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ENEM Biologia - Pré-Vestibular Impacto - Origem da Vida II

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GE180208
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIGEM DA VIDA - II
FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!
 
PROFº: ROSIVALDO 
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CONTEÚDO 
A Certeza de Vencer 
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3. A ORIGEM DA VIDA: 
 
esmoralizada a teoria da 
abiogênese, confirmou-se a 
idéia de Prayer; Omne vivum 
ex vivo, que se traduz por “todo ser vivo é 
proveniente de outro ser vivo”. Isso criou a 
seguinte pergunta: se é preciso um ser vivo para originar outro 
ser vivo, de onde e como apareceu o primeiro ser vivo? 
Dentre as muitas hipóteses formuladas três serão 
destacadas, embora apenas a última seja aceita cientificamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1. A hipótese da criação divina. 
 
 Essa idéia afirma que a vida foi criada por uma força 
superior, por uma divindade. Evidentemente, isso não pode ser 
verificado de forma científica; a ciência não tem os 
“instrumentos” necessários, seja para aceitá-la, seja para rejeitá-
la: assim, essa crença, embora respeitável, tem muito mais a ver 
com a fé do que com a ciência. 
 
3.2. Hipótese da panspermia. 
 
Defendida inicialmente pelo físico Arrhenius, por volta 
de 1900, esta hipótese admite que a terra tenha sido habitada 
por microorganismos oriundos do espaço, denominados 
cosmozoários. Transportados, por exemplo, através de 
meteoros, esses microorganismos teriam atingido nosso 
planeta, constituindo a fonte de vida na terra. Observe que o 
panspermismo não explica a origem da vida em si: apenas 
transfere o problema da Terra para outro ponto qualquer do 
Universo. 
 
Nota: Esta hipótese não explica como uma forma de vida 
conseguiu passar pela atmosfera 
suportando tão altas temperaturas. 
 
3.3. A hipótese por evolução 
química. 
 
Essa hipótese sugere que 
moléculas orgânicas complexas 
foram formadas a partir de moléculas 
simples nas condições da Terra 
primitiva, antes do aparecimento dos 
seres vivos. Essa é a hipótese mais 
aceita atualmente. 
Um dos primeiros cientistas 
a organizar essas idéias foi o bioquímico russo Aleksander 
Oparin, que em 1936, propôs um modelo de como a vida 
poderia ter surgido. Resumidamente as idéias propostas por 
Oparin são estas: 
 
