Prévia do material em texto
* * Seminário de Tecnologia de Frutas e Hortaliças Perdas pós-colheitas * * Introdução O QUE SÃO PERDAS PÓS COLHEITA? Alterações que ocorrem no produto após a colheita que deprecia a qualidade e impede o seu consumo. Problema: DISPONIBILIDADE DE ALIMENTOS * * * * Como solucionar? Aumentar o suprimento de alimento Limitar o crescimento da população Redução nas perdas * * * * Vantagens ao eliminar ou minimizar perdas de alimentos: Suprimento de alimentos Energia gasta para produzir e comercializar o alimento perdido Poluição em decorrência da redução da matéria orgânica em decomposição Satisfação das necessidades do consumidor e melhor nutrição. * * * * Magnitude das perdas de alimentos * * Padrão de perdas é variável entre os países! * * * * Gráfico 1:Perda ou desperdício de frutas e hortaliças em diferentes etapas da cadeia produtiva em diferentes regiões do mundo. Fonte: FAO, 2011 * * Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO),2017. Representa 30% de toda a comida produzida por ano no planeta. * * * * * * Produz cerca de 45 milhões de toneladas/ano, 65% são consumidas internamente e 35% são exportadas. Produtores de frutas * * * * Gráfico 2:Frutas mais exportadas em 2014 (em toneladas) * * Avaliação das perdas * * * * Tipos de perdas e fatores causais Identificar a origem dos diversos fatores causais de perdas; Objetivando a redução dos índices de perda dentro da cadeia; * * * * Perda qualitativa Perdas de sabor, aroma, textura e aparência; A avaliação é feita de modo subjetivo por comparação com um padrão de qualidade; Ocorre por meio de deterioração, contaminação e mudanças na composição nutricional do alimento; * * * * Perda quantitativa Corresponde a perdas de massa (perda de água e perda de matéria seca); Perda por umidade está intimamente relacionada a atividades de conservação (armazenamento, processamento e comercialização); * * * * Perda nutricional Perda decorrente de reações metabólicas que reduzem o teor de nutrientes (vitaminas, proteínas, lipídeos, etc.); * * * * Perecibilidade * * * * Métodos de redução de perdas * * * * Variedade das causas de perdas * * * * Causas primárias de perdas Biológicas (roedores, pássaros, outros animais); Microbiológicas (fungos e bactérias); Químicas (reações espontâneas de químicos); Reações bioquímicas (enzimas); Mecânicas (cortes, abrasões, amassamentos e quedas); Físicas (calor, frio e atmosferas); Fisiológicas (metabolismo); Psicológicas (relativas ao consumidor). * * * * Perecíveis x Duráveis * * * * Principais fontes de perdas em perecíveis Fisiológicas Mecânicas Microbiológicas Físicas Biológicas * * * * Fisiológicas Respiração e transpiração Amadurecimento e senescência Brotamento Desordens fisiológicas Desordens fisiológicas Temperatura elevada Baixa temperatura Umidade relativa * * * * Perdas fitopatológicas * * * * Perdas por danos mecânicos * * * * Fatores biológicos * * * * Causas secundárias Toda intervenção humana que favorece condições as causas primárias; * * * * Interação entre causas primárias e secundárias * * * * Fatores não-técnicos de perdas * * * * Locais de perdas De acordo com a FAO, 54% :pré e pós-colheita e no armazenamento. 46% :processamento, distribuição e consumo. As perdas são avaliadas nos seguintes pontos: Colheita Central de embalagens Transporte Armazenamento Comercialização * * * * * * Fonte:Banco de Alimentos, FAO * * Colheita Separação do produto da planta ,ou retirada do solo. Colheita manual Colheita mecânica Preparação do produto: danos mecânicos ! Afetam a aparência, textura ,valor nutritivo e induz ataque de microorganismos. * * Colheita manual de melão Colheita manual de alface * * * * Colheita mecanizada de cenoura Colheita mecanizada de uva Colheita mecanizada de alface * * Classificação de produto não é comum, há separação em diferentes variedades. Produtos melhores são mais caros! Seleção e classificação inadequados: Decepção de clientes Itens contaminados infectam outros Produtor não aumenta o