Buscar

ATPS-Educação-Profissional-e-Educação-em-Ambientes-não-Escolares

Prévia do material em texto

Universidade Anhanguera – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO 
EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / SP
2015
�
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................1
ETAPA 1............................................................................2
ETAPA 2............................................................................4
ETAPA 3............................................................................5
ETAPA 4............................................................................8
CONCLUSÃO...................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................12
�
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho teve como objetivo refletir e analisar sobre questões relacionadas à Educação formal e educação não formal, apresentando um panorama de sua caracterização, diferenciação, os espaços em que a educação não formal se realiza e as instituições que estão presentes no Brasil e no mundo. O trabalho teve como considerações pesquisas em sites referentes a ONGs que desenvolvem trabalhos sócio educativos em caráter de educação não formal. Como também lançamos um olhar à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n° 9.394/96, que em seu Art. 1° que reconhece a educação como um processo formativo que se desenvolve na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, e nas manifestações culturais.
 Nossa ATPS de Educação Profissional em Ambientes Não Escolares, nos traz conceitos sobre a educação não formal que deve ser entendida como a educação que se aprende no compartilhamento de conhecimentos ao longo da vida do aluno, em espaços e ações coletivas, assim estabelecidas no cotidiano. 
 Trazemos abordagens sobre a função do pedagogo em outros ambientes que não são o comumente encontrado. Desde os âmbitos do setor empresarial ao âmbito de atividades de associação, ONG’s, instituições do Terceiro Setor, assim sendo, ver a relevância na formação de profissionais críticos que entendam não somente as situações problematizadas em aula, mas que atuem com consciência na sociedade, ao cotejarem as diversas teorias e práticas presentes no universo acadêmico e ao proporem e produzirem situações de aprendizado reflexivo em relação às vivencias.
ETAPA 1
O que é Educação não formal?
 Quando Gadotti (2005) escreve sobre educação formal e não formal, ele refere-se à educação formal como aquela que tem objetivos claros e específicos, representada pelas escolas e universidades. Esta depende de uma diretriz educacional, de um currículo a cumprir, de estruturas burocráticas e hierárquicas, norteada pelo sistema nacional, fiscalizada pelos órgãos dos ministérios da educação.
 A educação não formal ultrapassa os limites da escola formal, as experiências cotidianas são importantes no processo de formação e aprendizagem do individuo, proporcionando desenvolvimento e autonomia. Os programas de educação não formal não são obrigados a seguir um sistema sequencial e hierárquico. Como também a duração é variável, podendo ou não oferecer certificados de aprendizagem.
 Não é vetado à educação formal trabalhar as experiências ocorridas fora do ambiente escolar. Mesmo esta sendo regida por uma diretriz é possível trabalhar a interdisciplinaridade, trazendo para dentro da escola o que acontece na vida dos educandos, no Brasil e no mundo, apropriando-se deste conhecimento e transformando-o em aprendizagens significativas conscientes que na escola se aprende os conteúdos e fora dela á aprendizagem acontece por meios da vivência.
 A educação não formal, tem se estendido de forma significante, desenvolvendo projetos que atendem crianças, jovens e adultos, colaborando com o desenvolvimento e a educação dos envolvidos no projeto. Hoje, com o desenvolvimento da tecnologia a formação amplia novos horizontes, que se estendem aos espaços domiciliares, empresas e redes sociais na internet, proporcionando aprendizagens. Partindo do principio de que a educação não se limita apenas aos espaços escolares encontramos um campo fértil para a formação do indivíduo, seja ela considerada formal ou não formal, afinal, ambas formam e realizam benefícios para a pessoa e para a sociedade, se forem fundamentadas em princípios críticos e práticas transformadoras. 
No entendimento do Ministério da Educação/MEC, a educação formal é, sobretudo, aquela que ocorre nos sistemas de ensino conhecidamente como tradicionais; já a Não formal, seria àquela que corresponde com as iniciativas organizadas de aprendizagem que acontecem fora dos sistemas de ensino, enquanto a informal e a incidental são as que ocorrem ao longo da vida do ser humano, considerando um aprendizado relevante.
 Assim sendo, podemos dizer que tudo aquilo que agregamos, torna-se repertório para a construção de nosso aprendizado e futura vivência, isso pode ser desde um simples jogo de tabuleiro ou situações diárias, até mesmo enfrentar os desafios de um negócio próprio. 
 A Educação não formal na sociedade moderna e sua prática nos diversos segmentos sociais
sobre a escola e a educação não formal no Brasil, podem dizer que no Brasil e no mundo vem sofrendo muitas altera​ções impulsionadas pela democra​tização do acesso e pela busca da qualidade como fator primordial, como podemos ver:
 Com uma mudança considerável nos padrões econômicos e sociais em decorrência do crescimento nacional, a educação como fator de condição humana imprescindível ao desenvolvimento, estabeleceu novos padrões de atuação frente às novas demandas e exigências da sociedade e do mercado. Uma dessas modalidades, a educação não formal, teve grande expansão na última década principalmente impulsionada pela ação das Or​ganizações Não Governamentais/ ONGs.
