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Gabarito AP2

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Gabarito AP2 – 2018.2
Questão 1)
Apesar de sua grande e incrível capacidade de ilustrar as dinâmicas sociais brasileiras, próprias do Segundo Reinado, Machado de Assis nunca restringiu suas obras ao aspecto local. Desse modo, não seria diferente em “Memórias póstumas de Brás Cubas”, que garante o tom de universalidade através das questões emocionais profundas, orgânicas da humanidade e da própria existência em si. Por exemplo, o personagem Brás Cubas, despido pela morte, faz indagações sobre os sentimentos despertados por sua criação, um emplasto capaz de diminuir a tão costumeira melancolia humana. Assim, quando o personagem apresenta a questão do “amor da glória” ao leitor, o faz a fim de explicar os traços da subjetividade humana. Portanto, a universalidade das obras machadianas se dá por mostrar profundamente o psicológico de seus personagens e das questões existenciais típicas da natureza humana. Logo, o caráter atemporal dessas obras é atribuído à sua universalidade, uma vez que, independentemente do local, tais temas não se esgotam.
(Aluna: Gabriela Figueredo – Pólo: Nova Iguaçu)
Questão 2)
O “Manifesto da Poesia Pau-Brasil” mostra perfeitamente os dois principais objetivos dos intelectuais participantes da Semana de Arte Moderna de 1922: atualizar a produção artística brasileira, em conformidade com a produção das vanguardas europeias da primeira metade do século XX, como o Expressionismo, o Cubismo e o Surrealismo; valorizar e descobrir a cultura nacional, no que ela tinha de mais original, de mais selvagem, de mais primitivo. O fim disso seria a criação de uma nova arte, ao mesmo tempo moderna e primitiva, sobretudo brasileira e originalíssima. Um parágrafo que ilustra bem esse conceito é: “Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a sábia preguiça solar. A reza. O carnaval. A energia íntima. O sabiá. A hospitalidade um pouco sensual, amorosa. A saudade dos pajés e os campos de aviação militar. Pau-Brasil.”. Vê-se uma valorização da tecnologia, da urbanização, mas sem se esquecer das origens da nação. 
(Aluno: Mario Luigi – Pólo: Piraí)
Questão 3)
O movimento modernista defende a utilização de versos livres, rompendo com os sonetos tão utilizados pelos parnasianos. Assim, a poesia se apresenta mais veloz, como a intensa urbanização das cidades no início do século XX. O Parnasianismo também se preocupava com a estética e minuciosas descrições, que foram deixadas de lado no Modernismo, que possuía a temática mais cotidiana. Essas duas características do movimento modernista são expressas no poema “Cidade”, de Oswald de Andrade. Como o próprio título sugere, ele retrata um ambiente urbano e os versos fazem descrições breves do que está acontecendo, simulando a rapidez e a agilidade das ações humanas corriqueiras do homem moderno que adota a velocidade em sua vida, acompanhando o crescimento acelerado das cidades. 
(Aluno: Victor Rezende – Pólo: Itaperuna)
Questão 4)
A dialética entre o local e o universal está presente em Guimarães Rosa. “Grande Sertão: Veredas” nos presenteia com essa dinâmica quando se utiliza da paisagem local, o linguajar sertanejo e os costumes para nos remeter a outro Sertão e suas veredas, isto é, às questões existenciais presentes numa dimensão universal. Assim, logo no início do fragmento, o autor explora uma questão filosófica: a incompletude do ser humano, o seu devir – “que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas...”. Trabalha também questões relacionadas à espiritualidade, o que podemos constatar quando faz referência ao “diabo” e ao “Deus traiçoeiro”. Dessa forma, oportuniza-nos refletir também sobre o “bem” e o “mal”. Essa maneira de tecer a literatura conduzida pela fala do sertanejo coloca à tona muito mais que o local, mas questões cuja validade é universal, assemelhando-se a outros grandes autores, como James Joyce. 
(Aluna: Queila Cristina – Pólo: São Francisco de Itabapoana)

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