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PMERJ EMG PM/3 01Abr03 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 003/03 (OCUPAÇÃO IRREGULAR DE IMÓVEIS) 1. FINALIDADE Regular os procedimentos operacionais a serem adotados pelos integrantes da Corporação, na execução do Policiamento Ostensivo, durante o atendimento dos diversos tipos de eventos envolvendo ocupação irregular de imóveis (invasão) em áreas urbanas e rurais do Estado do Rio de Janeiro. 2. OBJETIVO a. Fornecer subsídios técnico-profissionais para a instrução da tropa, de forma a padronizar os comportamentos operacionais no atendimento de ocorrências, envolvendo questões fundiárias, nas diversas Áreas de Policiamento ou Atuação da PMERJ. b. Definir procedimentos para emprego das UOp e UOpE, racionalizando as suas ações a fim de obter maior rendimento operacional. c. Padronizar procedimentos operacionais objetivando minimizar as possíveis falhas na condução das ocorrências pelos policiais militares. d. Melhorar a imagem da Corporação junto à população, através da prestação de um serviço com maior qualidade. 3. DIAGNÓSTICO Atualmente em nossa Corporação, verificamos inúmeros erros cometidos, nas diversas modalidades de ocorrências policiais atendidas pelo policiamento ostensivo, quer seja no modo de atuação, como nos procedimentos operacionais adotados. Tais ocorrências deixam, via de regra, um saldo negativo para a Corporação, pois, não raro, resultam em mal atendimento ao cidadão 1 pelos policiais, às vezes causando exploração negativa por parte da imprensa, como também acarretando conseqüências de natureza criminal para o próprio policial militar. É importante salientar que todas essas orientações e informações transmitidas aos policiais militares, só têm valor se o homem, a quem é depositado o dever e a responsabilidade de proteger e salvar vidas, estiver realmente seguro de suas ações e confiante em si, e para tal, existe a clara e permanente necessidade de se aumentar à instrução visando elevar a capacitação e qualificação dos policiais militares. As seguidas crises econômicas e o conseqüente aprofundamento das desigualdades sociais têm levado parcela da população a se organizar em movimentos de caráter reivindicatório cujo objetivo primordial é sensibilizar a sociedade através, principalmente, da mídia para o atendimento de seus anseios junto à classe governante, dentre eles destacam-se o MST (Movimento dos Sem Terra) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). Os movimentos organizados por tais grupos, não raramente terminam em conflito envolvendo a polícia militar e os manifestantes. Por tratar-se de questão de cunho social, muitas das vezes, com desdobramento no campo político, tanto nacional como internacional, as ações policiais militares, envolvendo movimentos organizados, devem ser precedidas de manifestação expressa do Comando Geral da Corporação através dos Comandos Intermediários. Em tal contexto, se faz necessário que a Polícia militar do Estado do Rio de Janeiro possua instrumentos eficiente e eficazes que visem normatizar todas as ações, dando todo o suporte técnico operacional a fim de atuar de forma uniforme em todo o Estado mantendo sua ação em nível de excelência, em consonância com os ditames legais. 4. EXECUÇÃO 2 a. Condicionantes Legais 1) CRFB/88. 2) Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 Código Civil. 3) Decreto Lei nº 2848 de 07 de setembro de 1940 Código Penal. 4) Lei nº 2.898 de 1998 Dispõe sobre a comunicação oficial a autoridades competentes sobre diligências relativas ao desalijo coletivo de comunidades rurais e urbanas. 5) Decreto nº 32.749 de 2003 Regulamenta a Lei nº 2.898 de Março de 1998 e dá outras providências. 6) Resolução SSP 002 Auxílio ao Oficial de Justiça. 7) Dtz nº 001/96 Ações Policiais Militares em Conflitos Agrários. 