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Prof. Ricardo Granata UNIDADE I Design de Interiores (Representação) Conhecimento dos tipos de Representação Gráfica e as fases do projeto de Design de Interiores: 1ª Fase - Identificação: identificar as necessidades do usuário (cliente) e o espaço físico estudado (ambiente). 2ª Fase - Interpretação: usuário e ambiente - estilo, referências, preferências, cor, texturas, dimensões, ergonomia, antropometria. 3ª Fase - Soluções Projetuais: projeto - apresentado nas diversas formas de Representação Gráfica. O Tema Residencial no seu Processo Projetual. Introdução O Tema Residencial Projetado: Residência como abrigo, habitat - conforto através da relação do ambiente construído mobiliado. Na Projeção de uma edificação, compreende-se a existência de elementos fundamentais na arquitetura: pilares e vigas (elementos lineares), paredes, coberturas e pisos (planos). A composição desses elementos define a construção e o espaço com diferenças de disposição e dimensionamento. Introdução Para Ching e Binggeli (2013), os pilares determinam a área espacial, as vigas delineiam as bordas de um plano, a cobertura abriga o volume, o piso define o campo territorial e as paredes dimensionam e marcam o espaço. Introdução Importante o entendimento dos elementos que compõem e organizam o espaço de uma edificação, seus limites e funções. A organização dos elementos possibilita o ambiente construído com seus móveis, elementos dominantes, iluminação artificial/natural, cor, textura, dimensionamento, escala e proporção. A configuração dos ambientes está relacionada com a forma e o dimensionamento do espaço físico do ambiente, ou seja, as relações do ambiente com a atividade que será exercida - a disposição do espaço interno. Introdução O ambiente com determinada função torna-se possível devido à seleção e organização dos elementos, de modo que as relações visuais desse recinto possam ter a configuração do espaço interno e possam se estabelecer na forma desejada. Todos esses elementos influenciarão no planejamento do Projeto de Interiores – no Design de Interiores. Introdução Introdução Fonte: CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. Elemento Dominante: Elementos de Composição: Iluminação Artificial: proporciona ambientes aconchegantes, vibrantes ou mesmo de trabalho. É possível, com a sua utilização, criar “cenários”, complementando a decoração do espaço. Iluminação Natural: cria padrões de claro e escuro, dependendo da forma e do dimensionamento das aberturas (portas e janelas) em relação ao posicionamento solar. Introdução Fonte: CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. Cor e Textura: elementos de decoração que permitem criar um padrão, um ritmo; que ajudam a definir limites e ênfase visual do ambiente. Introdução Fonte: CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. O Sistema Estrutural: define o dimensionamento interno, como forma, tamanho e altura. Esse dimensionamento determina a escala e a proporção do ambiente, que influenciam o planejamento do uso do espaço interno. O dimensionamento possui variações em largura, profundidade, forma e altura (pé-direito): Introdução Fonte: CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. Existem alguns elementos que influenciam o Projeto – o Design de Interiores. Sendo assim, em relação a esses elementos, é possível afirmar que: a) A iluminação artificial é um elemento exclusivamente técnico – não é possível utilizá-la na composição dos ambientes, ao contrário da iluminação natural. b) A iluminação natural cria padrões de claro e escuro – porém, deve-se descartá-la sempre como opção para privilegiar a iluminação artificial em qualquer projeto, em função das inúmeras soluções tecnológicas. c) Cor e textura são elementos que permitem criar um padrão, um ritmo; que ajudam a definir limites e ênfase visual do ambiente. Interatividade d) O Sistema Estrutural define o dimensionamento interno, porém, trata-se de um elemento de estabilidade que não pode ser utilizado como parâmetro de forma, tamanho e altura. e) O Sistema Estrutural não influencia no planejamento do uso do espaço interno. Interatividade Dimensionamento e proporção são fundamentais para o desenvolvimento dos projetos de interiores. A proporção está relacionada com a escala entre o ambiente, os homens em suas dimensões, os diversos tipos físicos e as atividades em desenvolvimento. A ergonomia está relacionada com as dimensões do corpo humano e com as relações intrínsecas dos segmentos corporais. Proporção, dimensionamento e interações visando um conjunto coerente de relações visuais que proporcione ergonomia, equilíbrio e harmonia. Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Dimensionamento humano e seu alcance motor: Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Fonte: IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. 3. ed. S.o Paulo: Blucher, 2016. p. 29. Dimensionamento humano e seu alcance motor: Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Fonte: IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. 3. ed. S.o Paulo: Blucher, 2016. p. 29. Dimensionamento humano e seu alcance motor e ergonomia: Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Fonte: MANCUSO, C. Arquitetura de interiores e decoração: a arte de viver bem. Curitiba: Sulina, 2007. p. 68. Circulação / Alcance Horizontal e Vertical: Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Fonte: Adaptado de: GURGEL, M. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais. São Paulo: Senac, 2013. 4 5 c m 7 5 c m 2 0 0 c m 1 9 5 c m 1 5 0 c m 40 cm 50 cm 90 cm Área de mobilidade com equipamento de apoio: Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Uma bengala Duas bengalas Andador com rodas Vista frontal Vista lateral Andador rígido Vista frontal Vista lateral Muletas Muletas tipo canadense Fonte: Adaptado de: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Apoio de tripé Cão-guia Sem órteseVista frontal Vista superior Bengala de rastreamento A NBR 9050 (ABNT, 2015) apresenta critérios e parâmetros técnicos a serem aplicados da fase do projeto à conclusão da obra em edifícios e áreas urbanas para pessoas com deficiência física ou com dificuldade de locomoção, como idosos, gestantes e obesos, seguindo o conceito do desenho universal. Em relação aos parâmetros antropométricos são adotadas as seguintes siglas: M.R. – Módulo de referência; P.C.R. – Pessoa em cadeira de rodas; P.M.R. – Pessoa com mobilidade reduzida; P.O. – Pessoa obesa; L.H. – Linha do horizonte. Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Área de mobilidade de uma cadeira de rodas: Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Fonte: Adaptado de: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rotação de 90º Deslocamento de 90º Deslocamento de 180º Rotação de 360ºRotação de 180º Alcance manual frontal e lateral: Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Fonte: Adaptado de: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: acessibilidade a edificações,mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Raio de alcance com o braço estendido N3 = mínimo 0,50 recomendável 0,60 superfície de trabalho Alcance máx. confortável J3 = 1,35 Alcance máx. eventual Rampa com área de descanso: Proporção / Dimensionamento / Acessibilidade Fonte: Adaptado de: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 1,50 1,50 1,50 Vista superior Vista lateral Em relação à NBR9050, é correto afirmar que: a) Os parâmetros definidos pela norma devem ser utilizados apenas na fase da obra, quando serão estabelecidas as dimensões adequadas. b) A NBR9050 define parâmetros técnicos para pessoas com deficiência física e com dificuldade de locomoção. c) A NBR9050 estabelece os critérios projetuais para pessoas com deficiência física. A NBR90501 estabelece os critérios para pessoas com dificuldade de locomoção. Interatividade d) Rampas não necessitam necessariamente de áreas de descanso - devem ser previstas se for constatada uma porcentagem elevada de usuários idosos. e) Toda rampa acessível deve possuir pelo menos 15% de inclinação. Interatividade O desenho técnico é a representação precisa – em forma e proporção –, no plano, de todos os elementos que compõem um projeto de design de interiores. É o meio exato de comunicação do projeto. Linguagem gráfica universal. Um conjunto sistematizado constituído por linhas, símbolos e números necessários para a comunicação do projeto entre todos os profissionais envolvidos. A sistematização é feita por normas técnicas. Desenho Técnico No Brasil, existem diversas Normas Técnicas que regem o Desenho Técnico: NBR 10647 (ABNT, 1989) – norma geral de desenho técnico. NBR 13142 (ABNT, 1999) – dobramento da folha. NBR 10582 (ABNT, 1988) – conteúdo da folha para desenho técnico. NBR 8402 (ABNT, 1994) – definição da caligrafia técnica em desenhos. NBR 8403 (ABNT, 1984) – aplicação de linhas para execução de desenho técnico. Desenho Técnico Desenho Técnico Fonte: Adaptado de: https://pt.slideshare.net/cassianopegoraro1/normas-para-desenho, acesso em 14/09/2018. A1 A2 A3 A4 A4 Y/2 Y=1189 Y/4 Y/4 X /4 X /4 X /2 X = 8 4 1 Desenho Técnico A2 A1 A3 Fonte: Adaptado de: https://pt.slideshare.net/cassianopegoraro1/normas-para-desenho, acesso em 14/09/2018. NBR 8196 (ABNT, 1999) – emprego da escala em desenho técnico. NBR 10068 (ABNT, 1987) – layout e dimensões da folha de desenho. NBR 10126 (ABNT, 1987) – emprego de cotas em desenho técnico. NBR 6492 (ABNT, 1994) – representação de projetos