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REDAÇÕES 1, 4, 5, 6, 7 e 8 Aulão Ari ENEM 2013 REDAÇÃO 1 – TEMA: POLUIÇÃO: UM ENTRAVE À SUSTENTABILIDADE DO MEIO E À SOBREVIVÊNCIA HUMANA. T1 – Poluição de rios T2 – Efeitos da poluição das águas, dos solos e do ar T3 _ Esgotos e lixo nas praias cariocas A poluição constitui grave ação para o meio ambiente e, consequentemente, para o homem. Os males que causa aos solos, às águas e às populações são muitas vezes irreversíveis. (3 linhas) Em países como o Brasil, a maioria das cidades não dispõe de lixeiras suficientes nas ruas, avenidas e outros espaços públicos. A situação se agrava quando se percebe que, mesmo naquelas que se excetuam desse quadro, grande parte da população não tem ainda a educação adequada para usufruir desses recursos. É comum ver calçadas e terrenos baldios cheios de lixo e ruas sujas, com bueiros obstruídos por resíduos; bem como lixões nas zonas periféricas. Nesse contexto, os resultados não são só o incômodo do mau-cheiro nem a poluição visual, mas também o alto índice de doenças infecciosas e respiratórias. (10 linhas) Nos países de todo o mundo, outro quadro agrava a poluição: a excessiva emissão de gases, pela qual são responsáveis principalmente os veículos e as indústrias. Essa emissão agrava o aquecimento global, altera os climas, prejudica a agricultura e, consequentemente, reduz a produção de alimentos. O planeta se transforma devido a ela, pois derretem-se as geleiras, aumenta o nível dos oceanos, reduzem-se a fauna e a flora, alteram-se a cadeia e a teia alimentares. Mais uma vez, é o homem que sofre as consequências ruins de suas próprias ações. Já se discute a previsão do tempo que lhe resta para viver sobre a Terra em condições salutares. (10 linhas) São necessárias, portanto, ações urgentes e efetivas contra a poluição. Além do investimento na logística urbana, do rigor indispensável para se fazer respeitar o ambiente e da opção por energias limpas, entre outras, urge a educação das sociedades. Estados, organizações privadas e públicas e representantes populares precisam, juntos, empenhar-se por essas causas. (6 linhas) REDAÇÃO 4 – TEMA: A MISÉRIA E A FOME NO MUNDO: O MUNDO EM PROL DESSA CAUSA. T1 – Miséria e fome – foto T2 – Promessa de erradicação da miséria na Rio+20, mas falta de metas e de prazos para isso T3 – Milhões de pessoas passam fome no mundo – tendência ao agravamento. O combate à miséria e à fome é o maior desafio do mundo. A erradicação desses problema exige, pois, muitos esforços e não é responsabilidade apenas de Prefeituras, de Governos ou de instituições filantrópicas, mas também de organismos internacionais e das sociedades civis. (5 linhas) Recentemente, discutiram-se os referidos problemas na Rio+20. Nessa discussão, sobressaiu a África Subsaariana, onde eles são responsáveis por quadros lastimáveis, pois causam a morte de milhões de pessoas, que já não dispõem de água, de solos produtivos nem de outros recursos para o próprio sustento. A situação dessa região é tão grave que, em relação a ela, o Brasil pode ser considerado privilegiado, embora padeça também de um e de outro mal. No Nordeste, por exemplo, as secas e a indiferença política são responsáveis pela miséria de milhares de famílias. (9 linhas) Além dessas causas para a fome e a miséria, vale apontar o inchaço das cidades e a impossibilidade da absorção de todos os indivíduos pelo mercado de trabalho, bem como ações antrópicas de extrema gravidade contra a natureza, como as que ocorrem na Amazônia, após desmatamentos indevidos e queimadas em terras indígenas, que deixam milhares de índios sem ter como usufruir do solo para a agricultura e os fazem padecer de fome. O que resta às tribos é migrar para Manaus ou outras cidades, onde nem sempre dispõem de trabalhos que lhe garantam o sustento. (9 linhas) As duas primeiras ações para a erradicação dessas mazelas são a criação de novos fundos nacionais e internacionais para o combate à miséria e a transferência de grupos como os subsaarianos para espaços produtivos. Em lugares em que ainda seja possível a produção de alimentos, deve ser dado apoio econômico e técnico para o desenvolvimento agrícola e social, promovendo a permanência de seus ocupantes e até atraindo para esses lugares os excessos do