas ideias do texto, assinale a opção correta.
a) No caso de viúvos e órfãos, a Previdência Social, para conceder o 
benefício, considera a idade do beneficiário e sua capacidade de 
sustentar-se.
b) O sistema da Previdência Social se beneficia quando ocorrem 
aposentadorias precoces, para pessoas com menos de cinquenta anos.
c) Quem se aposenta, hoje, antes da idade de cinquenta anos está se 
beneficiando da regra que leva em conta apenas o tempo de contribuição.
d) A despesa com a Previdência Social, proporcionalmente ao PIB, no 
Brasil, é muito menor se comparada às despesas dos países 
desenvolvidos.
e) A idade ideal para as aposentadorias, de forma a equilibrar as contas 
do INSS, é de 85 anos para as mulheres e 95 anos para os homens.
Comentário: Questão sobre interpretação textual.
A) Errada. Houve um erro de contradição, conforme ratificado o último 
período do texto: "Não leva em conta, por exemplo, o período de 
contribuição pelo segurado, a idade do beneficiário ou sua capacidade de 
sustentar-se".
B) Errada. Primeiramente, em conformidade com as ideias do texto, é 
incoerente afirmar que a Previdência se beneficia. O trecho "Atualmente, 
há quem se aposente antes dos 50, com base no tempo de contribuição 
(30 e 35 anos, respectivamente, para obter o benefício integral)" 
contradiz a afirmativa do examinador.
C) Esta é a resposta da questão. A afirmação do examinador é uma 
paráfrase (dizer o mesmo com palavras distintas) do trecho "Atualmente, 
há quem se aposente antes dos 50, com base no tempo de contribuição 
(30 e 35 anos, respectivamente, para obter o benefício integral).
D) Errada. A afirmação do examinador contradiz a ideia expressa no 
segundo período do segundo parágrafo do texto: "Hoje, ela já é da ordem 
de 10% do PIB (incluindo o setor público), comparável à de países mais 
ricos e com maior número de idosos".
E) Errada. Não há, no texto, ideias que ratifiquem a afirmação da banca, 
nem mesmo o trecho "A alternativa à mão é a fórmula batizada de 85/95, 
em que os números se referem à soma da idade com o tempo de 
contribuição a ser exigida, respectivamente, de mulheres e homens".
Gabarito: C.
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30- Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção 
correta.
a) Mantém-se a correção gramatical e os sentidos originais do período ao 
se substituir "de que" (l.1) por do aual.
b) O emprego do sinal indicativo de crase em "à de países" (l.8) justifica- 
se pela fusão da preposição "a", exigida pelo adjetivo "comparável", com 
o artigo definido feminino singular "a" que acompanha o substantivo 
"despesa", elíptico na frase.
c) Prejudica-se a correção gramatical e o sentido original do período ao se 
substituir "em que" (l.12) por na aual.
d) A palavras "fórmula" e "números" (l.12 e 13) recebem acento gráfico 
com base em regras gramaticais diferentes.
e) Em "trabalha-se" (l.18) e em "se aposente" (l.20) o emprego do 
pronome "se" tem a mesma função morfossintática.
Comentário: A opção correta é a (B). De fato, o adjetivo "comparável" 
rege o emprego da preposição "a", elemento este que se funde ao artigo 
definido "a", originando o fenômeno da crase.
Vejamos os erros das demais opções:
A) No contexto, a preposição "de" é exigida pelo substantivo "sinais", 
caracterizando um caso de regência nominal. Por sua vez, o vocábulo 
"que" é uma conjunção integrante, introduzindo uma oração substantiva. 
Por essa razão, não pode ser substituída pelo pronome relativo "o qual" 
(os relativos introduzem orações adjetivas).
C) A substituição proposta pela banca não acarreta prejuízo à correção 
gramatical tampouco ao sentido original.
D) As palavras "fórmula" e "números" são proparaxítonas. Portanto, 
obedecem à mesma regra de acentuação.
E) No contexto, o verbo "trabalhar" não apresente sujeito explícito. Por 
essa razão, está empregado na terceira pessoa do singular, 
caracterizando a partícula "se" como índice de indeterminação do sujeito. 
Já com o verbo pronominal "aposentar-se", a partícula "se" é uma parte 
integrante do verbo.
Gabarito: B.
Considere o texto abaixo para responder às questões 31 e 32.
O Brasil tem o terceiro maior spread bancário do mundo. O nosso fechou 
2011 em 33% - só perdemos para Quirquistão (34%) e Madagascar 
(42%). Países mais parecidos com o Brasil, como Chile e México, cobram 
entre 3% e 4%. Há possíveis explicações para a anomalia. A mais 
controversa é se a competição aqui é mais branda do que em outros 
mercados. Não funcionam no Brasil mecanismos que, no exterior, fazem 
com que os bancos disputem clientes de forma mais agressiva. O principal 
deles é o cadastro positivo, um sistema que permite a troca de
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informações de quem paga seus empréstimos em dia. Ele foi aprovado há 
quase um ano, mas até agora não deslanchou. Os bancos dizem que as 
informações são precárias, porque os clientes precisam autorizar a 
inclusão de seu nome e retirá-lo se quiserem, o que torna o sistema 
pouco confiável. O spread elevado também se deve a fatores como alta 
carga tributária e inadimplência - os empréstimos atrelados a garantias 
são incipientes, o que aumenta o risco de um calote.
(Adaptado de Exame, ano 46, n. 7, 18/4/2012)
31- Preservam-se as relações argumentativas do texto, bem como sua 
correção gramatical, ao inserir
a) o substantivo anomalia antes de "mais controversa" (l.4 e 5).
b) a expressão de spread depois de "mecanismos" (l.6).
c) a expressão do cadastro depois de "informações" (l.9).
d) o qualificativo bancário depois de "sistema" (l.8).
e) o pronome essas antes de "garantias" (l.14).
Comentário: Questão acerca de reescritura de trechos. Vamos analisar as 
opções.
A) Errada. Antes da expressão "mais controversa", temos implícita a 
palavra "explicação": "Há possíveis explicações para a anomalia. A 
(explicação) mais controversa (...)".
B) Errada. No trecho "Não funcionam no Brasil mecanismos que, no 
exterior, fazem com que os bancos disputem clientes de forma mais 
agressiva", mecanismos semelhantes ao "cadastro positivo" não podem 
ser caracterizados como "spread". Por essa razão, não é possível inserir a 
expressão "de spread".
C) Esta é a resposta da questão. Não há qualquer desvio gramatical ou 
de sentido ao inserir a expressão "do cadastro" depois do vocábulo

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