arquitetônicos. Desenho Técnico O desenho técnico pode ser utilizado em várias áreas da engenharia, da arquitetura e do design. Em todas as folhas de desenho técnico, o carimbo ou legenda deve conter o máximo de informações do projeto e do desenho da folha. Outro ponto importante no desenho técnico é a escolha da escala de acordo com o tamanho da folha. Desenho Técnico Peças gráficas de um desenho técnico arquitetônico: planta de situação; planta de implantação; planta; planta de cobertura; corte transversal; corte longitudinal. Desenho Técnico Fonte: Adaptado de: http://worldpdfdatabase.mobi/dese nho-arquitetonico-gildo-download- 99/, acesso em 14/09/2018. L T A B Depósito Sala CORTE A B Esc I:100 Recordando: Desenho Técnico Fonte: Adaptado de: http://worldpdfdataba se.mobi/desenho- arquitetonico-gildo- download-99/, acesso em 14/09/2018. CORTE CORTE A B CORTE B A PLANO VERTICAL Recordando: Desenho Técnico 1,50 Fonte: Adaptado de: http://worldpdfdatabase.mobi/desen ho-arquitetonico-gildo-download- 99/, acesso em 14/09/2018. Recordando: Desenho Técnico Fonte: Adaptado de: http://worldpdfdatabase.mobi/desen ho-arquitetonico-gildo-download- 99/, acesso em 14/09/2018. Admitimos retirada da parte acima do plano de corte e... ... Olhamos de cima para baixo. Há quem diga 1,20m. O essencial é que as janelas sejam cortadas pelo plano horizontal. Fachada frontal; Fachada posterior; Fachada lateral direita; Fachada lateral esquerda; Detalhes; Perspectivas. Desenho Técnico Fonte: Adaptado de: http://www.vitruvius.c om.br/revistas/read/a rquitextos/17.194/61 27, acesso em 14/09/2018. ELEVAÇÃO NORDESTE ELEVAÇÃO NORDESTE Alguns dos recursos utilizados na representação gráfica de projetos de design de interiores são as plantas e os cortes. Dessa forma, é correto afirmar que: a) Plantas são planos verticais que interceptam uma edificação. b) Cortes são planos horizontais que interceptam uma edificação. c) Plantas são planos horizontais que interceptam uma edificação a 1,20m de altura. d) Cortes são planos horizontais que interceptam uma edificação a 1,20m de altura. e) Cortes são elementos de desenho técnico que podem ser realizados exclusivamente em escala 1:100. Interatividade Desenho Técnico O desenho técnico de design de interiores consiste em: planta; corte transversal; corte longitudinal; planta de circulação; planta de layout; planta de paginação de piso; vista de paginação de revestimento; planta de gesso; planta de pontos de luminárias; vistas internas de cada ambiente; vistas ortogonais de mobiliário; perspectivas. Perspectiva Isométrica Perspectiva Fonte: Adaptado de: https://toninha- aulas.blogspot.com/?view=classic, acesso em 14/09/2018. Medidas reais das arestas 120º 120º 120º 30º 30º a Perspectiva Isométrica (Diagramas): Perspectiva Fonte: Adaptado de: https://www.archdaily.com.br/br/870168 /esquemas-e-diagramas-30-exemplos- de-como-otimizar-a-organizacao- analise-e-comunicacao-do-projeto, acesso em 14/09/2018. Winter Summer Northwest prevailing wind 25º 72º Perspectiva Isométrica (Diagramas): Perspectiva Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/87016 8/esquemas-e-diagramas-30- exemplos-de-como-otimizar-a- organizacao-analise-e-comunicacao- do-projeto, acesso em 14/09/2018. Perspectiva Cônica: Perspectiva 1 ponto de fuga 2 pontos de fuga 3 pontos de fuga Fonte: Adaptado de: http://toninha-aulas.blogspot.com/2017/03/aula-5-perspectiva- conica.html?m=1, acesso em 21/09/2018. Perspectiva Cônica X Perspectiva Isométrica Perspectiva Fonte: Adaptado de: http://designontherocks.blog.br/tutorial-construcao-simples-de- perspectiva-isometrica/, acesso em 14/09/2018. 30º 30º Perspectiva Cônica: Perspectiva Fonte: Adaptado de: https://toninha- aulas.blogspot.com/?view=classic, acesso em 14/09/2018. F1 F2 LH Perspectiva Cônica: Perspectiva Fonte: Adaptado de: https://toninha- aulas.blogspot.com/?view=classic, acesso em 14/09/2018. F LHF Perspectiva Cônica: Perspectiva Fonte: Adaptado de: https://www.passeidireto.com/cadastro/ passo1c, acesso em 21/09/2018. MPP dk VHAv VH1 A perspectiva pode ser considerada como um método que possibilita a representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais através de determinadas regras geométricas de projeção. Dessa forma, é correto afirmar que: a) Em toda perspectiva cônica é possível estabelecer apenas 1 ponto de fuga. b) Em toda perspectiva cônica é possível estabelecer apenas 2 pontos de fuga. c) Na perspectiva isométrica, o objeto se situa num sistema de 3 eixos coordenados (axonometria).d) Na perspectiva isométrica, o ponto de fuga estabelecido é sempre central. e) A perspectiva isométrica deve sempre ser desenvolvida a partir de 2 pontos de fuga. Interatividade ATÉ A PRÓXIMA!
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