ƒ A terra tem mais ou menos 4,5 bilhões de anos de idade. À 
medida que o planeta foi esfriando, as primeiras rochas se 
solidificaram permitindo o aparecimento da crosta terrestre há 
mais ou menos 2,5 bilhões de anos. 
ƒ A atmosfera primitiva tinha uma composição muito diferente da 
atual. Acreditava Oparin que existiam nela amônia (NH3), 
metano (CH4), hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O). 
ƒ A persistente atividade vulcânica teria provocado a saturação 
de umidade na atmosfera. Nesse caso, o vapor de água 
começava a sofrer condensação ; caiam chuvas sobre a crosta 
ainda quente, a água evaporava novamente, condensava e 
assim por diante. Dessa forma, ocorria um ciclo de chuvas, 
muito mais intenso do que o atual. 
ƒ Chuvas e tempestades eram acompanhadas por descargas 
elétricas violentas na atmosfera. Essas descargas e a radiação 
ultra violeta que chegava livremente à superfície atuavam sobre 
as substâncias da atmosfera, modificando algumas de suas 
ligações. Isso permitiu o surgimento de substâncias novas 
algumas delas orgânicas, como os aminoácidos. Esse tipo de 
síntese, realizada sem a participação de seres vivos, é 
denominado prebiótica. 
ƒ Os compostos que surgiam na atmosfera dissolviam-se na 
água das chuvas e eram arrastados à crosta; a água evaporava-
se, enquanto as substâncias formavam uma camada cada vez 
maior sobre a crosta. 
ƒ O calor das rochas fazia com que as substâncias reagissem 
sobre si, podem ter sido formadas, assim, moléculas maiores, 
pela junção de moléculas pequenas; assim, cadeias de 
aminoácidos, que Oparin chama de proteinóides, formaram-se 
aos poucos. 
ƒ Quando as rochas atingiram uma temperatura inferior a 
100 ºC, a água líquida pôde permanecer na superfície; 
formaram-se assim mares e oceanos. A água das chuvas lavava 
constantemente as rochas, retirando delas os compostos 
orgânicos que haviam se formado levando-os para os mares. 
ƒ Como as moléculas orgânicas tem maiores oportunidades de 
reagir em meio líquido, já que os seus “encontros” são muito 
mais prováveis, grupos de moléculas orgânicas foram se 
juntando, formando um número imenso de estruturas maiores, 
chamadas coacervados, de grande estabilidade. 
ƒ Coacervados ainda não são seres vivos; são apenas 
agregados de moléculas orgânicas, sem a organização 
necessária para caracterizar um ser vivo. No entanto, Oparin 
admite que esses coacervados continuaram reagindo entre si, 
durante um tempo extremamente longo. Casualmente, uma 
dessa inúmeras “tentativas químicas” pode ter resultado num 
coacervado com a complexidade e organização características 
de um ser vivo muito simples. Estar claro que, para ser 
considerado vivo esse coacervado deveria possuir a capacidade 
de se duplicar. 
 
4. O Experimento de Miller 
(1953): 
 
A hipótese da evolução 
gradual dos sistemas químicos foi 
testada pela primeira vez pelo químico 
americano Stanley Miller, em 1953. 
Ele construiu um aparelho que 
simulava as condições da terra 
primitiva e introduziu nele os gazes 
que provavelmente constituíam a 
DD
 
 
 FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!
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atmosfera naquela época. A água ao ferver, forma vapor e 
promove a circulação em todo sistema, em um só sentido. No 
balão em que se encontra a mistura gasosa ocorrem descargas 
elétricas, simulando os raios que, naquela época, deviam 
ocorrer com freqüência. Após as descargas elétricas, os 
materiais são submetidos a um resfriamento, para simular a 
condensação nas altas camadas da atmosfera, que provoca as 
chuvas. A parte em U desse sistema simula os mares primitivos, 
que recebiam as chuvas e os compostos formados na 
atmosfera. 
Pela análise da água contida nessa parte em U, pode-
se verificar a formação de moléculas orgânicas, dentre elas 
alguns aminoácidos, substâncias que formam as proteínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. O Experimento de Fox (1957): 
 
Em 1957, o pesquisador 
americano Sidney Fox aqueceu uma 
mistura de proteínas em água 
salgada e obteve a formação de 
esferas microscópicas que 
denominou microsferas. Assim 
como os coacervados de Oparin, as 
microsferas de Fox mostram que nas 
condições da Terra primitiva 
poderiam ter surgido 
compartimentos isolados do meio. 
A idéia de formação de compartimentos isolados, mas 
com capacidade de trocas de substâncias com o meio permite-
nos supor que reações químicas provavelmente ocorreram 
dentro desses compartimentos. Algumas dessas reações, mais 
vantajosas que outras, teriam se mantido. Se nesses 
compartimentos tivessem presentes ácidos nucléicos, eles 
teriam desenvolvido a capacidade de reprodução. Esses seriam, 
então, os primeiros seres vivos. 
 