lucro * * Máquina de seleção de frutas * * * * Separação de mamão feita no campo * * 2. Central de embalagens Acúmulo de danos pré-existentes Embalagens retornáveis Mal higienizadas Containers inadequados * * Caixas não higienizadas * * Geralmente não são paletizáveis, Caixa de materiais inadequados Supercarregadas. * * Caixas de frutas paletizadas Embalagens de mandioca superlotadas Tomate sendo danificado pela embalagem * * 3. Transporte Intensidade do danos varia com a distancia a ser percorrida e o produto transportado. Carregamento e descarga manual * * Carregamento de caminhão de melancia Caminhão com lona de proteção Caminhão com sistema de refrigeração * * Principais causas da perdas durante o transito: Embalagens impróprias aos produtos e empilhamento das cargas, Misturas de produtos fisiologicamente incompatíveis , Condução irresponsável do veículo, Estradas danificadas e condições precárias do veículo , Acúmulo de calor e baixa ventilação dos veículos , Ausência de refrigeração e isolantes. * * Más condições de transportes * * 4. Armazenamento Principais causas da perdas: Falta de sanificação, Manutenção de estoques , Brotamento no final do período de dormência em raízes e tubérculos * * Brotamento em batata inglesa * * Grau de maturação avançado, Ataque de patógenos , Temperaturas e umidade relativa inadequadas, * * Amadurecimento de banana Microorganismos em frutas * * 5. Comercialização Compra de volume superestimado de frutas e hortaliças baratas, Manuseio excessivo e inadequado. * * Escolha de frutas e hortaliças nas prateleiras de supermercados * * Meios para redução das perdas * * * * Programas educacionais Extensão das Universidades e Órgãos de Extensão Governamentais Deve ser abrangente e atingir TODOS os segmentos da cadeia de comercialização. Campanhas de conscientização. * * * * Dificuldades para implantar programas educacionais: Falta de recursos humanos qualificados, Insuficiência de pesquisa e desenvolvimento, Falta de informações sobre a produção principalmente dos pequenos produtores, Falta de financiamento dos programas de pesquisa. * * * * Medidas preventivas Manuseio adequado e cuidadoso, Técnicas satisfatórias de plantio, colheita e armazenamento Materiais de embalagens adequados, Controle de pragas e doenças Sanificação de embalagem e máquinas, uso água potável. Infraestrutura adequada de transporte e armazenamento * * Aprimoramento de técnicas produtivas * * Uso de meios químicos e físicos Pós colheita e colheita: Controle fitossanitários :uso de pesticidas, fungicidas Controle fisiológicos: uso de fitoromônios . Uso de cadeia fria, Armazenamento rápido após a colheita, Classificação mais rígida. * * Uso de produtos fitossanitários em produção de hortaliças * * Conclusão As perdas pós colheitas de frutas e hortaliças possuem volume significativo no Brasil, e afeta diretamente vários setores da sociedade. É possível minimizar as perdas durante a cadeia produtiva através do uso de tecnologias adequadas e dos programas educacionais, permitindo maior disponibilidade de alimentos saudáveis para a população. * * * * Referências BUAINAIN, A. M.; Batalha, M. O. Cadeia produtiva de frutas. Brasília: IICA-MAPA/SPA, 102 p. (S. Agronegócios, n. 7). 2007. CHITARRA, M. I. F.; Chitarra, A. B.Pós-colheita de Frutos e Hortaliças. Fisiologia e Manuseio. 2 ed. Lavras: FAEPE, 2005. FAO. Global food losses and food waste. Disponível em http://www.fao.org. Internacional Congress Save Food. Rome, 2011. https://nacoesunidas.org/fao-30-de-toda-a-comida-produzida-no-mundo-vai-parar-no-lixo/ * * * * * As perdas podem ser definidas em termos, quantitativos, qualitativos e nutricionais; * Perdas quantitativas são mais importantes, uma vez que tem maior possibilidade de ser evitada; * Manuseio inadequado e perdas acidentais também estão incluídas; * Características morfológicas e estruturais e também da atividade metabólica; * * As causa são classificadas em: primárias e secundárias; * Causas que afetam diretamente o alimento; *