8) Dtz nº 021/00 Ocupação de Prédios Públicos, Privados, Shopping e Supermercados pelo MTST. 9) Portaria Ministerial nº 325/98 Combate a Violência Urbana e Rural. b. Aspectos a serem observados em conformidade com o previsto no Código Civil Brasileiro e na doutrina pátria 1) Quando se aborda o tema ocupação irregular de imóveis em áreas urbanas e rurais do Estado do Rio de Janeiro, necessário se faz para uma ação baseada na boa técnica e em conformidade com os ditames legais, de se discriminar certos aspectos inerentes aos chamados direitos reais, onde encontraremos os institutos da posse e da propriedade, que são os que diretamente nos interessam. 2) DIREITO REAL é o complexo das normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem ou por pessoa jurídica. O direito real passa por uma evolução. Quando se fala em direito real, basicamente se pensa em propriedade, ou seja, o direito real está atrelado a idéia de propriedade. E a propriedade desde Roma é vista como absoluta e intocável, tendo estas duas características sofrido um relativismo ao longo dos últimos vinte anos. Esta flexibilização do direito de propriedade como algo intocável/absoluto se deu especialmente por causa de dois fatores: 3 INTERESSE PÚBLICO A idéia de propriedade como algo absoluto e intocável foi suavizada diante da presença do interesse público.Hoje em dia em diversas situações o interesse público é muito mais importante do que a propriedade. Ex: DESAPROPRIAÇÃO-onde o poder público retira um bem do particular para fins públicos. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE O sujeito terá que adequar seus bens a função social dos mesmos, portanto a propriedade terá que ter finalidade social, caso contrário à conseqüência será a perda da propriedade. Ex: USUCAPIÃO previsto na CRFB/88. 3) Definição de Propriedade, Posse, Interditos Possessórios, Legítima Defesa da Posse e Bens. a) Propriedade - É um direito que a pessoa física ou jurídica tem, dentro dos limites normativos de usar, fruir e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha. (1) Direito de usar - é a faculdade que o proprietário tem de utilizar-se da coisa. Ex: Moradia. (2) Direito de Fruir significa receber os frutos (são utilidades que a coisa periodicamente possui). Espécies de fruto: NATURAL É aquele obtido sem a intervenção humana; INDUSTRIAL É aquele obtido com a intervenção humana; CIVIL São os rendimentos obtidos por alguém pela utilização da coisa por outrem. Ex: Juros, Aluguel. (3) Direito de Dispor A faculdade de dispor engloba três coisas: alienar, dividir e gravar com direito real de garantia. (4) Direito de Reivindicar _ faculdade de buscar a coisa nas mãos de quem injustamente a possua ou detenha. Observação: As faculdades inerentes à propriedade é que revelam o poder do proprietário sobre a coisa, estas faculdades em regra estão concentradas na mão do proprietário, mas ele pode transmitir alguma dessas faculdades a terceiros (Ex: aluguel). 4 b) Posse É o exercício de uma ou de todas as faculdades (usar, fruir, dispor e reivindicar) inerentes à propriedade. A posse é uma situação de fato que é protegida pelo legislador. (1) A posse se distingue da propriedade por que enquanto a última é a relação entre a pessoa e a coisa, que assenta na vontade objetiva da lei, implicando um poder jurídico e criando uma relação de direito, a posse consiste em uma relação de pessoa e coisa, fundada na vontade do possuidor, criando mera relação de fato.Como a posse pode encobrir uma situação de direito, o legislador a protege,até que pelas vias regulares se evidencie que isso não ocorre. (2) Um dos principais efeitos da posse é a possibilidade de invocar a proteção possessória através dos interditos possessórios (ações possessórias). Além de permitir o desforço direto na forma do art 1.210 §1º do Código Civil, o Direito dá ao possuidor a ação de reintegração de posse no caso de esbulho, a de manutenção na hipótese de turbação e o interdito proibitório no caso de ameaça à sua posse. c) Interditos Possessórios - Genericamente assim se devem entender todas as ações ou medidas judicialmente intentadas ou formuladas para a proteção da posse. Espécies de Interditos Possessórios (1) Ação de Reintegração de posse cabe quando há esbulho, privação de posse. O legítimo possuidor é indevidamente privado da sua posse, ou seja, o possuidor é esbulhado do bem. (2) Ação de Manutenção de posse tem cabimento quando o possuidor é perturbado (atrapalhado) no exercício de sua posse e não privado. (3) Ação de Interdito Proibitório Esta ação é cabível, quando a sua posse está na iminência de ser turbada ou está na iminência de ser esbulhada. d) Legítima Defesa da posse Em regra, a defesa do direito violado ou ameaçado se faz através de recurso ao Poder Judiciário . Todavia, o legislador, temendo que a proteção judiciária por sua menor celeridade não possa, por vezes, atingir sua finalidade, excepcionalmente faculta a vitima a possibilidade de defender-se 5 diretamente, com seus próprios meios, contanto que obedeça aos requisitos legais. É a defesa legítima, permitida, genericamente, pelo artigo188, I do CC. Tal regra é repetida, pelo legislador, no caso específico da posse, no art 1210, §1º. do mesmo Código, nestes termos: Art. 1210, §1º - O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. § 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. Portanto, para que a defesa direta seja considerada legítima, mister se faz à presença de alguns requisitos a saber: (1) Que ela se faça, logo, isto é, a reação deve se seguir incontinenti à agressão. Pois, a existência de um intervalo conduz à presunção de que a vítima poderia recorrer ao poder competente, para solicitar socorro ou remédio; ademais, a reação tardia mais se assemelha a uma vingança, mais parece uma nova agressão do que um ato de defesa. (2) A reação deve se limitar ao indispensável para o alcance do objetivo colimado; ou melhor, os meios empregados devem ser proporcionais a agressão, pois, caso contrário, haverá excesso culposo. Assim, se o possuidor, reagindo contra a invasão de seu terreno, deita fogo ao prédio ali levantado e o faz algum tempo após, seu ato não pode ser considerado legítimo, não só por inoportuno, como por excessivo. (texto extraído da obra Direito Civil / Silvio Rodrigues.- São Paulo : Saraiva, 1997) e) Bens Coisas ou valores que podem ser objeto de propriedade ou de outros direitos reais. (1) Bens Móveis - Os que podem ser removidos sem alteração ou destruição, que, portanto não são fixos; alguns destes se movem por si mesmos, e neste caso se denominam semoventes (Ex: bois, cavalos, etc) ou são removidos por força alheia (Ex: um objeto qualquer ou título de crédito). 6 (2) Bens Imóveis - São aqueles que não se pode transportar, sem destruição, de um lugar para outro, e, ainda direitos que a lei imobiliza. c. Procedimentos operacionais para serem adotados pelo policiamento ostensivo. 1) Ações preliminares a serem adotadas conforme a fase da agressão ao direito de propriedade. a) Ameaça de invasão O BPM da área ao ser informado da possibilidade de invasão deve tomar todas as medidas necessárias para evitar que a mesma se consume, tais como a previsão de patrulhamento para o local e a atuação do serviço reservado a fim de identificar as lideranças, colher dados úteis (data, hora, local e interesses que movem a empreitada) e tentar dissuadir a iniciativa através de contato direto com as lideranças e com o proprietário do imóvel. Cabe ressaltar que o Cmdo Itrm e o sistema de informações devem ser constantemente abastecidos de dados sobre o evento. b) Durante a execução da invasão O BPM deve atuar de forma a garantir o direito de propriedade e/ou posse, prendendo os autores, conduzindo os mesmos a delegacia da área. Cabe salientar que esta ação deve ser direcionada às lideranças, visto que, tentar prender a todos é inviável, para não dizer impossível e que a prisão da liderança é uma das formas de