Uma consideração que pode ser feita é sobre a formação em educação física frente à educação não forma. Com a expansão de pro​postas educacionais que englobam as mais diversas modalidades de ensino, e não somente nessa aérea especifica do conhecimento, mas também em outras áreas. 
Estudos são realizados, como o Encontro Internacional de Educação Não Formal e Formação de Professores com o objetivo de reconhecer e ressignificar as praticas, ou melhor, dizendo, as ações diárias, que se entende com uma forma de ensino-aprendizagem. Assim, sendo, podemos entender que nesses projetos sociais constituem-se em ações pedagógicas direcionadas para a formação do indivíduo, visando contribuir com a inclusão social.
Entendendo que os projetos sociais são um exercício de cidadania, pois envolvem as pessoas para além do seu campo de vivência, permitindo a transposição de barreiras e preconceitos em benefício do outro. Eles são um meio para que haja maior conscientização do indivíduo diante do papel que ele desempenha na sociedade, além de despertar o sentimento de solidariedade. 
ETAPA 2 
 Associativismo significa organização de grupos de interesse econômicos autossustentável é a união de um grupo de pessoas, de empresas, comerciantes e etc.
 É qualquer iniciativa formal ou informal de reunir pessoas físicas ou outras sociedades jurídicas com objetivos comuns, pessoas com interesse de legalizar uma forma jurídica.
 No artigo 174 – 2º, está consagrada a liberdade de associação, que apoia o estimulo de cooperativismo, a lei do artigo 5º - Criações de associações na forma de lei, independem de autorização, sendo verdade a interferência estatal.
 O associativismo tem a maior participação da sociedade e do poder público, e deve ser incentivado pela prefeitura, podendo fornecer assistência técnica, administrativa e tecnológica.Existem várias organizações, como rede de empresas, cooperativas, associações, grupos formal ou informal, com participação comunitária e consorcio.
 As possibilidades que a globalização do mundo trouxe contatos de confronto interculturais para os sujeitos sociais, com parceria e de ações de cooperação entre as múltiplas associações da sociedade civil e com Estado, requerem que se trabalhe ao nível da pesquisa social e das práticas educacionais e da ação voluntaria e contemplar estas complexas interfaces da “Construção da Cidadania”, como: Entender como se constroem as identidades particulares dos movimentos sociais, ao mesmo tempo em que encaminha o debate público no sentido de superar os confrontos e as tensões do multiculturalismo, com intuito de construir uma esfera pública que promova a intersubjetivação, a interculturalidade a integração, participação, a cidadania plena.
ETAPA 3 
PÚBLICO ALVO: ADOLESCENTES DA FUNDHAS.
 O projeto “O Adolescente e a Sexualidade” prima atender aos Parâmetros Curriculares Nacionais: orientação sexual, contribuindo para a prevenção de problemas graves como o abuso sexual e a gravidez indesejada, aliando as informações ao trabalho de autoconhecimento e reflexão no sentido de ampliar a consciência sobre a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, e que se expressa desde cedo no ser humano.
OBJETIVO GERAL
  Desenvolver no educando a consciência e a responsabilidade quanto à vida sexual, o respeito e o amor próprio, quebrando tabus e outras formas repressoras referentes aos temas ligados a sexualidade. E agregar valores e experiências, ao responder a perguntas comuns aos adolescentes o que proporcionará um amadurecimento, que o conduzirá a uma reflexão sobre suas semelhanças e diferenças, despertando a necessidade de um posicionamento que transforme seu universo e que possibilite um desenvolvimento biológico e sexual consciente possibilitando assim um espaço de aceitação, respeito e amor, livre de deturpações e preconceitos.
PLANO DE AULA - Quebrando os tabus
Objetivos:
Esclarecer dúvidas sobre orientação Sexual;
Desenvolver a autoconfiança para falar em público;
Estimular a curiosidade;
Identificar conflitos;
Promover a integração entre a turma.
Conteúdos:
Oralidade;
Produção textual;
Noções básicas de orientação sexual;
Socialização.
Procedimentos metodológicos:
7h: 30m: Acolhida e atividades de rotina
7h: 55m: Dinâmica I: Ladrão rouba ladrão (os alunos formarão dois círculos, um composto por meninas e outro por meninos, um atrás do outro. No meio do círculo da frente ficara uma pessoa do sexo oposto ao círculo, este deverá piscar a um integrante do círculo da frente círculo da frente, ao notar a piscada o integrante do círculo deverá correr até ao participante que está no centro e o membro do segundo círculo que estivar posicionado atrás deverá segura-lo imediatamente se este não conseguir irá para o centro do círculo.)
8h: 30m: Filme na telessala: “Quebrando tabus"
Sinopse: Vídeo educativo que aborda de maneira atual e divertida, o Tema noções básicas de Orientação Sexual.
9h: 15m: Roda de conversa informal (conversa informal com os alunos, sobre o tema abordado).
11h: 00m: Dinâmica II: Caixinha de perguntas (após uma breve conversa com a turma os alunos, a turma deverá elaborar perguntas ligadas ao tema abordado, para que sejam respondidas no dia seguinte).