6. A Hipótese Autotrófica: 
 
Os defensores dessa hipótese supunham que os 
primeiros seres vivos seriam autótrofos, isto é, capazes de 
fabricar seu próprio alimento. Essa idéia é aparentemente 
lógica, uma vez que todo ser vivo necessita de alimento. E, 
como a primeira forma de vida não disporia de nenhum outro ser 
para se alimentar, deveria, para sobreviver, ser autótrofa. No 
entanto, sabe-se que as reações de síntese de 
alimento são muito complexas, exigindo do 
organismo efetuador a presença de um 
notável equipamento enzimático. É nesse 
ponto que reside a principal crítica à hipótese 
autotrófica: se os primeiros seres vivos eram 
autótrofos, deveriamser estruturalmente 
complexos, o que contraria a teoria da 
evolução. 
 
7. A Hipótese Heterotrófica: 
 
Mais aceita atualmente, a hipótese 
heterotrófica supõe que os primeiros seres 
vivos eram heterótrofos (incapazes de produzir 
seu próprio alimento). Esses primeiros 
organismos eram estruturalmente muito 
simples, e é de se supor que as reações 
químicas em suas células também o fossem. Eles viviam em um 
ambiente aquático, rico em substâncias nutritivas, mas não 
havia oxigênio na atmosfera, nem dissolvido na água dos mares. 
Nessas condições, é possível supor que, tendo alimento 
abundante ao seu redor, esses primeiros seres vivos teriam 
utilizado esse alimento já pronto como fonte de energia e 
matéria-prima. Eles seriam, portanto, seres heterotróficos. 
Uma vez dentro da célula, esse alimento precisa ser 
degradado. Sendo um organismo ainda muito simples, seus 
processos metabólicos também devem ser muito simples e não 
deve envolver o oxigênio, pois não existia esse gás na época. 
Nas condições da Terra atual, a via metabólica mais 
simples para se degradar o alimento sem oxigênio é a 
fermentação: processo anaeróbico, pois é realizado pelos seres 
vivos na ausência do oxigênio. 
Esses organismos começaram a aumentar em número 
através da reprodução e, com isso, surgiram mais indivíduos 
para se alimentar. As condições climáticas da Terra também 
estavam mudando a ponto de não mais ocorrer a síntese 
prebiótica da matéria orgânica. Desse modo, o alimento no meio 
começou a ficar escasso. A manutenção da vida na terra 
dependeu, então do aparecimento das primeiras células 
autotróficas. 
Acredita-se que nesse novo cenário teria ocorrido o 
surgimento de alguns seres capazes de captar a luz do sol com 
o auxílio de pigmentos como a clorofila. Teriam surgido assim os 
primeiros seres autótrofos: os seres fotossintetizantes. Esses 
primeiros seres fotossintetizantes foram fundamentais na 
modificação da composição da atmosfera: eles introduziram o 
oxigênio no ar. 
Existindo agora o oxigênio disponível foi possível a 
sobrevivência de seres que desenvolveram reações metabólicas 
complexas, capazes de utilizar este gás na degradação do 
alimento. Surgiram, então, os primeiros seres aeróbicos que 
realizavam a respiração, mecanismo mais eficiente que a 
fermentação na obtenção de energia. Portanto, segundo a 
hipótese heterotrófica os fenômenos energéticos teriam ocorrido 
na seguinte seqüência: 
 
Fermentação ⎯→⎯ Fotossíntese ⎯→⎯ Respiração 
 
8. Origem das Células: 
 
O problema da origem das células procarióticas e 
eucarióticas está diretamente relacionado com a origem da vida 
em nosso planeta. Nos itens anteriores, vimos que antes da 
evolução biológica houve um longo período de evolução 
prebiótica durante o qual se formaram as moléculas orgânicas. 
É razoável supor que a primeira célula que surgiu era 
estruturalmente simples certamente um procarionte 
heterotrófico. Admite-se que, com o passar do tempo, tenham 
surgido em células procariontes um sistema capaz de utilizar a 
energia do sol, permitindo a realização da fotossíntese. Surgia 
assim as células procariotas autótrofas. Supõe-se que o passo 
seguinte no processo evolutivo, tenha sido o aparecimento das 
células eucariotas a partir das procariotas. 
Microsferas de Fox

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