contingente urbano. (7 linhas) REDAÇÃO 5 – TEMA: A INCLUSÃO SOCIAL NO BRASIL: UMA NECESSIDADE DE MUITOS E UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS. T1 _ O ex-dependente químico, o apoio da família e da sociedade T2 _ A urgente reintegração do ex-presidiário à sociedade T3 _ A inserção dos portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho A inclusão social é o maior desafio do Brasil, visto que o alcance desse objetivo exige bastantes esforços do Estado e da sociedade, afinal não é fácil garantir a todos os brasileiros o acesso ao trabalho e à renda, à educação, à saúde, à moradia, à segurança, entre outros direitos. Isso não deve porém, desestimular-nos desse fim. (6 linhas) O maior número de vítimas da exclusão social em nosso país está entre os afrodescendentes. O Governo brasileiro oferece-lhe agora programas de inclusão, como a adoção de cotas em universidades. Outro grupo que também é vítima do processo de exclusão e que recebe a atenção do Governo Federal é o de portadores de necessidades especiais. Já ocupa lugar no esporte e começa a adentrar o mercado de trabalho. Empresas que têm duzentos ou mais empregados já são obrigadas por lei a destinar a esses portadores uma porcentagem de suas vagas. (9 linhas) A inclusão mais difícil de ser efetuada é, no entanto, a de ex-presidiários e a de ex- dependentes químicos. Uns e outros causam medo e descrença à sociedade. Ela, assim, dificilmente se arrisca a lhes dar oportunidades de trabalho, pois acredita que, a qualquer momento, podem reincidir em crimes e em vícios. Os motivos para esse temor são o fato de saber-se que os ex- detentos voltam à sociedade após deixar um ambiente que não os recupera e o de saber-se que o dependente químico costuma recair em suas crises de consumo de narcóticos. (9 linhas) Ações para incluir socialmente esses e outros grupos precisam ser ampliadas e devem neutralizar as razões de exclusão. Governos, instituições públicas e privadas, sejam filantrópicas ou não, devem ser estimulados a contribuir com a inserção de todos na sociedade. Os cidadãos também podem contribuir com a discussão e implantação de meios para esse fim. (6 linhas) REDAÇÃO 6 – TEMA: O MENOR INFRATOR NO BRASIL: UMA VÍTIMA DA EXCLUSÃO. T1 – Os capitães da areia – condições de vida do grupo T2 _ As condições de menores abandonados nas ruas T3 _ As condições familiares e sociais de crianças que adentram a criminalidade O número de menores infratores cresce vertiginosamente no Brasil. Eles são, quase sempre, crianças e jovens desvalidos e precisam sobreviver à custa de roubos e assaltos. Muitas vezes, valem-se das drogas para suportar a condição de abandono em que vivem. São, portanto, antes de ameaças à sociedade, vítimas da exclusão social. (6 linhas) Nas ruas, os menores sofrem violências constantes, fragilizam-se e adoecem. São até mesmo explorados sexualmente. A promiscuidade é o seu contexto. As relações que estabelecem entre si são de disputa de poder de áreas, mas, algumas vezes, percebem-se entre eles ações solidárias, em uma espécie de preservação do outro como a de si mesmo. Jorge Amado, em seu romance “Capitães da Areia”, retrata com maestria esse mundo dos menores. O personagem Pedro Bala é o líder de um grupo de crianças que sofrem, que se marginalizam, mas que se acolhem umas às outras, pois não têm família nem abrigo. (10 linhas) Ao mesmo tempo em que essa obra mostra a marginalizaçãoda criança que mora nas ruas, mostra sua humanidade, e isso nos desperta o desejo de transformar essa realidade. O primeiro passo é o reconhecimento da origem do problema. Os menores infratores são esquecidos da sociedade e do Estado. Este costuma apenas providenciar o recolhimento dessas crianças a instituições que em nada as faz ascender. Aquela apenas as evita, pois as teme. (8 linhas) A ação estatal deveria ser outra. A nossa Constituição preceitua a proteção a todos. O Estado deve garantir moradia, educação, saúde, acesso à educação, à cultura e ao lazer aos menores desassistidos. Para isso, precisa investir em colaboradores que deem atenção especial a esses menores e melhorar a forma de assisti-los. À sociedade, cabe sensibilizar-se e exigir essa conduta. (6 linhas) REDAÇÃO 7 – TEMA: A DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA VIDA DO