RECURSOS DIDÁTICOS:
Papel A4
Lápis preto;
Caixinha decorada.
Recursos tecnológicos:
Reprodutor de D.V. D;
Televisor;
D.V.D.
Avaliação:
Observação do empenho dos alunos durante a execução das atividades propostas e a participação nas discussões sobre os conteúdos apresentados;
ETAPA 4 
Figura 1 Artesanato é uma das formas de educação não-forma, onde a criança pode trabalhar sua coordenação e sua criatividade em conjunto com outras crianças ou sozinha, sempre acompanhadas de um professor ou orientador.
Figura 2 Educação ambiental é muito trabalhada hoje em algumas escolas e ONGs, até mesmo fora do contexto escolar, onde crianças e jovens podem aprender mais sobre plantas, além de ajudar no cultivo e cuidado.
Figura 3 Música e teatro também são formas de educação não-formal, trabalhando a criatividade das crianças, ampliando o lado mais inocente delas, além representar, desde cedo, o trabalho em conjunto entre as pessoas, com humor e alegria.
 A educação não formal capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais. E os objetivos não são dados a priori, eles se constroem no processo interativo, gerando um processo educativo, um modo de educar surge como resultado do processo voltado para os interesses e as necessidades que dele participa. A construção de relações sociais baseadas em princípios de igualdade e justiça social, quando presentes num dado grupo – forma social, fortalece o exercício da cidadania, uma educação não formal poderá desenvolver, como resultados, uma série de processos como: Quando presente em programas de crianças ou jovens a educação não – formal resgata o sentimento de valorização de si próprio. Consciência e organização de como agir em grupos coletivos, forma o indivíduo para a vida e suas adversidades.
 Educação não formal vem tomando grandes proporções na área da educação na sociedade atual, um exemplo disso são as crescentes ações de instituições tanto governamentais, quanto não governamentais, prioritariamente no atendimento a criança e ao adolescente, a ação da educação não formal se caracteriza como uma prática lúdica, cultural política e social, contudo esta ação quase não se dá nos âmbitos escolares e mesmo com a existência do programa federal chamado escolas abertas, na prática são poucas as escolas que atuam com esta perspectiva, de abrir as portas da escola para a comunidade nos finais de semana e é essa ação que se denomina escola aberta. 
Entendemos que a educação se dá em diversos espaços e contextos e a ação da educação não formal comprova esta afirmação, contudo o espaço escolar é de extrema importância para o acesso à educação, porém não somente com características formais que se dá a educação formal. Com isso, este texto pretende demonstrar alguns apontamentos referentes a esta relação da escola com a educação não formal e ainda levar em consideração que esta ação deve estabelecer um processo contínuo de formação. Sendo este, um processo de responsabilidade, de ações da sociedade através de políticas públicas e sociais que garantam esta formação e ainda a constituição de cidades com esta perspectiva, que é o caso citado no trabalho, das ações educativas de uma cidade educadora. Para tanto com este texto esperamos trazer a tona à reflexão dos espaços da educação não formal e especificamente tendo a escola como uma possibilidade deste espaço.
CONCLUSÃO
 Como foi apresentado no trabalho, a educação passou e passa por diversos processos ao longo dos anos. E a educação formal e não formal caminham paralelamente, mas por trabalhar em ambientes fora da escola, a educação não formal traz consigo uma abordagem muito significante na formação de cidadão.
 E diante a uma sociedade com necessidades básicas do ser humano, a educação não formal vem a suprir isso, as questões sociais, culturais e econômicas. Afinal, ela trabalha de forma a compreender o contexto em que o “aluno” está inserido, com propostas que contemplam objetivos pedagógicos com relação ao ato educativo.
Referências Bibliográficas
GOHN, Maria da Glória. Educação não formal, participação da sociedade civil e
estruturas colegiadas na escola. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n.
50, p. 27-38, 2006. Disponívelem: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n50/30405.pdf>. Acesso em: 03 de abril de 2015.
 GOHN, Maria da Glória. Educação não formal na pedagogia social. Ano 1. Anais do
Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2006. Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid= &script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 03 de abril de 2015.
YURI, F. (edição); VERGOTTI, M. (infogr.); TANIGAWA, R. (infogr. online). O mapa
da Educação Profissional no Brasil. Revista Época, 2011. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2011/10/o-mapa-da-educacaoprofissional-
no-brasil.html>. Acesso em: 03 de abril de 2015.
CORDEIRO, Débora; MOURA, Rosângela; MELO, Márcia. Pedagogos nos espaços não-escolares: Um estudo de egressos do curso de Pedagogia. Disponível em: <https://www.ufpe.br/ce/images/Graduacao_pedagogia/pdf/2006.1/pedagogos%20nos%20espaos%20no%20escolares- pdf> Acesso em: 04 de abril de 2015.
CERONI, Mary. O perfil do pedagogo para atuação em espaços não escolares. Disponível em:<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006000100040&script=sci_arttext> Acesso em: 04 de abril de 2015.
�PAGE \* MERGEFORMAT�2�

Continue navegando