desestimular a invasão. Após a medida citada, durante o lapso temporal julgado necessário pelo Cmdo da Unidade Operacional, não sendo em hipótese alguma inferior a 96 horas, deverá ser adotado patrulhamento no local a fim de coibir e/ou impossibilitar novas tentativas e/ou invasão. Deve ainda ser identificado o proprietário do imóvel, realizando-se contato com o mesmo a fim de informar sobre o ocorrido, orientando-o a realizar ações para resguardar a posse do imóvel desde a construção de um muro (cercar o terreno) até a utilizar-se das vias judiciais através dos interditos possessórios. c) Após a invasão consumada 7 O BPM deve abster-se de agir sem o mandado de reintegração de posse, devendo limitar-se a tomar as seguintes medidas: (1) Contatar o proprietário do imóvel para que o mesmo tome as medidas judiciais cabíveis; (2) Manter policiamento na área com o objetivo de impedir que aumente o número de invasores no local; e (3) Contatar a Secretaria de Ação Social do Estado e/ou Município, conforme o caso, solicitando o cadastramento dos invasores que ali estão, para providências futuras. 2) Ações a adotar após a eclosão do movimento (invasão). a) Verificada a ocupação de imóveis públicos ou privados o Cmt da UOp deverá abster-se de qualquer ação sem ordem expressa do Comando Intermediário a que estiver subordinado. b) Realizar acompanhamento da situação no local através da 2ª Seção da Uop, a fim de manter o Cmt informado sobre a evolução dos acontecimentos devendo este manter informada a 2ª Seção do EMG e o Comando Intermediário. c) Em caso de imóveis públicos, cientificar os responsáveis pelo imóvel da possibilidade de eclosão do movimento, orientando-os quanto à postura da Polícia Militar, que deve ser a de não cerceamento do direito de ir e vir dos manifestantes, enquanto os mesmos adotarem comportamento dentro dos ditames legais, para que reforcem a segurança, evitem provocações, busquem o diálogo com líderes do movimento informando-os, inclusive sobre as normas de procedimentos no interior do mesmo, e que, em caso de tentativa de quebra da ordem, a PMERJ estará pronta para intervir; d) Reforço do policiamento no local, com a disposição de efetivo compatível com a missão em condições de pronto emprego sem, contudo, apresentar excesso de ostensividade, objetivando não acirrar os ânimos desnecessariamente. e) Implantação de policiamento velado na área do imóvel, visando a coleta de dados a fim de municiar o Comando de informações úteis. 8 f) Informar aos responsáveis pelo imóvel que o policiamento só adentrará no mesmo em caso de ocorrência de crime ou contravenções penais em seu interior ou em cumprimento a decisão da justiça. 3) Informações que deverão ser colhidas pelo Cmt do BPM, junto ao Juiz que determinou a reintegração de posse, após o recebimento do mandado. a) Contatarcom o juiz (oficiar se necessário) que exarou a determinação para a reintegração de posse e indagar ao mesmo, para melhor cumprimento da ordem, sobre os aspectos a seguir: (1) Para qual local serão conduzidas às famílias desalijadas que não tenham para onde ir. (2) Quem será o responsável pela condução citada no item anterior. (3) Qual meio de transporte será disponibilizado para a condução dos pertences que por ventura sejam encontrados no local. (4) Para onde serão levados e sob a guarda de quem ficarão os pertences citados no item anterior. (5) Qual o nome do funcionário da justiça responsável por inventariar os objetos encontrados. (6) Se porventura foi contatado um órgão (Secretaria de Saúde do Município, Secretaria de Saúde do Estado, CBMERJ, outros) para prestar apoio médico no momento da reintegração. (7) Se haverá a presença de representantes do Conselho Tutelar para prestar assistência e agir no que concerne ao ECA. (8) Qual o meio disponibilizado para a demolição das construções existentes no local da reintegração, para minimizar as chances de retorno dos invasores. (9) Listagem do(s)s nome(s) dos Oficial(is) de Justiça que executará(ão) a ordem e telefones de contato dos mesmos. (10) Indagar se o MP se fará presente para acompanhar o desenrolar das ações. (11) Outros questionamentos julgados úteis, no caso concreto. 