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antropologia cultural - resumo av1 - unicarioca

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Antropologia cultural – AV1
O que é? 
A Antropologia é o estudo do homem inserido em sua cultura. Ela investiga as origens, o desenvolvimento e as semelhanças das sociedades humanas, assim como as diferenças entre elas.
Campo de abrangência: 
No espaço: Toda a terra habitada é fruto de estudo da antropologia.
 No tempo: Pelo menos 2 milhões de anos, onde há indícios de populações socialmente organizadas.
Caráter antropológico: 
Antropologia Física ou Biológica – Arqueologia, estudo das sociedades no passado. Consiste no estudo das variações dos caracteres biológicos do homem no espaço e no tempo. 
Antropologia Social e Cultural: Tem como foco as sociedades atuais, a relação entre o homem e o meio, o homem e sua cultura e entre um homem e outro homem
Objetivo:
Detalhar, tanto quanto possível, os seres humanos dentro de uma sociedade e suas relações sociais.
Surgimento:
A Antropologia como disciplina surge com o Evolucionismo. Contudo, há práticas antropológicas anteriores. 
Séculos XVI a XIX – Literatura etnográfica sobre a diversidade cultural – Relatos de viagens (Cartas, diários, relatórios). Ex: Carta do Descobrimento do Brasil (Pero Vaz Caminha); Viagem a Terra do Brasil (Jean de Léry), Duas Viagens ao Brasil (Hans Staden), etc.
Antropólogos ou evolucionistas:
Procuravam explicar a universalidade e a diversidade de técnicas, instituições e dos comportamentos.
Acreditava-se que todas as sociedades teriam um estágio de evolução, sendo o último deles a sociedade capitalista moderna, construindo uma ideia de PROGRESSO.
Métodos: 
1) Dissecar as culturas nas suas partes constituintes (armas, utensílios domésticos, mitos, ritos, língua, etc.). 
2) Ordenar as culturas numa escala que vai dos mais primitivos, à civilização europeia.
Escolas antropológicas:
O Evolucionismo
Intensas transformações nos campos sociais e científicos. 
Positivismo. 
Pela primeira vez sociedades não Europeias foram incluídas na História da Humanidade. Primeira vez que se pensa a hipótese de uma unidade da espécie humana.
A Escola Americana de Antropologia ou Culturalismo:
 Surgiu no final do século XIX com Franz Boas (1859-1942). 
Fazia oposição aos grandes esquemas evolucionistas.
 Não queria um esquema totalmente abrangente. Se questionava sobre as diversidades e mudanças culturais.
 Se utiliza da psicologia e da História para compreender a realidade de cada povo. 
 Mudança da terminologia “Cultura” para “Culturas”, no plural.
 Deu importância ao estudo empírico, ou ao trabalho de campo. 
 Deu mais importância às diferenças do que às semelhanças entre as culturas.
 Para Boas, a antropologia deve compreender os fenômenos individuais mais do que estabelecer leis gerais, pois considerava essas leis tão vagas que reduziam a análise dos fenômenos em questão
 Dentro da ampla área da antropologia cultural de Boas, surgem alguns conceitos fundamentais: 
1) Área cultural: região geográfica que compreende várias etnias que apresentam convergência em um certo número de elementos culturais semelhantes ou compatíveis. 2)Personalidade: Um vínculo de hábitos organizados e relativamente persistentes que se encontram rodeados por zonas de elementos de conduta mais fluidos que estão num processo de se tornar um hábito,
 Conceitos culturalistas: 
3) Configuração ou modelo cultural: Padrão integrativo básico dominante de uma cultura ao redor da qual se organizam as formas de vida de um povo. 
4) Relativismo Cultural: Princípio segundo o qual não é possível compreender, interpretar ou avaliar de maneira significativa os fenômenos sociais a não ser que sejam considerados em relação ao papel que desempenham no sistema cultural.
A Escola Inglesa de Antropologia Social ou Escola Funcionalista. 
Primeira metade do século XX. 
Expoentes: Alfred R. Radcliffe-Brown (1881-1955) e Bronislav Malinowski (1884-1942). 
Defendiam uma perspectiva não historicista da análise antropológica.
 Buscavam o funcionalismo de uma dada sociedade através de suas instituições sociais e das relações entre suas partes.
 A antropologia devia ser comparativa, ou seja, não havia estudo de apenas uma sociedade num microcosmo.
 Tinha como objetivo estabelecer generalizações que permitissem constituir leis gerais.
 o Eram dois conceitos fundamentais: 
1) Função: a função de qualquer atividade se define como a contribuição que esta atividade faz para a manutenção da continuidade estrutural. 
2) Estrutura Social: Série de relações existentes num dado momento e que ligam os seres humanos. É a rede de relações sociais.
A Escola Sociológica Francesa:
 No início era positivista e objetivista. Tinha como meta um método científico próximo ao das ciências exatas. 
Retira o sujeito e sua subjetividade do centro da análise em nome de coletividades capazes de explicar todos os fenômenos sociais. Grandes expoentes: Emile Durkheim (1858-1917), Marcel Mauss (1872- 1950) e Claude Lévi-Strauss (1908-2009).
Durkheim:
 Explica o indivíduo pela sociedade através de uma relação de causa e efeito. Acha que pode obter um conhecimento mais objetivo e neutro da realidade social. Retorno ao interesse das sociedades ditas mais simples para as mais complexas. Não é evolucionista, pois não compreende as sociedades mais simples como inferiores e sim num estágio da história diferenciado.
Conceito de Fato Social: O fato deixa de ser interior ao indivíduo para tornar-se exterior, podendo exercer um constrangimento sobre ele.
 As sociedades “arcaicas” possuíam mais consciência coletiva do que individual. Conceito de Solidariedade Mecânica e Orgânica: Na primeira, não há a noção de eu, apenas a de coletividade. Na segunda, a complexidade das atividades faz as pessoas dependerem umas das outras.
Marcel Mauss (não é mais positivista): 
Prática antropológica voltada para o concreto, sem esquecer nem a teoria nem a prática.
 Traz a psicologia para a análise sociológica. 
Abre espaço para a contribuição dos indivíduos na formação de uma sociedade. Conceito de Fato Social Total: Fatos psicológicos, neurológicos e fisiológicos também são fatos sociais.
As classificações são construções sociais e coletivas, repletas de traços comuns. Conceitos de Dom e Contradom: Inclui o receber e o retribuir para a sociedade funcionar numa determinada dinâmica, formando laços sociais. Considera cada cultura e sociedade em seu aspecto particular
Claude Lévi-Strauss (Não é mais positivista): 
Busca por características invariáveis que deveriam ser encontradas em todas as sociedades.
 Conceito de Estrutura: Modelos inconscientes construídos em conformidade com a realidade empírica.
 Conceito de Princípio de reciprocidade: grupos diferentes tem hábitos comuns para a perpetuação de ambos os grupos.
Estruturas elementares do parentesco – Proibição do incesto. Passagem da natureza para a cultura.

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