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Diversidade Microbiana: Domínio Bacteria Domínio Archaea Domínio Eukarya UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Departamento de Microbiologia MBI 100 – Microbiologia Geral Diversidade microbiana • Função da evolução dos micro-organismos • ~ 4 bilhões de experimentação evolutiva • Diversidade microbiana foi dirigida, em grande parte, pela exploração de todas as formas possíveis de sobrevivência realizada pelos micro-organismos • Dependente da diversidade metabólica • Diversidade fisiológica refere-se à capacidade de sobreviver em condições ambientais extremas: – Temperatura – pH – Salinidade A evolução biológica CO 2 4 0 0 0 3 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 O 2 Gases redutores C o m p o s iç ã o ( % ) 20 2 0.2 Cianobactérias Anaeróbio Aeróbio Algas Plantas Archaea NH 3 CH 4 CN Milhões de anos até o presente Oxigenação da atmosfera e a “evolução biológica” O Sistema de Três Domínios Carl Woese (1977) A árvore da vida representa uma hipótese evolucionária que encontra-se em processo de refinamento. “ORGANISMOS PRIMITIVOS E ORGANISMOS MODERNOS???” ORGANISMOS MENOS DERIVADOS ORGANISMOS MENOS DERIVADOS DOS DOMÍNIOS ARCHAEA E BACTERIA: - TERMOFÍLICOS E HIPERTERMOFÍLICOS Características que diferenciam os três domínios Diversidade Microbiana: Domínio Eukarya UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Departamento de Microbiologia MBI 100 – Microbiologia Geral Complexo de Golgi Vacúolo Mitocôndria Centríolos Membrana plasmática Lisossomo secundário Lisossomo primário Núcleo Retículo endoplasmático rugoso nucléolo glicocálice Retículo endoplasmático liso Estrutura de células eucarióticas Mitocôndria e Cloroplastos: Ribossomo 70S Pequeno DNA circular Sequência de rRNA similar às bacterias Dividem independentemente, como as bactérias Sensíveis aos antibioticos de procariotos Possuem bicamada de fosfolipídeos Teoria Endossimbiótica • Ausência de núcleo • Ausência de organelas membranosas • Grupos evolutivos distintos • “Ancestrais” das outras formas de vida PROCARIOTOS Bacteria Archaea Bacteria x Archaea • Diferem quanto às propriedades químicas da membrana e parede celular • Bacteria são sensíveis a antibióticos; Archaea são insensíveis a muitos antibióticos • As enzimas de síntese de ácidos nucléicos e proteínas de Archaea têm semelhança com as de eucariotos • Bacteria podem ser patogênicas de plantas e animais • Bactérias típicas são E.coli, S. aureus, Bacillus, etc. • Archaea típicas são termofílicos extremos e metanogênicas Diversidade Microbiana: Domínio Bacteria UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Departamento de Microbiologia MBI 100 – Microbiologia Geral Parede celular de bactérias Gram-positivas Magnetossomo (magnetita, Fe3O4 ) Poli-β-hidroxibutirato O Sistema de Três Domínios Carl Woese (1977) A árvore da vida representa uma hipótese evolucionária que encontra-se em processo de refinamento. Aquifex Thermodesulfobacterium Thermotoga Bactérias verdes não sulfurosas Bactérias verdes sulfurosas Deinococos Espiroquetas Flavobactérias Defferibacter Citophaga Planctomyces/Pirella Verrucomicróbios Chlamydia Cianobactérias Bactérias gram-positivas Nitrospira Proteobactérias Árvore Filogenética do Domínio Bacteria Visão geral da filogenia de Bacteria • Pelo menos 17 filos • 4 filos de menor derivação filogenética que contêm espécies termofílicas • 3 filos principais com maior volume de informação fenotípica: – proteobacterias: 5 grupos: alfa, beta, gama, delta e epsilon – bactérias gram-positivas: Baixo conteúdo G+C Alto conteúdo G+C – cianobactérias Proteobacteria • Bacteria púrpuras fototróficas: – Bacteria púrpuras sulfurosas e – Bacteria púrpuras não sulfurosas; • Bacteria nitrificantes; • Bacteria oxidantes de enxofre e ferro; • Bacteria oxidantes de hidrogênio; • Metanotróficas e metilotróficas; • Pseudomonas e pseudomonadas; • Bactérias acéticas; • Bactérias fixadoras de nitrogênio; • Neisseria, Chromobacterium e relacionadas; • Bacterias entéricas; • Vibrio e Photobacterium; • Riquétsias; • Espirilos; • Proteobactérias com bainha; • Bacteria com brotamento e prosteca/pedúnculo; • Myxobactérias deslizantes; • Proteobactérias redutoras de sulfato e enxofre. Bactérias púrpuras