9 4) Ações a adotar após o término da operação em cumprimento a mandado de reintegração de posse. a) Após o término da operação o oficial comandante da mesma deverá confeccionar relatório, do qual obrigatoriamente constarão as ações realizadas, críticas, sugestões, nome dos líderes, instrumentos utilizados pelos manifestantes, modus operandi dos mesmos, grau de agressividade demonstrado, comportamento da tropa, efetivo empregado, outros dados julgados úteis, devendo o relatado ser de imediato encaminhado ao Cmdo Itrm. b) Os comandos intermediários, de posse dos relatórios das UOp deverão após análise e parecer, remeter relatório de imediato, ao Chefe do EMG. d. Procedimentos a serem adotados no atendimento aos oficiais de justiça 1) A UOp ao ser solicitada diretamente pelo Poder Judiciário a intervir em casos de Mandado de Reintegração de Posse, deverão adotar os seguintes procedimentos: a) A UOp, ao receber o Oficial de Justiça, deverá anotar os dados do mandado, se possível extraindo cópia, solicitando dos executores da Ordem Judicial o tempo mínimo de 96 horas para efetuar o apoio, tendo em vista a necessidade de planejamento e mobilização do efetivo necessário para a execução do policiamento, marcando a possível data para execução do Mandado; b) Após as medidas acima, a UOp, imediatamente, fará contato com o Cmdo Itrm, informando sobre a Reintegração de Posse e fornecendo todos os dados do respectivo Mandado ou remetendo a cópia do mesmo; c) De posse dos mencionados dados, o Cmdo Itrm fará contato, de imediato, com os titulares das seguintes Secretarias: (1) Gabinete Civil; (2) Secretaria de Estado de Integração Governamental; (3) Secretaria de Estado de Governo; (4) Secretaria de Estado de Ação Social; (5) Secretaria de Estado de Agricultura, abastecimento, Pesca e Desenvolvimento do Interior; 10 (6) Secretaria de Estado de Justiça e Direitos do Cidadão; e (7) Secretaria de Estado de Segurança Pública. d) A comunicação citada na alínea anterior trará, obrigatoriamente, os seguintes dados: (1) Comarca, Juízo e Número de ação em que foi determinada a reintegração de posse, bem como o nome das partes envolvidas; (2) Número exato ou aproximado de famílias instaladas na área a ser desocupada; (3) Data e hora em que deverá ser realizada a desocupação; (4) Providências adotadas pelo autor para a guarda dos bens dos ocupantes da área, e outras providências afins; (5) Identificação da(s) Unidade(s) policiais que atuarão no auxílio ao cumprimento da ordem judicial; e (6) Outros dados julgados úteis. Observação: A comunicação prevista na letra c) deve ser realizada, obrigatoriamente, nos casos de desalijo coletivo, ou seja, aquele que envolva mais de 10(dez) famílias, devendo ser remetidas cópias protocoladas dos ofícios de comunicação ao Juiz responsável pela lide. e. Todas as ações desenvolvidas deverão obedecer, além do já mencionado, as seguintes prescrições: 1) Estrito cumprimento do dever legal; 2) Não permitir ações de outras organizações, em particular, as empresas de segurança privadas, considerando que o poder de polícia é indelegável; 3) Prender em flagrante delito todos aqueles que infringirem a lei; 4) Filmar todo o desenrolar da operação em cumprimento a mandado de reintegração de posse; 5) Deverá o policial militar abster-se de quaisquer interferências em arrombamentos de obstáculos físicos, transporte de móveis ou outros utensílios domésticos, ou a demolição de barraco, limitando suas ações, única e exclusivamente, à segurança dos Oficiais de Justiça executores da medida judicial; f. A presente NI revoga a Nota de Instrução nº 003/83 do EMG-PM/3, de 25mar83.
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