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D. Penal Interpretação da lei penal

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL 
 
 
 
Quanto ao sujeito que 
interpreta 
 
 
a) autêntico ou legislativo – dado pela própria lei (ex: 
art. 327, CP – conceito de funcionário público); 
b) doutrinário ou científico – feito pelos estudiosos; 
c) jurisdicional – feita de decisões reiteradas dos 
tribunais. 
 
 
 
 
Quanto ao modo 
 
 
a) gramatical – leva em conta o sentido literal das 
palavras; 
b) teleológico – indaga-se a vontade ou intenção 
objetivada na lei; 
c) histórico – procura-se a origem da lei; 
d) sistemática – a lei é interpretada com o conjunto da 
legislação ou até mesmo os princípios gerais do direito. 
 
 
 
 
Quanto ao resultado 
 
 
a) declarativo – a letra da lei corresponde àquilo que o 
legislador quer dizer; 
b) extensivo – amplia-se o alcance das palavras para 
corresponder a vontade do texto; 
c) restritivo – reduz-se o alcance das palavras para 
corresponder a vontade do texto. 
 
 
 
 
DIFERENÇAS: 
 
 
Interpretação 
Extensiva 
 
Amplia-se o alcance da palavra para corresponder a vontade do 
legislador. 
 
 
 
Interpretação 
Analógica 
 
 
Rol exemplificativo, permitindo o juiz encontrar outras hipóteses no 
caso concreto (ex: art. 121, § 2º, CP – motivo torpe). Dá exemplos e 
encerra de forma genérica. O significado que se busca é extraído 
do próprio dispositivo, levando-se em conta as expressões 
genéricas e abertas utilizadas pelo legislador. 
 
 
 
 
 
 
 
Analogia 
 
É forma de INTEGRAÇÃO. Não existe lei para o caso. As duas 
hipóteses de interpretação acima não se confundem com a 
analogia, que é regra de integração, enquanto aquelas, regra de 
interpretação. Nesse caso, partimos do pressuposto que não existe 
uma lei a ser aplicada no caso concreto, motivo pelo qual socorre-
se daquilo que o legislador previu para outro similar. Requisitos: 
a) certeza de que sua aplicação é favorável ao réu – somente se 
admite a analogia “in bonam partem”; 
b) a existência de uma efetiva lacuna legal a ser preenchida – se a 
intenção do legislador é não abranger determinada situação de 
fato, não cabe analogia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENÇAS (2): 
 
Interpretação 
Extensiva 
Interpretação 
Analógica 
Analogia 
 
a) tem lei para o caso; 
b) ampliação de um 
conceito legal; 
c) ex: art. 157, § 2º, I – arma 
– abrange arma em 
sentido impróprio. 
 
 
a) tem lei para o caso; 
b) depois de exemplos, a 
lei encerra o texto de 
forma genérica, 
permitindo alcançar outras 
hipóteses; 
c) ex: art. 121, § 2º, I, II e IV, 
CP. 
 
 
a) NÃO tem lei para o 
caso; 
b) criação de uma norma 
a partir de outra (analogia 
legis) ou do todo do 
ordenamento jurídico 
(analogia juris); 
c) instrumento de 
integração; 
d) art. 181, I, CP – cônjuge 
(abrange conviventes, na 
união estável). 
 
 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO ENDOFÓRICA E INTERPRETAÇÃO EXOFÓRICA 
 
 
Interpretação 
Exofórica 
 
 
Quando o texto, para se completar em significado, toma de 
empréstimo outros termos que não estão no ordenamento 
normativo (ex: art. 20, CP – erro de tipo – tipo é definido pela 
doutrina) 
 
 
 
 
 
 
 
Interpretação 
Endofórica 
 
 
Quando o texto normativo toma de empréstimo o sentido de 
outros textos do próprio ordenamento. Pode ser: 
 
Interpretação Endofórica 
Catafórica 
Interpretação Endofórica 
Anafórica 
 
Quando seu sentido 
somente pode ser 
depreendido a partir da 
interpretação de uma 
norma que ainda está por 
aparecer. 
 
Ex: art. 5º, XLIII, CF – crime 
hediondo 
 
 
Quando a norma utiliza termos 
cujo sentido somente pode ser 
captado pelo recursos a 
normas que servem de 
pressuposto. 
 
Ex: pena de detenção – já é 
explicada pelo próprio CP.

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