Enterobactérias • Grupo filogeneticamente homogêneo • Mais de 40 gêneros e 150 espécies e subespécies • Bastonetes Gram negativos não esporulados, imóveis ou móveis por flagelos peritríquios, anaeróbios facultativos, reduzem nitrato, são catalase positivos e oxidase negativos, com requerimentos nutricionais relativamente simples, fermentadores de açúcares com formação de uma variedade de produtos finais Bactérias entéricas Enterobactérias • São ubiqüitários, encontrados no solo, água e vegetais • Inclui espécies saprófitas colonizadoras do TGI de humanos e animais • Linhagens de importância industrial • Linhagens patogênicas para humanos, animais ou plantas • 30% das sepses, 70% de ITUs e infecções intestinais Perfil Fermentativo: • Característica taxonômica chave • Tipo e proporção de produtos de fermentação • Duas vias de utilização da glicose: – Fermentação Ácido- Mista – Fermentação de 2,3-butanediol Bactérias entéricas Fermentação Ácido-Mista (por ex. Escherichia coli) + H2 CO2 Acetil-CoA Acetato Etanol Glicose Glicólise Piruvato Lactato Succinato CO2 Formato Produtos típicos (quantidades molares) Ácidos : Neutros 4 : 1 CO2 : H2 1 : 1 + Bactérias entéricas Produtos típicos (quantidades molares) Ácidos: Neutros 1 : 6 CO2 : H2 5 : 1 Fermentação 2,3-butanediol (por ex. Enterobacter aerogenes) Glicose Glicólise Piruvato Etanol Lactato Succinato Acetato CO2 + H2 2,3-butanediol + CO2 Bactérias entéricas Escherichia coli • Organismo facultativo predominante nas fezes • Produz vitamina K • Sua presença (junto com outros coliformes Klebsiella, Enterobacter e Citrobacter) é usada como evidência da contaminação fecal de águas (indicador) • Estirpes uropatogênicas (UPEC) responsáveis por 90% das infecções urinárias - UTIs (cistite e pielonefrite) • Importante agente de bacteremias (sepse) • Causa mais freqüente de meningite bacteriana neonatal • Estirpes causadoras de infecções intestinais (DEC) divididas em 5 patotipos principais Bactérias entéricas Doenças: – Colonização assintomática - S. Typhi e S. Paratyphi – Febre entérica ou tifóide - Estima-se 21 milhões de casos e 200.000 mortes/ano no mundo – Salmoneloses não tifóides - Gastroenterites - CDC estima 1,4 milhão casos e 600 mortes/ano nos EUA – Bacteremia - S. Typhi, S. Paratyphi, S. Choleraesuis e S. Enteritidis Salmonella Bactérias entéricas Aquifex Thermodesulfobacterium Thermotoga Bactérias verdes não sulfurosas Bactérias verdes sulfurosas Deinococos Espiroquetas Flavobactérias Defferibacter Citophaga Planctomyces/Pirella Verrucomicróbios Chlamydia CianobactériasBactérias gram-positivas Nitrospira Proteobactérias Árvore Filogenética do Domínio Bacteria Bacterias Gram-positivas não esporulantes (Bactérias Lácticas) Bactérias do ácido láctico Grupo de bactérias correspondentes a bacilos e cocos gram-positivos, de baixo conteúdo G+C (30-50 %) não-esporulantes que produzem ácido láctico como principal produto da fermentação de açúcares. Bactérias Gram positivas não esporulantes Principais Gêneros: Streptococcus, Lactobacillus Bactérias Gram positivas não esporulantes Lactobacillus spp Estreptococos de importância médica e oral Produzem Exotoxinas Doenças: Infecções do trato respiratório e septicemia, pneumonia, otite, meningite, faringite, febre reumática, endocardite, cárie dentária, mastite bovina Transmissão: Por inalação ou ingestão, sexualmente, congenitamente ou indiretamente por intermédio das mãos Estreptococos orais Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus Estreptococos de importância médica ou veterinária Streptococcus pyogenes, S. pneumoniae, S. bovis Bactérias Gram positivas não esporulantes Bactérias Gram-Positivas Formadoras de Endosporos: Bacillus e Clostridium Esporulação em Bacillus subtilis Ciclo vegetativo Esporulação Divisão celular Crescimento Divisão polar Pré-esporo Septo Célula mãe Divisão celular assimétrica Engolfamento Síntese do cortex Cortex Parede celular Membrana Capa do esporo Síntese da capa Maturação, lise celular Germinação (esporo livre) Bactérias Gram positivas esporulantes CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS SIMILARES NEM SEMPRE INDICAM UM GRUPO FILOGENETICAMENTE VÁLIDO. Exemplo: Microrganismos fototróficos Aquifex Thermodesulfobacterium Thermotoga Bactérias verdes não sulfurosas