INDIVÍDUO E DA SOCIEDADE: UM PROBLEMA DE DIMENSÕES MÚLTIPLAS T1 _ Os jovens usuários de drogas: a dependência, o tratamento e seus efeitos na vida do usuário e da sociedade T2 _ O “crack”, o jovem e a morte T3 _ Os malefícios das drogas mais consumidas pelo jovem brasileiro A dependência química prejudica demasiadamente suas vítimas diretas e, em proporções não muito menores, suas famílias e toda a sociedade. A incidência do problema cresce velozmente, e não é prudente ser indiferente a ele. Precisa-se, pois, combatê-lo, o que depende de ações múltiplas.. (5 linhas) O usuário de drogas, mesmo que o seja somente do álcool, cujo consumo é considerado lícito, tende a tornar-se inconveniente ao convívio social, problemático no ambiente de estudo e trabalho e até no familiar. Altera seu comportamento, sofre crises emocionais constantes e passa a representar uma ameaça às demais pessoas, tornando-se agressivo e, muitas vezes, vindo a delinquir em roubos, em assaltos ou mesmo em assassinatos, principalmente quando precisa adquirir dinheiro para o consumo de entorpecentes. (9 linhas) Outro problema enfrentado por dependentes químicos é a contração de doenças. Além de problemas mentais e do risco de contaminação pelo HIV, por exemplo, a sua saúde física é prejudicada de diversas outras formas. Não são poucas as vezes em que não suportam as altas doses dos narcóticos e falecem. Em outras, passam a padecer em hospitais. São acometidos de males graves, como a cirrose, onerando o sistema de saúde e dificilmente sobrevivendo por muito tempo. É indispensável, pois, a adoção de medidas eficazes contra a dependência química. (9 linhas) Entre essas medidas, está não só ampliar o número de clínicas especializadas no atendimento aos dependentes e às suas famílias, mas também ofertar uma educação preventiva contra o problema. Não se pode esquecer, também, que é indispensável o firme combate ao tráfico de drogas e que essa e as outras ações se mantêm e se intensificam com a colaboração e a firme reivindicação das sociedades aos seus governos. (7 linhas) REDAÇÃO 8 – TEMA: A VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL: CONSEQUÊNCIA DE OUTROS MALES T1 _ A grande incidência da violência T2 _ O fim da violência e a consequente liberdade do cidadão dependem de justiça e de políticas sociais. T3 _ O jovem agressor – pobre, desempregado, sem educação / O jovem vítima – tem renda e escolaridade mais elevadas e boa moradia. A violência urbana é tratada no Brasil como um problema que a Polícia deve resolver. Assim, as medidas efetuadas para sua solução são o aumento do contingente policial, a compra de viaturas e de outros equipamentos, a formação de agentes e a construção de presídios. Se não se combaterem, porém, as causas do problema, teremos que multiplicar essas ações a cada ano. (6 linhas) A sociedade brasileira patrocina hoje, por meio de parte de seus impostos, a manutenção de milhares de presidiários e da estrutura responsável por eles, pela tentativa de prevenção da violência e pela punição dos que a praticam. Os gastos são vultosos, mas, as ações que eles garantem são ineficazes, pois ocorre o contrário do que se espera: cresce o número de assaltos e de outros crimes, e o que resta à mantenedora do sistema é resguardar-se do problema, insegura e descrente de sua solução. (9 linhas) O insucesso de todo o processo de combate à violência urbana no Brasil deve-se ao descaso por suas causas. O que motiva o problema é a miséria, a falta de oportunidades para a educação e o trabalho, mas parece não haver ciência disso. O indivíduo miserável, principalmente o jovem, desprovido das condições mínimas de bem-estar, é vítima fácil da criminalidade, optando por ela como sua forma de sobrevivência e até mesmo de conforto e luxo. (8 linhas) É coerente, portanto, que se erradique a violência urbana com a luta contra a miséria, a ignorância e o ócio. São indispensáveis políticas públicas de inclusão que concedam aos financeiramente desfavorecidos educação de qualidade, formação para o trabalho e acesso à renda. O Estado, os setores público e privado e a sociedade devem unir forças para empreender essas políticas. Se assim não ocorrer, crescerá ainda mais a violência urbana no Brasil. (7 linhas)
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