Bactérias verdes sulfurosas Deinococos Espiroquetas Flavobactérias Defferibacter Citophaga Planctomyces/Pirella Verrucomicróbios Chlamydia Cianobactérias Bactérias gram-positivas Nitrospira Proteobactérias Árvore Filogenética do Domínio Bacteria A Fotossíntese em Cianobactérias: Introdução Nostoc Stigonema Merismopedia Oscillatoria Cianobactérias Endossimbiose primária Universidade Federal de Viçosa Departamento de Microbiologia Procariotos do Domínio Archaea MBI 102 – Microbiologia básica para as Engenharias Características Bioquímicas e Estruturais Parede Celular NAT – ácido N-acetil-talosaminurônico Características Bioquímicas e Estruturais Lipídeos de membrana Características Bioquímicas e Estruturais RNA polimerase E. coli Halobacterium salinarum Sulfolobus acidocaldarius Saccharomyces cerevisiae Características de Archaea • Muitas Archaea são extremófilas, com espécies capazes de crescer nas maiores temperaturas e em extremos de pH comparado a todos os organismos conhecidos • Todas Archaea são quimiotróficas, algumas são quimiorganotróficas e muitas são quimiolitotróficas O ambiente primitivo O domínio Archaea abrange 3 Filos cultiváveis: Crenarchaeota, Euryarchaeota e Nanoarchaeota Filogenia do Domínio Archaea Filo Euryarchaeota – Maior divisão. Archaea halofílicas extremas, Archaea metanogênicas e Archaea termofílicas que metabolizam compostos de enxofre. Filo Crenarchaeota – Contém representantes que vivem em ambos os extremos de temperatura. A maioria das espécies cultivadas são hipertermófilas. Filo “Korarchaeota” – Nenhum representante cultivado in vitro. Identificado por análise de seqüências de rDNA obtidas de uma fonte termal do Parque Nacional de Yellowstone. Filo Nanoarchaeota – Simbionte hipertermofílico de “nano- tamanho” (ex: Nanoarchaeum equitans + Ignicoccus (archaea) 400 nm diâmetro, genoma 500 Mpb). Euryarchaeota – Principais grupos Halofílicas extremas Metanogênicas Termoacidófilas Euryarchaeota Archaea Halofílicas Extremas • Habitam ambientes hipersalinos: tanques de produção de sal; lagos salinos naturais e peixes e carnes salgadas. • Requerem pelo menos 1,5 M (~ 9 %) de NaCl para crescer. A maioria requer 2-4 M de NaCl (12-23 %) para crescimento ótimo. • A maioria das espécies cresce em soluções salinas saturadas (5,5 M, ~ 32 %). • Parede celular é composta por glicoproteínas (ricas em asp e glu) e estabilizada por íons sódio. • Acumulam K+ no citoplasma (> 5,0 M) íon estabiliza proteínas e ribossomos (homeostasia osmótica) • Possuem metabolismo quimiorganotrófico Utilizam aminoácidos e ácidos orgânicos como fonte de energia Lago Great Salt em Utah Habitats hipersalinos de Archaea halofílicas Tanques de produção de sal por evaporação Lago Hamara no Egito Haloarcula Halobacterium salinarum Archaea Metanogênicas Habitats Predominantes 1. Sedimentos anóxicos – sedimentos de pântanos e lagos predominante em áreas alagadas, rizosfera de plantas etc. 2. Trato gastrintestinal de animais – Rúmen (bovinos, ovelhas, alces, veados e camelos), ceco (cavalos e coelhos), intestino grosso (humanos, porcos e cães), intestino de insetos celulolíticos (cupins) 3. Fontes geotermais de H2 e CO2: Fendas hidrotermais 4. Aterros sanitários e sistemas de tratamento de efluentes (digestores anaeróbios) 5. Depósitos de óleo e gás 6. Endossimbiontes de protozoários anaeróbios. Methanosarcina acetivorans Methanosarcina Maior genoma de Archaea já sequenciado (5,7 Mb). Encontrado no trato gastrintestinal humano e de ruminantes. Pode utilizar diversos substratos para metanogênese. Euryarchaeota – Principais grupos Halofílicas extremas Metanogênicos Termoacidófilos Euryarchaeota Termofílico e acidofílico (55oC e pH 2 em meio complexo). Desprovido de parede celular Membrana contém composto semelhante a um lipolissacarídeo (lipoglicano, em micoplasmas) que confere estabilidade às condições ácidas e altas temperaturas. Quimiorganotrófico, aeróbio facultativo podem crescer em aerobiose ou anaerobiose a partir da respiração do enxofre. Encontrado em refugo de carvão auto-aquecidas e solfataras DNA encontra-se associado a proteínas homólogas a histonas. Euryarchaeota Extremamente Acidofílicas Ordem Thermoplasmatales: Gênero Thermoplasma lipolissacarídeo
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